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História O que realmente queremos - Anne e Los Angeles


Escrita por: lunafairy92

Notas do Autor


Oláaa! Então, resolvi começar esse novo projeto e ele é bem diferente do que eu costumo escrever, mas estou bem animada com as novas emoções e experiências que ele vai me proporcionar. Espero que meus futuros leitores gostem da história. Ela é totalmente original e não foi inspirada em nada em particular, terá algumas referências sobre livros, filmes e séries que eu gosto mas nada específico demais.

Capítulo 1 - Anne e Los Angeles


Fanfic / Fanfiction O que realmente queremos - Anne e Los Angeles

Sinceramente, eu sempre me orgulho de ser uma pessoa bem humorada e que tenta ver o lado bom das coisas, de verdade mesmo! Sempre lidei bem com as dificuldades que a vida me impunha com bom humor. Por exemplo, minha mãe morreu quando eu tinha sete anos, eu era filha única e meu pai sempre trabalhou muito, ele tinha uma empresa que fabricava peças para computadores e ele ficava praticamente dia e noite lá, era uma empresa pequena na época e exigia muito da supervisão dele. Meus avós maternos já haviam falecido a muito tempo atrás, nem cheguei a conhecê-los, e não tínhamos contato com meus avós paternos, briga antiga entre eles e meu pai. Enfim, eu era uma menina de sete anos que havia perdido a mãe em um acidente de carro, o pai havia direcionado a atenção totalmente para o trabalho para tentar superar a perda e eu não tinha outros parentes. 

Eu decidi, já naquela época, que eu não ficaria triste. Se lamentar e reclamar das dificuldades que a vida te dá não te faz melhor. Minha mãe sempre me falava isso quando eu reclamava de algo, "superar é ser feliz Anne, é assim que as pessoas se tornam melhores." Então daquele dia em diante fiz daquilo meu lema de vida, independente do que acontecesse, iria superar e ser feliz. E sempre fui feliz assim. 

Aprendi a cozinhar, amarrar meus sapatos, ir até a escola sozinha, fazer amigos, cantar, dirigir. Quando eu tinha dezesseis anos, a empresa do meu pai teve uma alta nos negócios, ele passou a ter mais tempo para mim, e nunca me lamentei pelo tempo que ele não teve antes. Passamos a ser amigos, nos divertimos juntos e conversávamos muito. Eu o amo, minha única família.

Então terminei a escola e resolvi tentar uma vaga na Universidade da Califórnia de Los Angeles. Eu sabia que teria que deixar meu pai para trás se passasse, mas sempre sonhei em estudar música nessa universidade, diziam que o curso de música era o melhor do país e eu sonhava em ser uma cantora desde pequena. Então quando a carta de aceitação chegou foi o dia mais feliz da minha vida. Sai para comemorar com meus amigos, Lia e Josh, depois desse dia eu nunca mais bebi nada com álcool, não me peça os detalhes. Meu pai me ajudou a encontrar um apartamento em Los Angeles. Arrumei as malas, me despedi dos  meus amigos entre muito choro e desejos de boa sorte. Me despedi do meu pai, um longo abraço que dizia tudo que não colocamos em palavras. Finalmente, deixei minha cidade natal em Idaho rumo ao meu novo começo.

[Finalmente, deixei minha cidade natal em Idaho rumo ao meu novo começo]

Cheguei em Los Angeles no final do dia, exausta pela longa viagem. O sol já sumia no horizonte e as luzes da cidade começavam a brilhar. Essa cidade era realmente linda. Cheguei no meu apartamento, estacionei meu carro, um presente do meu pai de despedida, era um Porsche Macan azul, novinho em folha. Liguei o alarme e fui em direção o elevador. Minhas coisas provavelmente chegariam só na manhã seguinte então teria que comer fora e me virar com o que tivesse na casa, felizmente já havia providenciado que tivesse um sofá-cama para quando eu chegasse. Saí do elevador no quarto andar, me encaminhei para o número 401, havia só mais um apartamento naquele andar, eu tinha que me lembrar de cumprimentar os vizinhos assim que eu terminasse de me acomodar, meu pai sempre dizia que nós que fazemos nossos vizinhos, "se formos simpáticos, teremos vizinhos simpáticos". Resolvi que começaria por essa regra. 

Abri meu apartamento, ele estava um pouco vazio ainda, só havia alguns poucos móveis que haviam ficado do antigo dono, entre eles o sofá-cama que parecia ser confortável, e era bom ele ser mesmo, era nele que passaria essa noite. Abri as cortinas, a vista era maravilhosa. Escolhi esse apartamento só pela vista. Ele tinha janelas enormes totalmente de vidro e davam para as luzes do centro da cidade a noite, conseguia ver até o pier de Santa Mônica brilhando ao longe, suspirei com a visão. Tomei um banho rápido, felizmente já tinha água quente. Escolhi uma roupa simples mas moderna e coloquei minhas meias favoritas, elas eram longas e pretas e eu sempre me sentia bem com elas. Saí para tentar achar um bom lugar para jantar ali por perto, já eram nove horas da noite e eu precisava comer alguma coisa urgentemente. Peguei o elevador e antes que a porta fechasse, uma mão o segurou e eu me assustei com o ato, então um homem subiu no elevador também. Ele deveria ser meu vizinho, já que só tinha dois apartamentos nesse andar, ou alguma visita talvez. Ele tinha um ar despachado, usava jaqueta de couro e coturnos pretos, a barba por fazer e um rosto serio assustador, aparentava ser mais velho, uns trinta anos quem sabe. Ele era lindo na verdade, mas tinha uma aura de "não chegue perto de mim" tão forte que amedrontava. Resolvi dar o primeiro passo e o cumprimentar.

—Boa noite. —Tentei começar pela educação básica. Ele nem me olhou.
—Você mora aqui? Me mudei hoje então não sei...—Tentei continuar a conversa, mesmo que parecesse que estava falando sozinha. Talvez ele só estivesse de mau humor e a qualquer hora resolvesse deixar para lá o seu estado de espirito e falar comigo. É, realmente não parecia uma boa ideia, mas resolvi insistir nela mesmo assim.
—Sabe algum lugar para jantar? —Ainda nada.
—Meu nome é Anne...Você também estuda na Universidade da Califórnia? —Opa, ele se virou na minha direção. Acho que foi mesmo uma má ideia, o rosto dele estava mais assustador ainda.
—Escuta, vou falar isso só uma vez. Eu não converso com pessoas que não conheço e não tenho intenção de conhecer ninguém. Não vou ser seu guia na cidade e nem seu vizinho amigável. Não tenho intenção de falar da minha vida com você e muito menos saber da sua. Espero que essa seja nossa última conversa. —O Elevador chegou no térreo quando ele terminou a última frase. Eu deveria estar com uma cara de surpresa ridícula. Ele saiu do elevador e eu fiquei ali parada sem reação. Ele parou no meio do caminho e se virou novamente.
—Eu costumo fazer barulho durante o dia e não adianta reclamar, vou continuar minha vida como se você nem existisse. —Agora ele virou e saiu pela porta do prédio. Eu fiquei tão surpresa pela falta de educação daquela pessoa que não consegui nem responder!

 Ah eu estava tão irritada agora, como ele achava que poderia falar tudo aquilo para uma pessoa que só quis ser simpática e nem sentir culpa? Lembrei do meu lema de vida e comecei a repetir ele na minha cabeça, "Superar e ser feliz" como se fosse um mantra. Fui até um restaurante de comida brasileira que ficava na esquina do apartamento, repetindo meu mantra durante todo o caminho, mas a imagem daquele idiota não saia da minha cabeça. Ah, isso não ia ficar assim.


Notas Finais


Não deixe de comentar, adoro ler os comentários e isso me incentiva a postar capítulos com mais frequência.
Obrigada especialmente a você, novo leitor, espero que possamos viver grandes emoções juntos! ❤


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