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História Turn To You - Meeting My Biological Father


Escrita por: MSCanadian

Capítulo 16 - Meeting My Biological Father


Justin POV

O senhor Lamartine não tardou a chegar. Pierre veio junto com ele e assim que Margot dormiu, porque ela não queria me deixar ir enquanto estava acordada, eu fui até o aeroporto para encontrar Lorenzo. O trânsito parecia estar querendo ajudando Margot, porque além de não estar engarrafado, eu não parei em nenhum sinal. Assim que cheguei no aeroporto pude encontrar Raul na entrada, mas não vi o Rivetta. Fui até o secretário. Será que o cara foi capaz de mandar um empregado, por não ter coragem de aparecer pessoalmente?

- Bieber! - ele disse assim que me viu - Quanto tempo. 

- Raul! - eu respondi e apertei a mão dele - Onde está seu chefe?

- Bom, como você estava demorando, ele foi tomar um café.

- Então ele realmente está aqui?

- Finalmente. Achei que não viria. - eu virei na direção da voz e dei de cara com Lorenzo.

- Senhor Rivetta. - eu apertei a mão dele. - Peço desculpas pela minha demora. 

- O trânsito está caótico? - ele me perguntou.

- Antes fosse. - eu respondi enquanto íamos andando até o carro.

- O que aconteceu? A menina desistiu de me ver? - ele disse enquanto entrava no carro. 

- Você alguma vez teve vontade de socar o seu chefe? - eu perguntei a Raul enquanto o ajudava a pôr as malas no porta malas do carro.

- Não. - me respondeu Raul. 

- Eu tenho. Muita. - fechei o porta malas com força, fazendo Raul dar um pulinho no lugar. - A menina, que se chama Margot, não desistiu de conhecê-lo. - eu disse de pois que entrei no carro. - Eu estava no hospital. 

- Hospital? O que aconteceu? Levou um tiro? Criou mais inimigos e eles vieram acertar as contas? Não, já sei. Você não está mais aguentando tanto trabalho e está perdendo a pose de durão. - eu parei o carro num meio fio. 

- Eu vou mostrar à você agora como que perdi a pose de durão. - quando eu ia tirar o cinto, Raul pôs a mão no meu ombro.

- Sem violência senhores. - ele disse. - somos adultos e não precisamos disso. - eu respirei fundo tentando manter a calma e voltei a dirigir. 

- Margot está internada. - Lorenzo me olhou surpreso.

- O que disse? - ele perguntou.

- Não ouviu? É a idade. MARGOT ESTÁ NO HOSPITAL - eu gritei - Conseguiu ouvir agora ou precisa de um aparelho auditivo? - Raul riu.

- Como você é engraçado, Bieber. - ele disse - Não acha, senhor Rivetta.

- Sim. Ele é quase um palhaço. - respondeu Lorenzo.

- Eu estou dirigindo esse carro e também procurando um poste que esteja no seu lado, porque eu vou bater o carro contra ele e talvez você morra. - eu disse e Raul riu.

- Um comediante. - Disse o secretário.

- Se você rir mais uma vez, eu vou arrancar cada dente seu, para nunca mais sorrir na vida. - eu disse e ele calou-se.

- Por que a menina está no hospital? - perguntou Lorenzo. 

- Por sua culpa. - ele me olhou incrédulo.

- O que disse?

- POR SUA CULPA - eu gritei - Realmente precisa de um aparelho auditivo.

- Você não entende perguntas retóricas?

- Você não faz perguntas retóricas. Está ficando velho, surdo e apenas não quer admitir.  - eu respondi.

- Desculpe atrapalhar novamente - disse Raul - Mas eu gostaria muito de saber o por que da meni... - eu o olhei com cara feia pelo retrovisor - digo, Margot estar internada.

- Ela tentou cometer suicídio. - eu disse - Uma garota descobriu que ela estava sendo renegada por Lorenzo e ficou enviando mensagens para ela, a incentivando a tirar a própria vida, assim não seria um empecilho na vida do pai biológico. - parei o carro num sinal. 

- Convenhamos que ela está certa. - disse Raul que logo recebeu olhares negativos de Lorenzo e meus. 

- A menina não é um empecilho. - disse Lorenzo e eu voltei a dirigir assim que o sinal abriu.

- Margot. - eu disse.

- Que seja. - ele respondeu. - Segue não sendo um empecilho. Atrapalhou minha vida, sim, mas é a consequência dos meus atos na juventude. Como ela está?

- Teve overdose medicinal, mas está acordada. Em observação, mas acordada. - eu respondi.

- E essa menina que mandou as mensagens? 

- Eu já estou resolvendo. Vou tratar de fazer ela ser expulsa da escola. - Lorenzo me olhou como se eu tivesse falado a coisa mais feia do mundo - Sua cara normal já é feia, me olhando assim, me assusta. E eu achei que não tivesse medo de nada.

- Relevando o que acabou de dizer. - ele disse - Você vai apenas fazer a menina ser expulsa? Ela precisa ser processada por danos morais. Ela causou danos psicológicos na minha filha. - eu parei o carro no estacionamento do hospital e o olhei.

- O que disse?

- Quem precisa de aparelho auditivo agora?

- Relevando sua tentativa falha de insulto - eu tirei o cinto e virei melhor na direção dele - Acabou de chamar Margot de filha?

- E ela não é minha filha?

- Grande avanço. Me deixou orgulhoso. 

- Como se eu me importasse com o que você acha ou deixa de achar.

- Senhor, sem querer atrapalhar - disse Raul - Mas acho que Bieber fez um elogio. 

- Ah foi? - disse Lorenzo - Sendo assim, obrigado. - eu sorri fraco e saí do carro. 

Assim que os dois também saíram do carro, eu tratei de o travar. Fomos andando até o interior do hospital. Pedi que os dois esperassem na recepção e fui até o quarto. Margot seguia dormindo, Pierre estava dormindo no sofá do quarto e Jean levantou da poltrona assim que me viu. Depois, ele veio em minha direção e começou a falar baixo, provavelmente para não acordar os filhos. 

- E...? - ele perguntou - Onde está o tal Lorenzo?

- Está na sala de espera junto com o secretário dele. Não o permiti entrar antes de vir falar com o senhor. - Jean concordou com a cabeça. 

- Eu quero conhecê-lo antes de deixá-lo conhecer Margot. - disse Jean. 

- Vamos lá fora. - eu disse e saímos do quarto. 

Enquanto andava pelo longo corredor até a sala de espera, comentei com Jean o que Lorenzo havia dito sobre o processo e ele ficou tão surpreso quanto eu por saber que o Rivetta estava se preocupando com Margot, mesmo depois de ter dito que não queria evolvimento com ela. Assim que cheguei a sala de espera com o senhor Lamartine, o biológico e sua sombra ficaram de pé e vieram em nossa direção.

- Senhor Lamartine, esse é Lorenzo Riveta - eu disse - E ao lado dele está Raul, o secretário. 

- É um prazer conhecê-los - disse Jean.

- Igualmente - respondeu Lorenzo - Como está Margot? Bieber me contou que ela tentou matar-se. 

- Eram muitas informações na cabeça da minha filha, ela apenas não soube digerir tudo. Mas agora está tudo bem e logo logo poderemos ir para casa. 

- Lorenzo veio até aqui para conhecer Margot. - eu disse.

- Eu estou ciente. - respondeu o senhor Lamartine - Neste momento ela está descansando, mas saiba que está muito ansiosa para vê-lo.

- Por incrível que pareça, eu também estou muito ansioso para conhecê-la pessoalmente. - disse Lorenzo - Bieber me mostrou uma foto e eu me permiti olhar as redes sociais dela. Demonstra ser uma ótima menina.

- Ela é sim. Uma garota incrível, eu tenho sorte de tê-la como namorada. - Lorenzo me olhou com uma sobrancelha arqueada.

- Como o que? - ele perguntou.

- Na-mo-ra-da. - eu disse - Você realmente tá precisando ir a um otorrinolaringologista e ver o que é isso. Sua audição está péssima. 

- Como permite que ele namore Margot? - perguntou Lorenzo a Jean.

- O que há de errado? - eu o peitei - Eu cuido de Margot, eu nunca a abandonei, nem quando ela era apenas uma patricinha mimada e cheia de frescuras. Não que hoje em dia ela ainda não seja, mas mesmo assim não muda o fato de que eu nunca a abandonei. 

- O que quer dizer com isso? - perguntou Lorenzo me peitando de volta.

- Bieber, estamos num hospital. - disse Jean me afastando do Rivetta. - Pelo que vejo, se deram muito bem na Itália. - ele disse irônico.

- Não imagina o quanto. - Falou Raul e Lorenzo o olhou com repreensão. 

Margot POV

Acordei sentindo o carinho de dedos sendo passados pelo meu cabelo. Era o meu irmão, assim que ele me viu acordar, sorriu fraco para mim, mas seguiu o que estava fazendo. 

- Desculpa se te acordei. - ele disse.

- Não acordou. - eu disse.

- Por que fez isso, Margot? Você me disse que não iria me abandonar. - eu baixei o olhar.

- Desculpa. - voltei a olhá-lo - Mas o que eu fiz exatamente?

- Papai me disse que você tentou suicídio - eu o olhei com o cenho franzido. 

- O que? Como isso aconteceu?

- Eu não sei te falar em detalhes. Mas você não lembra de nada? - eu neguei com a cabeça e Justin entrou no quarto.

- Olha só quem acordou. - ele disse e veio até mim. - Como se sente?

- Bem, obrigada. - eu disse e ele beijou minha testa. - Chegou agora?

- Não. Quando eu cheguei você ainda estava dormindo. - ele olhou para Pierre - Bom saber que você ao menos sabe cuidar de alguém. 

- Ha ha. Eu sei fazer muitas coisas - disse Pierre e Justin riu.

- Onde está Lorenzo? - eu perguntei e ele me olhou. 

- Está no corredor com Jean. Posso chamá-lo? - eu neguei com a cabeça - O que? Tá andando pra trás? Essa não é a Margot que eu conheço. A menina mimada, persistente, chata, que enche o saco até conseguir o que quer. O que aconteceu? Ela sumiu? 

- Enquanto ele estava longe, parecia que nunca ia acontecer e agora ele está aqui. Estou com medo.

- Não precisa sentir medo. - disse Pierre. - Eu protejo você.

- Ih, a lá. - disse Justin - Não mata nem uma formiga.

- Não me amola, Justin. - respondeu Pierre e Justin riu.

- Eu também vou ficar aqui, caso Pierre não consiga dar conta de tudo sozinho. - disse Justin que logo recebeu um olhar feio de Pierre e eu ri. 

- Missão cumprida. - disse Pierre e Justin o olhou - O que? Aprendi com você.

- E o aluno fica melhor que o mestre. Meus parabéns! Você merece. 

- Ok. - eu disse - Se vocês prometerem não desgrudarem de mim, eu aceito conhecer Lorenzo. 

- Não arredo o pé daqui até você pedir - disse Pierre.

- Tô com o seu irmão. - disse Justin e eu sorri fraco. - Vou chamá-lo. - ele saiu de perto e Pierre segurou minha mão.

- Qualquer coisa, você aperta minha mão mais forte e eu dou uma de esquerda, depois uma de direita e nocauteio ele - disse Pierre e eu ri.

- Margot. - disse Justin entrando no quarto - Esse é Lorenzo. - Um homem entrou atrás dele.

- Olá Margot. - disse Lorenzo.

- Oi. - eu disse e Justin voltou para o lugar que estava antes. Perto de mim.

- Como se sente? - ele perguntou se aproximando da cama.

- Bem. - eu respondi. 

- Fico feliz por saber que está se recuperando. - ele disse e eu apenas balancei a cabeça positivamente. - Quem é esse rapaz? Seu amigo?

- Não, ele é meu irmão. Se chama Pierre. 

- Prazer em conhecê-lo Pierre. - disse Lorenzo.

- Todo meu. - respondeu o meu irmão.

- Não era bem assim que eu imaginava conhecê-la, mas acho que o destino quis que fosse dessa maneira. - disse Lorenzo. - Você é muito mais bonita pessoalmente do que por fotos. Com todo o respeito.

- Obrigada. - eu respondi. 

- Onde está sua mãe?

- Minha mãe morreu ano passado.

- Sinto muito. - ele parecia estar deslocado e eu não passava por baixo. 

- Justin, você pode fazer papai comer? Ele não comeu nada desde que chegou. - eu disse - Pierre também não comeu nada.

- Mas eu não estou com fom... - disse Pierre que logo foi interrompido por Justin.

- Mas vai comer, vamos. - Justin falou e logo saiu do quarto com Pierre, me deixando sozinha com meu pai biológico.

- Seu namorado é legal com você? - perguntou Lorenzo se aproximando mais de mim.

- Sim, ele cuida bastante de mim. - eu respondi. 

- Fico feliz em saber que você está sendo bem tratada. - ele olhou o quarto e voltou a me olhar - O que gosta de fazer?

- A mesma coisa que sua mulher gosta.

- Claro! Eu já imaginava. - ele disse e pôs a mão dentro do blazer  - A propósito, eu trouxe um presente para você. - ele tirou uma caixinha e me entregou - Era da minha tia. Sua tia avó. - eu abri a caixinha e era um anel. - Ela ganhou do pai quando completou quinze anos. E ela me deu para que eu desse a minha filha. - eu fechei a caixinha e estendi a mão para ele.

- Não posso aceitar. - eu disse.

- Por que não?

- É para sua filha. 

- Você é minha filha.

- Apenas no DNA. Porque no papel não é bem assim. 

- Por favor, aceite. - ele empurrou minha mão de leve - Ficarei muito feliz caso aceite.

- Bom, já que insiste. - ele chegou perto e pegou a caixa. 

- Posso? - ele perguntou depois que tirou o anel da caixinha. Eu apenas acenei positivamente com a cabeça e ele pôs o anel no meu dedo - Ficou muito bonito em você.

- Obrigada. Pelo elogio e pelo presente. - eu sorri fraco e ele também. 

- Você é uma garota muito encantadora, Margot.

- Você parece ser legal. 

- Eu não queria vir conhecer você.

- Eu sei. Estava quando Justin quando você disse isso em alto e bom som.

- Mas em algo eu tenho que agradecer ao seu namorado. Ver você fez muita coisa mudar dentro de mim. Acho que quando eu soube que estava no hospital e depois que soube a causa. Eu quero pedir perdão. Por não ter assumido você, independente de onde tenha vindo. Você não teve culpa dos meus erros. 

- Eu não posso perdoar você. A única pessoa que perdoa é o cara lá de cima. Mas... comecemos um uma desculpa. Eu desculpo você. Era jovem, tenho certeza que agiu por impulso. 

- Confesso que imaginava chegar e encontrar uma pessoa totalmente diferente da que estou vendo aqui. Você me surpreendeu.

- Você é exatamente como eu imaginava. - ele baixou o olhar -  Quantos anos tinha quando eu nasci? - ele voltou a me olhar.

- Vinte. 

- Casou cedo?

- Casei com dezenove. 

- Você tem quarenta anos?

- Pois é. Por que? Pareço mais velho?

- Não. Você... Está muito bem para sua idade.  ele riu fraco. - Eu já sei que a minha mãe biológica não é sua esposa.

- Não. Era minha antiga secretária. Giovana, minha esposa, foi minha primeira namorada, minha primeira em tudo. Eu me deixei ser influenciado pelos meus amigos que falavam que eu vivi muito pouco a vida e que merecia conhecer coisas novas. Acabei me envolvendo com Bianca, minha antiga secretária. Foram três vezes, logo depois ela apareceu grávida e Giovana acabou descobrindo tudo. Eu enlouqueci. Eu carrego um sobrenome forte por culpa do meu avô. Eu não podia deixar que fosse manchado dessa maneira. Acabei fazendo coisas sem pensar e hoje eu me arrependo muitíssimo. 

- Você teve seus motivos. Foi pressionado. Imagino como deve ter sido. Se Giovana sabe da sua traição, ela provavelmente sabe de mim. - ele negou com a cabeça.

- Bianca não estava com tantos meses assim. A barriga estava pequena. E eu nunca desconfiei que você não fosse minha filha. Eu tinha mil e um motivos para desconfiar, mas eu não consegui. 

- Você chegou a me ver? - ele pegou a carteira no bolso do jeans, abriu, tirou uma foto pequena e me entregou - Sou eu? - ele afirmou com a cabeça.

- Foi a primeira vez que eu vi você. Bem pequena. Eu não sabia te segurar. Seu primeiro sorriso foi para mim, Margot. Eu gostaria de ter sido o primeiro a ver tudo na sua vida. Os primeiros passos, a primeira palavra, o primeiro dia de escola, o primeiro namorado. Mas eu não podia. 

- Por que eu só estou sabendo disso agora?

- Eu achei que Justin fosse um detetive, antes de entender tudo direito. Que alguma revista o havia contratado e que ele apenas queria denegrir minha imagem. Então eu falei que não sabia de você, depois assumi que sabia, mas que você era apenas uma bastarda. Eu agi como o cara de quase vinte anos atrás, que fez a maior burrada da vida. Mas agora, olhando pra você, eu não sei explicar, eu... 

- Vamos ter muito tempo para conversar. Mas antes, eu preciso sair do hospital. 

- Claro, claro. Tem previsão de alta?

- Talvez amanhã ou depois. - eu segurei a mão dele - Obrigada por ter vindo. Não imagina como está sendo importante para mim conhecer você. 

- Eu digo o mesmo. - ele beijou minha testa. - Eu não vou sair daqui até me certificar que está bem e que todas as suas perguntas foram respondidas. - eu concordei com a cabeça.

- Sua esposa sabe que veio me conhecer?

- Não, eu não contei. Eu quis ver você primeiro antes de tomar alguma decisão. Ela sabe que eu vim encontrar o Jean e eu apenas falei que eram negócios. Mas estou disposto a fazer vocês duas se encontrarem. Giovana é uma mulher incrível e sempre reclama de ser a única mulher numa casa enorme.

- Acredite em mim, eu entendo ela. Sou a única mulher numa casa enorme. É terrível. - ele riu. 

- Quero que se conheçam o mais breve possível. Você... Aceitaria?

 - Será um prazer conhecer sua esposa. 

- E quero que conheça Enzo. Ele deve ter mais ou menos a idade de seu irmão.

- Pierre ama fazer novas amizades. - eu sorri e ele apertou minha mão.

- Me desculpe. Por tudo.

- Está tudo bem. 

[...]

TRÊS DIAS DEPOIS

Estar em casa é a melhor coisa da vida. Eu senti muito a falta da minha cama, dos meus banhos aromatizados, da minha privacidade. Apenas não senti falta da Kyla. O jeito que ela olha para Justin me dá nos nervos. Eu mereço ter uma praga dessas na minha vida. Eu realmente mereço. 

- Está se sentindo confortável? - perguntou papai assim que me ajudou a deitar na cama. 

- Não imagina o quanto. - eu respondi. 

- Deseja algo? Sorvete? Milk Shake? Hambúrguer? Cachorro Quente? Suco? Refrigerante? Beijos do papai? - eu ri.

- Acho que adoraria a última opção. - ele sorriu, tirou os sapatos e deitou ao meu lado. - Você acha que vou te trocar por Lorenzo?

- Eu sei quem criei. - ele disse e eu ri. - Você tem um coração enorme, Margot. Eu sei que sempre serei seu pai, porque eu...

- Você viu meus primeiros passos, minha primeira palavra, me ensinou a andar de bicicleta. Eu já estou cansada de ouvir isso. - ele riu.

- Sabia que sua primeira palavra foi Papai? - eu o olhei.

- Claro que não foi. - eu disse.

- Você quer saber mais que eu? Eu estava presente quando isso aconteceu.

- Vale lembrar que eu também estava presente. A pessoa em questão, sou eu. E eu não falei papai.

- Claro que falou. Eu tinha tirado férias para aproveitar um tempo com meu bombom de caramelo.

- Não pai. - ele me abraçou. 

- Shiu. - ele beijou o topo da minha cabeça - Eu estava aproveitando um tempo com meu bombom de caramelo. E esse bombom de caramelo, fez vários bombons estragados de chocolate - eu ri. - Então, eu tive que trocar a fralda do meu bebêzinho. Daí, quando eu peguei você novamente no colo, perguntei quem era a princesa mais linda do mundo, você bateu palmas e ficou rindo, o sorriso mais lindo que eu já vi em toda a minha vida. Daí, eu e meu bombom voltamos a brincar de cavalinho e foi quando você disse "papa". Eu quase enfartei. Agora me responda, como viveria sabendo que foi o motivo da morte do seu pai. Eu quase morri de emoção e tanta fofura. - eu gargalhei. - Óbvio que eu pedi que você repetisse, mas como birrenta que é, não repetiu, voltou a gritar um monte de coisas inconpreensíveis. Mas... Posso dizer que depois do dia em que oficialmente me tornei seu pai, ouvir sua primeira palavra foi o melhor dia de toda a minha vida. - eu sorri. - Eu amo você, Margot Diane.

- Estava tudo muito bom para ser verdade. - eu disse e ele riu. - Estragou todo o clima pai e filha me chamando de Diane.

- Mas é seu nome. Eu que escolhi.

- Péssima escolha, convenhamos. - ele riu. - Mas eu também amo você. 

- Quero que saiba que eu vou estar ao seu lado em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins. E que eu sempre irei fazer tudo o que estiver a meu alcance para ver você sorrindo. - Ouvir aquilo me deu uma brilhante ideia.

- Faria tudo?

- Tudo!

- Qualquer coisa?

- É só dizer. Tem algo incomodando você?

- Você quis dizer alguém. - ele me olhou.

- O que Bieber fez com você?

- Justin não fez nada. Mas vai fazer se você não fizer o que eu vou pedir.

- O que quer que eu faça?

- Quero que demita Kyla. - ele me olhou surpreso.

- Demitir Kyla?

- Ela está dando em cima de Justin e isso é uma falta de respeito comigo. 

- Calma Margot. Nem tudo se resolve assim. Eu irei conversar com Kyla.

- Ela vai mentir, óbvio. Mas eu conheço uma safada de longe. E ela é uma. Que quer roubar Justin de mim.

- Se Bieber gosta de você, ele não fará nada para magoá-la.

- O coração e o cérebro dele, eu sei que não farão nada. Mas ele tem outra coisa que tem um cérebro próprio e pulsa como um coração bem no meio das pernas.

- Por Deus Margot. 

- Desculpa, mas essa mulher me dá nos nervos.

Justin POV

Eu estava na cozinha terminando de cortar as frutas de Margot, quando Kyla chega visivelmente alterada na cozinha. Ela estava chorando. Eu parei na hora o que estava fazendo e fui até ela. Que diabos deve ter acontecido?

- Kyla? - eu falei e pus a mão no ombro dela - O que aconteceu? Por que está chorando? - ela me olhou e fungou.

- Eu fui até o quarto de Margot para desejá-la boas vindas e a encontrei com o senhor Lamartine. - ela soluçou.

- E o que tem demais nisso?

- Eu ouvi quando ela me chamou de safada e principalmente quando pediu que ele me demitisse. Eu não posso perder esse emprego.

- Margot fez isso? - ela assentiu com a cabeça e fungou. 

- O senhor Lamartine não vai demitir você. Eu irei falar com ele. - eu a abracei. - Não precisa chorar. Vai ficar tudo bem.

- Mas o que é isso na minha cozinha? - perguntou o senhor Lamartine com uma cara nada boa. Me separei automaticamente de Kyla e apenas fiquei o olhando. Me fodi. 



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