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História Turn To You - Flashback


Escrita por: MSCanadian

Notas do Autor


Olha eu aqui escrevendo no meio da semana. Resolvi voltar a escrever pelo celular, é meio ruim, mas pelo menos eu não perco a criatividade. Espero que gostem do capítulo e eu tentarei postar mais vezes durante a semana.
Beijos de luz.
Ass,
Eu!

Capítulo 22 - Flashback


Justin POV

Assim que chegamos em Stratford, me recusei a parar em casa, então fomos direto para a casa de Lorenzo. Quando chegamos lá, toquei a campainha incansavelmente e Enzo abriu a porta. 

-Vocês chegaram! - ele disse e eu entrei na casa.

-Onde está Margot? - eu perguntei. 

-Papai está voltando com ela do hospital. 

-Hospital? - eu disse e o olhei.

-Foi necessário. - respondeu Enzo.

-O que exatamente aconteceu? - Perguntou Jean. 

-Eu não sei de muita coisa, mas ao que parece Lara e as amigas trancaram Margot no vestiário e machucaram ela. - respondeu Enzo.

-O que Margot fez para essas garotas a tratarem assim? - perguntou Jean. 

-Eu vou descobrir o motivo. - eu falei e a porta abriu. 

-Você precisa descansar. - disse Lorenzo entrando com Margot que estava de muletas. 

-Papai? - disse Margot assim que viu Jean. Eu estava fora do campo de visão dela. 

-Como você está? - disse Jean indo até a filha. 

-Bem, eu acho. - respondeu a Lamartine. 

-Precisa de ajuda para subir? - eu disse e ela virou pra me olhar. 

-Justin? - ela disse meio sem acreditar que eu estava ali.

-Vamos. - eu disse indo até ela - você precisa descansar. 

Peguei ela no colo e subi as escadas na direção do quarto que eu já sabia onde era. Margot me ajudou a abrir a porta e eu só a larguei quando tive certeza que ela estava bem confortável na cama. 

-Precisa de mais travesseiros? - eu perguntei e ela negou com a cabeça. 

-O que faz aqui? - ela perguntou.

-Eu desconfiei que tinha algo errado e liguei para o seu amigo. 

-Você deixou Raul encarregado de tudo? - eu ri fraco.

-Eu larguei tudo para vir ficar com você. Quer me falar o que aconteceu? - ela negou com a cabeça. - Tudo bem. Assim que se sentir pronta para conversar sobre isso, eu estarei aqui para ouvir. - ela deu um sorriso de canto. 

-Quando você vai embora? 

-Eu não vou mais deixar você aqui com Lorenzo. Ele não sabe cuidar de você. Eu sei. - ela revirou os olhos e sorriu. - Agora descanse, Lamartine. Eu vou preparar suas frutas em cubos.

[...]

Desci as escadas já preparado para ir atrás da tal Lara. Salvei o número dela no meu celular, porque o encontrei no celular de Margot. Não havia ninguém na sala quando eu passei em direção à saída, mas assim que abri a porta, Lorenzo estava lá. 

-Onde vai? - ele perguntou.

-Não devo satisfações a você. - eu disse e segui andando. 

-Você deve a mim. - disse Jean brotando do chão. Sorte que estávamos longe de Lorenzo.

-Estou indo atrás da tal Lara. 

-Não se meta em confusão, Bieber.

-Me meter em confusão? Você viu o estado que a sua filha está? 

-Não acho que briga resolverá algo. 

-Senhor Lamartine, eu sinto muito em falar isso, mas... O que o senhor acha ou deixa de achar sobre esse assunto, não me diz respeito. Eu vou atrás dessa garota e ninguém, incluindo o senhor, irá me impedir. - virei as costas e sai andando. 

-BIEBER! - gritou Jean e eu parei ainda de costas - Desde o primeiro momento que Margot pisou dentro de casa, eu soube que você seria o mais indicado para cuidar dela. - virei na direção dele - Eu não vou parar você, mas vá com calma. - ele jogou a chave do carro e eu a peguei. - Ligo para você caso eu precise do carro. Vá! 

[...] 

Eu fui até a escola e depois de lutar muito, consegui o endereço da tal Lara. Fui até a casa dela e toquei a campainha. Como não tive resposta, comecei a bater na porta com força, até que abriram. 

-Pois não? - disse um homem mais ou menos da idade de Jean. 

-Eu gostaria de falar com a Lara. - ele me olhou dos pés à cabeça. - ela está? 

-Quem gostaria de falar com ela? 

-O que você é dela? 

-Eu sou o pai. 

-Pai? Que bom então. Posso conversar com o senhor. 

-O que está acontecendo? 

-Sua filha anda aprontando no colégio e eu vim aqui saber o motivo. 

-Do que está falando? 

-Vai me deixar entrar ou não? - ele parou um pouco para pensar, mas me deixou entrar. - Sua esposa está em casa? 

-Lara e ela saíram. - ele disse enquanto fechava a porta. - Agora diga o assunto. 

-O senhor sabe que sua filha anda praticando bullying no colégio? - ele me olhou como se eu tivesse falado a coisa mais feia do mundo. 

-O que está dizendo? 

-Tenho fotos caso queira provas. - entreguei meu celular com as fotos para ele.

-Isso não prova nada. 

-Tem razão. Por que não comparece ao colégio e pergunta a diretora o senhor mesmo? 

-Porque é impossível. - naquele momento a porta foi aberta e por ela entrou uma Lara que eu não reconheci.

-Bieber? - ela disse assim que me viu. - O que faz aqui? 

-Ele veio me dizer que você pratica bullying no colégio. Isso é verdade, Lara? - perguntou o pai dela.

-Claro que não papai. Você sabe que eu não sou capaz de machucar nem uma mosca. - eu segurei o riso - Justin, será que poderíamos conversar aqui fora? - eu relutei bastante, mas acabei indo. - O que pensa que está fazendo aqui? 

-Ah, agora você voltou a ser a capeta que eu conheço. - eu disse. - Eu quero saber o por que de ter feito aquilo com Margot. 

-E desde quando eu te devo satisfações? - segurei o braço dela. 

-A partir do momento que você mexe com Margot, me deve satisfações.

-Você está me machucando. 

-Olha a minha cara de quem se importa. Se seu braço ficar roxo, não vai ser nada comparado ao que você fez na Lamartine.

-Por que você é apaixonado por ela me tendo aqui? Eu não tenho frescura e eu sei que você prefere as coisas mais fáceis. - eu soltei o braço dela.

-Tenho pena do seu pai. Ele está lá dentro achando que a filha dele é uma santa, mas não passa de uma vadia enrustida. 

-Fala mais. Eu adoro quando você fica enraivado. 

-Lara, falta isso - eu fiz um gesto com os dedos - pra eu arrancar todos os seus dentes. Então é melhor você começar a falar antes que eu perca toda a minha paciência.

-Você também é raivoso assim na cama? - ela perguntou e mordeu o lábio inferior - Por que você não me leva pro meu quarto e me bate toda vez que eu sonhar em fazer barulho? Já to imaginando nós dois suando e sem poder dar um pio. Vamos? - eu pus os braços dela pra trás, segurei os dois pulsos com uma mão e com a outra eu puxei o cabelo dela, não com muita força, mas eu sabia que estava doendo. - Eu quero você. 

-E eu quero que você morra.

-Fala mais. Você vai me fazer gozar apenas com palavras. Me beija. - eu a empurrei no chão. 

-Como eu não notei isso antes? Você é mal amada, Lara. E procura em qualquer pessoa um pouco de amor que seja. - Me agachei na frente dela - O meu coração já tem dona e se eu fosse fazer algo com você, não iria ser nada relacionado a amor, sabe o por que? Porque você é uma vadia e vadias são fodidas com força, sem dó nem piedade. Você é suja, por dentro e por fora, pare de lamber o meu saco e vá tratar de virar uma mulher de respeito. - Eu fiquei de pé e sai andando.

-OS HOMENS GOSTAM DE MULHERES PIRANHAS. - ela gritou não muito alto e eu voltei para perto dela.

-Tem razão, eles gostam. Mas sabe qual a diferença? Em público, elas são recatadas e entre quatro paredes elas viram piranhas. Você não. É recatada apenas na frente dos seus pais, paga de boa moça, mas é só eles virarem as costas que você sai abrindo as pernas pro primeiro que vier. Tire o cavalinho da chuva se acha que um dia eu irei comer você. Passar bem.

[...]

Entrei no quarto da Lamartine com uma bandeja, pus na escrivaninha, sentei na cama e comecei a balançá-la lentamente para que ela despertasse.

-Margot? Acorde! Trouxe um lanche. - ela abriu um dos olhos e logo voltou a fechar - você precisa comer, Lamartine. Eu cortei suas frutas em cubos. - dessa vez ela abriu os dois olhos e eu a ajudei a sentar na cama.

-Eu não estou com fome. - ela disse e eu pus a bandeja na cama - Você cortou as minhas frutas? 

-Sim, por que? 

-Porque não está cortada do jeito que você normalmente faz. Você desaprendeu a cortar as minhas frutas ou foi outra pessoa que fez o trabalho por você? 

-Tá igual, Margot.

-Não está.

-Por que não está? 

-Porque eu não como ameixa, banana, caqui e muito menos goiaba. Você vai me dizer a verdade ou não? - Eu suspirei. - Onde estava que não pôde nem fazer o meu lanche? 

-Achei que o que eu faço ou deixo de fazer não te diz respeito. 

-Fale.

-Eu fui atrás da Lara. 

-O que? Por que?

-Porque ninguém mexe com você e sai ileso. 

-Não foi nada demais, eu tô bem. 

-Nada demais? NADA DEMAIS? Margot, você foi pro hospital.

-Grande coisa. Vai dizer que nunca foi ao hospital? 

-Ela precisa pagar pelo que fez.

-Quem decide isso sou eu.

-Não, sinto muito, mas não é você. Não dessa vez. Essa garota foi muito longe. 

-Você é muito exagerado. 

-Pelo contrário, eu sou protetor. Sem falar que eu amo você. - ela desviou o olhar - Não da mais pra continuar assim, Lamartine. Você não sente saudades da gente? 

-Isso não te diz respeito. - ela respondeu ainda sem me olhar.

-Claro que me diz respeito. - Eu afastei a bandeja e fui mais pra perto - É a sua felicidade. - ela me olhou.

-Tá dizendo que eu só posso ser feliz se for com você? 

-Tá tatuado na sua testa e no seu coração. 

-Não começa. - eu fui mais pra perto. - Você está muito perto. Eu posso estar machucada, mas eu ainda consigo bater em você.

-Eu sei que não faria isso. - eu já conseguia sentir a respiração dela acelerando. - Você quer isso tanto quanto eu quero. 

-E-eu não quero vo-cê. 

-Ah não? - ela negou com a cabeça. - E por que não me bateu ainda? 

-Porque eu sou fraca. - eu ri fraco ainda perto dela.

-Você não é fraca, Margot. Apenas pare de negar. - Quando eu estava decidido a beijar Margot, a porta foi aberta. 

-Margot. Finalmente você acordou. Como se sente? - falou Lorenzo entrando no quarto. Eu apenas bufei e saí de lá.

[...]

UM MÊS DEPOIS

Margot POV 

Voltar a independência é maravilhoso e desde que a consegui de volta que desfruto com toda a alegria do mundo. Por exemplo, hoje, eu resolvi ir até a cozinha para preparar um suco verde e ficar o dia inteiro na piscina, tomando um sol, nadando, estamos no verão, preciso de marcas para volta às aulas e graças a Deus elas não serão marcas roxas e sim de sol. 

Pus meu biquini, calcei meus chinelos slide da puma, peguei meu celular e o protetor solar, pus os óculos de sol, meu cabelo agora está num long bom, graças a aquela piranha que cortou, então, como eu não podia prender, apenas joguei pro lado e sai do meu quarto indo na direção da cozinha. 

Desci as escadas, passei pela sala e fui andando até a cozinha, mas parei ao ouvir a voz de Kyla, ela parecia estar falando no telefone. Parei perto da entrada e fiquei ouvindo.

-Agora que ela se recuperou, acho que Justin irá esquecê-la um pouco e eu posso voltar ao nosso plano. - disse Kyla. - Não sei quem bateu nessa garota, mas quero conhecer para dizer que ela está de parabéns. Você sabe que se eu pudesse, já teria empurrado ela escada abaixo - ela riu. - Menina fresca. - ela afinou a voz - aí Justin, eu quero frutas em cubos, aí Justin prepara meu banho, aí Justin eu to carente, me come? Acho que o Bieber não aguenta mais essa lenga lenga. - ela fez uma pausa e riu - Acho a mesma coisa. Ele deve comer ela apenas pra não perder uma noite de sexo, mas ele come tão mal que ela fica assim, cheia de frescura. 

Aí vocês nem imaginam o que aconteceu. Eu não seria eu se não fizesse alguma merda, certo? Certo! Eis que eu deixei meu protetor solar cair no chão. Não fez sujeira, mas fez um barulho que eu tenho certeza que meus amigos escutaram lá na França. 

Kyla automaticamente saiu da cozinha e eu apenas fingi que estava chegando, mas creio que ela não caiu nessa, nem eu cairia e olha que sou meio demente. Ela se despediu da pessoa com quem falava ao telefone e guardou o celular no bolso do avental. 

-Estava falando com algum namorado? - eu perguntei. 

-Não preciso. Eu sei exatamente onde ele está e posso ir atrás dele a hora que eu quiser. - ela respondeu. 

-Sabe que não? - eu disse e ela me olhou - Se você estiver falando do Justin, tenha certeza que eu como PATROA farei questão de deixá-lo bem ocupado hoje. - peguei uma maçã no balcão e sai andando. Dane-se o suco verde, a cara da Kyla me fez ganhar meu dia. 

[...]

Justin estava sentado numa das espreguiçadeiras, com o óculos de sol, apenas olhando tudo o que eu estava fazendo, porque caso fosse necessário, ele viria me ajudar. 

Pude ver Kyla saindo pela porta dos fundos com o saco de lixo para por na caçamba e aproveitei o momento para atacar. Saí da piscina e fui na direção de Justin, me sentei ao lado dele, peguei o protetor e o entreguei. 

-O que? - ele perguntou.

-Preciso passar a cada uma hora. - eu respondi.

-Margot, essa é terceira vez que você vai passar protetor. Pra que tudo isso?

-Eu cuido da minha pele, ok? Agora vamos, saia daí para que eu possa deitar. - ele bufou, mas fez o que eu disse. 

Graças ao meu bom gosto, meus óculos de sol são espelhados, então eu podia olhar diretamente pra franguinha que ela nem sonharia que eu estaria a vendo. 

A cara da Kyla foi maravilhosa. Assim que ela viu Justin passando a mão pelo meu corpo, parecia que ela ia explodir de raiva. Isso mesmo queridinha, ele é meu e ninguém vai tirá-lo de mim. 

-Pronto. Já chega. - disse Justin. - Agora sai daí para que eu possa deitar. 

-Obrigadinha. Você é um amor. - fiquei de pé e fiz questão de beijar o canto da boca dele - Opa, desculpa. - sai andando e pulei novamente na piscina. 

[...] 

Kyla estava no intervalo dela e resolveu ficar na área externa da casa, bem perto de onde Justin e eu estávamos. Confesso que sinto saudades do jeito que ele me desmonta apenas com o olhar e eu quero isso. Não, não, eu sou Margot Diane Lamartine Rivetta, e eu consigo tudo o que quero. 

Sai da piscina e notei o olhar de Kyla em mim. Oh querida, se soubesse o que vai acontecer agora, iria preferir não ficar olhando. 

Fui até Justin e sentei ao lado dele na espreguiçadeira. Ele levantou um pouco o óculos e pegou o protetor solar. Eu tirei da mão dele e pus de volta na mesa. Não Bieber, agora você vai poder passar as mãos em mim sem protetor solar. 

-Não entendi. - ele falou. - Não veio por culpa do protetor? - eu neguei com a cabeça. -Por que veio então? 

-Porque eu estava pensando sobre o que conversamos. - ele me olhou sem entender - Sobre nós, sobre eu sentir saudades, sobre Lorenzo ter interrompido você quando estava vindo me beijar.

-Ah, isso. E o que pensou em relação a isso? 

-Que eu estou com saudades de você. Não quero voltar ainda, mas quero um flashback. Agora. - ele riu.

-Faça-me rir, Margot. Por um momento eu acreditei em você. Por um mísero momento. 

-Eu estou falando sério. - me aproximei dele - Eu quero você, Bieber. - dei um selinho nele - Eu sei que você estava adorando que eu viesse aqui a cada hora para que passasse o protetor em mim. 

-Lamartine, aqui não.

-Por que não? A gente já se pegou nesse mesmo lugar muitas vezes.

-Mas agora é diferente.

-Por que é diferente? 

-Porque se eu beijar você aqui, só paro depois de deixar você sem andar novamente - eu sorri. 

-O que está esperando então? - ele sorriu e sentou na espreguiçadeira de frente pra mim.

-Eu sabia que uma hora você ia ceder. - ele embrenhou uma das mãos no meu cabelo. 

-Uma hora? Eu to cedendo várias.

-Você aguenta? 

-Você não? - ele me deu um selinho e ficou de pé - Onde vai? 

-Eu não vou fazer nada com você aqui. Vamos pro seu quarto, Jean não está em casa. - ele estendeu a mão para mim e eu segurei. 

Ele voltou a pôr os óculos, me abraçou por trás, provavelmente para esconder algo que estava surgindo entre as pernas dele e foi entrando na casa comigo pelos fundos. 

Subimos as escadas na direção do meu quarto e antes mesmo de entrarmos, ele já estava sem camisa. Bieber fez questão de trancar a porta, depois me prendeu nela e começou com os beijos maravilhosos no meu pescoço, eu senti saudades, muitas saudades. 

-Eu vou te fazer minha de novo, Lamartine. - ele disse e me fez enlaçar as pernas na cintura dele - Não acredita o quanto eu to me segurando.

-Eu sei. Tudo foi proposital. - eu tirei os óculos dele e Justin me olhava com o cenho franzido. - O biquíni foi intencional, obrigar você a ficar me olhando e a passar o protetor, tudo intencional. - ele mordeu meu lábio inferior de leve. 

-Você não tem jeito mesmo. - ele deitou por cima de mim na cama. - Com preliminares? - eu neguei com a cabeça. 

-Tô com saudades demais pra esperar. - ele sorriu travesso e voltou a me beijar. 

-Não morde o lábio, eu quero ouvir você. - eu assentoi com a cabeça. 

Ele soltou o nó da parte superior do meu biquíni e logo meus seios estavam expostos para ele. Justin segurou o direito com a mão e atacou o esquerdo com a boca. Eu me contorcia embaixo dele e não prendia nenhum som que minha boca ousasse emitir. 

Desabotoei a calça dele e tive uma ajuda para retirá-la. Eu senti saudades de vê-lo assim, apenas de cueca. Me lembra todas as vezes que dormimos juntos, mesmo sem fazer nada, ele sempre dormia assim. 

Minutos depois, estávamos sem roupas e Justin não deu nenhum aviso prévio para me preencher por completo. Sentir ele em mim novamente me fez ir ao paraíso e voltar em segundos. 

-Eu amo você - ele disse entre o beijo.

-Eu também. - eu respondi entre o beijo e gemidos. 

-Eu sou seu, Lamartine. Só seu. - ele me olhou e eu sorri. 

-Hum... Ah! - Eu gemi.

-Sim meu bem? 

-Mais rá-pido. 

-Não vamos fazer nada rápido, Lamartine. Eu sei cuidar de você. - eu abri a boca, joguei a cabeça pra trás e gemi em negação por ele ter diminuído a velocidade.

-Vá mais rápido. 

-Eu já disse que não. - ele beijou o meu pescoço - Eu vou aproveitar cada segundo de todas essas horas que você cedeu pra mim. 

[...]

-Vamos juntos? - ele perguntou e eu assenti com a cabeça. 

Justin intensificou os movimentos, eu cravei minhas unhas nas costas dele e cheguei ao meu ápice pela quinta vez. Ele veio logo em seguida explodindo dentro de mim, me fazendo urrar o nome dele e cair totalmente acabada na cama. Ele foi parando os movimentos lentamente até sair de mim.

-Hum... - Eu dei um leve gemido quando ele saiu de mim e fechei os olhos logo em seguida. 

-Vai dormir? - ele perguntou e eu neguei com a cabeça - Por que está de olhos fechados, então? - ele beijou a ponta do meu nariz. 

-Por medo, eu acho. 

-Medo do que, Lamartine? - eu o olhei. 

-Não sei. - ele apoiou o cotovelo no colchão e ficou me olhando. - Talvez, seja medo de isso ser apenas um sonho. - ele sorriu. 

-É real, Margot. Bem real. - ele beijou a minha bochecha. - Eu ainda estou com saudades. - eu sorri fraco. - Volta pra mim.

-Eu preciso fazer algo antes de voltarmos.

-Posso saber o que tem que fazer? 

-Provar que estou certa sobre Kyla. - ele bufou e deitou na cama.

-Não vamos estragar o momento, por favor. 

-Você que perguntou. - ele me puxou para deitar a cabeça no peito dele e ficou passando a mão no meu cabelo. 

-Não vamos falar nisso, ok? - Eu assenti com a cabeça. - Descanse, você precisa relaxar depois de tanto exercício - eu ri fraco e olhei para ele.

-Você ainda estará aqui quando eu acordar? 

-Eu não vou perder a oportunidade de acordar com você. - eu sorri e o beijei. - Descansa. - eu deitei de costas para ele e logo depois, ele virou na minha direção e dormimos de conchinha, como há muito tempo na fazíamos. 

[...]

-Aconteceu? - perguntou Giovana.

-Sim! Foi incrível. - eu respondi e sorri. 

-Voltaram? - eu neguei com a cabeça - Perché? 

-Não é o momento. Antes eu preciso provar que estou certa sobre Kyla. 

-Margot, ele já dimostrato que te ama. Perché non para con essa ideia? 

-Porque eu sou assim. Justin não acreditou em mim quando eu comecei a ter essa insegurança em relação a Kyla, então agora eu só sossego quando esfregar na cara dele que estou certa e ele não. - Giovana riu fraco e me abraçou de lado. 

-Mag, minha querida Mag. - ela me apertou de leve no abraço - você é a figlia que nunca tive. - eu a olhei. 

-Você tá falando sério? - ela assentiu com a cabeça. - Eu também gosto muito de você. Eu tava mesmo precisando de uma figura feminina na minha vida e fico feliz que seja você. - ela sorriu - Ham... tem uma coisa que a gente nunca conversou sobre.

-Cosa? 

-Eu nunca perguntei o que você acha de toda essa história. - ela me olhou com o cenho franzido - Disso de Lorenzo ter tido uma filha fora do casamento. Acabo de me dar conta de que nunca perguntei sua opinião. - ela riu fraco.

-Mag, as mulheres sabem quando il marito está pulando a cerca. Con me e Lorenzo, non era diverso. Eu sabia, mas quis que ele viesse parlar con me. O que eu non esperava era que além da traição, também tinha você. Eu não quis incontrarmi con te, mas aí eu percebi que né tu né io temos culpa em questa storia, quem tem culpa é Lorenzo. E oggi, eu agradeço por você estar em nossas vitas. Non parle a Lorenzo. - eu ri. 

-Obrigada por cuidar de mim sem tentar tomar o espaço da minha mãe. Eu realmente tenho sorte nessa vida, sabe? Dois pais, duas mães, dois irmãos. Até que toda essa confusão serviu pra alguma coisa. 

Justin POV 

-Oi. - eu disse para Kyla quando entrei na cozinha. 

-Jean procurou você à tarde toda. - Kyla respondeu. 

-Quem? - ela me olhou e eu arqueei uma das sobrancelhas. 

-O senhor Lamartine. Achei que não precisávamos de toda essa formalidade. 

-Não precisamos, tanto que você me chama de Justin e não de Bieber como os outros, mas com o senhor Lamartine as coisas são diferentes. - ela revirou os olhos e voltou a fazer o que estava fazendo. - Não fica chateada, eu só estou fazendo o meu trabalho. 

-Eu ouvi bem o trabalho que você estava fazendo - Eu franzi o cenho e ela me olhou - Não acredito que depois de tudo, você voltou com Margot. 

-Quem? 

-Me poupe Justin.

-Quando você chamá-la da maneira correta, podemos seguir esse assunto. 

-Então ele acaba aqui. 

-Você que sabe. - fui até a geladeira e peguei uma laranja. 

-Senhorita Lamartine - ela disse - Por que voltaram? - eu fui pro lado dela e peguei uma faca na gaveta. 

-Não voltamos. - comecei a descascar a laranja. - Ela não quis. 

-Então por que ainda insiste? - eu a olhei. 

-Porque eu a amo. - ela me olhou. 

-Não percebe que não existe reciprocidade? 

-O que você sabe sobre minha relação com Margot para estar falando isso? 

-Sei o suficiente para saber que não dará certo. - cortei um pedaço da laranja e pus na boca. 

-Você acredita em destino? - ela me olhou como se eu fosse louco - eu tenho noventa por cento de certeza de que Margot e eu estamos destinados a ficar juntos. - fui até o lixo e joguei a casca por lá. 

-Você está louco. 

-Se estar apaixonado é loucura para você, então eu estou louco. - sentei num dos bancos do balcão e segui comendo a minha laranja - Posso saber o motivo de iniciar esse assunto? E principalmente, o por que de ter mentido? - ela ficou branca. 

-Mentido? Do que está falando? 

-Você disse que Jean me procurou à tarde inteira. O que é mentira, já que ele está em Toronto e provavelmente só volta amanhã. 

-Ah, sei lá. Não me amole. - eu fiquei de pé, rodei o balcão, encostei nele e cruzei os braços. 

-Por que tocou no assunto Margot? - ela largou as coisas na pia e virou na minha direção. 

-Porque eu quero o seu bem. - ela se aproximou. - ela não te faz bem, Justin. Um dia pode ter feito, mas agora é diferente. Você tem que se deixar olhar as outras opções. 

-Você seria outra opção? 

-Talvez. Você gostaria? - ela estava relativamente perto e qualquer pessoa que entrasse naquela cozinha pensaria que estamos juntos. 

-Eu...

-Bieber! - disse Margot entrando na cozinha com Giovana logo atrás. 

-Lamartine. - Eu afastei Kyla de mim e fui até ela - Necessita de algo? 

-Não. Tudo o que eu queria acabei de ter. - eu a olhei com o cenho franzido, mas logo me dei conta do que ela estava falando.

-Ah, não, não, não. - eu disse - Kyla e eu estávamos apenas conver...

-Lembra quando eu falei que sua vida não me diz mais respeito? Pois bem, não temos mais nada para você estar me dando satisfações sobre a pouca vergonha que eu acabei de ver aqui. - Giovana estava me olhando decepcionada. Pare de me olhar assim italiana, você não sabe de nada. - E você queridinha... - Margot apontou para Kyla - ...Mais um deslize e eu mesma farei questão de demitir você. 

-Você não pode. - disse Kyla e eu passei as mãos no rosto. - A única pessoa que pode me demitir é o senhor Lamartine. 

-O senhor quem? - disse Margot - Ah sim, MEU pai. - Kyla revirou os olhos - Eu sempre tenho tudo o que quero, e se eu decidir que quero você fora daqui, você vai pra fora. 

-Veremos. 

-Agora você vai ter o que merece. - Margot fez menção de ir pra cima de Kyla e eu a segurei - Isso mesmo, defende a sua namoradinha. 

-Chega de show, Margot. Vamos. - eu fui a levando para fora da cozinha. 

-Me larga. Você é podre Justin, como aquelazinha também é. - ela se soltou de mim quando já estávamos na sala - Escute bem o que eu vou dizer à você nesse momento - ela disse enquanto apontava o dedo na minha cara - Eu não quero ver você nem pintado de ouro com pedras de diamante. E se algum dia eu sequer pensei em voltar com você, essa ideia acabou de sair da minha cabeça. Eu quero você longe. AGORA! 

-Também não é para tanto, Margot. - ela subiu as escadas correndo. 

-Justin. - falou Giovana - Vai! Io parlo con Margot. - eu dei dois passos na direção das escadas, mas Giovana entrou na minha frente - Per favore, vai! Sto tentando di aiutarti a non piorar as coisas. - eu decidi confiar na italiana. Apenas sai da casa batendo à porta e fui pro meu canto. 

Margot POV

-ESSA PIRANHA ACHA QUE É MELHOR DO QUE EU. EU MATO ELA. - eu já não tinha mais controle sobre mim. Meu corpo estava tremendo de raiva. 

-Calma Margot. - disse Giovana entrando no quarto - Você realmente desistiu de Justin? 

-MAS É CLARO QUE NÃO. Eu sou uma Lamartine Rivetta, não desistimos fácil das coisas. - sentei na ponta da cama - Só estava tentando atingí-lo da mesma maneira que ele me atingiu. - Giovana sentou ao meu lado e segurou uma das minhas mãos - Não aguento mais toda essa confusão. Por que amar é tão complicado? 

-Perché as migliori cosas della vita acontecem depois de uma lotta quasi incansável. Continui a combattere e verá que vai valer la pena. - eu deitei minha cabeça no ombro dela e fiquei ali em silêncio, apenas desejando que acabasse toda aquela confusão. 

[...]

DIAS DEPOIS 

Voltar para a escola era a última coisa que eu gostaria de fazer. Eu me tranquei no meu quarto ontem a noite e passei a noite inteira embaixo do edredom, apenas pensando nos últimos dias. Justin e eu tivemos um flashback, mas Kyla segue na minha frente. Eu poderia simplesmente voltar com ele acabar com tudo isso, certo? ERRADO! Se eu voltar com Justin agora, ele vai achar que eu me arrependi de todas as acusações que fiz sobre Kyla e que agora a acho um anjinho enviado para nós, o que não é verdade. Mas estarmos separados, só dá vantagem a ela. 

Fiquei de pé, fui até a minha escrivaninha e peguei um porta retrato com uma foto minha e da minha mãe. Fui até a sacada, sentei na pequena poltrona que tem lá e abracei meus joelhos enquanto olhava para a foto. O que você faria se estivesse nessa situação, mamãe? Que conselho me daria? O amor tem que ser assim mesmo? Dolorido, cercado de inveja e de pessoas dando a vida para ver o mal? Eu não mereço ser feliz? Sempre digo que tudo o que quero, eu tenho, mas acabei de me dar conta que não é exatamente assim. Eu queria você aqui, mas pelo visto essa é a única coisa em toda a minha vida que eu quero e não posso ter. Você. 

Ouvi a porta ser destrancada, tratei de secar as minhas lágrimas e fiquei apenas ali sentada olhando pro nada. Um tempo depois, senti uma mão no meu ombro, olhei para o lado e papai estava ali, sorrindo. 

-Bom dia sunshine. - ele disse e agachou ao meu lado. - Há quanto tempo está acordada? 

-Não cheguei a dormir. - eu respondi. Nesse momento, ele notou a foto que eu segurava.

-Pensando na mamãe? - eu assenti com a cabeça e ele sentou no braço da poltrona - Sente saudades? 

-Muitas.

-Eu também. - deitei a cabeça na coxa dele. - Mas ela está cuidando da gente onde quer que esteja. - ele começou a passar a mão no meu cabelo - E tenho certeza que está muito orgulhosa da mulher que você está se tornando. - sequei uma lágrima. - Não Mag, sem choro. - ele veio para minha frente e me abraçou - Ela não quer você assim. Nem eu. - ele secou as minhas lágrimas. - Hoje é um novo dia, além de ser o primeiro dia de aula. Você está atrasada.

-Eu não vou hoje. - voltei a abraçar minhas pernas. - Meus primeiros dias sempre são ruins.

-Se você não for hoje, amanhã será o primeiro dia, se não for amanhã, depois também será. Sempre é um primeiro dia e você tem que enfrentá-lo de cabeça erguida. É assim que se vive. 

-Eu estou sem cabeça para ir, papai. Me deixe ficar. - ele negou com a cabeça. 

-Mag, eu sei que dói, eu sei que está difícil, mas não deixe isso vencer sua força de vontade. Eu estou aqui para segurar sua mão e te puxar pra cima. - Eu funguei - Façamos assim, eu busco você, Enzo e Pierre hoje e nós vamos almoçar onde você quiser. Apenas nós quarto. O que me diz? 

-Você só tem apenas trinta minutos de almoço. 

-Quem disse que eu vou trabalhar depois do almoço? Minha bonequinha precisa de mim. - eu sorri de canto - Meu sorriso favorito está quase aparecendo. - eu sorri fraco - mais um pouquinho, eu sei que você consegue. Terei que te chamar de chamar de Diane para conseguir? - eu ri fraco. - Muito bem. - ele ficou de pé e me ajudou a levantar. Bieber já levou Pierre, então, eu faço questão de deixá-la no colégio. - entramos no meu quarto e ele pôs a foto de volta no lugar. - Quinze minutos, ok? Paramos no starbucks para você comprar alguma coisa. - eu assenti com a cabeça. - Amo você, nunca esqueça disso. 

-Também amo você, papai. 

[...] 

-Você está com uma cara péssima. - disse Eric sentando ao meu lado na arquibancada. 

-Sem clima. - eu respondi. 

-Mais treta com o Bieber? - eu assenti com a cabeça e ele suspirou - Você acha mesmo que vale a pena lutar por ele? 

-Nesse momento eu não acho nada. A única coisa que eu acho é que deveria voltar para casa. 

-Senhorita Lamartine. - disse o nosso professor de Educação Física. - Precisamos de mais uma pessoa pra completar o time, pode vir aqui? - eu neguei com a cabeça - Terei que baixar sua nota? - Eu bufei e apenas fui. Chantagista barato. 

Íamos jogar queimado. Apenas as meninas. Fiquei no time oposto ao de Lara e suas seguidoras. Ótimo, ela vai fazer de tudo pra me atingir e hoje eu não estou num dia bom. O jogo começou e como eu disse, ela apenas tentava acertar a bola em mim, o que não dava muito certo. Eu não quis jogar à bola em nenhum momento, até que no fim ficou apenas ela no time dela e eu e uma menina no meu time. Até que ela queimou a garota e ficamos apenas nós duas. Ela estava com a bola e jogou na minha direção, mas eu segurei, ou seja, agora eu posso descontar toda a minha raiva nessa bola pra que ela vá bem na cara dela. 

Lara falou “perdedora” sem som para mim e aquilo foi a gota d’água. Eu juntei toda a força existente nos meus bracinhos fracos e joguei nela. Foi direto na coxa dela, mas pelo visto, doeu. 

-AÍ - ela gritou - VOCÊ FEZ DE PROPÓSITO. 

-SE EU QUISESSE TE BATER, FARIA ISSO COM AS MINHAS MÃOS. NÃO SOU COVARDE COMO VOCÊ. - ela abriu a boca num perfeito O.

-EU VOU ACABAR COM VOCÊ, RECALCADA. 

-PODE VIR, VADIA DE BECO. 

Ela veio para cima de mim e começou a puxar o meu cabelo. Me joguei em cima dela e comecei com as unhadas, ela virou e bateu minha cabeça contra o chão uma vez, mas aí eu virei de novo e segui batendo nela, até que me tiraram de cima dela. 

-CHEGA! - gritou o professor. 

-ME SOLTA, ERIC. - eu gritei - VOU MATAR ESSA VAGABUNDA. 

-VAGABUNDA É VOCÊ, PIRANHA. - disse Lara tentando vir para cima de mim novamente. 

-EU DISSE CHEGA. - gritou o professor novamente. - AS DUAS PARA A DIREÇÃO, AGORA! 

[...]

Entramos na sala da diretoria com o professor e ela já bufou assim que nos viu ali. Provavelmente está cansada de tantos problemas que Lara vem causando, porque eu sou um amor de pessoa, ela que me cutuca.

-O que aconteceu? - perguntou a diretora.

-Lamartine e Scott resolveram sair no tapa no meio da quadra. - disse o professor.

-Ok, isso já atingiu o limite do limite. - disse a diretora meio alterada. - Obrigada professor, volte ao trabalho. 

-Com licença. - ele saiu da sala.

-Você não pode ligar para os meus pais. - disse Lara - Me de mais uma detenção. 

-NÃO! Já chega! Alguém precisa responder pelos seus atos, Scott. 

-ISSO TUDO É CULPA SUA, QUE ATRAPALHOU A MINHA VIDA. - gritou Lara para mim.

-Shiu. Cala a boquinha. - eu disse. 

-E você Lamartine, ligarei para Bieber vir aqui ter uma conversa comigo. 

-O QUE? NÃO, CHAME MEU PAI, APENAS NÃO CHAME JUSTIN. - eu gritei.

-Quando ele te fodia você nem se importava com a presença dele. - falou Lara.

-O que disse? - eu virei na direção dela. - Repete pra eu dar na tua cara de novo, porque acho que você não apanhou o suficiente.

-CHEGA! AS DUAS ESTÃO SUSPENSAS. - disse a diretora.

-NÃO! - falou Lara. 

-Por mim. - eu disse e dei de ombros. 

-Lamartine, você está suspensa por duas semanas e você Scott, devido aos últimos acontecimentos, você receberá um mês de suspensão e eu ainda terei uma conversa muito séria com os seus pais. Agora volte para sala, porque a minha conversa com seus pais será longa. Lamartine, quero que fique. Assim que seu responsável chegar, você irá buscar suas coisas e poderá ir. 

Lara saiu da sala batendo à porta e eu tentei convencer a diretora a chamar o meu pai e não Justin, sem sucesso, claro. Acho que uns quinze, vinte minutos depois, Bieber entrou na sala, com os óculos de sol, a calça preta quase caindo, uma camisa que cobria o espaço que a calça deixava descoberto, uma jaqueta de couro preta e seus inseparáveis tênis. Ele tirou os óculos, me olhou, logo depois apertou a mão da diretora e sentou na cadeira ao lado da minha. 

-Obrigada por ter atendido o meu chamado. - disse a diretora e Justin apenas concordou com a cabeça.

-O que Margot aprontou? - ele perguntou e eu o olhei incrédula.

-O que te faz achar que eu fiz algo? - eu perguntei. 

-Com licença Lamartine. - ele disse - Minha conversa é com sua diretora. - minha boca fez um perfeito O ao ouvir aquilo. - Prossiga. - ele disse para a diretora.

-A Senhorita Lamartine entrou numa briga com a aluna Lara Scott e eu o chamei aqui para que assine os papéis de suspensão de Margot. - disse a diretora.

-Suspensão? - falou Justin. - Você finalmente expulsou a Lara? - ela negou com a cabeça - Então não pode suspender, Margot. 

-Ela pode sim. - eu disse. 

-Margot, seu pai não educou você para interromper a conversa dos outros. - respondeu Justin. - como eu estava dizendo. Lara andou aprontando bastante com Margot e foram coisas gravíssimas. No primeiro deslize da Lamartine, você a suspende? Isso é mais do que errado. 

-Eu entendo o seu ponto de vista, mas...

-Sem mas. Eu não admito essa suspensão. Aceito no máximo uma advertência, que no caso nem precisou de papel para que eu assinasse, já que me fez sair do meu trabalho. 

-Você tem razão. - disse a diretora. - Lamartine, volte para sua aula. 

-Não! - disse Justin. - O pai dela a quer com ele. Então, eu peço que autorize a saída de Margot. 

-Como quiser. Vou preparar o papel. - ela saiu da sala me deixando ali sozinha com Justin. 

-Deveria me agradecer. - ele disse e eu o olhei. 

-Agradecer? Pelo que? Acabar com minha suspensão? Eu queria ser suspensa, ok? 

-Eu sei, por isso mesmo que impedi. Você está no senior, precisa focar no vestibular. 

-Vestibular? E quem foi o louco que te disse que eu quero ir pra uma faculdade? 

-Não sei... talvez um louco chamado Jean Lamartine em parceria com Lorenzo Rivetta? 

-O QUE? 

-Pois é. Eles já estão dando uma olhada em algumas faculdades ideais para você e assim que tiverem tudo pronto, vão entregar para você avaliar. Mas shiu, ninguém pode saber que eu te contei. Segredo de estado. 

-Seu sarcasmo me comove. - ele riu fraco e a diretora voltou para sala.

-Aqui está a autorização. - ela entregou o papel para Justin. - Amanhã, tente não causar problemas, Lamartine.

-Muito Obrigado pela atenção. - Justin ficou de pé e foi me arrastando para fora da sala. 

-Me larga. - eu disse.

-Eu e você vamos ter uma conversa bem seria agora. - ele só parou de andar quando chegamos no carro dele. 

-Preciso pegar minha mochila. 

-Já tá dentro do carro. 

-O que? Como? 

-Um bom mágico não revela os seus truques. Agora entra no carro. - Não contestei e apenas entrei no carro. Justin deu a volta e também entrou. 

-Por que saiu no tapa com ela? Vingancinha? - ele disse enquanto ligava o carro. 

-Não sou tão baixa como você e sua amiguinha. - dei uma pausa e comecei a brincar com a barra da minha blusa - Ela me chamou de perdedora. - Justin me olhou. 

-Perdedora? Por que? 

-Não é óbvio pra você? Porque pra mim é bem óbvio. 

-Por minha causa? 

-Ah querido, o mundo não gira em torno de você. - ele revirou os olhos - Por tudo o que vem acontecendo. Isso de ser adotada, do fracasso decorrente do nosso relacionamento, de ser fraca, tudo isso. 

-Margot, você não é fraca. - ele soltou o cinto e virou na minha direção. - Você é uma garota incrível e forte por aguentar tudo isso de cabeça erguida. E sobre nós dois, você sabe bem que estamos separados porque você quer. 

-Eu disse que é preciso por agora. 

-Se você segue insistindo no assunto Kyla, eu acho que...

-Justin, por favor. Eu não quero falar sobre isso, ok? Meu dia já está ruim demais para mais problemas. Por favor.

-Tudo bem, tudo bem. Desculpe. Onde quer ir? 

-Meu pai não pediu que você me levasse para a empresa? 

-Pediu que eu te levasse pra casa que depois ele te buscaria lá, mas eu posso avisar que você quis ir pra um lugar tranquilo e que depois eu te levo até ele. 

-Você me levaria ao Lakeside Drive? 

-Quer ir ao rio? - eu assenti com a cabeça. - Como quiser. - ele ia voltar a pôr o cinto e eu o interrompi.

-Antes de irmos... - ele me olhou novamente e eu o beijei. 

-Você me confunde, Lamartine. - ele disse encostando a testa dele na minha. 

-Não desiste de mim? E me deixa te provar que eu estou falando a verdade. - ele assentiu com a cabeça e me deu um selinho. - Obrigada. 

-Vamos? 

-Vamos!



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