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História Turn To You - I Want You


Escrita por: MSCanadian

Notas do Autor


Peço perdão pela demora, as coisas por aqui ficaram complicadas e eu acabei meio travada esses dias para escrever. Passei uns três ou quatro dias apenas para escrever esse capítulo. Troquei de celular, agora eu tenho que me adaptar a um jeito novo de usar o spirit, mas o que importa é que eu voltei. Por favor, desculpem a demora, tentarei voltar à rotina normal de postagens. Prometo!
Espero que gostem do capítulo!

Capítulo 7 - I Want You


Margot POV

Abri os olhos e estava no meu quarto. Então todo aquele lance de correr foi um sonho? Espero que ao menos o café da manhã não tenha sido. Sentei na cama e minha cabeça doeu. Na mesma hora, Justin brotou ao meu lado. Ele me fez deitar de novo e sentou na cama. O olhar dele estava cheio de preocupação e culpa. Mas por que ele está assim? 

- Como se sente? - ele perguntou. 

- O que aconteceu? - eu perguntei mais perdida que cego em tiroteio.

- Você desmaiou no meio da nossa corrida. 

- Então aconteceu de verdade? 

- Sim! - ele passou a mão no meu rosto - se algo grave tivesse acontecido com você, eu não me perdoaria. 

- Eu estou bem. Onde estão todos? 

- Saíram. Seu pai e Pierre foram dar uma volta com a sua avó. Acho que ela está mesmo querendo que a gente fique junto. 

- Por que diz isso? 

- Seu pai disse que não queria ir, para cuidar de você. E ela simplesmente falou: "Justin é um bom menino e você o paga para cuidar de Margot. Deixe-o trabalhar em paz e vamos sair".

- E o que isso tem a ver com querer nos ver juntos? 

- Ela piscou pra mim antes de sair.

- Talvez ela esteja a fim de você. - ele me olhou com cara feia - eu estava apenas brincando. 

- Vai pra lá. - eu dei espaço e ele deitou perto de mim - agora eu vou fazer o meu trabalho. Seu pai disse que era para eu cuidar de você. - ele me abraçou. 

 - Você está levando ao pé da letra demais. 

- Você fala como se não gostasse da minha presença - eu o olhei - mas eu sei que gosta. - eu ri e ele me deu um selinho. 

[...]

Justin POV

Já estava de noite quando o senhor Lamartine voltou para a fazenda. A primeira coisa que ele fez foi checar se a filha estava viva e sim, ela estava. Eu estava dando minha habitual volta pela fazenda, apenas para checar se não havia nada de errado, quando escuto o meu patrão chamando meu nome.

- Justin? - ele estava sentado na escada da casa da árvore. Fui até ele e fiquei em pé na frente dele.

- Pois não? 

- O que faz acordado? 

- Apenas fazendo uma ronda antes de ir dormir. Se me permite perguntar, o que o senhor faz aqui acordado a essa hora? 

- Apenas lembrando. - eu sentei ao lado dele. 

- Da sua esposa? - ele assentiu com a cabeça. 

- Eu e ela montamos isso juntos. Claro que tivemos ajuda de umas pessoas, mas nós arquitetamos isso, as crianças ajudaram na decoração. Esse lugar me traz ótimas recordações. 

- Para Margot também. - ele me olhou - lembra que hoje de manhã a Margot ficou domindo até tarde? - ele balançou a cabeça positivamente - pois bem, eu a encontrei aqui. Ela me contou sobre a casa e como vocês passavam o tempo aqui. 

- Margot sente muito a falta da mãe. E eu não posso fazer nada por isso.

- O senhor é um ótimo pai. Apenas siga fazendo o que faz e Margot será muito feliz. Mas, se me permite falar, deixe-a ser um pouco mais livre. O senhor mesmo não gosta de viver em Toronto, podemos ir para Stratford, onde eu nasci, eu cuido de Margot. Posso matriculá-la na escola e ser responsável por ela. O senhor só iria ajudar com dinheiro. Eu me comprometo em fazer o mesmo por Pierre. Eles precisam trabalhar, ganhar o   próprio dinheiro, viver. Pense um pouco sobre isso. Eu aguardo o senhor vir me procurar com a resposta. 

- Não sei não, Bieber. 

- Apenas pense. Por favor. 

- Tudo bem. Irei pensar na proposta. 

- Obrigado. Pense com carinho. Pelos seus filhos.

- Já disse que irei.

- Sim senhor. 

[...]

Margot POV 

Acordei tão cedo que até me assustei. Ainda eram cinco da manhã. Tenho certeza que sou a única acordada na casa. Sai do meu quarto vestida com pijama e pantufas, arrumei meu cabelo num coque mal feito e fui até a cozinha tomar algo. 

Abri a geladeira, peguei a garrafa com água, um copo e sentei num dos bancos que ficam no balcão. Enchi o copo com água e dei um gole, quando eu estava no segundo gole, um grito me fez cuspir toda a água. 

- MARGOT! - virei na direção da voz e Bieber estava lá, apenas com uma toalha na cintura - Porra, que susto. - eu o olhei dos pés à cabeça, mas logo depois desviei o olhar. 

- Me ajude a limpar isso. - eu disse levantando do banco e pegando um pano para limpar a água.

- Não estou em condições de fazer nada. 

- Cale a boca e venha me ajudar. 

Ele bufou, mas veio me ajudar. Depois que terminamos tudo, ele voltou pra onde deveria estar antes de aparecer na cozinha e eu pude sentar e tomar minha água em paz. 

- O que faz acordada tão cedo? - eu dei um pulo no banco quando ele apareceu de novo.

- Da pra pisar forte? - eu disse irritada

- Não! Se eu piso forte, os inimigos sabem que estou por perto.

- Eu não sou um inimigo - ele sentou no banco de frente pra mim.

- Tem razão. Me desculpe. O que faz acordada tão cedo?

- Acho que perdi o sono. Você não tem farda não? 

- Pra que? Gosto de usar bermuda e regata. Isso te incomoda senhorita Lamartine? 

- Não! - pus o copo na boca e tomei toda a água que tinha ali. 

- Está com fome? Posso preparar algo pra você. 

- Quero panquecas - ele me olhou com uma sobrancelha arqueada - com xarope. 

- Tudo bem! - ele batucou no balcão e ficou de pé - algo pra beber? 

- Chocolate quente. O dia está frio hoje. 

- Como quiser. 

Ele começou a catar na geladeira e no armário tudo o que iria precisar. Eu apenas fiquei o observando. Ele pegou uma maçã e com uma habilidade do cão, cortou-a em cubos, pôs numa tigela pequena, pegou um garfo e pôs na minha frente.

- Coma isso enquanto eu faço as panquecas. 

- Mandão! 

- Coma! 

Ele voltou a fazer o que tinha que fazer e eu comecei a comer os pedaços de maçã. Vez ou outra eu o olhava pelo canto do olho. Faz um tempo que eu não tenho aqueles sonhos estranhos que dizem que eu devo ficar com o Justin, porque está escrito nas estrelas ou seja lá onde. 

Eu confesso que hoje o olho diferente, não o vejo mais como o meu segurança, braço direito do papai e melhor amigo do meu irmão. Eu o vejo como homem, alguém que eu gostaria de ter na minha vida, como algo mais que amigo. 

Fiquei perdida nos pensamentos e só voltei a realidade quando estalaram dedos na minha frente. E lá estavam os olhos de mel mais lindos do mundo. 

- Você parou de comer. - ele disse 

- E você é chato - ele sorriu 

- Coma! 

- Quero panquecas. 

- Só vai ter se comer a maçã. 

- Você é chato.

- Já disse isso. 

- Se acostume, pois irá escutar muito.  - ele riu fraco. 

- Vou continuar as suas panquecas. Coma a maçã. 

- Estou comendo. 

[...]

- Tava bom? - ele perguntou quando eu terminei de comer.

- Estava ótimo.

- Obrigado! 

- Bom dia! - disse minha avó entrando na cozinha. - tinham formigas na cama de vocês? 

- Eu acordo às quatro da manhã todos os dias - disse Justin. 

- Eu perdi o sono - eu disse. 

- Tudo bem então. Já comeram? - ela perguntou 

- Justin preparou panquecas pra mim. - eu respondi.

- Ah! Tudo bem então. - ela disse - Ah, Justin! - Justin a olhou - Pierre pediu que você fosse fosse até o quarto dele. 

- Claro! Com licença! - ele disse e saiu da cozinha. 

- Vocês estão namorando? - minha avó perguntou depois que Justin não podia mais nos ouvir.

- O que? Não! Somos amigos - eu respondi. - ele é pago pra me proteger 

- Acho que ele gosta de você 

- Não pira vovó 

- Não estou pirando, falo a verdade - eu a olhei - você gosta dele! 

- Não, eu não gosto. 

- Eu vejo isso nos seus olhos, Margot. Não cometa o mesmo erro da sua mãe. 

- O mesmo erro da minha mãe? 

- Sim! Ela conheceu Jean com quinze anos. Ele gostava dela, ela sabia disso. Com o tempo, ela começou a gostar dele também, mas não falava, preferiu esconder o sentimento. Eles só vieram namorar cinco anos depois. 

- Depois que ela teve o coração partido pelo Antony? 

- Exatamente. Não perca tempo Margot. 

- Meu pai não vai deixar.

- Se você estiver feliz, tenho certeza que ele também estará. 

- Se isso fosse verdade, ele me deixaria ir à uma escola de verdade. 

- Dê tempo ao tempo. 

[...]

Justin estava cortando lenha para acender a lareira hoje à noite. Estava um sol de rachar, ele estava sem camisa, apenas de bermuda, com todas as tatuagens à mostra. 

Papai havia pedido que um motorista trouxesse umas arrumadeiras, já que estamos indo embora amanhã. Pude vê-las observando toda a beleza do Justin, mas apenas eu tinha esse direito agora, certo? Sim, certo! Fingi não ter visto nada e fui andando até o senhor exibido.

- Não tem uma camisa pra vestir, não? - eu disse chamando a atenção dele.

- Não tem coisas de patricinha pra fazer, não? - ele disse parando o que estava fazendo e me olhando. 

- Tem pessoas olhando você - ele franziu o cenho e eu mostrei discretamente com a cabeça. 

- Aah! Que olhem! - ele ia voltar a fazer o que estava fazendo e eu o fiz parar de novo.

- Vista uma camisa - ele me olhou. 

- Margot, está um sol de rachar; eu estou fazendo esforço físico, estou suado, não quero molhar uma camisa. Deixa que olhem. Eu hein! - ele ia novamente voltar a fazer o que estava fazendo, mas parou e me olhou - você está com ciúmes? 

- Ciúmes? Eu? De você? - ri de nervoso - me poupe Justin. De você, eu só tenho é pena - ele riu - quer saber? Que olhem! Tô nem aí! - bati o pé e saí andando. 

- ESPERA MARGOT! - foi a última coisa que ouvi antes de entrar em casa. 

[...]

Eu estava sentada na minha cama, mexendo no celular, sem animo nenhum para comer, estava frio, eu deveria estar tomando chocolate quente agora com a vovó, o Pierre e meu pai, mas me recuso a olhar o Justin. Ele acha que pode fazer piadinhas comigo, mas ele está muito enganado de achar isso. Eu sou a chefe dele. Bloqueei o celular e parei pra pensar um pouco.

E se ele não gostar de mim? Eu não quero ter o coração partido como a mamãe teve com o Antony. Se ao menos ela estivesse aqui para me dar conselhos, eu me sentiria muito melhor. O que ela diria num momento como esse? Para eu seguir meu coração? Talvez fosse isso mesmo. Mas acho que o meu GPS cardiológico tá desgovernado, porque ele está me levando a um beco sem saída. Saí dos meus pensamentos quando ouvi três batidas na porta. 

- Entra! - eu disse a porta foi aberta. 

- Oi! - disse Justin entrando no quarto e fechando a porta - te trouxe um pouco de chocolate quente, já que você não quis descer. - ele sentou de frente pra mim na cama e me deu a xícara fumegante - você está bem? - eu o olhei rapidamente - não, já sei que não está. Quer conversar sobre? - eu neguei com a cabeça, enquanto tomava um gole do meu chocolate. - por que? Eu prometi que não deixaria nada nem ninguém te machucar.

- Não é nada, Justin.

- Foi pelo o que aconteceu hoje à tarde? - eu baixei o olhar. - claro que foi. Por que tudo isso? - continuei quieta - fala comigo,

- Margot. - a porta foi aberta e era o meu pai. - Está tudo bem por aqui? - ele perguntou e Justin logo ficou de pé. 

- Sim senhor! Apenas trouxe um pouco de chocolate para Margot e estou me certificando que ela não queime a boca. Sabe como sua filha é desastrada. - eu o olhei enraivecida. Não sou desastrada.

- Claro! Você está bem Margot? - eu balancei a cabeça positivamente. - tudo bem então. Com licença! - meu pai saiu do quarto e Justin voltou a sentar de frente pra mim. 

- Fala comigo. - eu o olhei - deixa de ser patricinha, fresca e mimada uma vez na vida e age como adulta. - eu dei um tapa no braço dele e esqueci que na outra mão eu estava com o chocolate. Preciso dizer o que aconteceu? Preciso? Tudo bem então. O chocolate caiu em cima de mim. E detalhe, estava quente.

- AÍ! - eu gritei e Justin praticamente pulou em cima de mim. 

- Calma! Fica parada. Eu vou dar um jeito nisso. 

Ele correu até o banheiro, pegou minha toalha e só sossegou quando me viu seca, toda manchada de chocolate, mas seca. Um tempo depois, ele jogou a toalha num canto, se certificou que eu estava bem longe da xícara e sentou na minha frente. 

- Você está bem? - ele perguntou e eu balancei a cabeça afirmando - não fica muda comigo, eu preciso ouvir você dizendo que está bem. 

- Eu estou bem, Justin! Só preciso tirar essa blusa suja. 

- Eu cuido disso. - ele foi até minha gaveta, pegou uma regata e voltou pra perto. - veste isso. Você vai se sentir melhor.

Eu comecei a tentar tirar meu moletom, mas ele enroscou todo em mim e eu comecei a me desesperar por não conseguir tirar, então, duas mãos ágeis conseguiram tirar o pano de mim. Ele estava apoiado nos joelhos de frente pra mim. Eu fiquei da mesma maneira que ele, pus minhas mãos no cabelo dele, o puxei mais pra perto e o beijei. Pra minha surpresa, ele não me afastou como eu achei que fosse fazer, ele pôs as mãos na minha cintura e me puxou mais pra perto. Um curto tempo depois, ele foi deitando por cima de mim e logo estávamos deitados nos beijando. Sem mãos bobas, apenas beijos. Detalhe que eu estava apenas com o top. 

- Acho melhor a gente parar. Seu pai pode entrar aqui - ele disse com a testa colada na minha.

- Tranca a porta. - ele me olhou.

- Sério? 

- Sim! 

- Mas e se...

- Eu dou as ordens aqui. Você é pago pra obedecer.

- Sim senhora! 

Ele foi até a porta, trancou-a e logo depois, já estávamos nos beijando de novo, só que dessa vez, um pouco mais intensamente. O beijo dele é inebriante, eu perco noção de espaço e tempo quando ele me beija. Eu estava perdida em um mundo totalmente desconhecido, quando ele parou de novo. 

- Acho melhor a gente parar. - ele disse sem sair de cima de mim.

- Por que? 

- Porque sim. 

- Defina porque sim.

- Porque você... E eu... E a gente... Sabe? - eu abracei a cintura dele com as pernas e o puxei novamente para um beijo - O que está fazendo Margot? - ele perguntou entre selinhos. 
 

- Eu quero! - ele me olhou - faça! Eu quero! 



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