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História Turning Point - Vermelho


Escrita por: marianalondon

Notas do Autor


"Até um par de asas pode se tornar um peso quando falta coragem"
Zack Magiezi

Capítulo 18 - Vermelho


Fanfic / Fanfiction Turning Point - Vermelho


Três meses depois de ver Thomas pela última vez, erin tomou sentiu seu coração bombear acelerado e descompassadamente quando o notou. Seus cabelos loiros, agora tingidos de castanho claro e seus olhos azuis, quando entraram pela porta do Tribunal fizeram com que ela perdesse o fôlego e por um minuto que fosse, se esquecesse da tensão que estava vivendo naquela atmosfera.
Três longos e promissores meses, ela tinha se lembrado. A sua vida já ia bem. Tinha conseguido emprego em um jornal e por mais que estivesse trabalhando mais do que o permitido por seu corpo, tudo estava começando a se encaixar. Londres tinha o mesmo clima chuvoso das estações que banhavam suas memórias mais remotas da cidade. Tinha conseguido fazer novas amizades. Somente a área amorosa já não ia tão bem assim. Tinha sido intimada a fazer alguns depoimentos para o juiz mas aquilo fora fácil, as terapias estavam mensais já e sua amizade com Becca estava bem. A amiga tinha fundado uma pequena revista mas ainda era muito cedo para começar a contratar, somente estagiários faziam parte do time. Erin ajudava-a sempre que podia mas Becca fazia questão de pagar pelos serviços.
Josh viera a Londres duas ocasiões, não apenas para checar a irmã mas também para ver a namorada.
Erin tinha usado parte do dinheiro que tinha para alugar um novo apartamento. Mais afastado do centro, porém, livre de qualquer lembrança ruim.
O novo começo parecia estar indo pelo caminho certo. Recebia razoavelmente bem e já estava com planos de viajar com Becca para a Espanha no verão. Sempre dizia que ia ver os pais mas adiava, os trabalhos estavam ficando intensos na coluna esportiva a cada dia com o finzinho da temporada de futebol.
Alguns homens tinham tentado se aproximar dela, mas era impossível confiar, certo? Então, Erin preferiu se mânter longe de quem quer que fosse. Seus planos agora eram de comprar uma casa e depois viver o que a vida tivesse para oferecer. Também tinha entrado em um time de rugby amador que fazia treinos aos sábados. 
Erin, percebeu, que estava feliz como há muito tempo não era. Tinha um trabalho no ramo do jornalismo e também estava conseguindo praticar esportes como ela sempre gostou de fazer. Também estava começando a sentir-se mais aberta as pessoas ao seu redor. Já não ficava com medo de ser tocada por um homem ou receber olhares de estranhos na rua.
Seus cabelos estavam mais curtos agora. Ela tinha pouco tempo para cuidar deles e as ondas se intensificavam por isso. A cor parecia mais escura devido aos dias chuvosos e a falta do sol. Tinha recuperado o peso perdido pelos acontecimentos passados. Estava mais viva. E livre.
Quanto a Thomas, ela não sabia bem. Surtiam fofocas e notícias, mas Erin preferia não dar ouvidos. De início, lembrava-se dele todo dia, toda hora, depois, com o tempo, sem sequer olhar uma foto dele, as memórias foram se apagando. Se tornando apenas memórias velhas. As vezes, ela nem sequer lembrava como era o rosto dele perfeitamente. E, isso a assustava. Como era possível a mente bloquear alguém que esteve tão próximo dela...Mas, assim era o melhor jeito para seguir. Sem as tristezas...
Erin saiu de seus pensamentos quando o viu se aproximar dela. Thomas vestia um terno escuro e camisa branca. Estava usando seus óculos de grau e parecia sério. O julgamento já estava começando, então, ela tirou os olhos dele e fitou o juiz.
Notou quando Tom se colocou no banco ao lado dela. Estava sozinha ali, apesar da Côrte estar cheia, ela não reconhecia ninguém. Apesar de saber que as outras mulheres ruivas que estavam por lá ser vítimas de Gabriel também.
— Oi, Erin. — disse Tom quando sentou-se ao lado dela.
— Oi, Tom. — ela sussurrou.
Sem palavras um para o outro, ficaram em silêncio por quase todo o julgamento. Erin queria chorar, certas horas porque a memória do passado ainda a atormentava quando cutudadas, e ver o homem que a fez mal, fazia com que fossem saculejadas dentro dela. Profundamente remexidas.
Erin olhou para Thomas que observava o julgado, ele parecia com raiva mas ela não sabia dizer se era raiva realmente ou impaciência. O que ele estava fazendo ali? Não precisava ter vindo. Apesar do que, ela refletiu, ele também desejava ver a Justiça sendo feita.
Quando o juiz decretou 15 anos de prisão, após ouvir o júri, Erin sentiu que estava mais livre, um pouco. Sabendo que ele passaria um longo tempo trancafiado, ainda que não fosse eternamente. Algo suavizou sua dor, por menor que fosse. Ele a tinha machucado e nada tiraria essa dor. Tinha dado um fim numa relação que ela tinha com Tom...Aquele ser nojento tinha dado um fim na vida que ela tivera uma vez...Contudo, agora ela tinha algo novo pela frente e ouvir isso era um bom recomeço.
Algumas lágrimas brotaram nos cantos dos olhos dela e suas maõs foram para a face. Alguns gritos de alegria e exaltação ecoaram pelo ambiente do tribnunal e Erin pôde sentir uma mão afagar suas costas, mas nesse momento não importava muito, ela só queria liberar as emoções reprimidas. Assim, deixou que as lágrimas escorregassem pelas bochechas. Eram lágrimas de alegria, na verdade, de emoção e não de tristeza, ela notou. Quando abriu os olhos, viu que Tom estava com um sorriso firme e que estava pronto para abraçá-la. Ela deixou-se levar pelo calor do momento e o abraçou.
— Está tudo bem, não é? — ele disse. — Ele vai pra jaula que merece estar. Nunca mais vai machucar ninguém.
— Espero que não...— ela respondeu, ainda abraçada a ele. — Você veio pra...
— Pra estar aqui com você nessa hora...Eu fui vitima também. Eu tive que depor. Só não viemos na mesma data. Eu queria Justiça pra gente. Para essas mulheres. — ele disse olhando ao redor.
Envolta nos braços dele, Erin sentiu calor humano, calor dele...uma fagulha de amor passou pelo corpo dela, acendendo algo dentro dela que a fez recuar e se recompor. Ajeitando a roupa e puxando a bolsa pro ombro.
— Obrigada. — ela disse. Fazendo menção de que ia embora. Já não conseguia mais olhar nos olhos dele.
Mas, Thomas ficou parado, a observando. E colocando-se na frente da parte da saída dos bancos, sem que ela pudesse deixá-lo.
— Quer tomar um café comigo? — ele disse. — Vamos conversar um pouco. Civilizadamente. Eu devo isso a você. — as palavras foram ditas com ternura, Erin percebeu.
A ruiva aceitou e os dois saíram do Tribunal lado a lado, sem falar nada. Ele apontou para um café próximo e os dois seguiram até lá.
— Vamos sentar na parte de dentro, Erin? Estou fugindo dos fotórgrafos, ultimamente. Se me permite.
— Claro. — ela concordou e os dois sentaram numa mesa do café bem no fundo.
Erin ficou olhando pro cardápio por um tempo sem saber por onde começar. Delegou a tarefa ao ator. Ele pigarreou e ajeitou os óculos.
— É, você parece mais...diferente. O cabelo, tudo...está mais bonita.
— Obrigada. É, acho que estou me alimentando melhor do que no mês que estive na sua casa. Eu estou trabalhando num jornal, o The Sun.
Ele deu um leve sorriso e arqueou as sobrancelhas em surpresa.
— Parabéns. Fico muito feliz por você! Eu estou terminando num novo filme, um drama. Estou contracenando com uma antiga amiga, a Jessica Chastain. O roteiro é definitivamente lindo. É um professor universitário de literatura que se apaixona pela aluna mas ele é casado e fica entre a mulher que escolheu pra casar e amar e a menina que faz ele suspirar apaixonado. Você iria gostar...— ele disse com paixão, ela percebeu e aquilo a deixou um pouco balançada. Quando Thomas falava com amor de seus trabalhos, Erin sentia que era mais apaixonada por ele...mas ela não podia perder o foco. Não agora que estava tudo caminhando. — Desculpa, eu falo demais.
— Não, eu gostei. Parece ser muito bom. — ela disse e voltou a olhar o menu. — Já decidiu?
— Ah, já, vou querer o café da manhã completo — ele disse olhando pro outro lado da rua pela vidraça.
Thomas estava alegre por estar conversando com Erin depois de tanto tempo. A fúria que ele sentira dela estava acabada, agora só a saudade o tinha deixado paralisado. Tinha ido não apenas para ver Gabriel ser condenado, mas ele tinha ido para vê-la. Apoiá-la. Dar suporte, oferecer o que não tinha conseguido oferecer antes: todo o seu amor de verdade. Ele tinha ficado esgotado por conviver por semanas com seu coração de pedra, tentando ser uma rocha firme e sem sentimentos, mas aquele não era o verdadeiro Thomas William Hiddleston. Ele era apaixonado e profundamente amoroso. Profundamente carente e necessitado de carinho e sabia que isso o deixava vulnerável e era isso que ele tinha de mais precioso no mundo, sua paixão pelas artes, pela vida, pela família e por aquela mulher. Ainda que tivesse ficado com outras, transado, dançado, bebido com elas, sabia que nenhuma daquelas poderia ter uma grande esperança enquanto seu coração estivesse machucado e sua alma também. 
Observou-a olhar o menu e ficou pensando no quanto ela tinha voltado a ser a mulher daquela primeira noite, apesar do desespero por não ter as chaves, o celular ou a quem a socorrer. Ela tinha voltado ao seu peso normal e estava linda com os cabelos mais curtos, na altura dos ombros. Deixava-a com um ar mais moderno. Estava maquiada também, e o batom vermelho o deixava um pouco excitado, ele confessou em mente.
— Eu vou querer torradas e chá.
— Boa pedida. — ele disse e fez sinal para a garçonete se aproximar. 
Era visível que a moça o reconhecera e estava um pouco nervosa demais pelo fato de ter o ídolo tomando café em seu trabalho. Ela, discretamente, pediu uma foto. Thomas atendeu e Erin bateu a foto com um pouco de bom humor.
— Elas são tão simpáticas...— disse ele observando a garçonete ir buscar os pedidos. — Sempre me elogiando. Acham que eu sou o Loki mesmo, desconfio.
— Fãs...— a ruiva sussurrou. 
Um longo período de silêncio se estabeleceu entre eles. Os olhares se cruzavam e tudo que um queria dizer pro outro era visível.
Erin esfregou as mãos e começou:
— Desculpa, Tom. Desculpa por tudo. Quero ser sua amiga. Não quero que tudo aquilo faça parte da nossa vida nunca mais. Você salvou minha vida. Você não merecia como eu tratei você. — as palavras foram jorradas da boca dela. — Eu sinto muito.
— Não, por favor. Eu agi mal inúmeras vezes. Sou um monstro quando quero ser...disse brutalidades. Lamento por tudo. Tudo mesmo!
— Amigos? — sugeriu Erin colocando uma mão para cima e estendendo-a para ele sobre a mesa.
— Amigos!— ele aceitou o gesto e apertou a mão dela com ternura. Por um tempo mais longo do que Erin julgou necessário mas sempre a encarando. Seus olhos azuis tomando conta do lugar como se fossem maiores do que realmente eram, porque Erin só conseguia exergá-los não importando qualquer outro estímulo presente na cafeteria.
Os pedidos chegaram com certa urgência e ambos sabiam o motivo. Erin deu uma risadinha e Thomas ficou sem graça. 
— Se deu bem...— ela brincou.
— É, as vezes, ser famoso é lucrativo! — ele brincou em resposta e atacou seu prato.
Erin bebericou o chá e comeu um pouco das torradas. Estava sem muita fome, só tinha aceitado mesmo o convite pela companhia. Por outro lado, Thomas parecia não comer há um bom tempo já que estava mais preocupado com a comida do que tudo.
Contudo, na verdade, Tom estava comendo mais por nervoso do que por fome mesmo. Na atual circunstância, tudo que ele queria era beijá-la. Ser amigo era algo bom, estarem em paz era algo que ele apreciava mas poder ser mais íntimo novamente seria ainda melhor. Por outro lado, ele precisava se controlar, sabia que não iria dar mais em nada entre ele e ela além da amizade. tinha certeza disso e não queria se machucar ou machucá-la nunca mais na vida.
— Está delicioso isso aqui. — ele comentou entre uma garfada e outra. 
— Quando estreia The night manager? — ela perguntou mais para manter um diálogo sadio do que por curiosidade. 
— Ano que vem. Não sei a data ainda.
— Pegou o dia de folga, hoje?
— É...peguei. E você?
— Também...precisava vir e ver o que ia dar...Acha que ele ficará os anos todos? Ou sairá por bom comportamento?
— Garanto que a Promotoria fará o suficiente para deixá-lo por lá o tempo todo!
Erin assentiu e refletiu que não era bom criar amebas em sua cabeça. Terminou suas torradas em silêncio e o viu observando-a comer. Ela ficou meio sem graça por isso e se levantou para ir ao toalete.
Thomas permaneceu sentado, esperando por Erin. Ele estava muito entusiasmado por estar comendo com ela. A saudade daquela mulher o tinha deixado de quatro. Tinha ficado muito tempo congelado por puro medo de procurá-la e ser rejeitado mais uma vez. E, deveria ser, por tudo que ele a fez. Por tudo que ela sofreu. Mas, ela estava ainda mais exuberante e a ideia de tê-la para si se chocava com a vontade de deixá-la livre para um novo amor. O que era de pleno direito dela.
Ao retornar, Erin sentou-se e viu que ele já havia pago a conta.
— Você sempre cavalheiro. Obrigada.
Erin tinha ido ao banheiro para se recompôr. Estava sentindo-se um tanto abobalhada pela presença dele. Tinha jogado um pouco de água no rosto e retocado o batom. Contado até dez e suspirado fortemente. Precisava ficar firme em seu propósito inabalável de novo recomeço.
— Uhmm, foi ótimo revê-lo, Thomas. — ela disse, pegando a bolsa e se levantando.
Tom fez o mesmo e colocou a cadeira no lugar. Ambos saíram lado a lado do restaurante. Lá fora. Ele colocou as mãos nos bolsos da calça e a fitou, ajeitando os óculos.
— Foi bom ver você, Erin. De verdade.
— Ah, eu preciso devolver uma coisa pra você, sabe? — ela disse, sem graça. — É que quando você colocou as minhas coisas na bolsa, você colocou o seu cachecol que me emprestou aquela tarde e eu esqueci de te devolver, lembra? Acho que você se confundiu. Ele não é meu, é seu.
O ator riu, um sorriso largo e divertido. 
— Eu dei pra você naquele dia. Emprestar foi uma forma de dar, na verdade. É todo seu. Você fica linda nele. Quero dizer, ainda mais...
Erin fitou o chão, sem saber como agradecer pelo elogio dado.
— Não, faço questão de devolver.
— Você sempre faz questão de devolver tudo, não é mesmo? — ele disse e se recusou a acreditar no que tinha feito. — Desculpa! Desculpa. — pediu alisando os cabelos. — Falei besteira.
Erin engoliu em seco porque não queria brigar. Ela já tinha sofrido demais e desejou que ele apenas calasse a boca. 
— Tudo bem! — ela admitiu: — Eu merecia isso. Karma. Acho que é isso que eles chamam de karma.
— Erin, você quer caminhar um pouco? Estamos os dois livres mesmo...Queria ver o Tâmisa, mas não sozinho...
— Não sei, Tom...não quero brigar.
— Não vamos, eu prometo a você. De verdade.
— Tudo bem, então, vamos.
Os dois seguiram duas esquinas e chegaram ao tão famoso rio. De longe, eles observavam os pássaros se refrescarem dando rasantes na água a procura de alimentos.
Thomas tirou o terno, por causa do calor que estava fazendo naquele dia. Estava tão quente que até mesmo o vestido de Erin se tornara muito. Ela se perguntou se o calor também não era fruto de estar ao lado do loiro.
— São mais de cem pontes ao longo desse rio...É gigantesco.
— Verdade. É lindo. A cor escura dá um toque mais interessante do que se fosse clara.
— Tem razão. Seria diferente. Meio esquisito pensar assim. 
Os dois ficaram olhando quando um pequeno barco passou por eles. Tinha um homem e levava um cachorro. O homem parecia meio brabo mas logo se entreteve manipulando seu barquinho. E, logo após, um enorme barco de turistas passou por eles. 
Thomas e ela estavam debruçados na mureta de proteção do rio, lado a lado e aquilo lembrou-a de como eles tinham retomado o namoro quando ele a resgatou numa noite de chuva fria.
De repente, Thomas se aproximou ainda mais dela. Erin sentiu algo estranho. Ele então, destraidamente apontou para o Aquario de Londres que não estava muito longe dali.
— Eu amo aquele lugar. Você já foi?
— Não...
— Precisa ir. Podemos ir qualquer hora...
Erin fez que sim com a cabeça e apenas observou como ele olhava para a cidade como um menino fascinado.
— Ás vezes, eu esqueço quão lindo isso aqui é! — ele disse mais para si do que para ela. — Lembra daquele dia debaixo da chuva?
— Lembro. Nunca vou esquecer daquela noite, na verdade.
— Tantas memórias...— ele disse. Os braços deles tão próximos que se encostavam. — Tantas coisas que passamos juntos.
— Mas é tudo passado, agora.
— Tem razão. Desculpa. — Thomas murmurou, próximo ao ouvido dela. O vento das palavras dele a arrepiaram na nuca. 
Erin virou-se para encará-lo e seus rostos estavam tão próximos que o que aconteceu em seguida não foi culpa de nenhum deles, mas sim, do amor que nutriam um pelo outro. Seus rostos colaram, e as bocas pediram uma pela outra em urgência, ainda que estivessem em público. As bocas dançaram em um ritmo de alegria. A vontade que Thomas tinha por beijá-la ficou clara quando ele aprofundou o beijo e apertou-a nas costas para trazê-la mais para si. Erin demonstrou que também tinha aquele desejo reprimido, se deixando levar pela vontade e o prazer. O beijo não durou tanto quanto eles necessitavam mas durou tempo suficiente para que os dois ficassem sem fôlego. 
Os dois se olharam, e sorriram um para o outro com certa paixão.
— Desculpa. — ele soltou, ainda com ela nos braços.
— Não foi sua culpa. Eu também quis...
— Você me deixou louco com esse batom. Não resisti mais.
Ela riu e se soltou dos braços dele. Queria beijá-lo mais uma vez, contudo, ela apenas se ajeitou como fazia sempre para pensar no que fazer em seguida e deu de ombros.
— Preciso, ir, Tom. Tenho muitas coisas que colocar em ordem. Minha vida é uma delas!
— Eu amei te ver novamente, Erin.
— Também foi  bom pra mim. Obrigada pelo café, pela companhia e pelo passeio, Tom!
Ele afirmou com a cabeça. Tinha sido maravilhoso, na verdade.
— Podíamos nos ver novamente? — ele disse enquanto ela saia de perto dele com um tchauzinho tímido. A cabeça dela girava e não queria ficar ali ao lado dele por muito tempo para não acabar se deixando levar pela vontade.
— Claro. Você tem meu número! Me liga.
— Não quer carona pra casa?— ele tentou seu último trunfo.
— Eu mudei. estou morando longe...e quem disse que estou indo pra casa?
— Tudo bem. Tchau, Erin.
— Tchau, Tom. — ela disse dando as costas pra ele e indo embora.
Thomas permaneceu no mesmo lugar por alguns minutos. Ele sabia que tinha extrapolado suas próprias regras mas fizera o que seu coração tinha mandado e aquilo era o importante. Ela é linda, constatou enquanto a observava andar para longe dele.
Com um relance, ele sacou o celular do bolso e ligou para ela. Divertidamente, ela parou e atendeu a ligação. Ele podia enxergá-la ao longe, se virando.
— O que houve?
— Quer sair comigo hoje a noite?
— Thomas, acabamos de comer juntos...
— Jura? Pra mim pareceu um tempão atrás.
— Hoje não. Quem sabe outro dia...
— Ok. 
— Tchau.
E ela desligou. Ao longe, ela acenou para ele. Ele acenou para ela e sentiu-se divertido. Em meses, ele estava mais calmo que nunca.





Notas Finais


Continua...


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