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História Tweet Me - Final: Manipulação


Escrita por: JustBeNanda

Notas do Autor


Oi, gente. Eu nem sei como começar isso aqui.

Talvez seja bom começar pelo mais óbvio? Bem, este é o capítulo final. Ou, pelo menos, quase isso; ainda tem um capítulo bônus, mas ele não conta. Para mim, é absurdamente estranho dizer isso de Tweet Me, porque é um projeto no qual eu tenho trabalhado há três anos. Acho que um autor nunca aprende a dizer adeus a uma história na qual dedicou seu tempo e seu esforço. Eu, pelo menos, não sei direito como fazer isso.

Vocês podem até me chamar de dramática, mas a coisa é: Tweet Me foi um marco na minha vida, a primeira longfic que eu publiquei na vida, e a história que me fez perceber que a escrita, para mim, é muito mais do que um hobby. Durante as postagens, li diversos comentários de leitores meus contando que riram com os capítulos, e que esperaram ansiosamente para que eu postasse de novo. Sinceramente, para mim, essa é a melhor recompensa de todas: saber que algo que eu escrevi fez o dia de alguém um pouco melhor. Eu quero continuar com isso até meus dedos e o meu cérebro me implorarem para parar.

Ok, certo, eu estou me estendendo demais. Vou deixar a parte emocional da coisa para as notas finais. Agradecerei se vocês quiserem me acompanhar até lá.

Boa leitura ♡

Capítulo 32 - Final: Manipulação


Fanfic / Fanfiction Tweet Me - Final: Manipulação

 

 

 

 

Algumas pessoas acreditam que você não pode sentir o que outra pessoa está sentindo se nunca tiver vivenciado uma situação parecida. Eu não acredito nisso. Não mais.

Se fosse verdade, toda a confusão de emoções que atravessa meu coração feito corrente elétrica não estaria acontecendo: nem a raiva demolidora, nem a angústia, e nem a vontade de gritar, ou de quebrar louça na parede. Não poderei deixar de me revoltar enquanto existirem indivíduos dispostos a seguir o lema do “os fins justificam os meios”. Não que eu seja uma santa; não é o que estou tentando dizer. Acontece que pisar nos sonhos dos outros para conquistar o seu próprio não é uma coisa muito ética a fazer.

Não, que se dane a ética; isso não é uma questão de moral. É questão de caráter.

As pessoas vivem suas vidas por aí. Enquanto isso, há sempre alguém tentando viver a vida que não é a sua própria: uma projeção falsa, uma ideologia de como elas gostariam que as coisas acontecessem.

Hwa Young é uma dessas pessoas. Quase arruinou a vida de alguém durante seu caminho até o “topo” (ela o chamaria assim, eu não tenho dúvidas). Alguém que, embora tenha recebido uma segunda chance de recolher o orgulho que resta, esparramado no chão feito cacos de vidro, e viver sua própria vida (a vida real, e não a projeção), negou os avisos amigáveis do destino e decidiu insistir no erro.

Fotos.

Fotos de um momento falso.

Fotos de um momento falso, apresentadas de maneira falsa.

Grande parte das pessoas não acreditaria que tudo não passa de uma manipulação de pessoas como bonequinhos de madeira, porque, afinal, são fotos. É normal que julguem os fatos que ocorrem na vida dos outros sem levar em conta o contexto. É normal que ninguém se importe com a verdade, se a mentira parecer conveniente. É normal que manipulem a si mesmos, sem perceber, com um boato que outra pessoa fez questão de propagar.

A manipulação da vez é uma foto. Yoongi, Hwa Young, lábios colados, um beijo, em frente a um restaurante japonês. Se o lado de cá fosse ouvido, descobririam que, na verdade, quem teve a iniciativa de puxá-lo foi ela – e não ele, como a foto dá a entender –, e que os lábios não estiveram colados por mais do que alguns segundos. Por isso, eu sinto raiva. Sei que, no calor do momento, ninguém vai querer ouvir o lado de cá.

Taehyung é uma vítima de um relacionamento abusivo, mas não existe formas de provarmos isso. Por isso, eu sinto angústia. O mesmo desespero que, eu sei, por mais que ele se esforce para esconder, está dilacerando seu coração aos poucos, há meses. O assunto foi esquecido por um tempo, após a declaração que ele mesmo fez, contando o seu lado da história. O problema é que, na internet, nada some de verdade, não para sempre. As fotos me deixam ainda mais angustiada porque, se forem publicadas, ninguém vai mesmo querer acreditar que a história não passa de uma armação muito bem feita. Afinal, pessoas são vítimas de relacionamentos abusivos o tempo todo, e os estigmas da relação, infelizmente, custam a irem embora.

Ainda que o agressor resolva te deixar em paz, ainda que você corte contato e corra o mais rápido que puder para longe, sempre haverá um relâmpago; uma faísca que desafia o espaço-tempo e te faz lembrar de que você é um sobrevivente com cicatrizes. Eu odeio que, neste caso, o sobrevivente seja meu irmão, e as feridas ainda não se pareçam tanto com cicatrizes propriamente ditas.

Pelos dois fatos combinados, eu sinto vontade de demolir a casa de alguém, pedra por pedra, tijolinho por tijolinho. E, se eu, que sou apenas a irmã da vítima, me sinto assim, não posso nem imaginar a potencialização que acontece nas emoções de Taehyung.

Preciso dizer algo que o acalme, mas o que dizer, neste caso? O silêncio, entretanto, parece ainda pior. Sendo assim, busco a única e primeira verdade que está enraizada em mim e deixo que escape dentre meus lábios:

— Taehyung, eu te amo. Nós vamos resolver isso juntos.

Não sei se funciona. Tento externar ao máximo o que as duas frases, unidas, significam para mim através de meu corpo. Assim que ele levanta os olhos, porém, não tenho dúvida: esse brilho vívido, resoluto, é muito diferente do olhar de raiva presente anteriormente. É um tipo diferente de determinação. Taehyung acredita nas minhas palavras e eu posso ficar em paz em relação a isso.

Mas não quero ficar em paz. Recuso-me a fazer isso até que minha palavra seja cumprida.

— Você promete? — Seus olhos, que exibem como em uma vitrine a esperança pendurada por um fio, aprisionam os meus. Eu deveria me sentir soterrada pela quantidade de sentimento que escorre de seu corpo, em direção ao meu. O problema é que eu já estou soterrada nos meus próprios sentimentos. Por isso, quando ele segura os meus ombros com força, o efeito é o contrário ao esperado: tenho vontade de me encolher.

— Prometo. — Soa mais como um murmúrio. Mas não pode soar como um murmúrio, como se eu não tivesse convicção, então repito: — Eu prometo. Vamos dar um jeito. Nós vamos dar um jeito nisso.

— O que há com vocês? Vocês dois estão me assustando... — Hoseok diz, com um sorriso de canto. Contudo, basta um olhar de Taehyung para que a expressão brincalhona dê lugar a uma alarmada.

— O que aconteceu dessa vez? — Yoongi se aproxima, também sério. Não sei exatamente o porquê, mas não consigo encarar meu próprio namorado por muito tempo. Sinto-me encurralada, como alguém que cai em um buraco e não recebe ajuda para sair.

Talvez tenha sido os efeitos da foto. Eu sei que não é real, mas não posso deixar de me sentir... estranha. E, neste caso, eu mal consigo definir a palavra “estranha”; é desconhecido demais para mim. Desvio o olhar para o chão, para, então, tirar o celular da mão de Tae com cuidado e estendê-lo a Yoongi.

— Que diabos... — murmura ele. Depois de segundos vidrado na tela, Yoongi dá mais alguns passos à frente e, com cautela, pega a minha mão. Sussurra: — Ei. Está fora de contexto, lembra? — Não respondo. Ele aperta meus dedos. — Estamos bem?

— Estamos. Vamos ficar. — Até a sensação de segurar sua mão parece diferente, porém, ainda assim, não o solto. Não quero complicar a situação. E, de alguma forma, eu sei que Yoongi está precisando de contato; precisamos estar aqui um pelo outro.

É só uma foto, Julie. Uma foto falsa, com sentimentos falsos. É só isso. Não deixe essa coisa mexer com o seu cérebro.

— Pessoal? O que está havendo? — Namjoon questiona.

Respiro fundo algumas vezes enquanto encaro Taehyung. Yoongi vai até ele e coloca a mão livre em suas costas.

— Hwa Young preparou sua cartada final. A cartada para a qual nenhum de nós estava preparado. — Silêncio na sala. O tempo praticamente para. Todos olham para mim atentamente, alguns sem nem piscar a partir do momento em que o nome da garota é citado. Então, como Marina é a única que continua com a mesma expressão confusa de antes, digo, em português: — A ex do Taehyung atacou novamente.

Agora sim, ela parece compreender a seriedade da situação. Alguém buzina do lado de fora da casa. Marina parece acordar de um transe, e olha para a porta como se visse um fantasma.

— É o taxista — diz ela. Pelo tanto que a conheço, sei que está com vontade de bater na própria cara por ter que sair agora. — Vou mandá-lo embora.

— Não. Você vai perder o voo — respondo preocupada.

— Não vou. Meu voo é mais tarde. Posso ficar mais um pouco...

— Não quero que arranje problemas por minha causa.

— Julie — começa ela, pausadamente. Olha bem nos meus olhos. — Somos melhores amigas. Seria covardia se eu fosse embora agora. Vocês já tiveram que passar por isso sozinhos uma vez; eu posso reagendar o voo, se precisar. Não vou sair daqui até que vocês tenham um plano.

Yoongi solta a minha mão e saca o celular do bolso.

— O que você está fazendo? — pergunto.

— Estou ligando para a empresa. Isso aqui já foi longe demais.

— Vou pedir ao taxista que vá embora. — Marina olha para mim de forma sugestiva, depois caminha com pressa até o lado de fora da casa. Cruzo os braços e espero que, de repente, um milagre caia diretamente do céu.

 

[...]

 

— Precisamos fazer isso de um jeito convincente — diz o diretor da BigHit, enquanto anda de um lado para o outro, em frente à mesa de reunião da empresa. — Se ela não ficar convencida de que realmente estamos dispostos a colocar tudo à prova, não vai ter jeito. A foto vai ao ar e, sinceramente, eu não acho que possamos reverter os efeitos tão rápido, meninos.

— Certo — diz Yoongi. Ele entrelaça os dedos por cima da mesa. — Vamos repassar o plano. Eu vou me encontrar com ela, dizer que tive uma reunião com a empresa e com os outros garotos e que discutimos sobre as fotos. Direi que a BigHit só pensou em uma solução para o caso, se ela estiver mesmo disposta a postar a foto: assumir, por meio de um pronunciamento oficial, que o namoro entre ela e o Taehyung foi só uma estratégia de marketing desde o começo.

— Eu ainda não entendi bem — diz Taehyung. — Em primeiro lugar, por que ela aceitaria se encontrar com você, se ela já tem um plano bolado para nos prejudicar?

— Vamos fazê-la acreditar que temos uma proposta a oferecer em troca das fotos. Algo como dinheiro, ou relacionado a você. — O diretor olha para meu irmão e arqueia as sobrancelhas.

Tae parece pensativo por um instante. Ele se endireita na cadeira.

— Tá. Vamos supor, então, que a Young aceite se encontrar com o Yoongi. Por que, exatamente, ela desistiria de postar as fotos, se dissermos que foi tudo marketing?

— Pela lógica — começo, um pouco hesitante —, se a empresa admitisse que foi uma estratégia de marketing, isso acabaria com o grupo por questões de honestidade. Mas, em compensação... A Hwa Young se tornaria, aos olhos do público, uma pecinha do jogo, que concordou em participar de um esquema sujo para ganhar popularidade para o grupo. A reputação que ela tanto lutou para conseguir deslealmente iria por água abaixo.

— Estamos tocando no ponto fraco dela. Com sorte, Hwa Young vai repensar sobre o assunto — adiciona Namjoon.

Taehyung suspira, cansado. Ele leva as pontas dos dedos aos lábios e franze as sobrancelhas, encarando a mesa fixamente. Então, olha para Yoongi e diz:

— Não quero que vá falar com ela sozinho. Isso seria como brincar com fogo. Não sabemos até que nível ela vai.

— Eu preciso ir sozinho. Senão, a Young pode desconfiar — responde Yoongi.

— Por que eu não posso ir no seu lugar?

— Você tem, ou já teve, vínculos emocionais diretos com ela. Precisa ser alguém que ela conheça menos, se quisermos que Hwa Young caia no nosso jogo.

Taehyung solta o ar, exasperado, e se debruça sobre a mesa.

Hyung, por favor. Eu me culparia para sempre se alguma coisa acontecesse a você por minha causa. Precisamos pensar na sua segurança.

— Não se preocupe, Taehyung — diz o diretor. — Vamos mandar um dos nossos seguranças até o ponto de encontro para olhá-los de longe. Caso ela tente qualquer coisa, o segurança entrará em ação imediatamente. Yoongi estará seguro.

Pela careta de Tae, sei que não gostou da ideia. Dá para ver no seu corpo inteiro. E, para ser sincera, eu também não gosto nem um pouco da ideia de Hwa Young e meu namorado no mesmo lugar, sozinhos. Não por ele, obviamente, mas por ela. A garota já provou ser, basicamente, uma maluca. Entretanto, que outra saída temos? Estamos tomando medidas de emergência. Não há espaço e nem tempo para opiniões alheias; nem a minha, nem a de meu irmão.

— E como vamos ter certeza de que ela realmente não vai divulgar aquelas fotos? — Yoongi pergunta.

— Faremos um contrato provisório. Nada muito elaborado. Só para ganharmos tempo até que os advogados tomem providências dignas. Ela assina, e nós não faremos pronunciamento nenhum.

— Se ela não aceitar...?

A pergunta fica no ar por alguns segundos. O diretor responde:

— Ela precisa aceitar. Caso contrário, podemos ver o que os advogados podem fazer para aumentar o tempo que temos. Duvido um pouco que a segunda medida possa funcionar. O jeito é torcer para que ela concorde com os nossos termos.

Yoongi se afasta da mesa, recostando-se na cadeira, e cruza os braços. Sua postura faz parecer que ele está confiante, mas basta ver seu rosto para saber que é só fachada.

— Tudo bem — diz ele. — Eu vou fazer isso. Vai dar certo.

 

[...]

 

O ponteiro maior do relógio dá mais uma volta. Isso significa que é a centésima vez que ele gira. O que significa, por sua vez, que mais um segundo se passou, e Yoongi continua fora de casa.

Marina deita a cabeça no meu ombro. Enquanto Yoongi esteve fora, ela tentou algumas vezes reagendar o voo para o Canadá, porém, não conseguiu muita coisa. A viagem continuará sendo hoje, até porque ela tem assuntos a tratar amanhã, mas em um horário diferente. Daqui a três horas. Já chamamos o táxi para que ela vá ao aeroporto. Enquanto ele não chega, passamos os últimos momentos de angústia juntas.

Isso é tão decepcionante. Eu não queria que minha última lembrança com minha melhor amiga, da última vez que nos vimos pessoalmente, fosse essa. Nós duas, sentadas no sofá da sala, esperando que meu namorado retorne a casa e diga que vai ficar tudo bem. Parece melancólico demais para mim. Gostaria que pudéssemos nos abraçar, ambas ansiosas somente pela próxima vez que nos veríamos, e não devido a uma operação de emergência. O problema é que as circunstâncias não nos permitem fazer nada disso; a única opção que eu tenho é aceitar a triste realidade.

— Eu sinto muito, irmãzinha. Sinto tanto por toda essa situação. Queria poder ficar aqui, com você, até que pudesse dizer que está tudo bem...

— Mari... Pare. Por favor, não se culpe por isso.

Ela não parece muito convencida de minhas palavras quando afasta um pouco a cabeça de meu ombro para me olhar, mas não contesta. Sendo assim, volto a encarar o relógio.

O ponteiro maior continua girando... Centésima primeira vez contada.

Conto mais algumas (muitas) vezes. O táxi de Marina chega. Não me permito, porém, fazer com que a despedida se pareça mais com um encontro entre amigos em um velório. Abraço-a com força e repito mil vezes que eu e o resto dos garotos ficaremos bem, desejo-a um bom voo, consigo até sorrir por algum tempo. Só até que o táxi saia do meu campo de visão. Então, a expressão inquieta retorna, e só consigo pensar em como Yoongi deve estar assustado com essa situação toda.

Ele não demonstra; eu sei que quer parecer forte para que Taehyung não se sinta tão cercado, assim como sei, também, que ele está tão apreensivo quanto qualquer um nessa sala. Entretanto, Yoongi parece estar no controle da situação, justamente porque luta contra seus sentimentos de medo. Caramba, eu o admiro muito por isso. Não posso imaginar o que aconteceria se ele desabasse na frente dos outros – eu, com certeza, não controlaria minhas emoções.

Outra volta no relógio. E outra. E mais outra.

Duzentas. Duzentas e dez. Perco a conta quando chego às duzentas e... quinze? Algo assim.

Recomeço a contagem do zero. Nada de Yoongi.

Depois de perder a contagem pelo menos três vezes, sinto que vou ficar maluca, e nem é por continuar tentando lidar com números sob pressão (como eu gostaria que fosse por causa disso!). Olho em volta, procurando outra coisa com a qual me distrair. O que vejo, entretanto, não ajuda muito a aliviar o estresse: o resto dos garotos, seis deles, estão sentados no sofá e nas banquetas do balcão, todos com posturas rígidas, encarando pontos fixos e aleatórios.

Taehyung é a personificação do desassossego. Morde as pontas das unhas e troca de posição no canto do sofá a cada quinze segundos. Significa que ele encontra um novo jeito de se sentar, pelo menos, quatro vezes por minuto.

São cento e vinte posições diferentes em meia hora. Eu contei.

Em algum momento, decido andar até ele, em silêncio. Abaixo-me à sua frente e espero que perceba minha presença. Demora alguns instantes – considerando o estado de distração em que meu irmão se encontra –, mas, logo, ganho sua atenção.

— Ei. Você vai fazer uma cratera no sofá se continuar se mexendo desse jeito. — Coloco a mão sobre seu joelho. Taehyung nem tenta sorrir. — Como você está?

Eu já sei a resposta, é claro: pode-se citar qualquer palavra que seja o antônimo de “bem”. Entretanto, li em algum lugar que conversar sobre qualquer coisa com uma pessoa que está extremamente tensa ajuda a distrair. Por isso, cá estou eu, fazendo a pergunta cuja resposta é a mais óbvia do mundo.

— Nervoso. Estressado. Morrendo de medo. E você?

— Estou bem.

Taehyung me lança um daqueles olhares de reprovação que irmãos trocam depois que um deles entrega o outro à mãe.

— Estou bem mal — completo. — Mas não quero fazer a situação parecer pior aos seus olhos, então, prefiro fingir que estou bem e emocionalmente estável. Satisfeito?

Tae desvia o olhar sem responder. Ele passa os dedos sobre os desenhos do sofá. Nesse meio tempo, Jungkook, Jimin e Seokjin começam a conversar baixo sobre alguma besteira, o que torna a sala um pouco menos silenciosa e depressiva. Não são conversas animadas como as de sempre, mas já é melhor do que nada. Volto a atenção ao meu irmão quando ele diz, ainda brincando de contornar o tecido:

— Sabe, eu pensei que isso fosse demorar mais para acontecer. Pensei que as fotos chegariam às mãos dela um pouco mais tarde. Achei que daria tempo para, pelo menos, bolarmos um plano de fuga melhor. Foi rápido demais.

— Eu sei. — Acaricio seu joelho com as pontas dos dedos. — Mas tudo vai ficar bem. Quer dizer... Yoongi está lá, agora, conversando com ela. O máximo que podemos fazer é ser positivos, hm?

— É meio difícil. Meu peito está queimando tanto. Eu sinto como se meu cérebro pudesse explodir a qualquer momento.

Não respondo. É tão ruim vê-lo assim que, simplesmente, não tenho capacidade de dizer nada. Ao invés disso, apenas observo-o.

Ele para de desenhar linhas imaginárias no sofá e faz contato visual. O simples movimento me deixa impactada, como se ele não me olhasse há décadas, e eu nem sei explicar por quê.

— Você tem razão. Tudo vai ficar bem... Eu confio no Yoongi. — Ele respira fundo e repete baixo: — Tudo vai ficar bem... É, tudo vai ficar bem.

— Vai, sim — respondo, mais para mim mesma do que para ele.

Contudo, a essa altura, odeio dizer que eu já não tenho tanta certeza.

 

[...]

 

A porta da frente se abre lentamente. Logo, posso enxergar Yoongi a empurrando pelo lado de fora pela maçaneta. Suas sobrancelhas franzidas e o olhar, um pouco perdido, são mais do que o suficiente para fazer meus batimentos cardíacos se assemelharem aos de alguém que acaba de competir pelos cem metros rasos.

Levanto-me do sofá em um pulo. Tomada pela euforia, pergunto:

— E aí? Como foi?

— Acabou.

Não ouso me mexer. Nem meus olhos mudam de lugar.

“Acabou”? Foi o que ele disse? Não. Eu devo ter ouvido mal. Acabou...?

— Ela não quis assinar?

Será mesmo possível que Young não tenha assinado? Parece possível. Se tiver acontecido, eu não poderei aceitar. Prometi a Taehyung que tudo ficaria bem, e eu não vejo outra forma de resolver o problema, se Hwa Young tiver acabado com tudo. Acabado não assinando.

Espero, e espero. Contudo, Yoongi não diz nada. Estou prestes a perguntar novamente quando, finalmente, ele murmura:

— Não, ela...

Ele faz uma pausa para procurar algo na bolsa de mão preta, que parece estar lotada de coisas inúteis (estou ciente de que deve haver, ao menos, cinco fios ou cabos USB desnecessários ali, porque é o tipo de objeto que Yoongi sempre carrega para cima e para baixo). Por isso, apoia-a no chão e se agacha. No momento posterior, tira uma pasta de lá e, de dentro da pasta, pega folhas de papel grampeadas. Ele levanta-se e ergue o maço de folhas na altura do rosto, virada para nós.

— Ela acreditou. Acabou. Temos a assinatura de Hwa Young, e ela não pode fazer mais nada com a foto sem que a lei a condene.

Não dá tempo de comemorar. Em questão de segundos, Taehyung se levanta do sofá, com pressa, pega as chaves de casa do suporte de parede e vira-se para Seokjin.

Hyung, será que você pode me levar a um lugar?

Seokjin reveza o olhar entre meu irmão e eu, talvez por pensar que eu sei de alguma coisa. Queria eu saber de algo. Estou tão surpresa (e confusa, muito confusa) quanto ele. Faço bico e dou de ombros.

— Aonde você quer ir? — pergunta ele a Taehyung.

Tae divide o olhar entre todos na sala, depois para o chão.

— Preciso ficar sozinho para pensar.

Jin pega as chaves da van do suporte e segue Taehyung. Juntos, eles saem de casa. Jimin solta um suspiro alto e Hoseok ergue as sobrancelhas.

— Aonde ele foi? — pergunta Namjoon, apontando com o polegar para a porta.

— Eu não faço ideia — respondo.

É mentira. No segundo seguinte, já tenho altas suspeitas de que Taehyung esteja indo à casa de nossa avó, onde fica a casa na árvore de nossa infância. Eu entendo. Céus, eu entendo tão bem. Existem coisas que só começam a fazer sentido quando separamos um tempo para deixar os pensamentos correrem sem correntes presas a seus pescoços.

— Devemos ir atrás dele? — Hoseok parece prestes a perseguir a van até que Seokjin freie, e só pensar na cena me deixa com um pouco de vontade de rir.

Quando a graça passa, nego com a cabeça.

— Não... Acho que ele só precisa de um tempo sozinho.

Finalmente, consigo respirar. Respiro de verdade, sentindo o ar enchendo e se esvaindo de meus pulmões. Sinto-me aliviada.

Sei que ainda não estamos livres de Hwa Young. Um contrato assinado não significa que todos os nossos problemas com a ex de meu irmão desaparecerão em um piscar de olhos. Significa que demos o primeiro passo para que a cicatriz se pareça com uma cicatriz. Significa que conseguimos tempo e, o mais importante, espaço, para que, pela primeira vez, um vidro embaçado revele a si mesmo como um espelho.

Em silêncio, todos se colocam ao redor da mesa de jantar, cansados demais para festejar o desdobramento do caso. Depois que Yoongi entrega o contrato para que os garotos leiam, aproveito o vazio de atenção e envolvo a cintura dele com os braços. O gesto não demora a ser retribuído na mesma intensidade.

Yoongi apoia a cabeça em meu ombro. Os outros estão discutindo em tom baixo sobre as cláusulas do contrato de emergência, o que me dá a oportunidade perfeita para aliviar a tensão.

— Posso te contar um segredo? — sussurro.

— Claro.

Aproximo mais a boca de seu ouvido para poder falar mais baixo.

— Eu fiquei um pouco assustada. Achei que ela não acreditaria na nossa história.

— Eu sei. Eu também.

— O que você disse a ela, Yoongi? — pergunta Namjoon. Yoongi se solta de meu corpo para olhar para o líder. — O trato parece ser um pouco mais difícil de conseguir, se consideramos todos os requisitos. Como você a convenceu de “não marcar, nem mencionar, o nome dos envolvidos, Kim Taehyung, Min Yoongi, ou qualquer um dos outros integrantes do grupo musical BTS, em nenhuma rede social, incluindo o Twitter e outras contas pessoais, sujeito à punição perante a lei”? — ele lê.

— Eu só fiz exatamente o que me instruíram. Disse que a BigHit entraria no caso com um pronunciamento oficial entregando o “relacionamento falso”, e, a partir disso, ela não apresentou resistência. Por um instante, eu até senti pena, pela expressão assustada que a Young fez. — Ele cruza os braços. — Ela concordou em assinar, foi só isso.

— Impressionante — diz Jimin. — A praga escondeu as garrinhas diante do rei Yoongi. — Ele caminha em direção à cozinha, mas faz uma pequena pausa quando passa ao lado de Yoongi. — Não sinta pena dela. Ela quebrou o coração do Taehyung, e pessoas que quebram os corações dos nossos irmãos não são dignas de pena.

— É! — Namjoon grita, do outro lado da mesa. — Taehyung é o nosso irmão!

— Ei! O Taehyung é o meu irmão — retruco, cruzando os braços.

— Tá legal, Julie, mas eu vivi com ele há mais tempo — Jimin usa seu melhor tom de desdém. — Direitos iguais.

É claro. Direitos iguais. A cota de provocações já estava quase zerando por hoje, e Jimin não poderia permitir que esse feito histórico acontecesse. De repente, tenho vontade de... Argh. Tenho vontade de...

Atirar um prato de porcelana bem na cabecinha bonita dele. Um prato de porcelana bem, bem grande, como um daqueles que quebram nos filmes de casamento grego.

Entretanto, não dá para jogar prato nenhum na cabeça dele, porque: 1- até onde eu sei, os garotos não possuem muitos pratos em casa, quanto mais pratos grandes de porcelana, e, 2- Jimin sabe que estou brava e, espertinho, já correu para a cozinha.

Não importa. Inspiro de maneira profunda, depois solto pela boca. Uma vez que a irritação passa, sinto-me estranhamente… Leve? E cansada. Parece que, de repente, as altas taxas de energia que gastei com a ansiedade foram retiradas à força do meu corpo. Não há mais fotos, nem ex-namoradas aproveitadoras, nem boatos falsos. Pelo menos, não por agora. Eu poderia, no estado em que me encontro, deitar no chão e dormir aqui mesmo.

Acontece que, ao olhar ao redor, percebo que Yoongi descansa no sofá. Eu é que não sou a idiota que vai perder a chance de se aconchegar a ele.

 

[...]

 

 

Cinco semanas depois.

 

— Por que o Jin não pôde vir com a gente? — pergunto.

Yoongi segura a porta para mim quando todos nós decidimos entrar em uma cafeteria. As ruas de Seul, por algum motivo, estão lotadas como nunca, ainda que, a meu ver, esteja frio demais para andar pelo centro da cidade a plenas nove da noite.

Felizmente, o local que adentramos está com o aquecedor ligado. Quer dizer que, diferentemente do que eu pensei, meu nariz não vai congelar e cair do meu rosto nos próximos dez minutos (eu espero que não.)

— Assim que saímos da empresa, ele teve que comparecer a uma reunião com o elenco do kdrama — responde Yoongi.

— Tarde assim? — Arqueio as sobrancelhas. Estou mesmo surpresa. — Ele não vai ficar exausto? Vocês têm trabalhado duro por causa do comeback.

— É, foi o que eu pensei. Mas ele disse que não tem problema, que gosta do que está fazendo, então eu não contestei.

— Ele gosta é da garota que contracena com ele, isso sim. — Jimin esfrega e bafora as mãos para se livrar do frio.

— Jimin! — ralho. Seokjin não está aqui, então eu tenho que fazer esse papel por ele. E, também, eu meio que gosto de bater de frente com o Jimin sempre que tenho a oportunidade.

— Se o Jin hyung não abrir mais os olhos amanhã de manhã, eu direi que eu avisei — diz Jungkook.

— Onde está Taehyung? — questiono. Olho em volta; nem sinal do meu irmão. — Vocês largaram meu irmão do lado de fora?!

Eles param na metade do caminho até uma mesa comprida. Jungkook me segue até a porta, e saímos do estabelecimento, procurando por Taehyung.

Tem muita gente circulando do lado de fora, então é difícil de enxergá-lo. Legal. Ótimo momento para se perder, Taehyung. A sorte é que eu me lembro de que ele está usando um gorro vermelho na cabeça, então só preciso buscar pela cor e logo o encontro. Puxo Jungkook pela mão em direção ao meu irmão, que está...

Ok. O que, exatamente, ele está fazendo?

Taehyung está parado no meio da calçada, sorrindo como nunca. Existem três garotas – montinhos de agasalhos e cachecóis – paradas em frente a ele, também sorrindo. Parecem bem tímidas, talvez até envergonhadas. Uma delas estende um bloquinho de anotações e uma caneta na direção dele, e Tae toma os dois objetos, sem hesitação. Sua expressão é de extrema satisfação, então eu me pergunto se, talvez, aquelas não possam ser...

Ah, meu Deus. Taehyung está dando um autógrafo?

Jungkook parece perceber a mesma coisa que eu, porque, em questão de segundos, corre até lá. Ele reverencia as garotas, em um gesto de respeito, e elas fazem o mesmo. Assim que Taehyung entrega o bloquinho de volta à garota de franjinha, ela o entrega a Jungkook, junto à caneta. Ele os aceita. As garotas riem e se entreolham, parecem querer se afundar mais ainda na montanha de roupas de frio, de vergonha. Kook olha para mim, de longe, sobe na ponta dos pés e faz um sinal positivo com o polegar, sorrindo. Gracinha. É óbvio que não tem como não sorrir de volta.

Eu me sinto tão feliz por eles. De algumas semanas para cá, o grupo tem ganhado certo destaque na mídia, por diversos aspectos. O primeiro deles é a estreia de Mission: School Rush, que ocorreu há três semanas. Yura estava certa: o público adorou. A campanha de divulgação foi imensa, não só por parte da empresa, mas pelos próprios expectadores, como um processo natural. Tenho que confessar que não fiquei tão surpresa, porque não esperaria menos de um reality show que foi ideia do Yoongi. Modéstia à parte.

O segundo fator é o comeback, que aconteceu pouco tempo depois, ao fim da semana passada. Os dois, somados, trouxeram uma quantidade considerável de novos fãs, e isso fica evidente principalmente quando saímos de casa. Algumas pessoas me reconhecem, de vez em quando, mas a maior parte delas sabe quem, ou o quê, é BTS. Eu não poderia ficar mais orgulhosa quando nos param na rua para perguntar se meu irmão é Kim Taehyung.

Tudo está, finalmente, entrando nos eixos. Meu irmão, meus amigos e meu namorado estão vivendo o sonho deles e começando a serem reconhecidos por isso. Taehyung está feliz; passa por um processo lento e que exige tempo de reaprender a confiar nas pessoas. Apesar de tudo, ele sabe que, não é porque uma garota idiota se aproveitou da boa vontade dele, que todas as outras pessoas vão fazer o mesmo.

Às vezes, ele precisa de um tempo para pensar. Taehyung tem frequentado o fundo do quintal de nossa avó quase que a cada três dias. Quando ele me chama para ir junto, eu mal penso duas vezes; subimos e ficamos em silêncio, por horas, só encarando um ao outro (e, eu juro, eu nunca mais caí da árvore depois daquela outra vez). De vez em quando, ele me conta parte dos pensamentos que passam pela cabeça dele, e eu tento ajudar o máximo possível.

O Tae tem receio de fazer certos tipos de postagem na internet. Não gosta de ler as críticas, ainda que sejam positivas, porque, de alguma forma, ainda teme que a mídia distorça as informações sobre ele, ou volte a comentar sobre o escândalo de Hwa Young. É compreensível, depois de tudo pelo que ele teve que passar.

E, quanto a Hwa Young? Nem sinal dela desde o último episódio com Yoongi e o contrato. Fiquei sabendo que a empresa arranjou um jeito de puni-la por calúnia, mas não quis perguntar sobre os detalhes. Para mim, o que importa é que ela fique bem longe de todos nós, só isso. Está funcionando até agora, e eu espero que ainda dê resultado para sempre. Tipo, para sempre mesmo.

Taehyung vai se recuperar totalmente, um dia. Eu sei que vai. Acredito que todos nós aprendemos a lidar com traumas individuais, só precisamos ter paciência suficiente para que, aos poucos, eles se tornem cicatrizes.

— Julie? Vai ficar aí parada, gracinha? — Jungkook está balançando uma mão em frente ao meu rosto, como se tentasse me acordar de um transe. Balanço a cabeça e pisco algumas vezes. Ele dá um sorriso pretensioso. — Estava pensando no Yoongi, né, safada?

— Claro — minto. — Estava pensando em como seria divertido se Yoongi jogasse todos os seus videogames no lixo. Assim, pelo menos, eu conseguiria dormir em paz, sem você e o Taehyung discutindo por causa de jogo.

— Radicalismo demais, Ju. Radicalismo demais — diz Tae. Ele solta uma risadinha infantil e enlaça o braço ao meu, para, depois, me puxar em direção ao café.

Nós três encontramos a mesa onde os outros estão sentados e nos juntamos a eles. Como fico ao lado de Yoongi, é fácil para ele tocar minha mão e enlaçar os dedos nos meus. Ele me entrega uma caneca de chocolate quente e diz “pedi para você”. É claro que eu quase me derreto por dentro, apesar de, por fora, me sentir como... Bem, como um picolé gigante.

Jungkook e Taehyung contam animadamente sobre o ocorrido do lado de fora, mas, por algum motivo, Yoongi não parece prestar muita atenção. Está encarando nossas mãos unidas há tempo demais.

— Yoongi?

— Onde está seu anel? — Ele olha para mim.

— Ah… isso. — Rio envergonhada. — Fiquei com medo de perder hoje cedo, no clube de basquete, então tirei. Esqueci de pôr de volta.

— Não acredito que você está me trocando pelo basquete que eu mesmo te ensinei a jogar. — Yoongi faz bico. — Coloque o anel de volta. É meio assustador te ver sem ele.

— Tá certo, Açúcar Azedo 123. Vou voltar a usar o anel quando chegarmos em casa. Não faça bico de propósito, você sabe muito bem o que eu penso disso.

— Ah, assim? — Ele faz bico de novo, depois sorri. Inferno. Eu preciso beijá-lo.

— Da próxima vez, eu mordo você. Mordo de verdade.

— Uh. Estou morrendo de medo.

— Pessoal? — chama Jungkook. Só então percebo que a mesa toda está em silêncio, olhando para mim e Yoongi. Opa. — Detesto atrapalhar o momento “vamos deixar o resto da mesa de vela” de vocês, mas é realmente importante. Quero propor um brinde.

Meu amigo estende a caneca vermelha sobre a mesa.

— Vai propor um brinde com chocolate quente? — provoco.

— Exato, Julie. Se a senhorita me permitir. — Ele arqueia as sobrancelhas. — Um brinde... Aos nossos primeiros autógrafos e ao tempo de sucesso que está por vir!

Hoseok e Namjoon começam a gritar – literalmente – no meio da cafeteria, Jimin e Taehyung batem suas xícaras uma na outra sem parar, e, eu juro, talvez morrer fosse melhor do que passar essa vergonha. Mesmo assim, estou rindo, porque todos os outros estão também. E, quem sou eu para negar um brinde? Levanto minha xícara quente e bato-a contra a de Seokjin. Ele pisca para mim.

Pode parecer estranho, para alguém de fora, ver um grupo de jovens fazendo barulho numa cafeteria às nove da noite. Deve ser mais estranho ainda perceber que só existe uma garota entre eles, e que ela também está agindo feito uma idiota inconveniente. Está tudo bem. Nesta noite, eu não pretendo ligar para o que outras pessoas estão pensando. O que importa é que os meus garotos estão felizes, e que, quando presencio momentos assim, tenho a impressão de que estou no lugar certo.

Taehyung sorri para mim do outro lado da mesa. E esse é, com certeza, o lugar certo para estar.

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Como não sei (e não tenho certeza se quero) dizer um "tchau" a Tweet Me, decidi fazer desta uma nota de agradecimento.

Obrigada, Ana (@yoonkookrules), Chris (@sugatears), Gabi (@kwongabi) e Pudim (@frambol), minhas garotas que me ajudaram com todo tipo de problema, desde buracos (ou despenhadeiros) no plot, até as crises de escritora ("esse capítulo ficou esquisito", "Tweet Me é flopado"). Eu juro que, sem vocês, eu provavelmente teria parado na metade.

Obrigada à Maju, @yoondaegu, minha Julie da vida real, a pessoa que me desafiou nas férias de 2016 a escrever uma história com o Yoongi. Você deu início a Tweet Me e foi minha primeira leitora, quando eu ainda não publicava minhas histórias por medo. Sou grata por todo o apoio, irmãzinha.

E, por fim, devo agradecer a você, leitor, que, de alguma forma, veio parar até aqui e escolheu ler até o final. Sem você, nada disso faria sentido. Obrigada aos leitores que comentaram em todos os capítulos, aos que comentaram de vez em quando, aos que deixaram um favorito ou adicionaram a história a uma lista de leitura, e aos leitores fantasmas (vocês também são importantes)! Vou guardar cada coisinha que vocês me disseram no fundo do coração ♡

Espero que vocês mantenham a Julie, o Yoongi, o Taehyung e o resto dos personagens em algum cantinho da memória de vocês. Dessa forma, eles continuarão vivos para sempre.

Obrigada para quem leu até aqui. Eu prometo que nos veremos logo (eu ainda preciso postar o capítulo bônus de Tweet Me). Até a próxima! ♡

→ Outras fanfics escritas por mim:
Não Deixe-o Entrar (Oneshot Jungkook) → https://www.spiritfanfiction.com/historia/nao-deixe-o-entrar-14849813
Da Suécia, Com Amor (Three-shots J-Hope) → https://www.spiritfanfiction.com/historia/da-suecia-com-amor-15839908


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