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História Tweet Me - Nada de mais... Ou quase isso


Escrita por: JustBeNanda

Notas do Autor


AOOOOW GENTE, CHEGUEI! Antes de tudo, quero agradecer muito por continuarem comentando, isso me incentiva demaaais a escrever <3

Por favor, LEIAM AS NOTAS FINAIS. Precisamos conversar sobre um assunto muito IMPORTANTE, referente à frequência de postagens. Agora sim, aí vai o capítulo.

Boa leitura, xuxus! Nos vemos nas notas finais <3

Capítulo 9 - Nada de mais... Ou quase isso


Fanfic / Fanfiction Tweet Me - Nada de mais... Ou quase isso

 

 

Dou um pulo para trás, enquanto meu coração bate bem mais rápido do que deveria. Meu Deus, eu estou ferrada. Eu estou muito ferrada.

Tudo bem, poderia ser pior. Eu não gosto nem de imaginar o que seria de mim caso o cara parado no final do corredor fosse Jimin, Taehyung, ou –pior! – Yoongi. Mas não é. Isso deveria ser suficiente para me tranquilizar; no entanto, não é o que minhas mãos trêmulas mostram que está acontecendo.

Poderia ser pior. Poderia ser bem pior. Olha só, não é o Yoongi! Isso não é ótimo? Isso é maravilhoso!

Ah, não. Chega. Tentar pensar positivo não vai melhorar as coisas, nesse caso. De qualquer forma, Jungkook está bem ali, ao fim do corredor, e ele me viu quase beijando a pessoa errada. Como isso poderia ser bom?

Eu preciso dizer alguma coisa. Meu Deus do céu, o que eu digo?

— Jungkook, oi! Eu achei o Jin!

Isso foi a coisa mais patética que eu já disse até hoje. A risada alta e forçada que escapa de minha garganta também não me ajuda a ser menos ridícula. A questão é: Jungkook não começou a rir da minha cara de falsa felicidade até agora, e isso me preocupa muito. Cadê a parte em que Jungkook incrimina minhas bochechas rosadas e eu grito para que ele cale a boca?

— É, eu tô vendo — ele pisca algumas vezes, quase como se não acreditasse no que tinha acabado de presenciar. — Interrompo alguma coisa?

— O QUE?! Não, não! Mas é óbvio que não! — eu me aproximo dele, em total desespero. — Nós estávamos... Eu... Eu queria ter certeza que era o nosso Jin. Por isso tive que chegar mais perto! — solto o ar preso nos pulmões e automaticamente murcho minha postura. Teria sido melhor se eu tivesse apenas calado a boca. — É o nosso Seokjin, mesmo.

Jungkook inclina a cabeça para a direita rapidamente, com a testa franzida.

— Okay... tá. Vamos embora logo — e, quando ele se vira de costas, eu sinto a necessidade de segurá-lo pelo braço.

— Kook! Acontece que o Jin tá... ele tá bêbado, então nós não temos mais motorista.

— Aish! — seus olhos se fecham por um momento. — Eu não tinha pensado nisso. E se nós chamássemos um táxi?

— Eu não tenho dinheiro. Você tem?

—... Não.

Eu até riria do nível de idiotice a que estamos nos submetendo sem esforço algum, mas algo na expressão apreensiva de Jungkook me diz que não é uma boa hora. Apesar de existir aquilo do “rir para não chorar”, e meu cérebro insistir que é a hora perfeita para seguir o conselho da sociedade. Antes que eu comece a chorar de verdade.

Ainda que a culpa por estarmos presos em uma boate não seja nem 1% minha, me obrigo a pensar em outra solução para o nosso problema.

— Vamos ligar para o Hobi. Quem sabe o bom coração dele escolha ter piedade de nós — já que a vida não está tendo, completo em pensamento.

Kook tira o celular do bolso, em silêncio, liga para o mais velho e me passa o telefone. A linha toca tantas vezes que até chego a pensar que ele não atenderia, antes de escutar um "alô" sonolento do lado de lá. Quase me sinto uma pessoa horrível por ter o acordado.

— Hobi! É a Julie.

— Espero que tenha um bom motivo para estar me ligando a essa hora — seu tom de voz é meio sombrio, e, por isso, duvido por alguns segundos que aquele seja Hoseok. O Jung Hoseok que eu conheço nunca usaria um tom de voz assustador assim!

Mas é ele. Tenho certeza que é ele. Hoseok só deve estar querendo arrancar minha cabeça fora porque eu o acordei, mas, tirando isso, continua sendo ele.

— É, eu tenho um bom motivo. Eu e Jungkook estamos encrencados. Será que você pode vir nos buscar?

— Ai, você dois... O que aconteceu?

— Nada demais... ou quase isso. Jin está bêbado — mordo os lábios.

— Meu Jesus Cristinho... — Hoseok respira fundo. — Primeiramente, vocês são malucos por deixarem que Seokjin beba até cair. Ele costuma ser bem forte pra bebida. Em segundo lugar, onde vocês estão?

Arregalo os olhos para Jungkook e o passo o celular. Eu não faço ideia de onde estamos. O rapaz me devolve o olhar, alarmado, e eu sussurro “onde nós estamos?”.

— Hongdae! Estamos em uma boate em Hongdae. Aquela que você veio com o Jin pro seu aniversário... Tá... Tá bom, nós vamos te esperar do lado de fora. Tchau — e Kook desliga.

Jungkook e eu levamos Seokjin para o lado de fora com muita luta e dedicação. Isso porque o mais velho entre nós agia como uma criança, e isso incluía achar graça em tudo o que via pela frente. Perdi a conta de quantas vezes Jin quis voltar para a pista de dança porque, aparentemente, era “divertida”. Foi um milagre chegarmos com ele inteiro na saída (tenho que admitir que eu quis socar a cara dele algumas vezes, mas consegui me segurar).

Mais milagroso ainda foi J-Hope ter chegado ao estabelecimento em menos de dez minutos, logo nos ajudando a enfiar Jin no banco de trás. Literalmente enfiar, porque Jin não se importou em nos ajudar em momento algum, nem que fosse só levantando as pernas para andar. Aliás, em determinado momento, Seokjin decidiu que a melhor coisa a fazer era grudar em mim – ou a expressão certa seria “se pendurar”? Foi insuportável, porque ele é obviamente mais pesado do que eu, e bem mais alto também, e o cheiro forte de bebida que emanava de seu corpo já começava a me deixar enjoada. Não tinha o que o afastasse; Jungkook até tentou algumas vezes, porém desistiu, e nós achamos que seria melhor deixar assim mesmo.

Mas então conseguimos jogá-lo no banco de trás e, graças aos céus, o bêbado pegou no sono assim que o carro começou a se movimentar, evitando novas confusões. Eu até cheguei a pensar que esse fosse o momento certo para descansar de toda a tensão à qual fui submetida, mas não. Jungkook estava sentado no banco de trás e me olhava quase que com dó através do retrovisor. Isso me atormentou o caminho inteiro.

Hoseok não faz perguntas durante o trajeto, provavelmente por estar cansado demais para sequer abrir a boca. Apesar disso, minha cabeça continua rebobinando sem parar tudo o que aconteceu hoje. Um desastre atrás do outro. Infelizmente, não é algo que eu possa controlar... A cena se projeta várias e várias vezes dentro do meu cérebro e é como se eu estivesse apertando o botão de replay em um filme incontáveis vezes. A diferença é que, nessa ocasião, o controle remoto não existe.

Ainda que Seokjin estivesse claramente sob o efeito de bebidas alcóolicas, suas palavras conseguiram mexer comigo, porque... bem, para ser sincera, eu não sei a razão exata. Sua confissão foi inesperada. Eu nunca imaginaria que ele alimentava sentimentos por mim, e, por mais incrível que pareça, ouvir aquilo dele fez com que eu me arrepiasse. De um jeito bem errado e que me faz sentir péssima, porque, qual é! Ele é meu amigo. Não era para nada disso estar acontecendo com o meu corpo.

As perguntas aparecem como estalos em minha mente e eu desejo ter a opção de desligar o cérebro. Eu só queria parar de pensar... Desde quando Jin tem uma paixão platônica por mim? Yoongi desconfia de algo? Quem mais sabe dos sentimentos dele? Por que ninguém me avisou antes?

A parte boa é que Jin estava bêbado quando me contou, e as pessoas nunca dizem coisa com coisa quando estão bêbadas.

Ou, pelo menos, é o que eu espero.

 

[...]

 

— Eu já deveria saber que deixar você ir para uma boate com dois lesados não era uma boa ideia — Tae diz, com dificuldade. Jin é bem pesado, apesar de ser magro. — Ainda mais com o Jungkook! Ele sempre te leva para o mau caminho!

— Hyung! A culpa não foi minha — Jungkook cruza os braços como uma criança birrenta.

Eu tenho dó de Jungkook, às vezes, porque sei como ter Taehyung pegando no pé é irritante. Jungkook aguenta tudo isso por minha causa, desde aquela noite em que fui dormir tarde por estar conversando com Yoongi... Eu menti para Taehyung. Disse que eu e Kook ficamos jogando videogame de madrugada, e, após um pouquinho de chantagem, ele me ajudou a sustentar a farsa. De qualquer forma, eu estou o devendo uma.

— Hoseok, segura o Seokjin direito! Eu tô carregando ele sozinho! — Tae arruma o braço de Jin em volta de seu pescoço com dificuldade.

— Eu tô tentando, Tae, mas tá complicado — Hoseok retruca.

— Taehyung, você não tinha que me deixar ir para lugar algum... — me intrometo, me posicionando atrás deles para me certificar de que Jin não perdesse o equilíbrio. — Eu tenho quase dezoito anos. Já posso decidir sozinha para onde vou ou não.

— Ah, mas não pode. Não pode mesmo — Tae para de andar apenas para me olhar sutilmente. — A mamãe me mataria se descobrisse o que tá rolando aqui. E ela te mataria depois, você sabe. E isso tudo tá acontecendo porque vocês não me chamaram para ir à desgraça da festa junto!

— Claro, porque você tem muito mais maturidade do que qualquer outro aqui — meu tom de voz aumenta, sarcástico.

— Se você acordar os outros meninos com essa sua gritaria, eu arranco a sua língua fora — adverte. — Jungkook, abre a porta do quarto.

Assim é feito. Hoseok e Tae carregam Jin, que agora está provavelmente no sétimo sono, até sua própria cama. Após alguns segundos de recuperação, Taehyung me lança um olhar de reprovação e eu tenho vontade de morrer. Não sem antes matá-lo soterrado debaixo do corpo do Seokjin adormecido, é claro.

— Eu não vou perguntar como vocês chegaram a esse ponto porque pra mim já basta de estresse por hoje. Mas fique ciente que eu não vou servir de burro de carga da próxima vez. Nem a você, nem ao Jungkook.

“Ninguém pediu a sua ajuda mesmo”, penso em responder, mas me mantenho de bico fechado. Eu não iria aguentar mais um sermão de irmão mais velho pra cima de mim. Por que é tão difícil me tratar como uma jovem madura e responsável, hein?

Tá, talvez porque Jin esteja quase morto naquela cama agora (se é que não está morto, mesmo). Em minha defesa, a culpa não foi minha.

Taehyung sai do quarto, seguido por Hoseok e Jungkook. Bufo alto, caminhando (lê-se “batendo os pés”) com Kook até seu quarto. Me deito na beliche de cima e algumas horas se passam sem que eu consiga sequer pregar os olhos.

Obviamente, meus pensamentos estão no ocorrido com Jin, e tento encontrar em minha memória algum momento em que eu tenha vacilado. Algo que tenha deixado passar despercebido. Procuro por qualquer indício posterior em que Jin tivesse deixado claro que gostava de mim, mas não encontro nadinha. Nada!

Dessa forma, chego à conclusão de que: 1- ou ele é um ótimo ator e sabe esconder muito bem as coisas, ou... 2- ele só disse aquilo porque estava bêbado. A segunda opção me parece bem mais atrativa, porque o máximo que ela pode gerar é uma noite sem dormir e bastante ressaca amanhã para o Jin. Ao contrário da primeira opção, que geraria... é, eu nem faço ideia. Geraria um problemão.

— Ju, você tá acordada? — Kookie pergunta e eu levo um susto bem pequeno. Eu poderia jurar que ele já estava dormindo faz tempo.

— Estou.

— Eu não consigo dormir. Você... se importa de vir pra cá?

Não contenho o sorriso.

— Você parece uma criança, Jungkook — desço as escadas da beliche com cuidado e me deito ao seu lado. Essa aproximação... poderia ser bem estranha, eu sei. Poderia parecer que somos um casal. Mas não somos, e ambos têm isso bem claro na cabeça. Por isso, assim que me junto a Jungkook, eu apoio minha cabeça na dele, e ele passa o braço por minha barriga. Eu não me incomodo nem um pouco com esse tipo de tratamento vindo da parte dele. Na verdade, é muito engraçado ver como Kook se tornou uma espécie de irmão mais novo para mim, apesar de ser mais velho.

Ah. Meio fora de hora para dizer, mas... O cabelo de Jungkook cheira suavemente a chocolate. Isso é ótimo.

— Ju — chama. Murmuro um "hum" meio desanimado. — Tenho que te contar uma coisa. Você promete que não vai tentar me bater?

— Fala, Kookie. Eu juro que não vou bater em você.

— Eu... meio que vi o que aconteceu entre você e o Jin hyung...

Claro. Eu deveria ter imaginado. Meu corpo se enrijece e levo a mão livre ao meu cabelo, um tanto quanto nervosa. Não tão nervosa assim, porque sei que Kook não seria capaz de contar para ninguém. Confio nele. Contudo, acabo demorando mais do que o planejado para responder. Afasto minha cabeça de perto dos seus cabelos, apenas o suficiente para enxergar seus olhos.

— Quanto você viu?

— Não muito. Só a parte em que vocês quase se beijaram.

Um suspiro escapa por meus lábios.

— A pior parte.

— Foi estranho, não foi? Eu não imaginava que ele seria capaz, principalmente sabendo do seu lance com o Suga.

— Em primeiro lugar, eu e o Suga não temos "lance" nenhum — Rá, essa foi boa, diz uma voz na minha cabeça. A quem eu estou tentando enganar? — E, em segundo... Bom, nem eu. Acho que eu fui a mais perdida nessa história, para falar a verdade. O lance do Jin... aconteceu sem que eu percebesse — fazemos silêncio. — Você acha que... ele só estava dizendo aquilo por estar bêbado?

— Eu não acho.

Cara... que desgraça.

— E o que eu faço agora?

Perdida. Nenhuma palavra me definiria melhor no momento. E é bem compreensível, tendo em vista que Seokjin, uma das pessoas mais adoráveis do mundo (ele é adorável se não estiver bêbado), gosta de mim. Eu obviamente não estaria tão perdida assim se pudesse corresponder, mas esse não é o caso, então...

Meu Deus, eu sou uma pessoa horrível! É isso! Eu mereço uma surra na cara por ter a proeza de entrar nessa situação complexa sem nem perceber. Taehyung tem razão, eu já deveria saber lidar com garotos apaixonados por mim. Só agora consigo admitir que eu definitivamente não sei. Tarde demais para pedir que ele me ensine qualquer coisa útil.

— Ei, calma — Kook me aperta mais forte. — Ele estava bêbado, provavelmente nem vai se lembrar disso amanhã.

Ele pode não lembrar, mas eu lembro. Respiro fundo. Talvez tentar não pensar mais nisso seja a melhor coisa a fazer.

— Certo... — volto a me apoiar em Jungkook, com um sorriso de canto. — Obrigada, Kookie. Você não é tão ruim com conselhos quanto eu pensei...

— Shh... Eu sei que sou ótimo.

— Vai dormir, Jungkook — dou um empurrãozinho nele, e nós dois rimos.

Dito e feito. Em pouquíssimos minutos, ouço a respiração de Jungkook ficar mais espaçada e calma, e me concentro no ritmo de seu peito subindo e descendo. Quando me dou conta, meus olhos começam a ficar pesados, e eu acabo pegando no sono bem mais rápido do que o esperado.

 

[...]

 

 

No dia seguinte de manhã, Hoseok me intercepta enquanto eu tento encontrar algo para comer na cozinha. Ele toca meus ombros expostos pela regata e eu recuo por impulso. As mãos de Hobi estão geladas, ainda que o clima de hoje esteja um pouco mais quente do que a temperatura média do resto do mês.

— Ei, posso te pedir um favor?

— Depende. Que favor? — estreito os olhos.

— Você pode ir acordar o Jin? Ele tá com uma ressaca das bravas. Já tentei acordá-lo três vezes, mas não adiantou. Ele me ignorou.

Minha respiração para assim que ouço o nome "Jin", e abro a geladeira – um pretexto para me manter ocupada e não ter que olhar diretamente nos olhos de Hoseok. Se nossos olhares se encontrassem, ele não demoraria nem um segundo para perceber o quão nervosa eu estou.

— Por que temos que acordá-lo? Deixe o garoto dormir — ainda prestando atenção na comida e na geladeira, retiro o pote de kimchi da segunda prateleira.

— Não posso deixá-lo apodrecendo naquela cama! Ele tem que se levantar pelo menos para tomar algum remédio e comer alguma coisa — diz Hobi. — Ah, e ele não tomou banho ontem à noite! Deve estar fedendo a álcool.

Fico em silêncio, tentando juntar algumas palavras na minha cabeça em uma desculpa inquestionável. O problema é que eu quase não consigo pensar em nada. E a tampa do pote de kimchi parece estar emperrada... Quem foi que fechou isso com tanta força?

— Olha, Hobi, ele não vai acordar de qualquer jeito, não adianta nem tentar... ­— insisto. — Abre isso pra mim? — largo o recipiente em cima do balcão, desistindo.

— Pare de ser chata... É tão difícil assim?

— Abrir o pote? — pergunto, confusa.

— Não, doida. Acordar o Seokjin para mim.

Franzo as sobrancelhas, nem um pouco contente com sua insistência. Na minha opinião, Hoseok deveria ser vendedor. Tenho certeza absoluta de que ele não deixaria nenhum cliente ir embora sem antes fazer o cartão da loja (eu até diria “cartão da C&A”, mas os coreanos não sabem o que é C&A), e sem dúvidas seria o funcionário do mês por, sei lá, trezentos meses consecutivos. Sim, meus amigos! Jung Hoseok se tornaria milionário se fosse vendedor de roupa.

— Se você quer mesmo saber... é quase impossível — respondo.

— Ah, qual é, Julie! Você está me devendo essa! Aposto que você se lembra de ontem à noite, quando eu praticamente carreguei o Seokjin até...

— Escuta, J-Hope, por que você não pede para os outros meninos? Tenho certeza que eles se sairiam bem melhor do que eu nessa sua missão — empurro o pote de kimchi para mais perto de Hoseok, esperando que ele atenda ao meu pedido.

Subitamente, meu celular começa a tocar. Vejo o nome de YoonJae no identificador e arqueio as sobrancelhas. Apesar da surpresa, atendo. Hoseok, por outro lado, abre o pote com muita facilidade (como foi que ele fez isso?) e bufa, caminhando para a sala sem dizer mais nada. Estou certa de que ele tenha desistido daquela ideia maluca de acordar o Kim Ressaca-Jin.

— Olá! — a garota diz, do outro lado da linha.

— Oi, YoonJae! O que tá rolando?

— Olha só, Julie, o Rocky vai fazer uma festa em casa na quinta à noite. Ele pediu que eu chamasse você.

Meu coração perde o ritmo. O deus grego se lembrou de mim? Por que quer que eu esteja lá? Isso sim é interessante. Talvez seja muito errado pensar assim do namorado dos outros, mas... Eu não ligo, de qualquer forma. Aliás, não é como se eu realmente estivesse interessada nele, eu estou apenas curiosa, e creio que com razão.

— Você pode trazer alguns amigos também! Fiquei entusiasmada para saber quem eram as pessoas espetaculares que te fizeram nos deixar naquele dia — comenta.

E aí, de repente, alguém me levanta no colo. Eu obviamente grito; entretanto, o indivíduo ri alto e percebo que é o desgraçado do Hoseok. Ele acha isso engraçado? Atrapalhar a conversa dos outros?

— Julie? Tudo bem aí? — YoonJae pergunta. Tento responder sem que ela perceba a façanha de meu amigo.

— Tudo ótimo! Maravilhoso! — bato no garoto com a mão livre, fazendo um esforço enorme para me soltar. Afasto o telefone da boca e tampo o microfone com a mão. — Hobi, me larga! Deixa de ser infantil! — e coloco o celular perto do ouvido novamente. — Eu vou ter que desligar. Depois me manda o endereço do Rocky por mensagem!

Sem esperar uma resposta, desligo e aperto o celular com força entre os dedos, com medo que caia. Se cair, o Hoseok vai me comprar outro, e eu vou fazer questão que seja o mais caro e de última geração que exista no universo, pra ver se ele aprende.

— O que você pensa que está fazendo?! – me debato.

— Preciso que você acorde o Jin. Ele só vai acordar se você for, eu tenho certeza.

Espera aí... O que ele quis dizer com isso?

— Jung Hoseok! Me ponha no chão agora!

— Aish, você é complicada demais! Qual o problema de ir acordar o cara?

O problema, meu querido Hoseok, é que ele tentou me beijar ontem à noite. E não para por aí: eu não tentei afastá-lo.

Parando para pensar assim... Meu Deus do céu, eu não tentei afastá-lo. Eu não tentei afastá-lo! Mas por que eu não tentei? Até onde nós iríamos se Jungkook não houvesse surgido no final do corredor?

Caramba, isso é... assustador. Eu ainda não tinha percebido a situação nessa perspectiva. Onde estiveram os meus reflexos na hora H?

Enquanto eu estou ocupada demais surtando internamente, Hobi caminha em direção ao quarto do Jin, abre a porta e... me joga lá dentro, sem dizer mais nada! Simples assim.

Puxo a maçaneta, forço a porta, tento chutá-la sem fazer barulho... Todas tentativas sem resultados. Me parece que alguém está segurando do lado de fora. Agora, eu quero saber: Por que só acontece desgosto na minha vida?

— Hoseok? Volte aqui, Hoseok! — apesar da vontade de gritar, acabo sussurrando. Quando percebo que ele não vai voltar, sento-me de costas para a parede e encaro Jin. Dormindo como um anjo. — Isso deveria ser contra as leis! Você me paga, Hoseok...

 


Notas Finais


A Julie mora numa casa com sete demônios, gente kkkk coitada. Sete demônios absurdamente lindos.

Eu não sei vocês, mas eu acho a relação dela com o Jungkook um amorzinho <3 eles são a melhor dupla dinâmica, só não vê quem não quer!

Enfim... Sobre o assunto importante que eu comentei nas notas do autor. Eu queria mudar o dia de postagem de segunda para sexta, por questões de facilidade. Eu percebo que grande parte dos leitores não consegue ler os capítulos assim que eu posto por causa do trabalho, faculdade, escola, um tanto de outras coisas, e acabam deixando para ler no fim de semana, ou nem leem (risos).
Quero saber a opinião de vocês. Qual o melhor dia de postagem: segunda-feira ou sexta-feira? Espero o feedback de todos <3
(Lembrando que, se a sexta-feira for escolhida, a postagem vai acontecer na sexta que vem, e não nessa, considerando que esse tenha sido o capítulo da semana).

Estou bolando duas fanfics sensacionais para escrever durante as férias, então logo logo vai ter estória nova aqui pra vocêssss! Espero que estejam tão animados quanto eu estou! Spoilerzinho de leve: uma das fanfics é com o Jimin, e a outra... boatos de que seja com o Tae, mas não tenho certeza ainda. Aguardem ansiosos comigo!

Muito obrigada por lerem e por serem tãaao xuxuzinhos comigo, OS COMENTÁRIOS DE VOCÊS SÃO OS MELHORES!!! Divulguem a fanfic para os amigos de vocês, se estiverem gostando. Isso me ajuda bastante na divulgação <3 a gente se vê logo!

→ Outras fanfics escritas por mim:
Blooming Destiny (Oneshot Jimin) → https://www.spiritfanfiction.com/historia/blooming-destiny-oneshot-jimin-11853064
Friday Talk (Oneshot Taehyung) → https://www.spiritfanfiction.com/historia/friday-talk-oneshot-taehyung-12204862

→ Meu perfil no Wattpad: https://www.wattpad.com/user/JustBeNanda


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