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História TWILIGHT (bellice) - Aniversário, Os Volturi, e Sangue (lua nova)


Escrita por: trwstan

Notas do Autor


A seguir, trata-se de um remake da história de crepúsculo no ponto de vista de Bella, mulher lésbica, e seu emblema será a presença de Alice.
Se você curtir, deixa um favorito e um comentário para ajudar no engajamento da história, para que outras pessoas também possam ler.

Aqui já iremos para a fase da Lua Nova, quem amou?
Obrigada de verdade para quem está acompanhando a história, e principalmente para quem comenta <3

Como vcs já sabem, eu estava com o plano de escrever o Spin off desse livro sobre a história de Edward e Jasper, e adIvinhem? O livro já está publicado, aqui o link: http://fics.me/21180154
Se vcs puderem ir lá dar uma olhadinha, as notas do autor no início do primeiro capítulo já explica direitinho como tudo funcionará.

Novamente, o capítulo terá duas músicas:
Primeira parte: Possibility, Lykke Li.
Segunda parte: My body is a cage, Arcade Fire. (no decorrer do capítulo terão as definições de onde começam a primeira parte e a segunda).

Capítulo 18 - Aniversário, Os Volturi, e Sangue (lua nova)


(Parte 1) Eu estava olhando para minha avó Marie. Ela tinha morrido seis anos atrás, e naquele momento parecia que não tinha mudado muito, seu rosto parecia o mesmo que eu lembrava. A pele era macia e tinha um aspecto murcho, se dobrava em mil rugas finas debaixo das quais se agarrava suavemente o osso.

Nossos lábios estendidos num mesmo meio sorriso de surpresa ao mesmo tempo. Aparentemente, ela não esperava me ver também.

Eu estava a ponto de fazer uma pergunta, eu tinha tantas ‘O que ela estava fazendo aqui em meu sonho?’ ‘Aonde ela esteve nos últimos seis anos? Vovô estava bem? Eles haviam se encontrado onde quer que eles estivessem?’,  mas ela abriu a boca no mesmo tempo que eu, então eu parei para deixá-la falar primeiro. Ela parou também, e então ambas sorrimos um pouco sem jeito.

-Bella?

Não foi ela quem havia dito meu nome, por isso nós duas nos viramos para ver quem havia se juntado a nossa pequena reunião.

Na verdade, eu não precisava olhar para saber. Era uma voz que eu teria reconhecido em qualquer lugar, e a qual eu também havia respondido, para saber se estava dormindo ou acordada...ou até mesmo morta, eu tinha quase certeza

Alice.

Me apavorei porque vovó não sabia que eu estava apaixonada por uma vampira, principalmente uma mulher... 

Ela estava vindo na minha direção com seu andar bem gracioso e despreocupado, com o mais bonito sorriso em seu rosto angelical, como se eu estivesse sozinha.

Lancei um olhar apavorado para vovó, e percebi que já era muito tarde.

Nesse instante, ela apenas se virou para me olhar de volta e seus olhos tão alarmados quanto os meus.

Alice, ainda sorrindo daquela forma tão arrebatadora que fazia com que meu coração acelerasse e parecesse a ponto de estourar no meu peito, passou seu braço em volta de meu ombro e virou seu rosto para minha avó.

A expressão de vovó me surpreendeu. Em vez de horrorizada, ela me olhava timidamente, como se esperando por uma repreensão. E ela estava parada numa posição bem estranha, um braço se separou desajeitadamente do corpo, ela o esticou e o enrolou em volta do ar. Como se estivesse abraçando alguém que eu não podia ver, alguém invisível...

Só então, quando olhei com mais atenção, notei a enorme armação dourada que rodeava a figura da minha avó. Sem entender nada, ergui a mão que não estava em volta da cintura de Edward e a aproximei para tocar minha avó. Ela repetiu exatamente o mesmo movimento, como em um espelho. Mas onde nossos dedos deveriam ter se encontrado, não existia nada além do vidro frio...

Com uma vertiginosa sacudida, o sonho abruptamente se transformou em um pesadelo.

Não havia nenhuma avó.

Aquela era eu. Era minha imagem refletida em um espelho. Era eu, daqui há alguns 60 anos.

Alice continuava ao meu lado, insuportavelmente encantadora em sua eterna juventude..

Ela apertou seus lábios frios e perfeitos contra minha bochecha.

-Feliz aniversário. – Ela sussurrou.

Acordei assustada, meus olhos a ponto de ficarem fora de órbita, e ofegante. Uma escura luz cinza, a familiar luz de uma manhã nublada, tomou o lugar do ofuscante sol de meu sonho.

Só um sonho, eu disse a mim mesma. Foi só um sonho. Tomei ar e saltei da cama assim que me recuperei do susto. O pequeno calendário no canto do relógio me informou que hoje era treze de setembro.

Era o dia de meu aniversário. Acabava de fazer dezoito anos oficialmente.

Após a minha conversa com Alice no dia do baile, sobre a nossa diferença de idade, ou aparência, em um futuro seria gritante, quando começamos a considerar a terrível transformação, esses sonhos tornaram-se constantes.

Fiz um esforço para me distrair enquanto dirigia para a escola. A visão de vovó, eu não deveria pensar nela como se fosse eu, era difícil de tirar da cabeça. Eu não podia sentir nada além de uma angustia quando entrei no familiar estacionamento que se estendia por detrás do colégio secundário de Forks e encontrei Alice imóvel, encostada em seu carro preto. E ela estava esperando por mim, igual a qualquer outro dia.

A angustia desapareceu momentaneamente e a maravilha tomou seu lugar. Mesmo depois de ter passado quase a metade do ano com ela, não podia crer que merecia tanta sorte.

Seus irmãos Edward e Jasper estava ao seu lado, me esperando também.

Edward me esperando ali quase pulando de excitação, seus olhos de cor amarelo escuro brilhavam de excitação, e uma pequena caixa quadrada embrulhada em papel prateado brilhava nas mãos de Edward, me fez franzir as sobrancelhas.

Eu havia lhe dito que não queria nada, nada, nem presentes e nem nenhum outro tipo de atenção para o meu aniversário.

Evidentemente, meus pedidos foram ignorados.

Caminhei lentamente para onde eles me aguardavam. Alice veio ao meu encontro, seu rosto travesso resplandecia abaixo do pontiagudo cabelo negro.

-Feliz aniversário, linda. – Ela falou baixinho, sabendo que eu não queria chamar atenção, abraçando-me em seu corpo magro, porém com uma força absurda. Aquele abraço me revigorava.

Quando ela se afastou delicadamente de mim, beijei seus lábios levemente.

-Feliz aniversário, Bella. – Edward quase gritou, animado, entregando-me a caixinha.

- Shhh! – eu sibilei enquanto olhava ao redor para ter certeza de que ninguém tivesse ouvido.

Ele me ignorou.

-Quando quer abrir seu presente? Agora ou mais tarde? – ele me perguntou entusiasmado enquanto trocava olhares entre eu e Jasper, que também sorria de canto.

-Sem presentes. – Protestei em um murmúrio.

- Certo... mais tarde, então.

Começamos a andar para dentro do colégio, e Alice levantou sua mão pra mim. Eu a segurei ansiosamente. A pele dela estava, como sempre, macia, dura, e muito fria. Ela apertou meus dedos gentilmente. Eu olhei nos seus olhos, e meu coração se apertou de forma não tão gentil. Escutando as batidas do meu coração, ela sorriu de novo.

-Você é mais velha que eu agora. – Edward propôs, em uma brincadeira.

Nós quatro rimos.

-Tecnicamente. – Alice disse, mantendo o tom suave. – Porém, é só um aninho.

-A que hora você vai estar lá em casa? – Edward continuou, mudando de assunto. Pela expressão dele, ele e Jasper estavam planejando fazer exatamente o tipo de coisa que eu estava tentando evitar.

-Eu não sabia que tinha planos para ir lá.

-Oh, seja boazinha, Bella. – Jasper falou, sorrindo. – Você não vai estragar toda a nossa diversão desse jeito, vai?

-A diversão será da mesma forma que rolou no dia do baile? – Perguntei, de forma irônica.

Jasper riu.

-Faremos de uma forma mais leve, em vista que é seu aniversário e você ainda não é uma assassina.

-Eu vou levar você por volta de sete. – Alice continuou, agora olhando-me. – Tudo bem?

Eu assenti.

A risada de Edward reapareceu.

-Parece bom. Te vejo de noite, Bella. Vai ser divertido, você vai ver. – Ele sorriu largamente e piscou para mim.

A última noite de festa com os Cullen na verdade foi muito divertida da última vez. Fazia muito tempo que eu não ficava tão alta quanto fiquei naquele dia, e Edward foi o meu grande companheiro nesse momento, em vista que Alice quis ser a responsável para que seus irmãos que assassinaram quatro garotos da escola não fossem para cima de mim. 

É, os quatro meninos estavam desaparecidos até hoje, a família se livrou dos corpos no oceano, e até hoje ninguém suspeita deles. Supõe-se que eles se perderam na floresta, a busca deles ocorre uma vez por semana desde então. 

Ninguém se incomodou em olhar pra nós enquanto sentávamos nos nossos lugares de sempre no fundo da sala, nós tínhamos quase todas as aulas juntas agora. Meio meloso? Sim, mas era basicamente o único momento do dia que ficávamos juntas, além dela ser muito inteligente.

Alice e eu já estamos juntos a bastante tempo pra não sermos mais motivo de fofoca, acho que se acostumaram com o mais novo casal lésbico. Nem Mike Newton se incomoda em continuar me dando aqueles olhares mal-humorados. Ele sorria agora, e isso parecia me incomodar mais, eu tinha muito abuso dele.

Enquanto o dia passava, nem Edward nem Alice falaram sobre o meu aniversário de novo, e eu comecei a relaxar um pouco.

Nós sentamos na nossa mesa de almoço de costume.

Um estranho tipo de trégua existia naquela mesa. Nós quatro, Alice, Edward, Jasper e eu, nos sentávamos no cantinho no sul da mesa. Agora que os mais velhos e "assustadores" (no caso de Emmett certamente) irmãos Cullen terem se formado, Alice e Edward não pareciam tão intimidantes, e não nos sentávamos mais sozinhos. Jasper ainda causava um medo, mas acabava que era mais tranquilo.

Meus outros colegas, Mike e Jéssica (que estavam passando pela estranha fase pós-término de namoro na amizade), Angela e Bem (cujo relacionamento sobreviveu ao verão), Eric, Conner, Tyler e Lauren (apesar dessa última não contar na categoria da amizade) todos nos sentávamos na mesma mesa, no outro lado da linha invisível.

Essa linha se dissolvia nos dias de sol, quando Edward, Alice e Jasper sempre faltavam a escola, e aí a conversa se estendia sem muito esforço pra me incluir também.

(Parte 2) A tarde passou rapidamente. A aula acabou e Alice me acompanhou até a minha caminhonete como sempre fazia. Mas dessa vez, ela segurou a porta do passageiro aberta pra mim.

Eu achava fofo quando ela fazia esses gestos dos anos 20 comigo.

Ela me deu um beijinho e fechou a porta do passageiro e passou por mim para ir para o lado do motorista.

Alice mexia no rádio enquanto dirigia, balançando a cabeça em desaprovação.

-Seu rádio tem uma recepção horrível.

Eu fiz uma careta. Eu odiava quando ela mexia com a minha caminhonete.

A caminhonete era ótima, tinha personalidade.

-Deixe ela, ok?

Ela apenas riu, escorregando o banco e ficando abraçada comigo.

Quando eu parei na frente da casa de Charlie, ela se inclinou pra pegar meu rosto com as duas mãos. Ela me segurou muito cuidadosamente, pressionando só a ponta dos dedos levemente nas minhas têmporas, nas maçãs do meu rosto, minha mandíbula.

Ela chegou mais pra perto e pressionou seus lábios gelados nos meus, até que joguei meus braços no pescoço dela e me joguei no beijo com entusiasmo. O seu abraço apertou-se mais ao redor do meu corpo, e eu puxei ela para mim, nossas línguas estavam juntas e a diferença de temperatura causavam choques extremamente excitantes.

 

Alice abria a boca cada vez mais, e o meu tesão juntamente, pulei em seu colo, e ela agarrou minha bunda com força, fazendo com que minha pelve passasse em sua coxa, fazendo-me soltar um leve gemido.

Quando achei que íamos começar algo, ela respira fundo e finaliza o beijo. Olho para ela, e quando ela abre os olhos, eles estão negros. Sorri de canto.

-Creio que não devemos fazer isso aqui. – Ela falou, olhando para fora da janela. A rua felizmente estava vazia.

-Você continuaria? – Perguntei, aproveitando que estava em seu colo, puxando-a para um abraço.

-Em minha época sexo não poderia ocorrer uma fase de namoro... apenas depois do casamento. – Ela fez uma pausa, como se estivesse pensando. – Mas isso é um ideal da igreja católica, então foda-se, eu sou lésbica e mato às vezes, vou pro inferno de qualquer forma.

Soltei uma gargalhada, eu amava quando ela fazia esse tipo de comentário.

Me animei com a ideia.

-Isso significa que...? – Perguntei, sugestiva, agora brincando com a gola de sua jaqueta. Desde o dia na festa de sua casa nós ficávamos nessas preliminares constantes. 

-Eu ainda tenho medo de machucar você. – Ela anunciou. E realmente, naquelas preliminares do dia da festa eu acordei no dia seguinte com o corpo todo roxo, principalmente meus ombros, mas era gostoso, suportável. 

-O que poderia acontecer?

-Eu poderia te matar.

-Ok, mas se você se controlar um pouco?

-Você só ficaria com muitos machucados... – Ela me olhou, como se pedisse desculpas pelo que já ocorreu. 

-Eu poderia andar? – Perguntei, fazendo uma breve referência ao gesso que estava em minha perna até alguns meses atrás.

-Sim, só teria que usar muitas roupas para Charlie não ver. – Ela sorriu safada, me puxando para cima de si. - Mas você já sabe como isso funciona. 

-Então... – Perguntei, segurando o rosto gélido com as duas mãos, fazendo-a olhar em meus olhos.

-Você quer isso?

-Muito, e você? Desde aquele dia na sua casa não consigo parar de te desejar. 

Ela assentiu.

-Mas por hora vamos apenas descer e fazer nada, pode ser? – Ela perguntou, olhando-me com ternura.

Saímos do carro e com sua velocidade sobrehumana, ela me colocou em seus braços, estávamos em meu quarto durante segundos.

-Lice! Não faça isso. – Falei, olhando-a seriamente.

Ela só riu, sapeca.

-Foi só uma vez... – Ela disse, fazendo beicinho.

Como sempre, cada uma de nós ficou em um canto do quarto, eu estava em minha escrivaninha finalizando algumas atividades, e logo comecei a desenhar, e ela estava deitada em minha cama lendo algum livro.

Por um segundo, a memória da minha viagem a Phoenix passou pela minha cabeça e me deixou tonta. Eu podia ver tudo tão claramente, o sol que me deixava cega, as ondas de calor que saiam do concreto enquanto eu corria enlouquecidamente pra encontra o vampiro sádico que queria me torturar até a morte. James na sala dos espelhos com a minha “mãe” como refém. Eu não sabia o que eu iria encontrar lá exatamente. Assim como James não sabia que Alice estava correndo pra me salvar, Alice chegou a tempo, mas foi por bem pouco. Sem pensar, eu passei o dedo na grande cicatriz em meu punho que estava sempre um pouco mais fria que o resto da minha pele.

Eu balancei minha cabeça, como se isso pudesse levar pra longe todas as memórias ruins.

-Você está bem? – Ouvi sua voz doce perguntar quase em um sussurro atrás de mim.

-Sim, sim... Estava pensando no que ocorreu. – Virei minha cadeira, ficando frente a frente com ela. – E se eu tivesse morrido?

-Bem, eu não ia continuar vivendo sem você. Mas eu não tinha certeza de como poderia fazer isso, eu sabia que Edward, Emmett e Jasper nunca iriam me ajudar... então eu pensei que poderia ir para a Itália e fazer alguma coisa pra provocar os Volturi. – Ela falou, quase rindo. Fiquei um pouco impressionada com o rumo que ela levou aquela conversa. 

-O que é Volturi? – Eu quis saber.

-Os Volturi são uma família. – Ela explicou, seus olhos estavam distantes. – Uma família muito velha e muito poderosa, da nossa espécie. Eles são a coisa mais próxima no nosso mundo da família real, eu acho. Carlisle viveu brevemente com eles nos seus anos mais jovens, na Itália, antes de vir pra América, você lembra da história?

-É claro que lembro.

Eu jamais esqueceria a primeira vez que fui a casa dela, a enorme mansão branca no meio da floresta ao lado do rio, ou da sala onde Carlisle mantinha uma parede com pinturas que ilustravam a sua história pessoal. A tela mais vívida, com as cores mais vivas de lá, a maior, era dos tempos de Carlisle na Itália. É claro que eu me lembrava do calmo quarteto de homens, cada um com seu estranho rosto de serafim, pintados no balcão mais alto tirando a atenção do restante das cores.

Apesar da pintura ser antiga, Carlisle permanecia igual. E eu me lembrava um pouco dos outros, as antigas companhias de Carlisle. Alice nunca usou o nome Volturi para o lindo trio, dois de cabelos pretos e um branco-neve. Ele os havia chamado de Aro, Caius e Marcus, os patronos noturnos das artes.

-Pois é... aqui nos Estados Unidos também tem a Condessa, ela é uma representante deles, foi a única que deve coragem de bater de frente com eles, e com o decorrer dos anos, ela conseguiu a confiança deles.

-Condessa? – Questionei.

-É uma mulher loira, bonita, ela é extremamente maldosa com todos que entram em sua residência em Los Angeles. Todos eles são assim.

-Los Angeles? Califórnia? Sol?

Ela riu.

-O sol não nos mata como nos filmes, boba, eles apenas nos enfraquece o pouco, nada a se desesperar. A Condessa tinha o sonho de ser atriz em Hollywood, não conseguiu, mas um dos Volturi a transformou, ele logo depois morreu, mas ela continuou o contato com a família. De qualquer forma, você não deve irritar os Volturi. – Alice continuou, querendo logo finalizar o assunto – Não a ser que você queira morrer, ou o que quer que seja o que nós fazemos.

 

-Você ‘tá pensando em ir neles?

-Não sei.

Aquela resposta me pegou muito em surpresa.

-Eu nunca vou te colocar em risco de novo, então isso é inútil.

-Alice. – Olhei para ela, confusa. – Eu achei que já tínhamos conversado sobre isso.

-Eu acho que eu meio que ando fazendo sua vida uma loucura.

-Você deveria relaxar, ‘tá tudo bem por enquanto, não? – Questionei, esperançosa.

Ela ficou em silêncio.

Eu iria protestar, mas logo ouvi o motor do carro de Charlie se aproximando, e em segundos, novamente, ele estava entrando pela porta da frente.

-Ei pai, vou até a casa de Alice hoje. – Avisei, levantando-me.

-Ok. – Ele assentiu, olhando para o rosto angelical de Alice atrás de mim. – Hoje vou ver um jogo, vou tentar ficar acordado até você chegar.

Lembrei da situação com Alice no carro.

-Oh! Não precisa... – Falei, quase em nervoso, e ouvi sua risadinha atrás de mim.

-Ok então. – Charlie aceitou tão facilmente que suspirei em alívio. – Divirtam-se, crianças. – Obviamente estávamos sendo dispensadas.

Charlie já estava indo em direção a sala e a TV.

Puxei Alice para o andar de cima para eu tomar banho, queria ir apresentável para a festinha.

 

[...]

 

Nós estávamos parando na frente da casa dela agora. Luzes coloridas brilhavam de todas as janelas nos dois primeiros andares. Uma longa fila de jogos de luzes estava pendurada nos arcos do portal da entrada, refletindo um leve brilho que vinha das enormes árvores que cercavam a casa.

Ela me ajudou a sair do carro, e fomos juntas pelas escadas.

Eles estavam todos esperando na enorme sala de estar branca, quando eu entrei pela porta eles me receberam com um enorme coro de "Feliz aniversário, Bella!", enquanto eu corava e olhava pra baixo.

Haviam um grande bolo cor de rosa sobre uma mesa, uma pilha de pratos de vidro, e uma pequena pilha de presentes cobertos com papel prateado.

Carlisle e Esme eram os mais próximos da porta. Esme me abraçou cuidadosamente, seu cabelo macio, cor de caramelo alisando minha bochecha quando ela deu um beijo na minha testa, e então Carlisle colocou seu braço ao redor dos meus ombros.

-Feliz aniversário. – Carlisle desejou, com sua voz aveludada de sempre.

Rosalie e Emmett estavam atrás deles. Rosalie não sorriu, mas pelo menos não me encarou. O rosto de Emmett estava envolvido num enorme sorriso. Já faziam meses que eu não os via, e juro que senti certa falta das piadas estúpidas dele.

-Você não mudou nada. –  Emmett disse com falso desapontamento. – Eu esperava ver uma diferença notável, mas aqui está você, com o rosto vermelho como sempre.

-Muito obrigada, Emmett. – Eu disse, rindo.

Ele sorriu.

Edward soltou a mão de Jasper e se aproximou... todos os seus dentes brilhando na luz clara. Jasper sorria também, mas continuou distante. Ele se encostou, alto e loiro, no pilar no início da escadas.

-Hora de abrir os presentes. – Alice declarou. Ela colocou sua mão gelada no meu cotovelo e me guiou até a mesa com o bolo e os pacotes brilhantes.

-Abra. – Edward motivou, sorrindo.

A caixa estava tão leve que parecia vazia. A etiqueta em cima dizia que era de Emmett, Rosalie e Jasper. Envergonhada, eu rasguei o papel e olhei pra ver o que a caixa escondia.

Era algo elétrico, com um monte de números no nome. Eu abri a caixa, esperando por uma iluminação maior. Mas a caixa estava vazia.

-Obrigada, tenho certeza que Emmett escolheu. – Falei, estendendo a caixa no ar.

Rosalie realmente sorriu. Jasper gargalhou.

-É um som para a sua caminhonete. – Jasper explicou. – Emmett está instalando agora mesmo.

Alice como sempre estava um passo a minha frente.

-Obrigada, Jasper, Rosalie. – Eu disse sorrindo, e todos eles retribuíram, incluindo Rosalie, e isso me deixou feliz. – Obrigada, Emmett! – Eu disse mais alto.

Eu ouvi a risada expansiva dele na minha caminhonete, e não pude evitar de rir também.

-Agora abra o meu e o de Edward. – Alice disse, ela estava tão excitada que sua voz era só um ruído alto de alegria. Ela segurou um quadrado achatado nas mãos.

Eu peguei o pequeno pacote, rolando meus olhos pra Alice enquanto colocava meu dedo na boda do papel e o puxava por baixo da fita.

-Droga. – Eu murmurei quando o papel cortou meu dedo, eu o puxei pra examinar o estrago. Uma pequena gota de sangue saia do pequeno corte.

Depois disso tudo aconteceu muito rápido.

-Não! – Alice gritou.

Ela se jogou por cima de mim, me jogando por cima da mesa. Ela caiu, assim como eu, derrubando o bolo, os presentes, as flores e os pratos. Tudo caiu numa bagunça de cristais quebrados.

Jasper se chocou contra Alice, e o som pareceu com o de um deslizamento de pedras.

Aquela era a primeira vez que eu a via lutando como um animal, e não como uma bailarina graciosa.

Houve outro barulho, um terrível rosnado que parecia ter saído de dentro do peito de Jasper.

Jasper tentou passar por Alice, mostrando seus dentes a apenas alguns centímetros do rosto de Alice.

Edward pegou Jasper por trás no outro segundo, prendendo ele no seu aperto de aço, mas Jasper lutou com ele, seus olhos, selvagens, vazios, só se focavam em mim.

Depois do choque só ficou a dor. Eu caí no chão ao lado do piano, com meus braços jogados pra trás instintivamente pra aparar a minha queda, jogando-os nos cacos de vidro quebrado.

Só agora eu sentia a dor queimando, pulsante, que corria desde o meu pulso até a dobra do meu cotovelo.

Porra! De novo?


Notas Finais


O que estão achando?
Gostaria muito de um feedback de vcs nos comentários.

A Condessa que a Alice cita é uma "personagem original" na história, se vcs procurarem no google "Condessa American Horror Story", vcs verão quem ela é.

Novamente, link de Amor Sangrento, Spin-off desse livro com a história de Edward e Jasper: http://fics.me/21180154

Até a próxima xx


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