História Twitter - Aula de Fisiologia

Abri meus olhos por conta do barulho ensurdecedor que invadia meus tímpanos, ainda meio desnorteada senti-me ereta em minha cama, meu cérebro logo detectou o barulho com sendo o meu despertador, estiquei o braço alcançando com a mão meu celular. Desliguei o alarme, apreciando o silêncio agradável que se formou no ambiente, pousei delicadamente o aparelho sob a cama, me espreguiçando em seguida. Coloquei minhas pantufas de ursos marrons, e me levantei finalmente me dirigindo até o banheiro, assim que cheguei no recinto, fiz minhas necessidades higiênicas, colocando meu uniforme em seguida. Olhei me no espelho e sorri com o que vi. Desde pequena eu sempre sonhara em me tornar uma médica, mas só descobri que era quase impossível passar em uma faculdade de medicina, e que eu teria que lutar se quisesse mesmo isso, aos quinze anos, quando comecei a cursar o ensino médio, desde então eu só estudava, troquei amigos (que eram poucos por eu não ser considerada "popular") por professores de vídeo aulas, troquei baladas (que eu não iria de qualquer jeito) por aulas de química, viagens a praias com a família, por aulas de biologia talvez... Isso depende do dia... Enfim, sacrifiquei minha vida social ou qualquer status que eu poderia adquirir, por um sonho. Sinto me extremamente satisfeita por dizer que não me arrependo de nada, hoje vivo o meu sonho. O sonho no qual eu sou a protagonista, a autora e a diretora. O sonho no qual eu direciono para onde eu quiser. Valeu a pena ser chamada de adolescente virgem, por curtir a banda One Direction, a banda que fez diversas músicas que me inspiraram em dias difíceis. Hoje eu não vivo só meu sonho acadêmico, como meu sonho de adolescente, de fã. Encerrei meus pensamentos, pegando meus materias, trancando meu apartamento e me dirigindo até o elevador, entrei no mesmo já apertando o botão com o número 0, para ser levada até a garagem. Andei em direção a um porta de vidro, a qual levava a um espaço amplo, com passos largos fui a caminho da minha tão conhecida vaga. Ao chegar a minha moto... Opa... Esqueci desse detalhe né? Sim, eu tenho uma moto... Não é grande coisa... Ok, é sim! É uma Xj preta fosca, com aro dourado, meu sonho de consumo desde que me interesso por mecânica. Ta ai outro ponto sobre mim, me interesso por mecânica automobilística. Ganhei a Harley do meu querido pai... Quem é Harley? É a minha moto! Sim, eu dei um nome a ela e a trato como gente... Voltando, ganhei a Harley do meu pai, digamos que ele tem uma boa condição financeira, sempre estudei em escolas particulares e talvez eu tenha um carro também... Eu disse talvez. Ok! Eu tenho também um carro, dado por ele, é um Renault Captur prata. Admito, talvez eu seja uma filhinha de papai mesmo, patricinha, mimada, pode chamar do que quiser. Mas eu não sou nem um pouco fútil, acredite. Apesar de ter tudo, inclusive uma moto, um carro e um apartamento dado pelo meu pai, eu não escolhi assim. Meu pai sempre quis pagar minha faculdade, mas eu achava humilhação demais, estudar nas melhores escolas e não conseguir passar em uma universidade pública, queria algo que eu pudesse conquistar com meu mérito, algo que o dinheiro não comprasse... As vezes minhas aulas são em período integral, por isso não posso trabalhar, então aceitei ser bancada pelo meu pai. Agora que já sabem, vamos voltar. Coloquei meu capacete esportivo preto, e subi na Harley, (você pode achar estranho, mas vai se acostumar) coloquei a chave na ignição e dei partida na minha garota. Parti em direção a faculdade, dirigindo um pouco acima do limite de velocidade, nada com que alguém devesse se preocupar, eu amava aquela sensação de liberdade, aquela sensação de ter o mundo, que só a minha garota me proporcionava. Quando cheguei, estacionei em frente a mesma e desci de cima da Harley, a deixando parada, intocável, perfeita somente por existir, linda sem fazer qualquer esforço. Após admira la alguns segundos, comecei a subir as escadas do local, andei até meu armário que se localizava em um dos inúmeros corredores do colégio, e encontrei meus dois amigos já em seus respectivos armários, acenando para mim.

- Oiiii Motogirl - brincou Aspen vindo me abraçar carinhosamente. Eu o conheci no primeiro dia de aula, ele fora um amorzinho comigo, é inteligente, extrovertido, atencioso, carinhoso, esforçado e lindo... Extremamente lindo. O oposto de mim. Mas o mais incrível de tudo era que Aspen sempre fora louco por mim, sinceramente eu não sei o que ele vira na minha pessoa, mas garanto que era só ele que enxergava. Eu insegura como sempre fui, tinha medo de me envolver em algo sério, ainda na faculdade, não queria que nada pudesse sequer ameaçar meu sonho. Eu queria me especializar em cardiologia e Aspen em neurologia (inteligente né?). Tentem imaginar como eu sou burra. Aspen era um garoto magro, alto, incrivelmente cheiroso e charmoso, tinha corpo definido na medida certa, tinha um estilo inconfundível, fenomenal, com todas essas qualidades, seus cabelos loiros jogados para o lado, acompanhados por um par de olhos verdes água, eram apenas detalhes. Abracei o correspondendo a medida o ato carinhoso dele.

- Oiiii Aspen - disse sorrindo em meio ao abraço. Assim que nós largamos, Natália veio até mim.

- Oiiiiii amiga! - ela disse com a mesma alegria de sempre. Eu conhecia Natália desde meu ensino médio, nos compartilhávamos segredos, sentimentos e etc. Ela também era fã da banda One Direction. A beleza dela ofuscava qualquer pessoa que andasse ao seu lado. Seu cabelos longos de coloração castanho escuro, que chegavam até sua cintura chamavam a atenção de todos, seus olhos meio esverdeados ajudavam na tarefa, enquanto seu corpo tinha todas as curvas no lugar, e suas pernas eram torneadas sem qualquer esforço. Natália queria se especializar em Pediatria, a mesma sempre amou crianças.

- Oiiiii amoreee - sorri a abraçando. Fomos andando em direção a primeira aula, que era de Fisiologia, conversando assuntos paralelos, entre conversas contei tudo que tinha acontecido no twitter. Natália e Aspen só faltaram ir na diretoria e falar no microfone para todos ouvirem o quão sortuda eu era. Naty fez me prometer apresentar Niall a ela, um falso loiro oxigenado, irlandês a qual ela amava chamar de dela. A aula fora normal, o mesmo de sempre, anotei tudo, e pretendia estudar novamente em casa. E assim a manhã se seguiu.

Quando as aulas acabaram, fomos saindo da escola. Caminhei até Harley, sendo acompanhada por Naty e Aspen.

- Tchau miga, até amanhã, fala para o Zayn pelo amor de Deus me apresentar o Niall! - ri com isso, enquanto a abraçava

- Tchau, até, e pode deixar, eu falo! - sorri e olhei para Aspen - Bye baby - sorri caminhando até ele.

- Anna, deixa eu te perguntar... Quer tomar um sorvete hoje? - sorri carinhosa para ele, eu nutria um sentimento muito forte por ele.

-Claro! A gente se encontra lá? Ou você passa em casa? - assim que ele disse que nos encontraríamos na sorveteria, terminei minhas despedidas, subi na minha garota, e fui dirigindo pelas ruas frias de Londres, até meu apt...