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História Two Lost Souls - Old Friend


Escrita por: Madao-san

Notas do Autor


Voltei! 😅
Aqui vai mais um, espero que gostem 😊
E obrigado a todos que comentaram e favoritaram ❤

Capítulo 2 - Old Friend


Fanfic / Fanfiction Two Lost Souls - Old Friend

Quando a porta se abriu, revelou um cara alto, muito mais novo do que ela pensava (achou que fosse algum velho que não podia cuidar sozinho do apartamento ou coisa parecida), com estranhos cabelos azulados, uma mais-estranha-ainda tatuagem vermelha ao redor de um dos olhos cor de oliva, e muito, mas muito gostoso mesmo. Pessoas como ele deveriam ser proibidas de abrir a porta só de bermuda, definitivamente. Apesar disso, a ruiva ignorou o fato do cara ser um pedaço de mal caminho, e falou ( Perguntou) naturalmente:

— Er.. Jellal.. Fernandes?— Perguntou um pouco receosa, ele ainda poderia ser o filho do tal velho, certo?

— Sim... Erza, certo? Pode ir entrando, sinta-se em casa, literalmente.— Ele deu passagem pra ela entrar e fechou a porta atrás dela. 

— Wow, é maior do que eu pensei...— Falou entusiasmada. A sala de estar ficava do lado esquerdo, um painel preto um móvel também preto, onde se apoiava a televisão, um tapete cinzento e felpudo que parecia muito confortável, e um sofá de três lugares. Do lado direito um balcão de granito que delimitava a área a cozinha, onde tudo era extremamente limpo e em tons de preto, branco e cinza. E em frente tinha um corredor com uma porta de um lado, outra do outro e uma no final.— Onde eu fico? — Virou-se para o novo colega de quarto.

— Ah..— ele percebeu que ainda não apresentou a casa à garota, então tratou começar logo:— Aqui é sala, aqui a cozinha, ali é o banheiro, aqui é o meu quarto, e ali é o seu.— Ele apontou para o quarto da esquerda.

— Posso?— Apontou para o quarto, fazendo menção de entrar. Ele pareceu um pouco relutante, mas depois  apenas coçou a nuca e acenou positivamente. Ao entrar, o motivo da relutância ficou claro: o quarto estava uma bagunça, não era um pouco, era muito mesmo, muita poeira, lixo e móveis desmontados. Ela parou na entrada e olhou pra ele com uma sobrancelha erguida.

— Como eu disse... não deu tempo de arrumar. Eu só ia pôr nos classificados novamente na semana que vem, só te deixei se vir hoje porque não tinha onde ficar, então... Mas você não vai dormir aí hoje. 

— Ah, não precisa se preocupar, sou eu que estou causando problemas...— Apressou-se em falar, pra que ele não pensasse que ela era alguma garota mimada e exigente ou algo assim. O fato de que não iria dormir na rua já estava de bom tamanho. — Então, onde eu posso dormir? — Perguntou encostando-se na parede e cruzando os braços. — por mim pode ser o sofá, sem problemas.

— Não, você vai dormir meu quarto.— A ruiva levou um susto tão grande que até se engasgou, então esse cara na verdade é um aproveitador pervertido! Pensou em pânico. Estava bom demais pra ser verdade.

— C-co-como é que é? — Perguntou ao recuperar a compostura.

— Você dorme no meu quarto... e eu durmo no sofá. Amanhã a gente arruma seu quarto e eu falo sobre alguma regras da casa. Pode ser? — Ele vai dormir no sofá, pensou. E você acabou de passar o maior vexame pensando besteira, Erza! Se controla! Repreendeu a sí mesma.

— Pode! Claro! Tudo ótimo, obrigada Fernandes, sério, valeu mesmo. — Ela olhou pra ele querendo demonstrar que estava mesmo muito feliz em dormir em uma cama quentinha e gostosa, e não em uma calçada molhada e suja. Teve que conter o impulso de dar um abraço nele, queria abraçar ele, abraçar a vida, abraçar aquele jornal surrado e molhado, abraçar o universo, enfim... abraçar tudo.

— Não há de quê. —Ele levou a levou para o quarto, a cama era bem grande, caberiam os dois ali sem problema nenhum, isso a fez pensar que esse cara era mesmo um tipo raro, ou gay, por não tentar se aproveitar da situação. Tanto os lençóis, quanto as cortinas (que vinham do chão ao teto de uma das paredes)  eram pretos, e o quarto era o único cômodo da casa que saia do padrão monocromático de branco-cinza-preto, pois tinha paredes azuladas.

— Bem legal, seu quarto. É tão arrumado que dá até pena de dormir aqui.— Falou colocando a mala num cantinho que ele separou.

— Sério? Obrigado. Então, alí é o banheiro, pode ir tomar banho aí se quiser, no outro não tem água quente. E lençol têm aqui— apontou para um gaveteiro de madeira perto do guarda roupa. — Fique à vontade.

— Tá bom, valeu. Não, valeu não. Obrigada mesmo, do fundo do meu coração, eu não vou dormir na rua por sua causa. Obrigado, muito mesmo.—  Ele olhou pra ela confuso, parecia querer rir, e foi quase. Deu um sorriso de lado e acenou, saindo do quarto. Ela notou que ele parecia um pouco cansado (apesar de não ser nem 20:00 horas ainda)

Ela simplesmente fez como ele disse, ficou à vontade. Tomou um bom banho quente e demorado, preferiu usar o sabonete que trouxe de casa, em parte porque gostava do cheiro e em parte porque não queria abusar  demais da boa vontade do cara. Ele tinha uma banheira! O que tornou seu banho ainda mais demorado. Ela queria evitar pensar em certas coisas, como o fato de ter fugido, o que seus tios pensariam, que seu primo a odiaria, que estava morando com um total desconhecido (que parando pra pensar também poderia ser um psicopata com planos de frita-la enquanto ela dorme), qual seria a reação dos seus tios, e o pensamento que não queria deixar de atormenta-la: que estava sendo igualzinha à seu pai agora. A diferença é que ela não abandonou nenhum filho que jamais o perdoará por ser um covarde (só o seu primo, mas ela pode suportar 10 anos de raiva)

Escovou os dentes, também tinha trazido escova de casa. Escovou os longos cabelos escarlates, teria que dormir com ele molhado hoje, já que levou chuva e foi obrigada a lavar, mas fez seu melhor tentando secar com a toalha (ela não tinha secador, e a toalha por sinal ela pegou no armário dele, já que esqueceu de trazer uma consigo) vestiu um pijama de frio, branco com bolinhas amarelas, pegou um lençol quentinho no guarda roupa e se deitou na cama enorme e confortável do rapaz. Antes que percebesse já estava dormindo profundamente. Afinal, o dia foi realmente longo e ela estava mais que exausta. Sequer desejou boa noite ao proprietário, mas não era sua intenção dormir instantaneamente pra começo de conversa.

Do outro lado, na cozinha, Jellal terminava de jantar. Deixou para a ruiva, mas ela estava demorando demais, então comeu sozinho mesmo. Depois de comer foi chamar ela, talvez ela estivesse com fome, mas não houve resposta quando bateu na porta, então ele abriu a porta e a encontrou em sono profundo, encolhida em posição fetal, com os longos cabelos vermelhos espalhados pelo travesseiro (longos cabelos molhados, por sinal). Pegou os lençóis que iria usar pra dormir no sofá, e saiu silenciosamente, dando uma última olhada na ruiva. Aqueles cabelos continuavam os mesmos, a única coisa que restava da antiga Erza.

Ela mudou bastante, apesar de que eu mudei muito mais... pensou se retirando do quarto. Já sabia que teria sérios problemas com essa garota inconsequente que ela se tornou.


Notas Finais


Hmmm... parece que o Jellal conhece ela de algum lugar 🤔 Embora ela não lembre dele.
É isso 🙃 espero que tenham gostado.


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