História Two Weeks notice Amor a segunda vista - On the Road

Pov's Emma

Pegamos a estrada cedo, não era 8 horas da manhã ainda. Regina não se opôs que na primeira parte da viagem eu fosse dirigindo, eu tinha descansado bastante e estava bem atenta a estrada, não ia por nossos filhos em perigo. "Nossos filhos", lembrei da frase de Regina ontem e meu estômago revirou. Ela estava compartilhando a filha dela comigo? Era isso? Bem, desde que a Robin nasceu há 4 meses, eu estive com ela e Regina quase todo o tempo, é verdade. Talvez ela esteja compartilhando as fases da filha dela comigo pra que eu saiba como é ter um filho? De fato não acompanhei Henry nessa fase e meu coração doía só de pensar nisso.
Mudei o foco do meu pensamento quando ouvi Regina cantarolando uma canção. Não reconhecia aquela música mas a letra era muito bonita, então ia aumentar o som. Parece que Regina teve a mesma idéia e nossas mãos se encontraram. Aquele toc fez meu corpo tremer por inteiro. Pisquei forte e a vi me encarando, então sorri e voltei a mirar a estrada ouvindo a canção que dizia:

"I was takin a walk, when I saw you pass by, I thought I saw you lookin my way so I thought I'd give you a try.
When I saw you smile, I saw dream come true, so I asked you, maybe, baby watcha gonna do..."

Regina cantava toda a música, e eu a observava pelo canto do olho, estava radiante, fazia gestos enquanto cantava e isso pra mim era novo. Então soltei uma risadinha, que pelo olhar dela me fuzilando tinha notado.
- Que foi Miss Swan?- perguntou ela me olhando e baixando um pouco o volume.
Segurei o riso e disse - não sabia que a Madame Mayor cantava e dançava no carro como nos mortais.
Pude vê um sorriso enorme se formando em seu rosto, ela soltou um gargalhada suave.
- É porque você não sabe o show que dou no banheiro.
Pisquei duas vezes.
- Será que um dia posso ser convidada pra esse show?
- Ah Miss Swan, pagando bem que mal tem? - disse isso dando uma gargalhada alta.
- Sendo assim, pago o preço maximo- também sorri mas de nervoso, fiquei imaginando que preço seria. Olhei a estrada e pensei, foco Emma, foco.
Regina riu, e encostou sua cabeça no banco, fechando os olhos. Deixei que cochilasse.
Olhei pelo retrovisor, Henry estava com seus fones de ouvido assistindo algum seriado, e sua irmã dormia chupando o dedo de uma forma engraçada.
Voltei minha atenção a estrada e continuei dirigindo, mas estava com uma sensação ruim, não sabia o que era e isso me dava medo. Mas guardei pra mim e redobrei minha atenção, não ia deixar que nenhum mal acontecesse a minha família.
Foi quando o telefone de Regina tocou, parecia uma mensagem. Ela olhou a tela do celular, pareceu engolir em seco, piscou duas vezes e guardou o objeto. Olhei pra ela que logo encontrou meu olhar, pude ver que algo não estava certo mas ela sorriu e disse:
- Era só a operadora, nada demais. Continue olhando a estrada- disse em um tom mandão.
Revirei os olhos e voltei pra estrada, mas pensando no que podia ser que ela estava me escondendo. Senti uma mistura de emoções vindo a tona e balancei a cabeça. Devia ser neura minha. Tinha que ser. Então continuei a dirigir.

Pov's Regina

Estava quase pegando no sono quando meu celular tocou, era uma mensagem de Mary, pensei que era uma resposta a foto de Emma dormindo com minha filha no colo, me peguei olhando essa foto, era uma fofura só.
Fechei a foto e fui na caixa de mensagens. Notei que Emma me observava mas não liguei. Abri a mensagem de Mary e meu coração gelou. Engoli seco e Pisquei forte. Tentei não deixar o medo que senti passar pro resto do meu corpo.
Mary disse em sua SMS que Hook tinha deixado a cidade atrás de nós, certo que ele não sabia onde estávamos indo, mas falou a toda cidade que ia nos achar.
Eu não sabia o que pensar, estava com medo, com raiva mas não queria demonstrar a Emma. Ultimamente ela andava tão bem, como há muito não via. Então encontrei seu olhar, e sorri. Disse lhe que era só mensagem da operadora. Tentei parecer convincente.  Parece que deu certo, ela nem tentou argumentar.
Dei uma checada em meus filhos no banco de trás, e voltei  olhar a estrada reta em minha frente. Esse pirata não é pario pra mim e Emma,nós temos magia e por muito vezes nossas magia se completaram e derrotaram nossos inimigos. Não seria diferente dessa vez. Seria? Tremi só de pensar que algo pudesse acontecer com a minha família. Já havia perdido muito. Eu estava cansada de perder as pessoas que amava. Olhei pra Emma que estava concentrada na estrada, os cabelos loiros ao vento. Pensei na minha vida sem ela. E não consegui encontrar. Emma sempre esteve comigo nesses últimos tempos. E agora mais do que nunca. Se eu a perdesse.... Meu coração gelou, e lágrimas se formaram em meus olhos. Emma estava se tornando mais que uma amiga. Eu sabia. Eu sentia por todo meu corpo.
Esses pensamentos me deram medo. Então tentei dormir. Pus a cabeça no banco e tentei não pensar em nada. Acho que consegui.

X

Acordei com o carro parando, olhei ao meu redor, estava em um posto de gasolina. Emma estava abastecendo o carro, e Henry dormia, acordei-o delicadamente e sugeri que ele esticasse as pernas e fosse ao banheiro. Ele assentiu. Logo, peguei Robin nos braços e procurei uma mamadeira pra ela, minha filha estava com fome.
Enquanto isso me aproximei de Emma do outro lado do carro, ela riu pra nós duas e disse:
- Descansada Regina? Preciso que assuma o controle agora no final pode ser? - ela piscou pra mim.
Aquela cena dela piscando pra mim fez minhas pernas bambearem. Então sorri.
- Claro Miss Swan, vou só trocar a nenem, e assumo o controle.
Fui ao fraldario do posto de gasolina trocar Robin, não demorei muito e voltei pro carro.
Emma já estava sentada no banco do carona, seus olhos tinham umas olheiras um pouco fundas. Minha loira está cansada. Minha? Eu pensei MINHA? Balancei a cabeça afastando aquele pensamento.
Coloquei Robin na cadeirinha atrás com Henry que me olhou atentamente e disse:
- Você está bem mãe? Parece um pouco tensa.
Sorri pro meu filho, beijei sua testa.
- Estou sim meu amor, so ansiosa para chegarmos.
- Ahh mãe isso todos estamos, vamos logo. Quero conhecer mais o mundo - ele riu.
Eu amava seu otimismo. Me dava energia boas. 
Então, sentei no banco e pus o cinto. Olhei pra todos e sorri.
- Vamos família? - disse olhando pra Emma.
Ela me olhou com ternura e abriu um sorriso enorme, pude ver seus dentes inferiorrs tortinhos.
- Vamos..
Liguei o carro e partimos. Faltava pouco para São Francisco.