A viagem para Londres não tinha demorado muito, tudo ocorreu bem. Os gêmeos estavam cansados demais para aprontarem alguma coisa, pois, a transformação deixou os dois bastantes agitados. Karma em vários momentos lamentou-se de ter cortado o seu cabelo longo para um corte curto, já Ezreal ficou se gabando por horas que estava amando estar com os seus fios um pouco mais claros.
Para Harry era engraçado os dois serem irmãos e gêmeos, terem nascido no mesmo dia, terem inúmeras semelhanças físicas e as personalidades serem diferentes até demais. O que um tinha de qualidade o outro tinha de defeito e vice-versa. Seria difícil conviver com isso, porém não seria impossível.
A ideia de ser o segurança de Karma já não assustava mais tanto Harry, ainda depois da experiência que eles tiveram no aeroporto. Lógico que a princesa já estava menos reconhecida, entretanto alguns curiosos conseguiram lhe reconhecer e isso causou um tumulto inexplicável. Harry teve que se opor e ficar na frente, fazendo com que Karma segurasse em seu braço, enquanto ele afastava os demais curiosos de perto.
A princesa ficou assustada, mas isso foi somente a primeira experiência dela fora dos muros e sem toda a proteção de Demacia. É claro que Harry lhe avisou que poderia ser dessa forma, mas mesmo assim a garota ficou um tanto quanto nervosa. Tantas pessoas lhe cercando, lhe fazendo perguntas das quais ela não tinha permissão alguma para responder. Mas, nem isso fez com que Karma reconsiderasse a sua ideia de se aventurar.
A casa que o Rei Jordan IV estava residindo em Londres não era uma simples casa e sim uma mansão perante aos olhos de Harry e Louis, que nunca viram algo tão incrível. A arquitetura era esplendida, com muitos detalhes das casas europeias que eles analisavam nos filmes ingleses que assistiam na América.
Karma e Ezreal estavam tão acostumados com o luxo, que chegaram e foram procurar por seus quartos, nem tiraram um tempo para admirar o local que ficariam pelo menos por dois dias, só quiseram se jogar em suas camas e descansar. Louis e Harry não.
Os seguranças tinham acesso liberado em todos os cantos da mansão e puderam explorar tudo o que quisessem. Eles acharam uma biblioteca, uma sala de cinema, uma sala de jogos, tudo isso era novidade para eles. Mas os rapazes também estavam cansados de suas viagens e resolveram descansar. Eles dividiram o quarto na mansão, isso foi um pedido deles para o Rei Jarvan IV, que aceitou sem pestanejar.
— Harry, por acaso você sabe se os gêmeos farão alguma festa de aniversário? — Louis abordou um assunto, que eles não tinham parado para pensar ainda.
— O aniversário deles é daqui dois dias, não? — retrucou em tom de preocupação.
— Sim, e Ezreal falou que vão partir daqui dois dias.
— Meu Deus, Louis! — Harry comentou, coçando a nuca. — Eu acho que o rei Jarvan IV dará alguma festa.
— Eu acho que não, dude.
— O que você acha?
— Que os dois vão para alguma festa.
— Devemos nos preocupar?
— Por enquanto não, Harry. — Louis respirou fundo, mesmo sabendo que deveriam sim. — Vamos descansar e amanhã nos lamentamos sobre o que vem por aí.
— Você tem razão. — Harry acabou com o assunto.
E os dois resolveram descansar, aliás, amanhã seria um longo dia. A primeira missão como seguranças tinha sido realizada com sucesso, agora teriam que avaliar como sucederia as próximas.
[...]
Harry estava sentado em uma das cadeiras de descanso que tinha na parte da mansão dos gêmeos Campbell. Ele tinha tomado um café reforçado junto de Louis, porém o melhor amigo resolveu voltar ao quarto enquanto o Styles quis explorar a diversão que tinha naquela enorme casa.
O segurança lia a manchete do jornal londrino, na qual anunciava a vinda definitiva do Rei Jarvan IV para Londres. Por que não anunciariam uma novidade dessas, não é mesmo? Harry nem percebeu que Karma também estava sentada em uma das cadeiras daquele enorme espaço, mas ao contrário dele, a princesa segurava um Ipad em suas mãos e estava com um caderno em suas pernas. Ezreal também chegou, todo animado, perguntando a irmã se tinha achado o que tanto conversaram no dia anterior.
— Karma, você sabe que nós dois sempre comentamos que queríamos fazer dezoito anos comemorando nessa boate. — Ezreal falou autoritário com a irmã, que apenas o ignorou.
— É em Berlin, Ez. — anunciou um pouco desmotivada.
— Nós temos dinheiro, temos recursos e temos dois seguranças qualificados para a nossa segurança, Karma.
E isso era verdade, em momento algum o herdeiro de Demacia mentiu.
— Valoran, Ez. — Karma falou o nome da boate, deixando o irmão extasiado. — Você sabe a temática deles, não? Que todos que vão para lá se tornam criaturas celestes e imortais.
— Karma, aquele lugar é incrível. Eles têm um teto de vidro, para que possamos ver as estrelas e admirar o céu noturno.
— Então você quer ir para o local da magia das estrelas, Ezreal?
— Eu sou uma estrela, Karma.
— Você sabe que anfitriã daquele local chama Soraka?
— É um nome fictício, lógico. — o irmão debochou da princesa, que lhe mostrou a língua. — Você sabe que Valoran é um local incrível, nunca vimos reclamações sobre homofobia, sobre preconceito, sobre qualquer coisa. Eu quero ter minha independência em um local assim.
— Então fechado, Ez. — Karma falou sorridente, fazendo o irmão lhe dar um abraço apertado. — Vamos fazer nossas malas? Partimos amanhã.
E então os dois conversaram mais alguma coisa, que Harry não teve o capricho algum de se esforçar para ouvir, mas só notou que o Ezreal saiu de lá para arrumar as malas, deixando Karma sozinha e pensativa. A garota questionava-se se era uma boa ideia de comemoração.
— Harry? — Karma estava na frente do seu segurança. — Você conhece Berlin?
— Conheço sim. — respondeu amigavelmente.
— Já ouviu falar de uma boate chamada Valoran? — rebateu com outra pergunta.
— É a mais famosa da cidade, Karma.
— Você foi? — perguntou.
— Louis me obrigou a ir com ele. Lá é um paraíso para quem é amante de música POP, Karma. — Harry foi sincero, deixando a garota um tanto quanto aliviada. — Vocês dois vão gostar, sério. É legal.
— Você acha que Ez se sentirá bem? — era nítida a preocupação de Karma com a segurança do seu irmão. — Eu sei que meu pai chamou vocês para conversarem, é a típica atitude dele. — Harry engoliu em seco e assentiu, confirmando para a princesa sua afirmação. — Vocês já devem saber sobre o meu irmão.
— Sim.
— E?
— Louis nunca sofreu nenhum preconceito lá, princesa. — Harry foi sincero, tirando um sorriso despreocupado dos lábios da garota. — Acho que nunca o vi tão feliz em toda a minha vida.
— Obrigada, Harry. — agradeceu, deixando-o confuso. — Aliás, essa blusa está incrível em você. — comentou, vendo Harry arregalar os olhos por se lembrar que estava com uma camisa estampada e não preta. — Seu gosto é exótico e eu gosto disso. — levantou-se e deu de ombros, largando Harry.
Harry seguiu os passos da princesa e se levantou. Estava curioso demais em saber a reação do melhor amigo quando o avisassem que voltariam para o paraíso da vida de Louis, mesmo agora a situação sendo diferente.
Ao chegar no quarto que estavam acomodados viu o melhor amigo deitado na cama, com os fones de ouvidos e batucando a mão sobre sua barriga ao ritmo da música que estava alta além do normal. Louis era assim, todo insano quando queria ficar refletindo. Harry o descrevia como um homem misterioso. De poucas palavras, mas cheio de atitudes. Sabia que Tomlinson era enigmático, que dava poucas respostas, mas as que fornecia para todos que estavam ao seu redor era o suficiente.
Styles sentou-se ao lado do amigo na cama, atraindo a atenção dele que retirou os fones do ouvido e sentou-se observando o rapaz.
— Algo me diz que você tem alguma novidade. — Louis pontuou, fazendo Harry assentir. — Devo me preocupar? — questionou.
— Valoran. — Harry disse em tom alto, fazendo o amigo piscar duro. — Os gêmeos irão comemorar os dezoitos anos lá.
— Presumo que foi ideia de Ezreal.
— Acertou!
— Nada mais justo. — Louis pontuou. — Melhor decisão que tiveram, aliás, quando partiremos?
— Amanhã! — Harry anunciou, sentindo uma ansiedade tremenda por isso.
[...]
O Rei Jarvan IV estava rezando o terço para os seus gêmeos, falando dos contra de irem à Berlin comemorarem seu aniversário, alegando que eles tinham toda a estrutura do mundo na Inglaterra e que poderiam dar a festa dos sonhos ali na mansão que estavam morando. Nada que o Rei falasse faria os irmãos mudarem de ideia, ainda mais depois de Ezreal ter encontrado com Louis na noite anterior e lhe questionado sobre como era a noite naquela boate. Louis foi sincero, não negou nem um misero detalhe. Contou-lhe tudo, deixando o futuro herdeiro de Demacia extasiado para conhecer as estrelas.
— Pai! — Karma falou nervosa. — Eu vou para Berlin, aliás, se você continuar nos atrasando nem dará tempo.
— Essa é a intenção! — O Rei Jarvan IV falou debochado, fazendo a filha trincar os dentes. — Me prometa que não aprontará nada, Karma, que você e seu irmão estarão inteiros na manhã seguinte.
— O máximo que pode acontecer comigo é uma ressaca, pai. — Ezreal falou, fazendo o rei dar uma risada. — Com a little sister também. Fica despreocupado.
— Quando vocês cresceram tanto assim?
— Não começa com esse papo sentimental! — Karma advertiu. Era perceptível sua irritação. — Vamos, Ez, se não, não chegaremos há tempo. — ordenou, vendo o irmão assentir e pegar suas malas.
Então os quatro saíram da mansão dos Campbell. Rei Jarvan IV estava destruindo, não querendo aceitar a liberdade dos seus filhos, enquanto a rainha simplesmente se isolou, não querendo nem se despedir. Harry entendia o ponto de vista dos dois, não era todo mundo que tinha os filhos mais cobiçados de um continente. A preocupação se faria presente.
Durante toda a viagem, Ezreal foi ouvindo música, Karma foi vendo revistas de modas, Louis ficou em silêncio e Harry apenas ficou perdido em seus pensamentos. Parecia até que ele estava sozinho, sem incomodo algum.
Harry estava em um quarto de hotel sozinho, já que Louis tinha optado por ficar só também. Ele entendia a atitude do melhor amigo, se os dois ficassem o tempo todo juntos acabaria rolando uma hora ou outra alguma situação desagradável que colocaria tudo a perder. E não era isso que eles precisavam e nem queriam.
Alguém que estava batendo na porta e Harry presumiu que fosse o melhor amigo, entretanto, ao abri-la, foi surpreendido ao ver Karma parada ali. A princesa já estava pronta. Maquiada. Com um vestido curto, misturado nas cores azuis e branca, seguindo a temática de Valoran. O segurança não achou que ela seguiria à risca assim, mesmo que fosse a graça do ambiente.
— Nossa, Harry, eu sei que estou bonita. — Karma falou, fazendo-o engolir em seco. — Sabia que é feio deixar uma princesa plantada do lado de fora? — questionou, fazendo-o sorrir de lado. Ela sabia jogar sujo.
— Foi mal, princesa. — abriu espaço na porta e a deixou entrar.
Novamente Harry não sabia qual era a intenção de Karma em seu quarto, mas ao vê-la indo diretamente na direção de sua mala, já imaginou o que viria a seguir. Ela abriu e foi olhando roupa por roupa, na intenção de escolher o melhor figurino para o seu segurança.
— Nossa, meu pai é antiquado mesmo quando não quer. — falou para si mesma. — Você só tem roupa preta!
— Foi a regra que ele me passou, princesa.
— Me chama de Karma, por céus, Harry!
— Princesa me parece melhor.
— Você me parece melhor sem camisa que nem aquela noite no palácio.
— Princesa, isso não é coisa de se falar, não acha?
— E o que é então?
— O que você está fazendo aqui? — mudou o foco, vendo-a sorrir de lado.
— Quero que você vista essa blusa aqui. — pegou uma blusa azul claro e deu ao rapaz. — A calça pode ser preta, fazer o que. — comentou, vendo-o assentir. — Se quiser trocar de roupa na minha frente, eu não ligo.
— De maneira alguma! — Harry respondeu. — Aliás, poderia me dar licença para me trocar?
— Como quiser. — e então a princesa se retirou do quarto.
Harry deu risada sozinho. Karma era inacreditável. Que personalidade decidida, que ousadia, ela conseguia ser doce quando queria e também sabia ser ousada quando ele menos esperava. Seria difícil lidar com ela ou Harry teria que entrar em seus jogos? Qual seria a melhor solução para o rapaz?
[...]
Harry se surpreendeu ao ver a filha quilométrica para a entrada de Valoran. A última vez que esteve ali, lembrou-se que a boate estava sendo bem recebida, as pessoas comentavam, iam, adoravam e principalmente retornavam, mas também se recordou que o começo de lá não foi tão bom e memorável para o dono do estabelecimento, que tinha investido horrores em um local que visava todo o tipo de público em um país completamente conservador. Alemanha era difícil, mas Jayce tinha esperança e se agarrou nela e se deu bem.
— Será que se eu chegar lá e falar que sou Karma Cambpell eles me deixam entrar? — a princesa opinou, deixando Harry pensativo. Ela tinha pensado em algo, que ele já tinha resolvido.
— Karma, você acha mesmo que iremos enfrentar essa fila?
— Não seria o certo?
— Não quando se conhece o dono do local, princesa. — Harry deu ênfase em princesa, fazendo a menina sorrir de lado, gostando da provocação.
Não demorou muito, Harry pegou o seu celular entre suas mãos e mandou uma mensagem à Jayce que em minutos já estava na entrada da boate, esperando os quatros que estavam incrédulos com tamanha perspicácia de Harry. Karma imaginava tudo, menos que ele desse um passo tão magnifico como este.
— Harry! Louis! — Jayce falou, olhando para os seguranças que sorriam. — Quanto tempo, não? Qual foi a última vez que estiveram aqui?
— Pode ter certeza que não existia a Soraka ainda. — Louis respondeu, fazendo Jayce gargalhar. — Aliás, adorei! Combina muito com Valoran.
— Obrigado! Imaginei que você fosse gostar, Tomlinson. — Jayce colocou a mão no ombro do rapaz, sorrindo, intrigando Ezreal para a opção sexual. — Aliás, quem são os seus acompanhantes? — questionou.
— Janna e Viktor. — Harry falou automaticamente, deixando os gêmeos perdidos. — Amigos nosso dos Estados Unidos.
— Os trouxeram para Berlin? — Jayce rebateu surpreso.
— Lógico! Temos que fazer eles terem história na melhor boate do mundo, não acha? — Harry falou eufórico, fazendo o dono de Valoran assentir.
— Entrem! Espero que curtam! — e deu o acesso que eles tanto ansiavam para terem.
Ao entrarem no local, os olhos de Ezreal brilharam ao ver o que ele tanto ansiou por anos. Aquele ambiente era tudo o que ele sempre desejou. Ali ele poderia ser quem ele não se permitiu por muito tempo ou talvez por toda a sua vida. Ali, pela primeira vez em sua vida, sentiu-se que estava em casa, ao verem casais do mesmo sexo enroscados em abraços, beijando na boca e dançando como se não houvesse amanhã.
Para Karma era também inacreditável estar em uma balada pela primeira vez em sua vida. A princesa nunca imaginou que poderia estar ali ou até mesmo que poderia ter liberdade de toda a vida real e formal que levou durante dezessete anos. Mas, agora, na virada do dia 17 de abril, ela conseguiu se permitir ser feliz e extravasar.
Sem muito esforço, Karma segurou na mão do seu irmão e o abraçou com todo o carinho que reuniu em seu corpo. Louis e Harry não entenderam a situação, mas ao olharem no visor do celular e verem que indicava 00h30, entenderam que os gêmeos estavam fazendo aniversário e principalmente ficando mais velhos.
— Parabéns, Ez! — Karma gritou, fazendo o irmão jogar os braços para o alto.
— Parabéns, Karma! — o herdeiro de Demacia respondeu, fazendo a irmã sorrir ao ouvir a música que estava tocando.
Ariana Grande era absurdamente maravilhosa, Harry não podia negar que a garota de apenas vinte e poucos anos tinha uma voz extraordinária e músicas viciantes. Aqueles refrãos chicletes, que grudavam na mente e fazia a galera toda dançar e cantar junto era contagiante.
Louis e Harry se afastaram dos irmãos e ficaram sentados nas cadeiras do bar, observando-os de longe. Não queriam estragar a diversão deles. Queriam vê-los felizes, pois mereciam, como qualquer outra pessoa comum.
No entanto, Harry começou a notar uma movimentação diferente ao redor de Karma, enquanto Ezreal conversava com um rapaz aleatório. O segurança já ficou esperto, imaginando que alguém tinha reconhecido a princesa de Demacia, entretanto não queria pensar na pior das hipóteses.
Um cara alto, esbelto e loiro veio ao encontro de Karma, falando em seu ouvido, fazendo a princesa parar e responde-lo da mesma forma. Entretanto, o mais intrigante da situação foi que Karma não estava bebendo nada e o rapaz lhe ofereceu um copo com alguma coisa alcoólica. Harry estava torcendo para que a princesa negasse, contudo não aconteceu. Ela simplesmente aceitou e bebericou em um primeiro gole.
— Devo dizer que aquele cara é preocupante, não é? — Louis comentou, vendo a situação ao lado do melhor amigo.
— Muito!
— Se ele se afastar da Karma e ela ficar diferente, logo menos ele vai voltar e vai oferecer mais bebida para ela, Harry.
— Estou pensando nessa tese, Lou.
E dito e feito. O rapaz loiro se afastou da princesa, que já estava alterada apenas com um gole de bebida. O príncipe Ezreal estava se divertindo na pista de dança com mais três rapazes. Era esplêndido ver a felicidade em seu rosto, com o seu sorriso de rasgar a sua cara.
Harry parou por um breve minuto e notou que Karma estava tonta, em segundos pediu uma garrafa d’água para o barman e foi empurrando as pessoas para o lado até alcançar a princesa.
— Me solta! — Karma empurrava o rapaz pelos ombros, vendo-o insistir em leva-la para um canto. — Eu não quero nada com você! Me deixa em paz!
— O que a princesa de Demacia faz em uma espelunca como essas? — a voz grotesca do cara soou, fazendo Karma se contorcer.
— Ela está se divertindo comigo! — Harry falou calmamente, vendo o rapaz o olhar incrédulo. — Ficaria agradecido se você tirasse as mãos de Janna, aliás, você deve estar muito ruim ao achar que ela seja Karma Campbell, não?
— Mas ela é!
— Não é! Karma está em Londres, junto de seus pais, comemorando o seu aniversário. — pegou o seu celular e mostrou uma foto. Lá estava o rei Jarvan IV, com sua mulher e seus gêmeos comemorando em uma festa de aniversário gigantesca.
— Mas essa menina não deixa de ser gata. — segurou-a forte pelo braço.
— Afaste-se dela!
— Ou se não? — novamente apertou Karma, que já estava com os olhos marejados.
Foi o tempo de Harry raciocinar um soco forte na cara do nojento, fazendo-o cair no chão. Todo mundo parou para observar a cena digna de Oscar que estava acontecendo. Karma em segundos se colocou atrás de Harry e o abraço pela cintura, não querendo se afastar novamente.
— Se você chegar perto de outra menina outra vez, meu caro, não será apenas um soco e sim uma surra! — chutou a barriga do cara, fazendo-o ofegar.
— Me leva para o hotel, Harry. — Karma pediu, vendo Ezreal aparecer junto de Louis, com o semblante preocupado.
Foi difícil para Karma aceitar que ela nunca seria Janna, o nome fictício que Harry tinha lhe dado. Era mais fácil superar que sempre seria Karma Campbell, princesa de Demacia, filha do Rei Jarvan IV. Mas, não seria essa história que a faria desistir de Berlin ou de sua independência, isso só foi uma parte do livro que escreveria mais para frente.
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