Jackson on
O vento frio entrou pela janela me causando um arrepio em minha nuca me fazendo estremecer, ajeitei meu casaco que me cobria até o pescoço e me levantei para fechar a janela.
Quando puxei o fecho da janela reparei que a neve caia, lá em uma árvore próxima um pássaro preto me encarava com seus olhos amarelos brilhantes, ele mexia sua pequena cabeça para a direita e a esquerda sem me perder do seu campo de visão.
— Começamos tudo de novo — do para o passei que levantou vôo e sumiu em uma fumaça negra.
Fechei a janela de vidro antes que a neve começasse cair dentro do escritório, olhei para a minha mesa procurando meu celular, o avisto do outro lado direito da mesa, vou até o mesmo e a ascendo a tela que não havia mensagens dele, a não ser de Lucas.
* Maníaco*
Você viu o pássaro mais cedo? Pelo visto ele acabou de descobrir sobre o passado dele.
Você vai perder tempo de novo?
Eu bufei na tela do celular e sai do chat, joguei meu celular no bolso recusando dar uma resposta ao mais novo, virei para trás de mim e puxei a maçaneta da porta que dava a saída daquele cômodo, desci as escadas apressado empurrando a porta de metal adentrando avoado na sala.
O sensor ascendeu ao sentir minha presença iluminando os computadores e os papéis amontoados nas mesas que lá haviam. Uma das telas mostraram um sinal de alerta, dizia que uma chuva de meteoros se aproximava, no cálculo davam 1 mês até entrar em órbita.
Passei meus dedos pelo meu cabelo bagunçado os fios os puxando para trás, meus ombros se encolheram e puxei uma cadeira onde joguei meu corpo para trás e encarando o teto sem ideia do que fazer.
Tombo minha cabeça para esquerda dando de cara com um enorme quadro com uma fotografia nossa. Ela era de 1934, lembro que ele me puxou para dentro da loja, me deu uma ponta no coração ao ver ele usar todo o seu dinheiro para tirar uma foto apenas para me dar de presente.
Lembro que na época não se podia sorrir mas eu estava com minha felicidade a flor da pele, infelizmente evitamos nos tocar mas hoje em dia não evitaria roubar um beijo de seus lábios mesmo em público com os olhares preconceituosos.
Naquele vida ele adorava enigmas, poderíamos ficar 1 semana sem nos encontrar porém trocavamos cartas com charadas e quando queríamos nos encontrar escrevíamos na carta o lugar descrevendo o lugar em volta, as vezes eu esperava o dia inteiro até ele descobrir onde eu estava.
Naquela vida eu perdi ele para o vício do Ópio, os japoneses deram uma mercadoria que ele não sabia do que se tratava e foi pego traficando, consequentemente na época matava qualquer pessoa que fosse "estranho" a o olhar dos policiais chineses.
Novamente eu não consegui.
Eu me estresso apenas de pensar em seus últimos suspiros, seus últimos sorrisos antes de perde novamente sua vida por conta de uma maldição.
— Você quer se separar? — Xiayang me olhava com olhos cheios de lágrimas — Se o problema for minhas roupas eu posso mudar, com certeza é a minha aparência...
— Não é nada disso — a interrompi, ela congelou sua expressão — Eu apenas não sinto nada quando olho no fundo dos seus olhos, não sinto meu coração palpitar quando você me toca. Você sabe que apenas estamos unidos por conveniência.
— Eu não quero ouvir — ela balançava sua cabeça enquanto se afastava de mim dando passos para trás e me olhando fragilizada. — Deixe eu tentar fazer você gostar de mim.
— Eu não posso — eu avancei para mais perto e dela e sim sussurrei — Eu só amo uma única pessoa, Jiu Chen.
Com toda sua raiva ela me descontou um forte tapa em minha face e bufou antes de sair do quarto, acaricio minha bochecha esquerda que ardia por conta do tapa recente, minha mente tentava ainda processar as palavras que havia acabado de dizer a mais nova.
Senti minha respiração sair em forma de alívio, finalmente senti minhas costas livres da pedra que carregava comigo, olhei para baixo e avistei um pote com vinho e não pensei duas vezes antes de beber dele o resto da noite sem me importar em estar bem amanhã.
Eu acordei com Chen me sacudindo ao desespero pra que eu acordasse logo, ele recuou ao ver que já me levantava da cama e tomei a consciência.
— Por que bebeu tanto a noite passada?
— Para amenizar minha dor — levanto da cama e vou em direção até um dos baús no canto do quarto onde tiro minha roupa.
— Você discutiu novamente com a Xiayang? — ele surgiu atrás de mim. — Qual foi o motivo desta vez?
— Foi você — eu largo minha roupa e me viro para olhar o moreno — Você apenas você! Eu não consigo fazer mais nada além de pensar em você, a única pessoa que me interessei foi você! E o que mais quero é te sentir.
Meu corpo se moveu até ele, ele recuou para trás recusando a olhar meus olhos, eu fiquei com minha mão a centímetros de sua pele mas eu não vá retirei.
— Não fuja de mim — Eu olhei estremecer a o ouvir minhas palavras.
Impaciente eu avancei para cima de Chen jogando encima da cama onde sentei em seu colo e roubei um beijo, movi minha língua devagar por cada canto de sua boca roubando seu ar, suas mãos puxavam meu peito para que saísse de cima dele, as eu apertei cada vez mais nossos corpos e continuava a mordiscar seus lábios os deixando vermelhos.
Com todo esforço ele me jogou para o lado e se levantou sem olhar para mim indo para a saída correndo envergonhado. Eu apenas o vejo correr e meus olhos se fecham e meu corpo volta a mesmo estado de antes.
E esse foi o nosso primeiro contato amoroso, mas foi tão forçado que gostaria de o desconsiderar. Demorei mais de duas vidas para entender nossos limites, uma das coisas que nunca mudou em todas as suas reencarnações foi sua timidez e sua personalidade adorável.
Estou correndo conta o tempo outra vez para encontrar a cura para Mark, me lembro do dia com muita dor.
— Yu Jin... Por favor... — ele implorava entre gemidos.
Eu o ignorei seu pedido e continuava a beijar seu corpo em lugares proibidos, minhas mãos apertaram a cintura do loiro fazer o soltar gemidos incompreensíveis, seu pescoço tombou para trás mordiscando seus lábios para calar seu grito interno.
Apressado levei minha mão para seu membro onde comecei a dar mais atenção usando meus dedos indo para cima e para baixo, ele se aproximou mais perto do meu ouvindo com sua respiração ofegante após se desfazer em meus dedos, nós caímos abraçados na cama e um sorriso bobo fu dos lábios de Jiu Chen.
— Gostou do que acabamos de fazer? — olho para lado admirando o corpo nu do mais novo, ele estava eufórico.
— Gostei — ele disse tentando regular sua respiração ao normal — Gostaria de não ter que me esconder apenas para te encontrar.
— Eu sei — eu acaricio seu rosto com meu polegar e fui até a sua boca onde passei pelo lábio inferior — Eu irei comprar sua liberdade e nós iremos fugir para longe muito longe, assim não teremos mais nada com o que nos preocupar.
— Eu gostei da ideia do nosso futuro juntos — ele tirou minha mão direita e me puxou para um abraço, ficamos pele a pele por um longo tempo.
Continua...
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