You Belong with Me
“Dreaming 'bout the day when you wake up and find
That what you're looking for has been here the whole time”
— Porra! — Jaebum colocou o travesseiro em cima da cabeça e grunhiu, irritado ao ouvir, pela milésima vez, a letra de you belong with me vindo próximo a janela do seu quarto plena 1h da manhã. Se balançou frustrado em sua cama e levantou, bagunçando os fios escuros e indo até sua janela, dando uma espiadinha pela cortina e assistindo Youngjae com seu violão, uma garrafa de vinho barata e sua voz levemente alterada devido a bebida. Abanou a cabeça e se apoiou na parede, bufando.
Fazia uma semana que não estava falando com o Choi e já não sabia mais o que fazer para que ele parasse em te acordar no meio da madrugada para cantar alguma música romântica. Na quarta havia sido white horse, quinta always do Bon Jovi, sexta Time after Time e hoje, Taylor swift novamente.
Jaebum sabia que podia simplesmente aceitar o pedido de desculpas de Youngjae, mas talvez estivesse um pouco cansado do jeito cafajeste do mais novo e seus amigos o chamando de corno por sempre encontrarem Youngjae flertando por aí quando ele não estava por perto e, sinceramente, o Im estava de saco cheio desse jeito do quase ex-namorado.
Piorou quando Youngjae havia o buscado na faculdade há uma semana atrás para irem jantar e o outro, ao chegarem na pizzaria que sempre frequentavam, trocou sorrisos e mais sorrisos com Park Jinyoung, ninguém mais ninguém menos que seu ex namorado e aquilo foi a gota d’água para Im Jaebum.
Ao saírem do lugar, o Im jogou tudo que estava engasgado em sua garganta e falado que não aguentava mais namorar com Youngjae sendo daquele jeito, se sentindo inseguro e última opção. Claro, o Choi se sentiu com o coração apertado ao ver o cara de quem tanto gostava chorando e dizendo o quanto se sentia mal com esse seu jeito e tudo que queria era abraçar seu garoto, beijá-lo e prometer que nunca mais faria nada daquilo, mas Jaebum não aceitou seus abraços e tampouco suas desculpas. Apenas enxugou as lágrimas com a manga do seu moletom e disse que não precisava de carona para casa naquele dia.
E desde então, tudo que Jaebum fazia era ignorar as chamadas insistentes de Youngjae em seu celular, as serenatas nas madrugadas e refletir se realmente queria ficar sem ele e tudo aquilo doía.
Bambam dizia que ele estava certíssimo e que deveria terminar aquele namoro de uma vez e investir em Jackson Wang, uma cara de suas aulas de filosofia da educação que parecia lamber o chão pelo qual ele pisava e bem, Jaebum concordava que Jackson era um bom rapaz, bonito, inteligente, engraçado, mas ele não era o cara pelo qual seu coração disparava e deixava sua cabeça nas nuvens.
Oh, I remember you driving to my house
In the middle of the night
I'm the one who makes you laugh
When you know you're about to cry
I know your favorite songs
And you tell me about your dreams
Think I know where you belong
Think I know it's with me
E novamente, a voz harmoniosa de Youngjae voltou a ressoar em meio a madrugada, fazendo as lágrimas que Jaebum estava segurando escorrer por seu rosto, fazendo o fungar e se deitar no chão, sentindo que sua cabeça iria explodir a qualquer momento de tanta coisa dentro dela.
Quando o Choi finalmente terminou de cantar e o moreno pensou que ele havia desistido, ouviu um barulho vindo da sua janela, fazendo-o dar um pulo assustado.
— Jae, por favor, fala comigo… — E lá estava aquela voz quebrada de Youngjae, que fez o coração de Jaebum se apertar mais em seu peito, o fazendo voltar a chorar. — Por favor, hyung, eu não aguento mais ficar sem você… Eu fui um idiota, eu sei, mas caralho, eu te amo demais, inferno… Desculpa nunca ter dito i-isso antes.
— Me ama? — Jaebum saiu de sua inércia, indo até a janela e abrindo de forma abrupta, quase derrubando o mais novo que estava sentado no galho da árvore próximo a sua janela.
— S-sim… — Youngjae abaixou a cabeça, tímido, deixando o mais velho com um sorriso bobo brincando em seus lábios.
— Entra, Youngjae… — Jaebum disse, fazendo o primeiro sorriso de dias nascer em Youngjae, que desceu rapidamente da árvore para poder finalmente encontrar com o mais velho.
O de cabelos azuis ainda se sentia tímido e incerto de como começar uma conversa, então simplesmente se deixou ser levado para o quarto do outro, que entregou roupas limpas e uma toalha para que pudesse tomar banho.
E agora, de banho tomado, Youngjae estava sentado na cama de Jaebum, vendo o mais velho olhar distraidamente para o painel de fotos que fica na parede a sua frente, se sentindo tímido mas com as mãos formigando de vontade de tocar novamente o garoto.
— Aiai, Youngjae, o que devo fazer com você? — Jaebum finalmente quebrou o silêncio, se aproximando do mais novo e ficando a sua frente, de joelhos, deixando Youngjae desconcertado.
— Me beijar? — Arriscou, arrancando uma risada fraca do mais velho, que se aproximou mais e sentou em seu colo, colocando os braços envolta de seu pescoço, beijando a bochecha cheinha do Choi, fazendo com que o corpo do outro, apenas com aquele contato tão minimo, se agitasse.
— Você sabe… Eu não posso aceitar isso toda vez. Foi legal você cantando essas músicas para mim e dizendo que me ama, mas não posso te perdoar se continuar me machucando desse jeito. Eu amo você, também, mas sinto ciúmes, medo, me sinto inseguro e várias coisas ruins e não é legal. Bambam vive dizendo asneiras e depois de um tempo cansa.
— Desculpe, sei o quão babaca eu fui e eu não fazia por mal, só é meu jeito…
— Sim, eu sei, mas merda, Park Jinyoung? Seu ex? Que você era estupidamente apaixonado e que no começo TODO mundo dizia que você só está comigo apenas por eu lembrar ele? É foda, Youngjae. — Jaebum murchou novamente, se segurando para não chorar enquanto voltar para seu lado da cama. Youngjae apenas respirou fundo, sentindo novamente aquela vontade de deixar suas lágrimas saírem, se sentindo mais idiota ainda por ter machucado justo a pessoa que mais havia gostado em toda sua vida.
— Hyung… — Ele decidiu tomar alguma atitude, trazendo novamente o mais velho para seu colo e o abraçando fortemente pela cintura, fazendo questão de distribuir alguns beijinhos castos em seu pescoço.
— Hm? — Jaebum apenas resmungou manhoso, arrancando um risinho do outro.
— Desculpa, hyung, por ser um bosta para falar sobre sentimentos, tudo bem? Eu gosto muito de você, mais do que já gostei de alguém. Não se compare com o Park, só criei um laço de amizade com ele por ele ter sido alguém importante para mim, mas não tem nada de romântico, entende? Eu gosto de você, Jaebum, mesmo você me deixando meio louco as vezes, é de você que gosto e quero.
Jaebum sentiu as bochechas corarem e seu coração acelerar. Sentia todas as palavras que vinha rondando sua mente nos últimos dias desaparecer, só restando aquele sentimento de saudade e necessidade que tinha do outro, então, não perdeu mais tempo e o beijou, deixando até mesmo o Choi surpreso, mais não menos contente.
Youngjae o puxou para mais perto, necessitado de sentir o corpo do outro tamanha a saudades que sentia. Pensou que ficaria louco se não tocasse novamente naquela pele leitosa ou trocasse beijos necessitados como aquele.
O deitou na cama, ficando por cima de seu corpo e fazendo uma trilha de beijos suaves do seu rosto até sua clavícula, sentindo aquele delicioso cheiro de morango que só o namorado tinha e que quase havia perdido por suas idiotices.
Tirou a camisa emprestada, dando brecha para Jaebum fazer o mesmo e voltou a beijá-lo de forma afoita e necessitada, com suas mãos passeando pelo corpo alheio, apertando as carnes e o fazendo suspirar entre o ósculo trocado.
Youngjae segurou os braços de Jaebum para cima, sorrindo lascivo e voltando a trilhar beijos até chegar no mamilo do outro, chupando, mordiscando e lambendo, fazendo Jaebum gemer satisfeito, inclinando o quadril para bater contra o seu.
— Porra, Youngjae! — Jaebum gritou, sentindo o estímulo de Youngjae em seu mamilo direito, mordiscando o piercing que tinha e fazendo que seu membro endurecesse mais na calça de moletom que usava.
— Eu tô com tantas saudades de você, hyung… — Youngjae continuou os beijos molhados, arrancando sons obscenos e mais gemidos, passando a mão superficialmente pelo membro desperto do outro, adentrando a calça e acariciando-o, fazendo Jaebum novamente mexer o quadril em excitação. — Sem cueca, hyung? Hum… Tão fácil pra mim…
E nisso, Youngjae arrancou a calça de moletom do outro de uma vez, aproveitando para beijar as coxas branquinhas e duras, fazendo questão de deixar suas marcas novamente ali para que Jaebum não se esquecesse de nada sobre aquela noite.
Jaebum gemia deleitoso enquanto sentia a derme queimar com as carícias do mais novo, os rastros de saliva passeava pelo seu corpo enquanto Youngjae deixava beijos em mais beijos em sua pele.
Suas mãos foram em direção aos fios azuis, puxando cada vez que sentia os dentes de Youngjae mordiscando sua pele, que já devia estar corada tamanho o calor que sentia.
Diferente das outras vezes, Youngjae tocava Jaebum de forma suave, quase como se tivesse medo que o moreno desaparecesse, então sussurrava palavras doces quando mordiscava a cartilagem repleta de brincos, ou quando apertava as nádegas fartas e durinhas que tanto amava, sorrindo docemente cada vez que seus olhos se encontravam, tímidos.
O mais novo colocou três de seus dedos na boca de Jaebum, pedindo para que ele chupasse para lubrificar. Quando sentiu que era o suficiente, levou a destra no meio das bandas do mais velho, inserindo um por um pacientemente, observando em deleite cada expressão do rosto bonito do namorado.
No terceiro dedo, Jaebum começou a rebolar em sua mão. Ele precisava de mais.
Abriu as pernas do mais velho, acariciando as coxas enquanto se colocava no meio delas, em posição. Com um leve assentir do mais velho, Youngjae não tardou em penetrar a entrada rosada, devagar. Seus lábios, sedentos, foram de encontro aos o do outro, beijando-o com volúpia enquanto sentia os dois corpos pedirem por mais, o fodendo com mais intensidade e acertando aquele ponto que fazia o mais velho ver estrelas.
Com mais algumas estocadas, não tardou para que ambos gozassem juntos, gemendo languidamente ao sentir aquele prazer tão característico e a satisfação de seus corpos estarem juntos novamente.
Ambos não falaram nada por vários minutos, apenas se deixando curtir um pela presença do outro, com os dedos entrelaçados e as respirações, aos poucos, se acalmando.
— Estou perdoado, hyung?
— Hm. É, você está, Jae-ah… — Jaebum se virou para os mais novo, sorrindo ameno e sentindo seu corpo cansado.
— Eu amo você… Desculpa ser um babaca, eu nunca quis te machucar.
— É, agora eu sei. Acho que amo você também.
— Acha? — Youngjae o olhou, incrédulo, arrancando uma risada alta do mais velho, que se aproximou mais de si e o beijou, doce e suave.
— Talvez eu te ame de verdade. — Ambos riram e se aproximaram mais, envolvendo seus corpos em um abraço até que a consciência fazer falta e ambos dormiram, com sorrisos bobos em seus rostos.
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