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História U.A Brasil. - Capítulo 09: Desorganizado


Escrita por: oHatSori

Notas do Autor


MIL PERDÕES PELO MEU SUMIÇO

Capítulo 17 - Capítulo 09: Desorganizado


De forma desorganizada, os alunos entravam nas salas, um monte de alunos entrou na sala 5, com um grande " A-1" estampado na porta em negrito e caixa alta. Grupinhos já estavam formados, alguns menores e outros um tanto quanto grandes. A dupla de garotos se sentava no meio da sala, o ruivo de olhos puxados estava com seu degradê na zero recém "restaurado", junto dele, o rapaz de madeixas brancas. Ambos falavam sobre coisas bem estúpidas. 

Sozinho estava sentado Samuel, pensando em se levantar e ir ao pátio, apenas para fazer algo, porém tal idéia foi descartada quando viu Jade Wilson entrar, caminhando junto de Yuki Nara e de Alisson. Uma troca de olhares curta e quase imperceptível para Samuel foi feita. 

Samuel voltou seu olhos para baixo, puxando seu celular e notando não ter feito a barba.

"If I only could.

I would makes a Deal with God"

Quebra de tempo

– O que achou, Ray?– O pequeno ficou sem jeito, vendo uma garota com um corte Joãozinho colorido acompanhada de um rapaz com com um cabelo negro intacto.

– C--Combinou contigo– Disse com uma cara de quem não sabia bem o que dizer.

– TÔ FALANDO DO MATIAS!–Ela agarrou o garoto pelo ombro– Não vê que ele cortou o cabelo?– Ela apontou para uma mecha que estava "picotada".

– Ah, agora que você falou…– O silêncio era constrangedor.

– Opa!– Comprimentou o rapaz de dreads e sorriso largo. Como sempre, ele se mantinha com vestes cor verde– Como estão?– Ele se sentou, de forma espaçosa.


Enquanto conversavam, a entrosa dos jovens foi atrapalhada por som alto… e em seguida outro. De forma continua e plural, os sons altíssimos eram ouvidos, vindo de fora da sala. Todos ficaram em alerta, sem entender do que aquilo se tratava, até notarem que além dos tremores, dava para se ouvir um som de metal no chão.  O som ficou cada vez mais perto, até que pela entrada da sala, um homem de armadura, dessa vez, sem o seu capacete e sua pesada lâmina. Sua expressão era séria, carregando um olhar que você apenas veria na televisão. Distante e sombrio.


– Muito bom dia, turma. Abram seus cadernos e peguem os livros– Com o canetão azul, ele escreveu "página 52. Copiar e responder texto 1. Questão 1-3".

– Ah… porra– Sussurrou Kazuto para Dean.

– A 1 é a D– Respondeu Dean, também sussurando.



       – "Aquele que demonstra nobreza e coragem, irá conhecer o desespero"– Sussurrou aquele homem de cabelos loiros.

– Falou comigo?– A garota de cabelos ruivos se virou, com um olhar de confusão atrás dos óculos.

– "Que o sangue seja o vosso sacramento"– Se aproximou dela, o rapaz que não tirava aquele olhar penetrante de perto dela, sentindo como se ele pudesse ver sua alma– Anessa, me passa um café?– Pediu o homem de cabelos loiros. A pele negra meio alaranjada, perfeita, lembrando de uma estátua de bronze, reluzente e linda. Os cílios longos e desenhados balançavam conforme suas piscadas– Algum problema, Anessa?– Continuava a se aproximar da ruiva.

– Ei, Jul! Isso é inapropriado!– Ela trombou nele, saindo da sala, deixando um rapaz de expressão confusa para trás.

– Gente… será que ela tá…– Ele cruzou os braços, apoiando o rosto em sua mão– ”que o sangue seja o vosso sacramento"... Mulheres– Ele voltou à máquina de café. Pela porta, alguém passou, chamando a atenção do loiro, que nem se virava– Voltou, Anessa?

– Eu sei que foi você!– Se aproximou dele, um homem de tranças roxas e expressão irritada– Eu Sei que foi você, trapaceiro! Criatura!

– Do que está falando, Matheus?– Não se virou, escondendo um sorriso curto e pouco sutil. Pegava o copo de café e cheirava aquele capuccino. 

– Você adiantou a viagem! Sabe a quantidade de compromissos que eu e os outros tivemos de remarcar ou perder por conta disso?– O sorriso sumiu.

– Como?– Deu um gole no copo.

– Isso mesmo, você não sabe o nível dessa falta de profissionalismo? Gosta de foder com a gente é? Eu precisei cancelar uma viagem pro Rio por tua causa!– Mordeu a parte interior da bochecha, dando outro gole.

– Olha, embora eu goste de causar desgosto em pessoas, e de te infernizar, não vou perturbar essa escola nem o corpo, nem os professores– Deu um gole, desfrutando do gosto industrializado– Não sou um cara mal, eu não iria perturbar vocês. Se tem esse problema, veja com a Mariana.

– Mariana disse que isso veio de cima. Eu sei que você queria fazer essa viagem e receber o seu adiantamento antes da hora, sei também que se algo vem de cima, você pode influenciar isso. Não sou burro não, ti! Tá achando o que? Vai foder com a gente é?– O copo de café foi estourado por um relâmpago.

– Matheus… não faça algo que pode te botar numa maçã pelo resto da vida… Não ouse jogar essas luzes de natal perto de mim– Caminhou até a porta– Até mais tarde, Matheus. 

– Criatura trapaceira. Tem coragem de me enfrentar, deve ter de ver o inferno.

O sinal tocou, e assim, Matheus se retirou da cozinha, indo até a turma 1-A. Passava pelos corredores, vendo Trynzed sair, com um ar ruim.

– Acredita que ele não assumiu?– O púrpura queria fofocar.

– O que eu esperava– Continuou andando. 

Matheus entrou na sala, vendo que os alunos estavam ainda em seus lugares, não perdeu tempo e se dirigiu até a mesa.

– Bom dia– Se sentou na sua cadeira– Como foi o final de semana? Alguém fez algo legal?– Alguns poucos alunos disseram o que fizeram no final de semana. A dupla de irmãos gêmeos não precisou dizer nada, para conseguir a atenção do professor– Há, ficou legal, hein!

– Obrigado– Disseram os dois em coro.

– Então, eu queria explicar o motivo desse clima ruim com os professores. Basicamente, uma desorganização aconteceu, e a "Schedule" ou melhor, a agenda dos professores para o bimestre foi mudada drasticamente. Muitos trabalhos escolares foram adiados e adiantados, algumas coisas foram retiradas e planos foram colocados na lista– Notou os olhares confusos dos alunos, que estavam concentrados no que o professor dizia, menos alguns poucos que conversavam, como Kazuto e Dean, Lilian e Yuki, até mesmo o pequeno Kay conversava com o rapaz de vestes laranjas, Daniel– OU!– Um canetão foi jogado no fundo da sala com telecinese–ISSO AQUI É IMPORTANTE, DEPOIS NÃO VENHAM PERGUNTAR!– Todos se calaram. O professor recuperou a compostura– Como nós temos um método que funciona com essa agenda, ou "Schedule", como chamam, devemos segui-la à risca. Mesmo que isso afete negativamente, recebemos ordem dos colaboradores para segui-la, isso antes mesmo de finalizar a construção do colégio. A própria Mariana pediu para modificarmos ela, mas não deu certo. Onde eu quero chegar, temo' uma viagem marcada para esse mês, até o Jardim Tempestade.

– Jardim Tempestade?– Perguntou Lilian Wolf– O que é isso?

– Como muitos aqui não são brasileiros, como Ray, Dean, Lilian, Alisson, Jade e Yuki… uau, são muito mesmo– coçou a cabeça– Vocês não devem conhecer ela, mas é uma das coisas mais importantes para os heróis brasileiros, um símbolo para os heróis da nação e uma grande forma que os antigos conseguiam suprimentos para enfrentar os vilões– Se levantou, rodeando a mesa e se sentando nela, cruzando os braços– Antes de ser um herói ser legalizado, era muito normal que militares e policiais fizessem justiça com as próprias mãos. Aqui em São Paulo mesmo, era muito comum que os vilões fossem detidos por pessoas como a sua professora, a Antibug. Agora, sobre o Jardim Tempestade… Uns 35 anos atrás ele foi nomeado assim, porque enquanto dois heróis da antiga geração batalhavam entre si, uma tempestade estranha cobriu a cidade. Eles eram muito fortes, então ninguém podia os impedir, mesmo assim, os heróis se juntaram e foram para cima deles, lutando tão alto que era impossível ver o que estava acontecendo. Relatos que se tinha nos jornais, diziam que numa pequena área, o sangue se concentrava, a área foi aumentando, cobrindo todo um bairro. Não dava nem pra medir quanto sangue caiu no asfalto, concreto, areia e terra, ficou empregado, foi impossível de se lavar aquela área. No final, corpos caíram no chão, mas não se sabe quais deles eram os dos dois heróis. Em uma semana, do chão começou a brotar árvores e uma flora surreal. As frutas, raízes e seiva das árvores alimentam, até hoje, grande parte dos hospitais e laboratórios do Brasil, aquele bairro é um tesouro nacional e deve ser preservado como uma vila indígena, como uma área ambiental com animais em extinção, como se fosse onde vida extraterrestre vive! As árvores nascem em tempo máximo de 20 horas alí, é uma fonte de cura para os heróis feridos voltarem para as batalhas. Esse é o motivo dos ferimentos de vocês nos treinos já estarem praticamente sarados. Alguém tem alguma pergunta?

– Eu tenho!– Dean levantou a mão– Quais eram as individualidades dos heróis? Qual o motivo daquele sangue dar início ao Jardim?

– Bem, como na época ainda eram vigilantes, não deu pra saber as identidades dos mesmos, já que estavam como civis na hora. Mas nenhum herói na época tinha habilidades do tipo.

– Rum…

– Não é uma coisa meio mórbida?– Lilian perguntou com um tom de voz meio irônico– Porque… a gente vai pisar num lugar onde tanta gente morreu, você falou que não deu pra limitar a área, então lá fede?

– Que é mórbido, é sim. É como se estivéssemos visitando uma área assombrada ou onde houve um massacre… e sim, fede. O cheiro não lembra sangue, provavelmente as árvores e as plantas naturalmente tinham o cheiro de sangue, mas ele deve ter ido mudando com o tempo.

– Quando vai ser a viagem?– Álisson perguntou, interessada.

– Dia 24. Todos estejam aqui com seus uniformes de escola, sem saias curtas, tops ou croppeds, sem regatas nem uniforme de educação física. Apenas o uniforme normal. Vocês podem usar tênis, boné, gorro e brincos, mas nada fora disso– Foi até o quadro, anotando tudo que dissera, com outro canetão– Vocês não estão saindo como mulambos, é pra se comportarem como alunos da U.A.– Ele se virou– Agora, temos uma duas coisas pra fazer antes do passeio. Escolher o representante e o vice, além de escolherem seus nomes de herói– O clima da sala mudou, era notável a excitação do alunos, o que animou o homem– Muito bem, se candidatem, a única regra é: Não votem em si mesmos– Os jovens conversavam entre si, ansiosos e esperançosos. Alguns nem tanto, apenas indo de acordo.

– Eu me candidato!– Kazuto falou.

– Okay, Kazuto…– Desenhou o garoto com o canetão.

– Eu também, pode colocar o meu nome!– Jade Levantou sua mão, entusiasmada.

– Mais outra, Jade– Desenhou o rosto dela, com a sua madeixa branca– A Alisson falou que quer também!

– Okay– Alisson ficou em choque, vendo seu rosto no quadro, apenas aceitando.



Nisso foi indo, preenchendo o quadro com nomes e nomes, fazendo a votação, até que só sobrassem 4 nomes no quadro com votos.

– Com menos votos, Ray River. Você vai ser vice representante junto…– O pequeno tinha um olhar de quem "comeu e não gostou", não sabendo com se sentir, apenas olhou para o quadro, fitando seu nome– Junto da Alisson.

– Jesus…– Estática ela ficou.

– Agora, os nossos representantes, por votação, serão… Daniel e Lilian.

– T--Tá, assumo então– Sorriu por baixo da sua máscara de pano.

– Legal, nasci pra isso!– Ela disse baixinho, apenas quem estava ao seu lado ouviu aquilo. A garota mágica iria contar isso para seus avós.

– Agora, vamos prosseguir com as aulas. Página 37


Notas Finais


Desculpem pelo sumiço fml, espero que tenham curtido


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