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História Última Chance - A Seleção - Vestidos e Cicatrizes


Escrita por: JustSerendipity

Notas do Autor


Voltei com mais um capitulozinho!!!
Espero muuuuito que gostem! Muito obrigada por todos os comentários e favoritos, vocês são incríveis!
Falei que estava me sentindo romântica nesses últimos dias... espero que gostem!

Capítulo 23 - Vestidos e Cicatrizes


Fanfic / Fanfiction Última Chance - A Seleção - Vestidos e Cicatrizes

O clima entre eu e Alex havia mudado. Não necessariamente para melhor ou pior, apenas estava diferente. Eu me sentia mais confortável perto dele, e Alex parecia gostar disso. Ele já não pedia para encostar em mim ou ficava preocupado quando eu dormia. Alex claramente evitava falar sobre meu passado, e por mim isso estava ótimo. Ele me perguntou algumas vezes o nome de meu pai. Alex disse que se soubesse seu nome ele poderia mandar prender meu pai, mas eu ainda me sentia insegura sobre isso.

Ficamos mais uma noite no hotel, ambos sabíamos que Alex não tinha muito tempo comigo, mas ignoravamos este fato. Eu continuava acordando ao lado dele, na maioria das vezes ele ainda dormia quando eu acordava, era estranho sentir nossa proximidade como se fosse algo comum. Me perguntei o que as pessoas fariam se soubessem que Alex e eu dividimos um quarto, e quase sempre a cama. April morreria! Mas provavelmente July riria da situação.

Passei a tarde sentada na mesa em frente a um mapa. Nós não tínhamos nenhum lugar para ir, nada para fazer. Isso significava que poderíamos fazer qualquer coisa. Poderíamos visitar qualquer lugar.

"O que está fazendo?" Alex perguntou saindo do banheiro. Seu cabelo molhado estava significativamente mais claro, a tintura estava saindo rápido.

"Pensei que poderíamos viajar mais um pouco. O que você acha?" Eu disse olhando para ele.

Alex sorriu. Percebi que amava quando ele sorria daquela forma.

"Acho uma exelente ideia. Para onde você quer ir?" Ele perguntou.

"Para qualquer lugar" eu disse.

Alex e eu arrumamos nossas poucas malas e saímos menos de uma hora depois. Colocamos nossas malas no banco de trás e marcamos o caminho no mapa com uma caneta vermelha de ponta grossa. Meu cabelo molhado por causa do banho me deixando com um pouco de frio. Sentei no banco de carona e fiquei conversando com Alex, ele contava sobre sua amizade com Spencer.

"Foi muito estranho no começo. Quando meus pais disseram que eu teria um guarda pessoal não achei que fosse alguém da minha idade" Alex falou "mas foi ainda mais estranho quando falaram sobre a Seleção. Eu já sabia que ia acontecer, mas torcia para que eles mudassem de ideia" ele disse.

Eu queria perguntar o que ele achava naquele momento, se ele estava feliz apesar de tudo ou se ele ainda preferia não ter tido uma seleção. Eu ainda pensava em como Alex merecia alguém melhor do que eu. Ouvimos o rádio, cantamos alto músicas que eu não sabia a letra.

Entramos em uma estrada de terra batida e cheia de buracos, não havia movimento quase nenhum de carros, mas Alex guiava o carro desviando de todos os milhares de buracos. Abri cuidadosamente uma garrafa d'água e dei um pequeno gole, com medo de me engasgar. O lado positivo foi que eu não engasguei, o lado negativo foi que eu virei toda a garrafa d'água em mim mesma.

"Merda!" Gritei.

Alex me olhou e soltou um risinho antes de perguntar como eu tinha feito aquilo.

"Foi culpa sua. Por que não desviou do buraco?" Perguntei.

"Porque eu achei que o carro ficava melhor na estrada" ele disse "as malas estão ali atrás. Você pode se trocar" ele disse ainda prestando atenção na estrada.

Eu apenas ri, indignada.

"Não vou trocar de roupa na sua frente!" Falei quase gritando.

Alex me olhou, então voltou a olhar para frente antes de bufar.

"Qual é, Sarah?!" Ele me olhou novamente "tem certeza de que não vai trocar de roupa?" Ele perguntou.

"Absoluta" falei.

"Sua camiseta está transparente" ele disse ainda olhando para a estrada. Ele estava certo, minha camiseta branca estava completamente transparente.

Soltei o cinto de segurança e pulei para o banco de trás.

Busquei em minha mala uma camiseta limpa. Minhas roupas realmente estavam acabando. Encontrei uma camiseta roxa enorme, ela era bem velha, mas eu amava aquele camiseta. Alex ainda olhava para frente. Tirei a camiseta molhada, e tentei me secar o melhor possível, eu estava tão encharcada que até meu sutiã havia molhado, larguei a camiseta molhada no chão do carro e peguei a roxa. Havia recém colocado a camiseta quando o carro fez uma curva tão acentuada que eu bati a cabeça na janela.

"Que porra foi essa?" Gritei colocando a mão onde havia batido a cabeça.

"Desculpa!" Alex gritou "Eu me distraí..." Ele falou baixinho e rindo. O idiota estava me olhando pelo espelho o tempo todo.

Bati com força em seu ombro. Alex riu um pouco, mas acho que doeu, porque ele colocou a mão no ombro e gemeu um pouco. Pulei de volta para o banco da frente, eu sabia que estava corada, então coloquei os pés para cima do banco e virei o rosto para a janela. Alex colocou a mão em meu joelho esquerdo, mas tirei sua mão ainda sem olhar para ele.

"Sarah." Ele me chamou. Olhei para ele ainda bastante brava "Você fica bem de roxo" ele disse em tom baixo, parecendo levemente arrependido.

Ficar brava com ele era um pouco mais difícil do que eu achava, então apenas agradeci e continuei em silêncio. Depois de algumas horas nós paramos para almoçar. Alex estava com medo de ser reconhecido, então colocou o óculos de sol e o capuz. Almoçamos em uma lanchonete, comemos hambúrgueres e milk-shakes. Eu já estava até me acostumando com fast food e, honestamente, estava gostando muito. Alex sempre aproveitava quando podia comer coisas assim, ele contou que não havia muitos hambúrgueres no Castelo, e ele costumava ter a alimentação bem controlada. Eu contei a ele que quase não comia quando estava em casa, e que a comida do castelo estava perfeita para mim, isso fez ele sorrir.

Saímos do restaurante e resolvemos ficar um pouco longe do carro, nenhum de nós conhecia a cidade e era muito legal poder apenas passear. Parei em frente a uma vitrine onde havia um vestido branco exposto. O vestido era lindo, mas com certeza curto demais, então apenas segui andando evitando olhar para trás.

"Sarah!" Alex disse colocando a mão em meu ombro para me fazer parar de caminhar "experimenta" ele disse simplesmente.

"Não, obrigada" falei e segui andando.

"Vamos lá! Você ficaria linda naquele vestido... além do mais, eu nunca entrei em uma loja!" Ele falou parecendo animado.

"Alex... eu não vivo mais em um Palácio. Eu não tenho nenhum lugar para usar aquele vestido e..." tentei me justificar.

"Por favor, Sarah" ele disse me olhando nos olhos.

Suspirei e concordei com a cabeça.

"Está bem" eu disse entrando na loja.

Era uma loja bem grande e muito bonita, com papel de parede com de creme e desenhos de flores. Uma atendente bem mais velha que eu apareceu com um sorriso falso no rosto, ela nos olhou de cima a baixo, percebendo principalmente minha camiseta velha e grande demais para mim.

"Posso ajudar vocês com alguma coisa?" Ela perguntou ainda sustentando o sorriso falso.

"Sim. Queremos ver o vestido branco que está na vitrine" Alex disse animado.

"Aquele vestido é bastante caro, tem certeza que não querem ver algo mais dentro de seu orçamento" ela perguntou.

Alex fechou a cara. Ele parecia um pouco chocado com o que havia acabado de ouvir, e parecia não saber como reagir.

"Nós sabemos nosso orçamento, senhora e acabei de dizer o que quero. Eu recomendo que você se apresse em atender nosso pedido" Alex falou usando aquela voz alta e poderosa que ele usava para dar ordens. Era um pouco intimidador quando ele falava assim. A mulher da loja também achou e saiu quase correndo para pegar o vestido para mim.

Peguei o vestido e fui até o provador, fiquei um pouco nervosa de repente mesmo sem saber bem porquê. Tirei a calça jeans e a camiseta roxa e me observei no espelho por um momento. Eu conseguia lembrar exatamente o local de cada um dos roxos e machucados que tingiram meu corpo. Meus joelhos, que ficaram esfolados algumas vezes quando eu era pequena, o corte em meu braço quando eu caí sobre uma pedra. O roxo em minhas costelas quando meu pai me chutou, os hematomas em minhas pernas e seios depois da primeira noite que ele passou comigo. Era como ter uma cicatriz em cada um desses lugares, e parecia piorar quando eu olhava a cicatriz em minha perna. Então pensei em Alex. Na forma como ele sorria e parecia levar toda toda escuridão do mundo embora.

Coloquei o vestido, a barra ficava dois dedos acima da cicatriz, suspirei e puxei o vestido um pouco para baixo. Pronto, cobria perfeitamente a cicatriz, ajeitei o cabelo. Eu estava bonita, e fazia muito tempo desde a última vez em que eu usara um vestido. Saí do provador e encontrei Alex sentado em uma poltrona aveludada me esperando. Levantei os braços e deitei um pouco a cabeça, perguntando o que ele achava.

"Nossa... você... está..." Ele disse me olhando. Então seus olhos pararam em minha perna.

Alex me puxou com força pelo pulso e levantou minha saia, apenas um pouco, o suficiente para olhar a cicatriz. Ele me puxou e me colocou sentada em seu colo, ainda com a saia um pouco levantada, então passou os dedos levemente pela cicatriz, fazendo o contorno da minha perna, então me abraçou brevemente.

"Por que não me contou sobre isso?" Ele perguntou.

Sacudi a cabeça em negativa, eu não queria falar sobre aquilo. Alex continuava me olhando nos olhos, esperando por uma explicação.

"Eu não tinha nada para dizer sobre isso" falei tirando sua mão de mim e levantando de seu colo. Alex suspirou, mas acabou concordando.

"Se quer saber eu acho que você deveria levar o vestido. Mesmo que não tenha onde usa-lo" ele falou "pode usar para lembrar de mim quando eu for embora".

Concordei com a cabeça e voltei para o  provador, tirei o vestido rapidamente, mas fiquei ali dentro por um tempo, chorando em silêncio. Ele ia embora. Eu finalmente havia conseguido estragar tudo. Mentir para a única pessoa que realmente se importava comigo. Alex merecia alguém melhor, pelo menos agora ele entendia isso. Sequei as lágrimas e voltei para o loja.

Alex pagou o vestido e segurou minha mão durante todo o caminho de volta para o carro. Sentei no banco de carona em silêncio, me sentindo pesada como uma âncora. Dirigimos por muitas horas em completo silêncio. O mapa em cima do painel do carro mostrava o caminho até algumas montanhas onde pretendíamos passar alguns dias.

Alex parou o carro em frente a um restaurante, quando e não desci ele perguntou se eu queria alguma coisa. Qualquer coisa, eu falei a ele. Alex concordou com a cabeça e foi em direção ao restaurante. Ele voltou uns dez minutos depois, segurando três sacolas cheias de pacotes de comida. Continuamos dirigindo até chegarmos a uma clareira. Largamos o carro no meio das árvores e fizemos a mesma cama improvisada. Sentei no banco deitado com as pernas cruzadas e peguei o primeiro pacote. Alex sentou de frente para mim e também começou a comer.

"Me desculpe por não ter contado" eu falei "achei que você... achei que iria embora se soubessem" eu tentei explicar.

"Eu não entendo por que você não confia em mim!" Alex falou irritado "Eu lhe falei que não iria embora! Por que você não confia em mim?!" Ele perguntou gritando.

"Porque eu não confio em ninguém" falei. A expressão brava no rosto de Alex suavisou um pouco, mas eu estava furiosa com ele naquele momento, comecei a falar gritando.

"Um dia meu pai bateu muito na minha mãe. Muito mesmo, eu até achei que ela estivesse morta, então eu juntei toda a coragem que consegui, arrumei minhas coisas e tentei ir embora. Ele estava com uma faca na mão. Eu comecei a sangrar tanto que desmaiei. Acho que ele percebeu que tinha perdido o mais novo brinquedo, porque ele me levou para o hospital. Quando chegamos lá ele ficou do meu lado o tempo todo. Todas as enfermeiras diziam que eu tinha tanta sorte por ter um pai tão dedicado, mas eu sabia que ele só estava do meu lado para me impedir de falar com alguém. Ele convenceu um médico amigo dele a me dar alta pouco tempo depois e me levou para casa. Duas semanas depois ele... Ele bateu em minha mãe novamente, e me estuprou de novo, mas desta vez disse que era minha culpa. Ele apertava muito o machucado e gritava dizendo que se eu tivesse ficado quieta nada daquilo estaria acontecendo. Ele me machucou tanto aquela noite que o corte abriu novamente, mas eu só percebi quando vi que suas mãos estavam encharcadas de sangue, e quando ele viu isso ele ficou puto e me bateu. E mesmo quando eu consigo esquecer por um segundo tudo o que passei eu olho para essa cicatriz e percebo que nunca vou conseguir deixar isso para trás! Porque está marcado pra sempre na minha pele! Está feliz agora?" Gritei, Alex estava paralisado.

Deitei de costas para ele sem dizer mais nada, eu não queria que ele me visse chorar mais.

Fiquei deitada por horas sem conseguir dormir, Alex havia saido do carro e me dado um pouco de espaço para ficar sozinha. Eu estava sentindo tanta raiva de tudo naquele momento! Raiva de meu pai, raiva de Alex por me obrigar a contar tudo aquilo, raiva dele por não ter aceitado que aquilo era profundo demais e eu simplesmente não queria falar sobre. Por fim, ele entrou no carro, deixando um universo de distância entre nós.

"Sarah?" Ele sussurrou "Está acordada?" Ele perguntou. Fiquei em silêncio, brava demais para fazer algo. Eu sabia que ele iria fazer algo fofo e eu iria desculpa-lo, mas não estava no clima para lição de moral naquele momento.

"Desculpa. Eu deveria ter acreditado em você quando disse que não queria comentar. Eu sinto muito por tudo o que você passou" ele sussurou, acho que estava com medo de me acordar "Está dormindo?" Ele perguntou novamente, eu continuei em silêncio, sem me mover. "Sarah... Eu acho que te amo" ele sussurou, então entrou embaixo do cobertor e ficou completamente parado. Eu ainda estava acordada quando sua respiração ficou mais profunda e regular. Alex se mexia muito pouco enquanto dormia, mas fiquei completamente parada quando ele se virou e colocou o braço sobre meu peito, ele se mexeu um pouco mais, meio acordado meio dormindo, então ele me puxou mais para perto, completamente acordado. Me mexi um pouco, estranhando nossa proximidade.

"Está com frio?" Alex perguntou baixinho.

"Na verdade não" falei simplesmente ainda um pouco irritada. Alex se afastou um pouco e tirou o braço de meu peito, mas segurei sua mão "Não. Fica" falei colocando seu braço sobre mim novamente. Alex se ajeitou, me abraçando e logo nós dois adormecemos.

Acordei com a luz do Sol em meu rosto, me mexi levemente e senti Alex acordando. Me virei para poder olhar seu rosto.

"O que vamos fazer quando você for embora?" Perguntei.

"Eu não sei. Eu não queria deixar você, Sarah. Talvez você possa voltar comigo" ele falou esperançoso.

Eu ri, descartando a ideia no mesmo momento.

"Eu não posso voltar com você" falei sentando. Alex sentou também.

"Por que não? Vamos lá, é uma boa ideia! Você pode voltar comigo, a gente pode ficar juntos..." Ele disse sorrindo como se já estivesse imaginando nossa futura vida juntos.

"A gente não pode ficar juntos. As outras selecionadas nunca me aceitariam de volta... e ainda não foi feito nenhuma das cerimônias da Elite" eu disse.

"Cerimônias? Como assim?" Alex perguntou.

"Você sabe... a Condenação" eu disse colocando um casaco de moletom. Alex pareceu entender, então ele suspirou e passou a mão nos cabelos.

"Eu odeio a Condenação" ele disse "tinha até esquecido que as selecionadas faziam parte".

Concordei com a cabeça, eu também odiava a Condenação. A maior parte dos criminosos julgados era realmente culpada, mas era desnecessariamente cruel fazer uma cerimônia tão grande para julga-los. Saí do carro e bocejei alto, de noite eu não havia percebido como a clareira onde estávamos era linda. As árvores eram altas e espaçadas, deixando passar bastante luz por suas folhas, o chão estava laranja por causa das folhas caídas e o ar cheirava a pinheiros. Sorri sozinha, era difícil ficar triste naquele momento.

Alex e eu decidimos ficar na clareira por mais um tempo, aproveitando o ar fresco. Eu estava tão acostumada com sua presença que já não me assustava mais. Várias vezes Alex segurou minha mão ou me abraçou normalmente, esses momentos passaram do desconforto para algo comum, então se tornaram incríveis. Eu amava a forma como ele me abraçava e sabia que ele amava quando eu o deixava se aproximar.

Saímos do carro e passamos o dia comendo o que sobrara do restaurante, eu já não estava mais brava com ele. Alex me amava. Ele não sabia que eu sabia disso, mas ele me amava!

"Por que você não volta? Eu sei sobre a Condenação, mas depois disso..." Ele perguntou insistindo novamente.

"Eu não pertenço aquele lugar, Alex" falei.

"Por que não? Sarah... nós poderíamos ficar juntos" ele disse segurando minhas mãos.

"Mesmo que eu voltasse o que aconteceria? Nós iríamos casar? Eu não posso casar com você" falei descartando a opção.

Alex não parecia pronto para desistir.

"Por que não? Claro que não seria assim... tão breve, mas..." Alex falou como se tudo fosse funcionar perfeitamente. 

"Eu não posso casar com você, Alex" falei novamente tentando faze-lo entender.

"Eu não entendo... você não quer, ou..." Ele me olhava triste.

Me aproximei dele, tentando explicar.

"Alex, eu não posso casar com você porque não sou virgem" eu disse tristemente. Alex finalmente pareceu me entender, ele abriu a boca para contestar, mas fechou de novo. Me afastei dele, peguei um livro em minha mala e fui até atrás do carro, deixando ele ali com aquele olhar vazio.

Li o livro até anoitecer, mas não estava realmente prestando atenção. Alex apareceu e pegou minhas mãos, me levando até a frente do carro novamente.

"Ninguém sabe o que aconteceu com você. Ninguém precisa saber. Nós podemos fazer isso" Alex falou segurando minhas mãos.

"Alex, não ser virgem me torna uma criminosa. Na ficha de inscrição da Seleção havia uma pergunta sobre isso. Pode ser diferente para você, ser um príncipe até o coloca acima de algumas leis, mas ninguém acreditaria em mim. Diriam que é culpa minha e eu poderia ser presa!" Falei soltando minhas mãos.

"Isso!" Alex falou como se tivesse uma ideia incrível "Ninguém mais vai saber sobre isso, mas caso alguém descubra nós podemos dizer que dormimos juntos!" Ele exclamou como se fosse uma ideia genial.

"O que? Realmente, admitir ser uma puta vai melhorar a situação" falei ficando irritada.

"Você mesma disse que eu estou acima de algumas leis! Ninguém descobriria, mas isso é um plano B" ele disse.

"Não vai funcionar, e eu não vou fazer isso" falei encerrando o assunto e me virando.

Alex segurou meu pulso e me puxou para perto dele, então me beijou. Não como um simples beijo, foi... intenso. Como fogos de artifício. Senti suas mãos em minhas costas, me puxando para perto de si, senti meu coração batendo tão forte que parecia que ia explodir. Senti seu corpo muito próximo do meu, me aproximei cada vez mais, até estarmos completamente juntos. Nos afastamos por um momento, eu estava ofegante e levemente zonza. Alex respirava pesadamente, ele aproximou seu rosto do meu, colocou as mãos em minhas costas novamente.

"Nós podemos fazer funcionar" ele disse, e eu soube que ele estava certo.

Nos afastamos, eu ainda respirava com dificuldade, sentei no chão, sentindo muito calor. Alex sentou ao meu lado, coloquei a cabeça em seu ombro.

"Obrigada" falei. Alex me abraçou. Nós não dormiriamos juntos, não mentiriamos sobre meu passado, mas daríamos um jeito de fazer tudo funcionar.


Notas Finais


Gostaram? Por favor comentem o que acharam, muito obrigada por lerem!
Até o próximo capítulo! ❤


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