Escrita por: Seulrene_Taegukk
O vento batia contra seu rosto, a ponta de seu nariz estava congelada, mas nada tiraria a alegria instalada em seu ancioso coração, que batia rapidamente. Já era noite, já era hora de esperar Seulgi aparecer, então, Joohyun apenas continuou olhando a noite escura, que ainda sim era brilhante por causa dos astros espalhados pelo céu. Ao ouvir a porta de metal se fechar calmamente, olhou para trás, e ali estava ela. A mulher de cabelos castanhos, roupas pretas e um violão nas costas.
- Demorei? -- sorriu timidamente, fazendo uma pergunta.
- Não. -- Joohyun negou com a voz e com a cabeça. Tentou se aproximar da jovem, mas a própria à interrompeu.
- Eu tentei arrumar coragem para fazer isso já faz um bom tempo, Joohyun. -- puxou o violão que estava nas costas para frente -- Eu quero que ouça. Me escute com seu coração, e por favor, seja completamente honesta comigo, tudo bem? -- a mais velha assentiu.
Seulgi sentou-se, Joohyun fez o mesmo, apenas observando a jovem artista, esta que posicionou as mãos no violão e começou a tocar. A doce melodia ressoava, e logo sua voz pôde ser ouvida. Não era grave, tampouco aguda, era a voz certa para cantar a bela música
- Esta noite quero acender o mundo entre
Você e eu
Tudo o que eu quero fazer.
Eu acho que, quando abri meus olhos
As nuvens se separaram e o Sol aumentou
Você me acordou
E acendeu a pequena luz em mim
Por isso, darei um passo adiante
Irei me aproximar e apagar a minha sombra, oh ah
Vem cá garota, quero falar com você
Precisamos saber mais uma sobre a outra
Vamos nos confessar, eu estou apaixonada
Oh garota, venha e acenda-me
Ilumine esse mundo escuro
Acenda-me, acenda-me, segure a minha mão
Oh garota, quanto maior se torna o nosso amor, mais fica brilhante
Espero que seja eterno
A luz cresce mais intensamente, se aproximando como o amanhecer
Mas ela desaparece num instante, com o escurecer da noite
Oh, estou com medo de quê?
Eu queria ter aprendido a não temer, acenda-me
Kang tomou coragem e olhou nos olhos da psicóloga, que à altura de tantas palavras ditas, já se encontrava com os olhos marejados, Seulgi sorriu por isso, mas não ousou parar. Era seus sentimentos, era o seu amor sendo descrito através da música, é o sentimento que Joohyun lhe causa. A doçura da melodia, a beleza da letra, o amor. Era o verdadeiro amor. Aquele que cura, que salva, protege, é falho, mas é amor, é real.
- Eu vi a luz se derramando diante de mim
Estamos nos apaixonando através de nossos olhares, é tão bonito
Por isso vou dar um passo adiante
Irei me aproximar e apagar a minha sombra, oh ah
Vem cá garota, quero falar com você
Precisamos saber mais uma sobre a outra
Vamos nos confessar, eu estou apaixonada
Eu estou apaixonada
Joohyun concedeu à Seulgi uma última chance de viver, concedeu uma nova forma de ver o mundo. Ele não é só estragado por humanos corrompidos, ele é belo por muitas coisas, e o simples olhar estrelado de Bae Joohyun, mostrou que tudo pode ser belo, basta olhar da forma certa.
- Eu quero ouvir mais histórias todos os dias
Ficaremos compartilhando minhas histórias também
Oh garota, venha e acenda-me
Ilumine esse mundo escuro
Acenda-me, acenda-me, segure a minha mão
Oh garota, quanto maior se torna o nosso amor, mais fica brilhante
Espero que seja eterno
A luz cresce mais intensamente, se aproximando como o amanhecer
Mas ela desaparece num instante, com o escurecer da noite
Oh, estou com medo de quê?
Eu queria ter aprendido a não temer, acenda-me
Não me faça chorar, me deixando solitária
Estou queimando tudo de mim sob essa luz
Você me faz enlouquecer
Estou um pouco tonta, então me abrace forte
Oh garota, venha e acenda-me
Ilumine esse mundo escuro
Acenda-me, acenda-me, segure a minha mão
Oh garota, quanto maior se torna o nosso amor, mais fica brilhante
Espero que seja eterno
A luz cresce mais intensamente, se aproximando como o amanhecer
Mas ela desaparece num instante, com o escurecer da noite
Oh, estou com medo de quê?
Eu queria ter aprendido a não temer, acenda-me
Irei mantê-lo aceso para sempre, acenda-me
A última nota. A última palavra da letra. A última chance.
Após alguns minutos a música chegou ao fim, mas parecia que o coração das jovens ainda cantavam a bela canção. Kang se levantou, apesar da música ser sua melhor forma de expressão, a forma como se sentia por dentro. Precisava contar na voz, olhar nos olhos de Bae Joohyun e dizer...
- É assim que eu me sinto Hyun, eu compus essa música psra você, pensando em você, tem bastante tempo que estou trabalhando nela. Sabe, eu adoro falar com você, eu adoro sorrir com você, adoro estar com você. Amo seus olhinhos estrelados e cada detalhe do seu rosto, eu poderia desenhar ele pra sempre, eu... Eu tô sentindo tanta coisa e não consigo dizer direito, é frustante, porque você me enlouquece! -- as lágrimas caiam sem cessar, Joohyun tentou aproximar-se, mas Seulgi novamente à impediu com palavras -- Eu estava com medo de me machucar, porque doeu a rejeição, mas eu sinto que seu coração... Sinto que ele bate junto ao meu, eu te amo psicológa, eu amo você Bae Joohyun, e mesmo que você não corresponda, não me faça chorar me deixando solitária, você aceita meu coração? Aceita acender minha alma?
As palavras não paravam de sair, Joohyun viu como "custou" para a artista dizer tudo o quê provavelmente estaria entalado em sua garganta à certo tempo. Mas teria como a psicológa negar esse sentimento? Vamos ao pontos:
Imaginava os sentimentos de Seulgi.
Se fechou completamente.
Foi para cama com ela por diversão, e isso acabou machucando a jovem.
Teria como aceitar o coração de Seulgi? Ela a amava também?
A resposta é tão óbvia, sempre esteve implantada, não só no coração, mas nas ações.
A preocupação era fora do comum.
O medo de perder Kang.
A necessidade de arrancar um sorriso dela.
A necessidade de estar ao lado.
E claro, o olhar...
Dês de quando não era mais: A psicológa e alguém com problemas, e sim, Joohyun e Seulgi, a morena já sentia coisas, porém se privou.
Agora já não tinha motivos para se privar, certo!?
- Eu aceito. -- Joohyun quase sussurrou, sua voz estava falha por conta do choro.
- Hyun... Eu posso beijar você?
A mais velha não esperou, achou fofo que dessa vez, a mais nova não quis forçar as coisas, quis ser calma e respeitosa. Os braços de Joohyun abraçaram o pescoço de Seulgi, puxando-a para baixo (devido a diferença de altura) e assim os lábios puderam se encostar, a mão da jovem artista abraçou a cintura alheia com força, colando os corpos. Ali naquele lugar, já não era mais o cantinho sofrido e solitário de Kang Seulgi, era o lugar onde seu coração estaria aberto à mulher que tanto ama. Se sentia feliz. Depois de anos se sentiu imensamente feliz, e só parecia que esse sentimento aumentava quando a boca de Joohyun abriu junto á sua e as línguas se embolaram uma na outra. A felicidade ansiosa deixava seu coração fragilizado, quentinho.
(...)
As duas tiveram de descer, já estava bastante frio. Seulgi guardou seu violão, colocando-o encostado na parede, para logo ficar de frente para sua...
- E o que a gente é agora? -- Kang acariciou o rosto gelado.
- É a terceira vez que você me pergunta. -- Joohyun sorri do modo fofo e descarado no qual Seulgi lhe enchia o "saco" com a mesma coisa.
- Eu gosto de ouvir da sua boca que você é minha.
- É isso ai, a gente trocou os corações. Eu sou sua!
Repetiu, só para ver o sorriso lindo e brilhante que sua namorada lhe dirigia quando ouvia tal coisa. E assim Seulgi se abaixou, beijando os lábios vermelhos de Joohyun. Quando o beijo já havia se intensificado, a mais velha lentamente se deitou na cama, Seulgi posicionou o joelho no meio das pernas dela, e as mãos ao lado da cabeça, sem parar com o óscolo que pouco á pouco esquentava os corpos.
- Você tem certeza de que está sóbria, certo? -- Seulgi parou o beijo, olhando nos olhos da namorada.
- Aish!! -- segurou na gola da camisa preta, e em um movimento rápido girou Seulgi, ficando por cima dela, com as pernas uma de cada lado ao corpo que era maior que o seu. -- Eu não estou.
- É? -- levantou uma sobrancelha -- Prove!
- Provo! -- movimentou a língua no pescoço de Seulgi -- Aprovada!
- Ei! Não era esse tipo de provar!
- É, mas você bem que gostou. -- sentou sobre as coxas da acastanhada.
- Gostei? -- se sentou também. Posicionou a mão no rosto de Joohyun e olhou em seus olhos, agora podia fazer isso com facilidade, queria que a psicológa também visse uma constelação em seus olhos -- Não sei, faz de novo!
- Você está bastante desinibida, não é?
- Você também, é lindo ver você dizer essas coisas e suas bochechas ficarem rosadas -- deixou um selar casto sobre os lábios de Joohyun.
- Hum -- fez um biquinho fofo -- Você também não fica diferente Kang Seulgi.
- Imagino. Você vai dormir comigo hoje, né?
- Não, amanhã eu trabalho, e além do mais tenho que falar com a Wendy. -- com o indicador, Joohyun fez uma leve pressão no nariz da mulher que estava abaixo de si.
- Eu tinha ciúme de vocês duas, mas acho que agora está tudo bem.
- Todo mundo sabia disso. -- sorriu em deboche -- Você adorava me colocar contra a parede para demonstrar seu ciúme.
- Você bem que podia fazer o mesmo. Seria legal ter alguém totalmente adorável sendo "durona".
- É o que você acha? -- se pôs de pé, estava pronta para voltar ao seu apartamento -- Me provoque bastante Seulgi, e você verá quem é o ser adorável!
Seulgi deu de ombros passando a sorrir, porque por mais que ela tentasse ser brava ou seduzente, era ainda mais adorável. A dona da casa acompanhou sua namorada até a saída, ganhando um beijo gostoso e delicado de despedida.
(...)
~KANG SEULGI
Dessa vez acordei mais cedo do que de costume, coloquei uma roupa branca e tomei café da manhã. Ao invés de descer de elevador, usei as escadas. Assim que cheguei até minha bicicleta, pedalei devagar para chegar ao trabalho no horário certo. Queria ver Sooyoung e dar a notícia. Céus, Joohyun me mudou tanto internamente que até mais disposição eu tenho, como pode? Quem ela pensa que é para ser tão importante na minha vida, eu nem vou discutir sobre isso, aquela mulher é minha chuva da manhã em dias tristes.
Dei batidinhas na porta, e logo a voz animada de Sooyoung disse para mim entrar.
- Seul, que bom te ver. Bom dia! -- me cumprimentou.
- Bom dia. -- dessa vez eu pude corresponder o belo sorriso cheio de alegria.
- Nossa, que sol radiante, o que houve?
- Ontem eu pedi Joohyun em namoro. -- ela saltou da cadeira indo em minha direção, já estava com o braço envolta dos meus ombros com a curiosidade transparente.
- E o que ela disse? -- animada me questionou.
- Eu disse pra ela o quanto eu a amava e... E ela aceitou!
- Meus parabéns Seul, você merece ser feliz! -- beijou minha bochecha e me abraçou, fiquei travada, será que Joohyun consideraria isso traição? Será que ela vai querer terminar comigo ao saber que Sooyoung beijou minha bochecha?
- Obrigada. -- desfarcei minhas paranóias internas, mas logo dei um jeito de escapar da conversa para mandar mensagem para Joohyun.
Kang: Sooyoung me deu um beijo na bochecha, isso é traição?
Kang: Por favor não termine comigo!
Meu coração doía só de pensar em perdê-la. Me senti ansiosa quando li "digitando", mas logo me aliviei.
Bae: O quê??? Hahahahahaha
Bae: Isso não é traição, Seul, fique tranquila! Depois conversamos sobre relacionamentos, certo?
Sorri, estava tudo bem. Nem senti toda a felicidade possível e já estou com medo do pior, é só paranóia, não tem porque eu me torturar com isso. Se Joohyun é minha namorada, é por que me ama...
Certo?
- Que tipo de conversa foi essa? -- me assustei, dando um leve pulo. Joy começou a sorrir.
- Privacidade. Eu poderia ter? Seria legal! -- coloquei a mão no peito, tentando estabilizar a respiração.
- Não, estranha. Como assim traição um beijo na bochecha? -- Joy cruzou os braços. Parecia desacreditada do meu pensamento.
- Não me julga, sou nova nisso.
- Isso resolvemos depois. Volte ao trabalho. -- deu um leve tapa em minha testa, voltando à sua sala.
Eu fui tão idiota assim?
...
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