1. Spirit Fanfics >
  2. Ultravioleta >
  3. Sem luz.

História Ultravioleta - Sem luz.


Escrita por: LucyLamentfull

Notas do Autor


Olá pessoas lindjas haha Como estão nesta tarde chuvosa? (Aqui onde vivo tá chovendo tanto que até meu espirito ta encharcado)
Um novo capítulo saindo quentinho do forno dos capítulos novos kkkk ( Isso foi péssimo, eu sei.)

Uma ótima leitura.

Capítulo 13 - Sem luz.


“No light, no light in your bright blue eyes

I never knew daylight could be so violent”

_ No Light, No light

 

XIII

 

Eu estava desesperada e não fazia ideia do que fazer. Precisava buscar ajuda. Porém, se eu a deixasse e algo de ruim acontecesse? Algo ainda pior que isso, e eu nem sei o que era isso. Os lábios dela estavam sem cor, e sua pele estava fria como a de um... Bem, vocês sabem, um defunto. Não poderia deixa-la assim. Respirei fundo e tentei levantar o corpo dela para carrega-la. Inútil. Ela é mais alta e mais pesada que eu... Além disso, eu estava sem energias. Vamos lá Carm... Ajude-me a te ajudar. Inspirei e expirei profundamente para conter as lágrimas, segurei-a pelo tronco e comecei a arrastá-la. A porta de entrada da biblioteca estava quase ao meu alcance. Só mais um pouquinho.

_ Por favor, me ajudem aqui. – Suplico da melhor forma possível. Danny surge diante de mim com um taco de golfe empunhado nas mãos, onde é que ela arranja essas coisas?

_ Parabéns Hollis, enfim tomou a decisão correta – Ela diz apontando o taco para Carmilla desacordada.

_ O que...? O que houve? – Laf surge com a respiração afobada diante de nós – O que houve com ela Laura?

_ E-Eu não sei... – Começo a falar enquanto as lágrimas que eu segurava começavam a arder em meus olhos _ Estávamos trazendo café, e... Então ela caiu.

_ Vamos leva-la lá para cima. – Perry surge decidida. - Ela precisa de repouso.

_ O QUE? – Essa é nossa chance de acabar com ela de uma vez e vocês querem coloca-la na cama com leitinho e biscoitos também? - Danny pergunta perplexa.

_ Danny, já chega. – Digo rude. _ Se você quer ir, vá, mas pare de querer destruir Carmilla todo o tempo. Nós precisamos dela... Assim como também precisamos de você conosco.

Ela me encara com os olhos arregalados. O verde dos seus olhos nunca esteve tão brilhante. Por fim ela diz:

_ Vamos Kirsch.

_E-Eu ficarei aqui... - Ele abaixa o olhar. - Desculpe.

_ Tanto faz. Tenho atividades para resolver no campus. – Ela pousa os olhos em mim brevemente. _ Espero que saibam o que estão fazendo.

Aceno com a cabeça positivamente, e Danny sai porta a fora.

_ Kirsch, me ajude a levá-la lá para cima. – Diz Laf pegando um dos braços de Carmilla e colocando sobre os ombros.

_ Ok. – Ele responde fazendo o mesmo, e por fim comenta _ Uow, ela está muito fria...

Subo as escadas logo atrás deles. Kirsch a coloca em uma cama grande de estilo gótico vitoriano, com uma enorme cabeceira preta de madeira, e cortinas roxas de pano aveludado combinando com os lençóis. Por que haveria uma cama em uma biblioteca? Não faço a menor ideia, mas é genial.

_ Está tudo tão limpo... – Digo olhando para Perry que estava logo atrás de mim.

_ Já estava limpo assim quando entrei.

Assenti.

_ Bom... Vamos deixá-la descansar agora. – Perry diz. _ Ela possivelmente deve estar com fome... Então, – Ela completa hesitante _ deve haver alguma daquelas caixinhas de leite em algum lugar por aqui.

_ Caixinhas de leite? - Kirsch pergunta confuso.

_ É uma longa história. - Laf finaliza. – Vamos Laura?

_ Sim, podem ir à frente. – Digo, dando uma olhada em Carmilla adormecida. _ Já alcanço vocês.

_ Sem pressa.

Os três saem e fecham a porta. Aproximo-me da beirada da cama onde Carmilla repousava. Ela estava péssima. Fria e imóvel. Como... Um morto em um caixão. Pensar em tal comparação fez meu coração doer, e novamente lágrimas pesadas rolavam dos meus olhos. Fecho-os, e fico assim, em silêncio por algum tempo.

_ Enfim é o meu velório?

Abro os olhos em sobressalto. Carmilla estava com os olhos meio abertos e dava um meio sorriso azedo.

_ Carm! - Exclamo e avanço para cima dela abraçando-a. – Você me assustou.

_ Eu disse que precisava descansar. – Ela responde rabugenta.

_ Agora eu entendo... Desculpe-me.

_ Te desculpar pelo que? – Ela pergunta. Sinto seus dedos gelados no topo da minha cabeça, deslizando por meus cabelos.

_ Por não te ouvir. – Digo. E dizer isso pesou uma tonelada.

_ Hum... Bom – Ela diz com um sorrisinho estampado nos lábios.

_ O que foi?

_ Te desculpo, mas para isso quero que você fique comigo.

_ O-Oq... Fi-ficar? – Sinto meu rosto esquentar e agora tenho certeza que estou vermelha como um tomate. Levanto-me bruscamente de cima dela; sim, eu ainda estava em cima dela abraçando-a.

_ Ficar deitada aqui comigo, olha –Ela aponta para as extremidades da cama com um sorrisinho ainda maior nos lábios – Tem bastante espaço.

_ N-não. – Puxo o ar que parecia faltar nos pulmões. _ Vou te deixar sossegada para relaxar.

_ Está bem. – Ela suspira resmungando _ Ficarei aqui, bem, nesta grande cama.

Chantagista

_ Você venceu – Digo, deitando-me hesitante ao lado dela. _ Mas só alguns minutinhos.

_ Claro. – Carmilla me olhava com seus enormes olhos escuros. _ Obrigada. – Pude ouvi-la sussurrar.

Minhas pálpebras pesaram. Pesaram tanto que não sei dizer quanto tempo se passou. Tateei a cama ao meu lado procurando por Carmilla. Ela havia saído?

_ Carm? – Chamei-a _ Carmilla? – Não obtive respostas.

Levantei-me da cama e senti o buraco da fome roncar em meu estômago. Preciso de comida. Desci as escadas e topei com Perry.

_ Hey! - Ela disse meio exaltada.

_ Hey - Respondo.

_ Quanto tempo você acha que teremos que ficar aqui nesta biblioteca? – Ela pergunta

_ Não sei... Estou esperando as explicações de Carmilla, e ela disse que aqui era seguro – Digo, tentando parecer prática.

_ Bom...

_ Alias você a viu?

_ Carmilla?

_ Sim – Quem mais seria?

_ Ela saiu há algum tempo.

_ C-como? – Engulo seco.

_ Voltei ao quarto para ver se você estava bem... Porque estava demorando a descer. Então... – Ela para de falar.

_ Então...? – Fala Perry

_ Oh céus!

_ O que? – Comecei a ficar aflita.

_ Carmilla estava sentada na cama ao seu lado. Ela abraçava... Abraçava aos próprios joelhos e... E se contorcia. – Levo a mão à boca.

_ Será que ela estava com dor?

_ Laura... Ela saiu dizendo que precisava comer. – Perry diz focando os olhos azuis dela dentro dos meus. – Comer.

Comer...

Afasto-me de Perry. Carmilla estava fraca e precisava de sangue. E eu estava ali... Uma bolsa de sangue fresca ao lado dela. Sinto um arrepio percorrer meu corpo. Balanço a cabeça negativamente. Preciso afastar esses pensamentos.

_ Onde estão Laf e Kirsch? – Pergunto para Perry que preparava alguns sanduiches.

_ Foram vasculhar o local. Laf disse que poderia haver muito a ser descoberto aqui, e levou Kirsch para ajudar.

_ Certo...

_ Toma. - Ela me oferece um dos sanduiches. - Sei que você ainda não ingeriu alimento algum.

_ Obrigada. - Sorrio.

Enquanto eu mastigava tentava imaginar se Carmilla estaria agora se alimentando do sangue de algum inocente. De alguma garota alta e bonita, a quem ela seduziria e depois beberia dela.

_ Maldita. Não seria impossível, seria?

_ O que disse Laura? – Acho que meu pensamento se tornou sussurro, pois Perry me encarava com uma expressão de desentendimento.

_ Não é nada. –  Sorrio tentando disfarçar meu constrangimento. Droga.

_ Laura... Sei que já passamos da fase de desacreditar que ela não é humana – Perry começava a falar. –  Mas...

_ Sim?

_ Você confia tanto assim nela? Por que?

_ Por que não confiaria?

_ Você mal a conhece... E até mesmo já descartou Danny por ela.

_ Eu não... – Onde Perry quer chegar? – Eu não a descartei, ela se foi por decisão própria. Mas e você?

_ Você sabe, Lafontaine esperou por isto a vida toda, e somente por esse motivo ainda estou aqui. - Perry respondeu isto fixando aqueles olhos ansiosos em mim e voltou a bebericar um pouco de chá.

_ Vejo que temos lanche! – Kirsch surge no ambiente falando em voz alta.

_ Temos sim, venham aqui – Perry diz – Só não façam bagunça e nem deixem sujeira.

_ Hey, Laura – Laf me chama em baixo tom. – Venha aqui, quero lhe mostrar algo.

_ Tudo bem. – Me aproximo de Lafontaine que segurava uma pasta. Ela a abre. Dentro havia vários papeis, como fotos, recortes de jornal, revistas antiguíssimas, e passagens aéreas.

_ O que é isso? – Pergunto sem entender.

_ São coisas antigas que pertencem a Carmilla. Olhe isso. – Ela pega um recorte de jornal aleatório. – Carmilla e a suposta avó dela, a cantora Carmen, são a mesma pessoa.

_ Sim, disso eu já suspeitava. – Digo. Passo os olhos, abaixo da manchete havia uma foto de Carmilla ao lado de uma garota de cabelos encaracolados sorridente.

_ Está bem, mas o que quero lhe dizer é – Laf olha para a foto que meus olhos estavam pousados e depois volta a olhar para mim – Sei que pode parecer tolice, mas, esta garota da foto possui o mesmo sobrenome que o seu. Eles se referem a ela como senhorita Hollis.

_ O que? – tomo o papel das mãos de Laf e leio, o trecho se tratava de alguma notícia divulgando a passagem da cantora Carmen por alguma cidade da America do Norte, quase ao fim referia-se a acompanhante: Senhorita Hollis.

_ Você acha que pode ser alguma coincidência, não? – Laf questiona em um tom intrigado.

_ Eu... Definitivamente acho que não.

Afasto-me de Laf que fechava a pasta e se juntara aos outros para comer. A ideia de saber que Carmilla conhecera uma antepassada minha me deixara atordoada. Mas, talvez seja este o caminho para a resposta daqueles sonhos.

Minha curiosidade precisava ser suprida. Perry poderia estar certa, não é? Eu não poderia mais continuar no escuro, cegamente confiando em Carmilla.

 

 


Notas Finais


Heey,
Obrigada pra quem leu. Espero que tenham gostado do capítulo.
Até o próximo. *--*
Não esqueçam de comentar kkkkkkk

Bjitos bye bye > <


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...