História Um amor de outra realidade - Draco Malfoy (REPOST) - Capítulo 19

Draco pov.

Quando entro em meu quarto vejo Renata sentada em minha cama. Seu rostinho angelical, seu sorrisinho inocente, mesmo ela não sendo nada inocente... 

- Está pronta? - A pergunto e ela assente. Pego meus tênis brancos e os calço, assim pegando também as chaves de minha casa que guardo em uma gaveta. Recolho sua mala de cima da cama e saímos do quarto.

Ela está tão calada, talvez esteja nervosa para conhecer meus pais, não sei... Descemos as escadas e todos nos olham.

- Aonde vão? - Mattheo pergunta. Vejo Grindelwald abrir a boca para o responder, mas sou mais rápido. - Vou levar Renata para conhecer os sogros dela. - Ela me olha e ergue a sobrancelhas, percebo a fisionomia de Mattheo mudar.

- Vão ficar quanto tempo? - Tom pergunta. - Até segunda. - O respondo e Nat permanece calada.

- Coitada dela, aguentar seu pai e a pirralha não vai ser fácil. - CALA BOCA, TOM. - Olho para Renata que engole em seco, acho que ela só não quer dar um surto em público. Ela ignora a situação e abraça Mattheo, percebo as mãos dele no quadril dela e ela passa os braços pelo pescoço do mesmo.

Não vou negar, sinto um leve ciúme. Sei que eles já transaram e ele foi o primeiro cara que ela beijou quando chegou, e quando ela descobriu de Astória, ele que foi "consolar" ela.

- Vou sentir sua falta... - O escuto dizer. - Qual é Matt, vai ser só uma semaninha. - Ela o responde risonha.

- É, Riddle. Vai ser só uma semana. - Digo cruzando os braços. O vejo cochichar algo no ouvido dela, mas só escuto a última frase "essa calça"...

- Quer falar mais alto, Mattheo? - Ele a solta e revira os olhos. - Não vai me abraçar também não? - Tom diz em direção a Renata e eu permaneço de cara fechada. 

- E você gosta de demonstração de carinho, Tom? - Ela põe as mãos na cintura. - Claro que gosto, vindo da minha cunhadinha, sim. - Ele a responde e eles se abraçam. Cambada de amigo talarico que eu tenho...

Tom pelo menos a abraçou com seus braços no pescoço dela. Renata é baixa perto de qualquer um... 

- Inclusive, eu amei essa calça, Grindelwald. Realçou muito bem as curvas de seu corpo.. - Obrigada, Riddle. - Ela responde o flerte de Tom. Eles tiveram coragem de flertarem na minha frente? 

- Que porra é essa, Riddle? - Solto a mala de Renata e peito Tom. - Qual é, Malfoy? Ela é minha amiga e minha cunhada. - Ele diz dando seu sorriso mais cínico.

- EU SEI QUE VOCÊ JÁ QUIS COMER ELA. - Grito. - Eu ainda foderia com ela, mas respeito a relação de vocês. - Ele debocha da situação e eu percebo Grindelwald rir juntamente de Mattheo.

Faço a menção de ir para cima dele, mas Renata se coloca a minha frente, num tom de autoridade. 

- Quietinho. - Ela diz enquanto me afasta com um único dedo em meu peito, engulo em seco, mas a obedeço. Caralho, estou muito cadelinho dessa mulher...

Tom está sorrindo diante da situação, isso me deixa mais bolado ainda. 

- Vamos. - Ela me chama, pegando em minha mão, mas eu a solto. Grindelwald flertou com Tom na minha frente... Ela ergue as sobrancelhas, mas permaneço irredutível. 

Pego sua mala e subimos até a entrada de Hogwarts, ela permanece calada e emburrada.

- Porque você está assim? - A paro no meio do caminho. - Eu que te pergunto, você ficou diferente depois da Comunal e quer falar de mim? - Ela me responde, cruzando os braços.

- Claro Grindelwald, eles tocaram no seu corpo, elogiaram seu corpo e você flertou com o Tom na minha frente. - Ela ri debochadamente.

- Tá rindo de que, idiota? - Xingo a olhando - Eu ouvi quando Mattheo falou da "pirralha". - Ela me lança um olhar como quem quisesse "virar o feitiço contra o feiticeiro".

- Ah não, Grindelwald. para de voltar na porra desse assunto. - Ela se aproxima.

- Malfoy, você quer me comer, não quer? - Eu não esperava por essa pergunta, não agora...

- Eu como você a hora que eu quiser, linda. - Não, não come. E se quiser continuar comendo, fale direito. Você está me xingando e eu não estou gostando. - Reviro os olhos, mas ela tem razão...

Pego o pote de pó de Flu, juntamente com a mão dela. Creio que ela já sabe como funciona.

Pego um punhado, e ela outro. Nos encaramos e balançamos a cabeça em confirmação. O tacamos no chão com o pensamento na Mansão Malfoy e aparecemos em frente à minha casa. A magia é incrível.

Chegou o momento que eu mais temia. Paramos em frente à Mansão, ela não fica tão indignada com isso. Ela também é rica, tem tudo e todos a sua mercê.

- Antes de qualquer coisa, eu preciso dizer que eu te amo e que você foi a segunda melhor coisa que me aconteceu... - Digo a olhando, mas ela permanece calada.

Andamos um pouco mais a frente e eu abro o portão, a deixo entrar na frente. Eu estou tão nervoso...

Percebendo meu nervosismo, ela pega minha mão. Continuamos o caminho e eu ponho a chave na porta de entrada, caralho...

- Ei, se acalma... Está tudo bem... - Ela me conforta e eu sorrio com os lábios.

Finalmente abro a porta, dou espaço e ela entra. Quando entro vejo um pingo de gente correndo em minha direção.

- PAPAAAAIIII... - Valentina pula em meus braços e eu a pego. Que saudades eu estava da minha boneca.

- Oi meu amor, papai chegou.. Como você está? - Eu estava com tanta saudades, papai... - Ela diz dando um beijo em minha bochecha, tão linda...

- Valentina, querida... Seu pai está cansado... - Minha mãe vem até nós e eu a abraço.

- Oi, mãe... - Ela me beija e olha para Renata, que está paralisada me olhando com Valen nos braços. Sinto que foi muita informação de uma só vez...

- Meu Merlin, como você é linda. - Minha mãe a tira de seu transe.

Renata pov.

Como assim Draco tem uma filha? Caralho... Ele estava com tanto medo de me contar e eu jamais o deixaria por isso, mas quero entender toda essa história.

Inclusive, Valentina é linda... Loira, com os olhos azuis, os mesmos de Malfoy.

- Olá, senhora Malfoy... - Saio de transe e a abraço.. O olhar de Draco traz medo...

- Por favor, querida... Me chame de Narcisa, Cissa ou até mesmo Sogra... - Ela diz olhando para Malfoy que concorda com a cabeça, com um sorriso.

- Está bem, Sogra... - Ela sorri e eu sorrio de volta.

- Quem é essa moça bonita, papai? - Escuto o cochicho de Valentina...

- Essa é a mulher do papai... - Ela sorri vergonhosamente para mim e eu sorrio para ela.

- Mãe, pode pegar Valen? Tenho que conversar com Renata... - Claro filho, me dê ela. O seu quarto está impecável, da forma que você gosta.

Vejo Draco sorrir e pegar minha mala do chão, que tinha caído quando Valentina pulou em seus braços.

Malfoy pega minha mão e sobe comigo para seu quarto.

Ele abre a porta e eu observo, seu quarto é bem chique, é uma suíte. Tons de verde e de prata formam a decoração, que é bem simplíficada até.

- Nat, por favor, agora que você sabe... Me deixe te explicar. - Ele quase implora quando fecha a porta.

- Draco, está tudo bem. Apenas me conte essa história.. - Está realmente tudo bem, eu nunca tinha cogitado a idéia de ser madrasta, muito menos a de ser mãe...

- Eu fui um irresponsável, Nat... - Ele diz se sentando na cama. - Fui imaturo, quando eu ia fazer dezesseis anos, no auge da puberdade eu bebi muito em uma festa... E transei com uma garota, ela também estava bêbada e eu acabei.. Você sabe... Quando descobri o que tinha feito, eu me senti perdido, sem rumo... Mas, minha mãe me ajudou e me ajuda muito até hoje. A garota queria abortar, mas eu nunca concordei com ela, nem com essa ideia horrível...

Percebo uma lágrima escorrer de seus olhos, mas ele enxuga rapidamente.

- Quando eu contei para meus pais, minha mãe aceitou tranquilamente. Já meu pai... Bom, ele surtou e era a favor de abortar a criança. Depois do nascimento dela, eu pude ser feliz. Apesar de todos os problemas com meu pai, os quais tenho até hoje... Eu não sei por onde a mãe dela anda, e não tenho vontade nenhuma de saber. Ela abandonou minha filha, e eu cuidarei dela até o fim de nossas vidas. E eu quero que entenda que eu não estou com você, pra você assumir Valen... Eu estou com você porque eu te amo. Você, minha mãe e ela são as mulheres da minha vida, eu mataria e morreria por vocês...

Interrompendo sua fala, eu o abraço. Draco sofreu muito, e isso é nítido...

- Eu te amo, Malfoy. Eu sou sua. - Ele me abraça de volta, sinto cada lágrima sua. - Pode chorar, lindo. Isso não te faz menos homem, muito pelo contrário, eu estou orgulhosa de você e orgulhosa por você ter conseguido me contar, sei que não foi fácil... - Sinto as mãos de Malfoy passearem pelas minhas costas..

- Eu não sabia o que fazer, nem como te contar, você é a minha garota... Como eu perderia você? Eu te amo Grindelwald, eu te amo.

- Eu também te amo, lindo. Vamos conversar disso mais tarde? Acabamos de chegar, foi muita informação de uma só vez... Mas fique despreocupado, você não me perdeu e nunca irá me perder. - O sinto relaxar, mas permaneço abraçada com ele.

- Eu prometo que vou responder todas as suas perguntas, linda.- Relaxa, amor, temos tempo para conversar sobre isso, sem pressa.