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História Um amor (Luna parte 2) - Depressão


Escrita por: Thalitad7

Notas do Autor


Esta autora acha que seria muito legal se você ouvisse Stay da Rihanna junto com a Luna lendo esse capítulo.
Escute até o fim!

;) Boa leitura

Capítulo 17 - Depressão


Fanfic / Fanfiction Um amor (Luna parte 2) - Depressão

LUNA

 

 

Estou no carro. Ouço meu pai falar com minha mãe. Devemos estar em casa. Ele abre a porta e me pega no colo.

- Os exames de sangue mostraram baixa resistência. Deve ser devido ao tempo que ela anda passando no hospital, lá tem muitos vírus e bactérias resistentes e com o sistema imunológico enfraquecido... Temos que ficar de olho nela, na sua alimentação. Não acho que seja nada grave, mas nunca é demais se prevenir.

-Será uma gripe?

-Parece mais um descontrole emocional. Não sei o que aconteceu, mas acho que houve algo no quarto do Lysandre hoje... Você precisava ver o estado dela. Nunca a vi chorar tanto.

-Chorando? Ela é sempre tão durona.

-Vamos dar tempo a ela, amor.

Sinto meu pai me por na cama e minha mãe me aninhar entre lençóis e travesseiros. Eles saem do quarto e eu volto a chorar.

~

-Luna? Querida?

Tiro os fones, mas ainda posso ouvir Stay da Rihanna tocando, tão potente está o volume da música. Estou encostada na porta do meu quarto. Ela está trancada, foi assim que percebi que minha mãe batia na porta.

-Diga, meu amor?

Sempre tento parece forte para ela. Mas acho que não engano ninguém.

-Alexy está aqui. Disse que você não atende as ligações de ninguém. Está preocupado.

Não quero a pena e nem os conselhos de ninguém, já é bem difícil receber os olhares dos meus pais.

-Não me sinto bem para ver ninguém, mamãe.

-Querida, faz dias que você não vê nenhum amigo, nem saí de casa.

-Mamãe, por favor... diga a ele para ir embora.

-Está bem.

Ponho meu rosto entre as mãos e volto a chorar. Choro até dormir, encolhida no chão.

-Luna? Abra essa porta! AGORA!

Levo um susto. Abro a porta do quarto, de forma brusca.

-Pai, o que houve? Você está bem? Cadê a mamãe, ela está bem?

Falo tocando em seus braços olhando para ver se não vejo nada estranho. Quando percebo que ele está bem olho para os lados em busca de mamãe. Ele me abraça e começa a chorar.

-Pai, tudo bem? Calma, calma.

- Estamos a horas tentando abrir o quarto, você não respondia!

Ele fala quase gritando, me apertando.

-Eu...eu dormi com o fones no ouvidos.

Nessa hora vejo mamãe subir as escadas correndo, aos prantos.

-Querida!

 Ela nos abraça e percebe papai rindo.

-Por que diabos você está rindo, Charles?

Ela esbraveja dando soquinhos no braço dele.

-Ela estava dormindo... Com os fones no ouvido, Isabel. Com os fones.

Não entendo nada.

-Do que vocês dois estão falando?

-Certo, querida, vamos conversar.

Mamãe fala me puxando para dentro do quarto. Sentamos os três na minha cama.

-Querida, pensamos o pior, você não respondia! Te chamamos por horas.

-Luna, sei que pode ser difícil. Como seu pai, sei que você precisa de tempo para se recuperar... Escuta, sei que aconteceu alguma coisa entre você e Lysandre, naquela tarde que você passou mal, uma semana atrás. Minha filha, você pode não perceber, mas como médico eu sei... Você está entrando em depressão.

Não acredito no que ouço. Olho para minha mãe que está agarrada a Minerva, a beira de lágrimas. A gata, ao ver a porta do quarto aberta, tinha entrado. Antes ela dormia aqui, mas ando privando Minerva de sua cama, como resultado ela aranha a porta do quarto todas as noites. Ele prossegue.

-Você não quer comer, está o tempo todo com esses fones, trancada no quarto, há dias que você não troca nenhuma palavra com sua mãe além do básico e de ‘’não quero ver ninguém’’. Você não atende seus amigos. Tentamos preservar você, mas a cada dia um deles nos liga ou bate aqui em casa. Rosa já está desesperada, ela me cerca no hospital.

Eu começo a chorar.

-Sua mãe praticamente te obriga a tomar banho, ela só falta mastigar a comida por você.

Agora é ele que chora.

-Estou vendo você morrer, minha filha. Aos poucos, a cada dia. Seu corpo ainda está aqui, mas minha princesinha, a garota durona que eu criei, a alegria da casa... Se foi, e eu como médico, nunca me senti tão impotente. Sua mãe chora todas as noites.

Olho para ela. Minha mãe parece estar envergonhada. Ela não fala nada apenas acaricia Minerva. Mas não demonstra mais querer chorar, enquanto que meu pai se desmancha ao meu lado.

-EU. NÃO. VOU. DEIXAR. VOCÊ. MORRER!

Minha mãe fala cada palavra como se fosse uma sentença! Ela se levanta e eu e meu pai olhamos para ela, nossa única reação.

-Você sabe o que pensamos quando você não respondeu?

Ela fala com a voz totalmente fria, me preparo para o pior. Minha mãe e meu pai são o completo oposto nessa questão. Quando ele chega ao fundo do poço, no cerne do problema, quando não dá mais conta: ele chora. Minha mãe, bem, ela diz que no olho do fuçarão, é que nós devemos manter a calma... Mostre uma barata pra ela e ela faz um escândalo, agora quando o problema é sério, ela vira aço.

-Pensamos que você tinha se matado.


Notas Finais


Sim, dessa vez eu chorei escrevendo.


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