História Um amor paciente - bakudeku - Um acontecimento preocupante e uma dúvida -

Eu andei o mais rápido que consegui no momento, estava tão obsorto em meus pensamentos esperançoso que nem dei importância ao loiro que continuava a gritar o meu apelido - qual foi

me dado pelo próprio ser nada sensível - pelo longo corredor daquela escola.
 
  Ele claramente é um idiota que não ler nas entrelinhas ou simplesmente fingi que não ver minhas expressões na frente dele.

  Depois de um tempo andando na pressa não o ouvi me chamar mais, chamar não,  Gritar. Ser calmo não fazia parte do vocabulário dele.
  Passei pela porta verde do banheiro em que de cara mostrava as muitas cabines em tom de verde escuro e um largo espelho sobre as pias brancas.

- ei olhe por onde anda ... ! - virei meu rosto de encontro ao ser que gritou entre dentes e segurou meus pulso esquerdo ao entrar em um contato nada confortável. Adivinha só, encontrei quem eu menos queria, um dos bastardos que não tem atenção de seus pais. O destino as vezes exagera nas surpresas e nos encontros imprevisíveis. Por que agora senhor ?

- oh você!?.. - forçou sua falsa surpresa. Como se eu o quisesse o ver ou como se a gente não se visse o bastante por essa merda lugar que insistiamos em chamar de escola. - Ei, seu nerd de merda olhe por onde anda, você pensa que é quem ?

- vai se fuder ! Me solte... - me debati enquanto sentia a mão do ser apertando meu pulso sem piedade alguma.

- Parece que você está com bastante energia, então que tal a gente se diverti um pouco, hã? - o ser mostrou seus dentes amarelo em um sorriso astucioso. Eu realmente mereço ? Qual pecado eu cometi dessa vez por mais essa senhor?

  Tentei pensar em uma estratégia para que o mesmo pudesse soltar meu pulso e me desse tempo de chuta- ló nos países baixos que ele se glorificava tanto por aí e me proporcionasse um certo tempo para fugir do seu agarre.  

- ô, agora eu entendo. Você é claramente apaixonado por mim e ver que eu não te dou bola então fica implicando comigo.. - o provoquei. Essa é a solução. -  Realmente isso faz sentido, você é pior do que eu e se acha a última bolacha do pacote. O que será que seus amiguinhos achariam disso? Que você simplesmente os usam incentivando o bullying só por que alguém não suporta olhar essa sua cara de merda ! - gritei olhando em seus olhos em tom marrom e logo sua feição era de raiva e talvez ódio. Eu acho que ao menos com um olho roxo eu saio daqui hoje.

- o que você falou, nerd idiota ?? Tá se achando demais não acha não?? - apertou mais meu pulso se aproximando do meu rosto. - talvez eu queira te pegar... - se aproximou rente aos meus lábios e eu pude sentir seu hálito de cigarro subi pelas minhas narinas sem pedir licença. Por que céus eu me meti com um delinquente ? O pior é que não existe uma única pessoa no banheiro nesse maldito horário.

- nem pense em fazer isso ! - gritei tentando ao menos alcançar o ouvido de alguém que se for coisa do destino passasse pelo corredor nesse exato momento. - me solte!!!! - tentei ao máximo fica longe daqueles lábios nojentos. Nem fudendo que eu lhe daria meu primeiro beijo, fora de cogitação. - alguém me ajude .... Meu deus... me solte seu merda .. - ele cada vez mais apertava o meu pulso e logo me pressionou contra uma das portas que ali se encontrava em tom de verde escuro.

  Sua estratégia havia falhado em cem por cento de certeza, foi um completo equívoco achar que daria certo, sempre fora ruim em solucionar coisas e olhar só o resultado dar puta imperfeição que veio se meter.

- não seja barulhento, eu sei que você quer..- o ser asqueroso segurou minha outra mão que o estava o batendo e as prendeu em cima da minha cabeça enquanto sorria. - eu vi o jeito que você encara aquele loiro maldito, você dar sorte quando ele está por perto que nem um abutre em volta da carcaça.

- Ora, estou muito surpreso que você sabia o que abutre significa... - o provoquei e o ser apertou mais os meus pulso em resposta. - e não envolva o kacchan nisso ! - soltei enraivecido.

-  kacchan ? Ô, vocês já trocaram apelidos? Que fofos. O quão longe vocês já foram, em ?? Que tal aqui, ele já te tocou ? - levou sua mão até minha blusa a levantando um pouco. - ô, estou surpreso,  sua pele é bem macia.

- não me toque seu nejonto, asqueroso ! - gritei entre dentes. - ei !? ... p- para ... - seria hoje o meu fim ? - kacchan... - no desespero todo comecei a chorar pelo medo de que se as coisas continuasse assim talvez eu não fosse o mesmo amanhã e nos outros dias que há de existir. - k..k..kacchan, eu nem consegui me declarar, que droga!....

- para de chamar aquela merda ! - me encarou e logo começou a se aproximar mais. Não, não, nao.

- eu não quero, me larga... -  tentei novamente o empurra-lo mais ele era mais forte do que eu. Ter medo é a fraqueza que corrói as pessoas pouco a pouco em situações como essa e de certo modo isso é preocupante e melancólico.

- solte ele ! - uma voz carregada de ódio e bastante conhecida ecoou por todo o banheiro lhe chamando a atenção. Era aquela voz de todas as manhãs que lhe dava um simples bom dia. Por Deus ele veio lhe salvar.

  Ao ouvir a voz o mesmo que me prendia  logo me soltou e foi de encontro ao loiro que mantinha a mesma cara de ódio no rosto. Vi o mais alto balbuciar algo no ouvindo do loiro e sorri depois indo embora mais antes olhou pra mim e disse: - até a próxima nerd !

- se você encostar nele de novo, eu juro que eu te mato ! - o loiro que era cego que agora via seu puro desespero se pronuncio e o bastardo apenas franziu seu cenho e partiu.

  Apenas deslizei pela porta do banheiro e me pus a chorar baixinho. Por sorte nada de muito grave havia ocorrido. Ouvi alguns passos se aproximando apressadamente e logo me envolvi mais em meus joelhos.

- ei !?  Você está bem ?? Ele machucou você ? Deku, fala comigo ...- pediu com um tom preocupado. -Eu vou matar aquele desgraçado se ele mexer novamente com você... - o loiro logo me puxou e me apertou num abraço, apenas retribui chorando baixinho enquanto sentia suas mãos deslizarem num vai e vem nas minhas costas me acalmando pouco a pouco.

  A maldade lhe perseguia sem se importar com seus sentimentos. Parecia que nada de bom aconteceria hoje.


[ ...]


  O choro já havia parado então o loiro me guiou pelo longo corredor segurando minha mão direita, claro eu estava gostando daquela sensação quente depois de um maldito frio na barriga criado pelo medo instantâneo.

  Em alguns segundos a mais de passos, o maior havia me levado para um local afastado das salas onde ninguém parecia visitar e se alguém visse isso pensaria a mesma coisa que si.

  Seria o esconderijo dele para ficar sozinho ou o lugar que ele trás as meninas que ele pega ? - pensei de cabeça baixa acompanhado os longos passos do loiro agora não tão cego e não tão surdo. Afinal, tenho certeza de que ele ainda havia escutado uma boa parte da conversa, eu estava berrando aos quatros ventos. Jesus que vergonha.

  Balancei a cabeça negativamente afastando esses pensamentos, não queria imaginar as mãos que no agora carregava a minha firmemente no corpo de uma garota com belas curvas passeando livremente pela carne. Tenho a certeza de que ele não lembraria o nome e nem se esforçaria pra lembrar pois é desapegado ao extremo e não se importar com nada mais.
  Me perguntou se isso aconteceria comigo, depois de toda essa confusão, seria possível receber ao menos um pouco mais dele ? Eu o ansiava tanto que fico feliz com apenas fragmentos como esse. Tocar a pele quente do mesmo já era material suficiente pros meus sonhos tão inalcançáveis. A realidade é realmente esmagadora.

  Odiava essa sensação de que nada vai mudar, nada vai passar disso, realmente odeia mais não pode fazer nada, nao quando se é um garoto e seu Crush é um puta heterossexual gostoso do Caraio !

- Espere aqui. - o loiro se pronuncio e eu apertei sua mão em resposta, e logo o mesmo me encarou em um pouco silêncio e pareceu entender o que eu queria dizer só com um olhar. - não se preocupe ninguém conhece esse lugar, eu já volto, sente- se aí. - sorriu um pouco ínfimo enquanto se afastava por entre aqueles arbustos.

  Essa com certeza foi por pouco, não imaginaria que ele iria tão longe assim. O que faria agora ? Ele irá lhe perserguir por aí até alcança seu objetivo de por as suas mãos no meu lindo corpinho? Que nojo !

  Sentei vagarosamente no chão cinza e me encostei na parede branca desbotada que acredito ter sido feito pelas inúmeras  chuvas durante os anos. Busquei ar pros pulmões enquanto sentia uma outra lágrima querer conhecer minha roupa. - Jesus, acalme- se você conseguirá passar por isso, você é forte! Certo ? - tentei consolar a mim mesmo.

- oe!? - ouvir um timbre rouco me chamar e rapidamente direcionei meu olhar as orbes carmesin que tanto me prendia. - pega... - se sentou do meu lado e me entregou uma garrafa de água e outra de refrigerante. - eu não sabia o que trazer pra você, então...hum.. enfim, tá aqui.. - o loiro logo desviou o olhar me entregando a outra garrafa que havia comprado.

- obrigado kacchan! - soltei animado. Eu vou ter um surto, Jesus me segura, ele pensou em mim, é uma bom sinal, certo ?? - o que vale é a intenção...- soltei uma pequena risada e loiro me olhou novamente.

- você tá melhor? Que conversar ? - sua fala carregava preocupação.

- depois a gente conversa. - falei e ele assentiu com a cabeça. - mais me fala, que lugar é esse ? - perguntei curioso e outro me olhou astucioso. - kacchan você é um viciado ? - o loiro franziu o cenho em indignação.

- Você acha que eu sou o que?  -perguntou incrédulo e eu apenas rir. - não ria seu bastardo! - virou o rosto pro outro lado emburrado.

- não me diga, você é um viciado em sexo e traz suas vítimas pra cá? Que ponto você chegou kacchan ? Eu lamento... - atuei minha fala em tom melancólico e outro apenas olhou pra mim e sorriu ladino.

- então.... - se aproximou de mim lentamente e posicionou suas mãos no chão uma de cada lado do meu corpo sem toca- ló.- Isso faz de você minha vítima também, certo ? - me encarou daquele jeito que só ele sabe fazer. Os Deuses do fascínio sentia inveja da sua tática de sedução.

- k...ka...kacchan..-  certeza que um tomate senti inveja agora do meu rosto por que, puta que pariu esse loiro é um fodido gostoso. - n...nã...não faça isso... - praguejei e o dono da beleza existente sorriu voltando sua posição original.

- você é fodidamente fofo! - soltou sem mais nem menos lhe fazendo corar mais ainda. Deus ?? Se for da tua vontade eu o aceito numa boa. Como que, quem imaginaria que o seu crush lhe soltaria uma dessas, meu coração esta na maior cara de pau me denunciando. - o que foi ? - perguntou calmo como se a fala anterior dele não fosse nada e nem me causasse efeito borboleta.

Estaria eu errado esse tempo todo sobre um certo loiro ?