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História Um amor para Miho - Bons amigos e bons conselhos


Escrita por: Madison_Mermaid

Notas do Autor


Penúltimo capítulo!!

Capítulo 5 - Bons amigos e bons conselhos


Fanfic / Fanfiction Um amor para Miho - Bons amigos e bons conselhos

Jabu fazia as atividades da fazenda cantarolando. Sua cabeça estava longe... pensava em Miho. Lembrava-se de seu sorriso, de sua ajuda na noite anterior, em como ela era linda dormindo... Estava se sentindo feliz como a muito nao se sentia.

_Parece que a mocinha está te fazendo muito bem, meu filho. - comentou Sr. Yamaguchi.

_Sr. Yamaguchi, eu posso pedir um conselho? - perguntou ele.

_Claro, filho.

_O Sr. acha que eu deveria falar para ela de como me sinto? Ela sempre gostou de um conhecido meu... tenho medo de ser rejeitado. O Sr. sabe como me sinto em relação a isso, sobre rejeição. E sempre houve uma rixa entre eu e esse outro... estou confuso, sabe, com o que fazer – disse ele esfregando uma das mãos na nuca.

_Acho que o melhor caminho sempre é seguir seu coração. Nunca vamos saber o que ela sente se você não falar com ela. - o velho deu uma pausa e continuou - Faça o seguinte filho, porque não tira o resto do dia de folga? A maioria das tarefas ja foram feitas e eu consigo me virar com o resto. Vá lá visita-la, va curtir um pouquinho esse sentimento tão maravilhoso enquanto é jovem.... ah, quase me esqueci. O nome dela é Miho, nao é mesmo?

_É sim – respondeu Jabu.

_Minha senhorinha foi até perto da trilha para pegar temperos silvestres e achou um chapeuzinho azul. Dentro dele está escrito esse nome com caneta.... deve ser dela. Antes de ir passe na minha casa e o leve para ela.

Jabu concentiu com a cabeça. Ia procurar Miho. Ele nao poderia mais perder tempo, precisava tirar aquela dúvida de dentro de sí e abrir seu coração.

 

Miho voltou para a pousada. Fez algumas ligações e conseguiu os bilhetes de viagem para o dia seguinte. Pensou em como tudo era mais fácil quando se tem dinheiro. Pediu à recepcionista que agendasse um taxi para o dia seguinte de manhã bem cedo, pois iria embora.

Ela estava triste e tentava se convencer de que estava agindo certo.

Se arrumou, colocando um macaquinho preto com uma blusinha branca por baixo. Logo perto do anoitecer iria procurar Jabu.

Pegou uma bolsinha com suas coisas, uma blusa de frio e um taxi e pediu que fosse levada até a fazenda-abrigo.

 

Por coincidência, os dois se encontraram no meio do caminho.Ela reconheceu a caminhonete. Pediu que o taxista desse sinal de luz, pagou a corrida e desceu do carro.

Jabu parou a caminhonete e abriu a porta para ela.

_Poxa Miho, que coincidência! Estava indo me ver? - disse sorrindo, muito feliz por aquela tomada de atitude dela – Eu estava indo fazer a mesma coisa.

_Jabu, será que poderiamos ir num lugar calmo para conversar? Ela perguntou num tom de voz melancólico que ele nao gostou nada.

_Bem, o sol vai se por em breve, quero te levar num local.

 

Jabu dirigiu por cerca de 45 minutos, subindo o monte. Parou perto de um mirante, de onde poderiam acompanhar o por do sol. Nele havia um banquinho de metal que ficava embaixo de uma cerejeira.

Eles se sentaram, e ficaram em silêncio por um tempo até que ele resolveu quebrar o gelo. Havia tensão no ar.

_Pena que a cerejeira não dá flores nesta época, não é? São tao belas.... as flores de cerejeira. São minhas favoritas.

Miho olhou para o céu.

_Flor de Cerejeira – pensou. Parecia que o destino gostava de fazer graça com ela.

_Jabu... eu queria falar com você e.... eu queria – começou, gaguejando.

Jabu que nao era bobo, e tinha medo de que o que ela tinha para falar não fosse bom, a interrompeu.

_Ah, nossa Miho que cabeça de vento que eu sou. Espere um segundo – disse se levantando e correndo até o carro. Pegou de dentro do porta-luvas o chapéuzinho azul.

_Acho que isto te pertence ne? - disse sorrindo e entregando para ela.

_Sim... sim é meu chapéu... eu... eu perdi no dia em que nos encontramos, no dia.... - Miho nao aguentou conter as lágrimas. Começou a chorar agarrando o chapeuzinho com ambas as mãos perto de seu peito. Como era difícil ter que se despedir dele!

Jabu a abraçou. Ficaram assim por vários minutos. Ele decidiu fazer algo então, pois já não podia mais desfarçar seus sentimentos.

Ainda abraçado a ela, com uma das mãos levantou seu rosto. Ficaram olhando um nos olhos do outro. Ele enxugou uma de suas lágrimas. Ela fechou os olhos... e ele a beijou.

Foi um beijo delicado, inocente. Mas cheio de calor. Miho sentiu que havia um borbolhetário em seu estômago. Seu corpo todo se arrepiou. Era o seu primeiro beijo.

_Jabu....

_Miho.

Ele tentou beija-la novamente, mas o telefone dela tocou. Ela nao o atendeu, porém isto quebrou o clima.

_Jabu eu... eu estava indo até a fazenda para me despedir de você... vou embora amanhã e... - dizia nervosa, sem olhar para ele.

_Mais Miho, voce mal chegou! Está aqui a menos de cinco dias.... não pode ficar mais? Aconteceu algo com alguma das crianças? - disse Jabu, meio atropelado, colocando as mãos no joelho e os esfregando em um tique nervoso.

_Não... eles estão bem. Mas eu sinto que já é hora de voltar.

_Mas porquê? Foi o beijo? Me perdoe Miho, eu... eu.... eu …. sabe estou... - Jabu estava nervoso.

_ Eu não posso gostar de você, Jabu!!! - Disse Miho, com toda coragem que tinha. Seu telefone tocou de novo. Sem olhar quem era ela cancelou a ligação.

O rapaz arregalou os olhos.

_Sabe porquê eu vim aqui? Eu vim aqui esquecer algo que estava me fazendo sofrer a anos. E eu tenho medo... tenho medo de não conseguir... - Miho iria dizer que tinha medo de não conseguir ser feliz e que achava que estava se apaixonado por ele quando ele a interrompeu ao se levantar e abaixar em sua frente.

Jabu disse:

_ Eu também tenho medo Miho! Mas sabe, não vou ficar segurando isso que estou sentindo, eu estou apaixonado por você Miho!!! Depois de tantos anos, descobri que você, que desde criança estava ao meu lado, é o meu amor!

Miho abriu a boca, não esperava aquela declaração. Novamente seu telefone tocou, ela que estava besta com o que ele havia dito, o atendeu sem perceber.

_Oii Miho, até que enfim você atendeu esse telefone heim?! - disse a voz do outro lado.

_Seiya.... - respondeu ela.

 

Jabu não acreditava no que estava acontecendo. Ele havia acabado de se declarar, e novamente teve seu sentimento agredido pelo Pégasus. Como ele havia sido idiota! Obviamente ela ainda gostava de Seiya, e por isso disse que não podia gostar dele... Ela tinha lhe chamado para conversar pois iria lhe dar um fora! E além de tudo, parecia que Seiya tinha finalmente interesse por ela, já que estava ligando para ela feito louco.

Jabu se afastou, com vontade de socar o ar, mas se conteve.

 

_Seiya eu nao posso falar com você agora – disse ela, tentando ser rápida. - Vou embora amanhã, depois conversamos ta? Tchau. - e desligou o telefone.

 

Jabu não queria olhar para Miho. Estava muito triste e se sentindo um idiota. De novo ele havia sido rejeitado, e por causa da mesma pessoa. Ele se sentiu o homem mais idiota do mundo.

_Tudo bem Miho... eu entendi. Me desculpe por traze-la até aqui e dizer estas coisas para você. Vamos embora, acabou que perdemos o por do sol. Amanhã você precisa viajar, é bom que descanse. - disse indo para o carro sem esperar que ela respondesse.

Miho sem saber o que dizer, caminhou até o carro. Ela e Jabu entraram e ele dirigiu até a pousada. Nao trocaram nenhuma palavra até chegar lá. Somente quando ele parou o carro na frente do local é que ela falou:

_Jabu me desculpe... você tem sido um rapaz tao legal comigo, me salvou, me mostrou coisas lindas. Por favor entenda. Eu.... eu nao.... mas eu sinto que... seu sorriso.... Adeus Jabu. – se despediu ela , com um beijo no rosto dele, saindo rápido do carro e entrando na pousada sem olhar para trás.

Jabu fechou os olhos e ficou ali parado alguns minutos. Ele não acreditava como tinha sido idiota. Maldito Seiya.

 

 

 

YATCH HOUSE

Seiya olhava para seu telefone. Miho tinha desligado na cara dele! Bem, pelo menos ela estava voltando. Será que ela estava com o Jabu?

Seus pensamentos foram interrompidos quando alguém bateu na porta.

Seiya atendeu.

_Seiya, meu amigo! - Disse o visitante, um rapaz de cabelos e olhos verdes.

_Shun, que bom ver você! Respondeu Seiya.

_Esculta, está afim de ir jantar? Acabei de chegar e pensei em chamar você e o Hyoga, ele ainda está por aqui, não?

_Ótima ideia Shun, eu ja estava ficando com fome. Mas pelo que sei Hyoga iria ao cinema com a Eiri hoje a noite.

_Ah, vamos nos dois então.

 

Seiya e Shun foram até uma lanchonete que sempre frequentavam.

Seiya pediu um cheese burguer e Shun, que era vegetariano, uma hamburguer de feijão.

Os dois amigos conversaram por um tempo. Shun falou sobre sua viagem, depois sobre algumas preocupacões suas com Ikki e Seiya resolveu falar sobre Miho.

Contou que ela havia ido viajar, que tinha encontrado Jabu, e, como considerava o amigo um grande confidente, disse que estava com ciúmes e que estava feliz que ela estava voltando.

_E o que você vai fazer quando ela voltar? Vai se declarar a ela? - perguntou Shun com um tom desafiador.

_Me declarar? Ah Shun, bem... eu – respondeu

_Seiya, se você gostasse da Miho como namorada você nao teria gaguejado com a pergunta. Teria me respondido que iria se declarar. Vamos ser sinceros... você é tão acostumado com a Miho gostando de você que está com medo de ela acabar se afastando, caso namore com outra pessoa, nao é mesmo Seiya? Ainda mais se for o Jabu...

_Eu acho que... - Dizia Seiya quando foi novamente interrompido.

_Se você for um bom amigo para ela, vai deixar que ela seja feliz com outra pessoa, seja o Jabu ou quem ela venha a escolher. A amizade de vocês é verdadeira e não vai acabar por causa disso, tenho certeza. Vamos Seiya... nao seja egoísta! Seja um bom amigo e ajude ela a ser feliz...– Shun continuou dizendo entre uma mordida e outra de seu hamburguer vegetariano.

_Sabe Shun, voce tem razão. Acho que eu estou com medo de perder a amizade da Miho. Você sabe que eu e Jabu nunca nos demos muito bem e eu fiquei receioso... Nossa Shun, você é bom com estes conselhos heim meu amigo?

Shun sorriu e respondeu timidamente:

_Eu tento.

_Deixe que eu pago a conta, Shun. - E ao abrir sua carteira para pegar o dinheiro, olhou para a foto de Saori que ele carregava dentro dela.

 

 

GUNMA

No dia seguinte, Jabu começou os trabalhos na fazenda antes das 4 da manhã. Ele nao conseguia dormir. Estava irritado, triste, se sentindo um otário. O trabalho era a única coisa que conseguiria lhe distrair.

Como podia ter sido tão idiota? Abriu seu coração somente para ele ser despedaçado. Ele não havia nascido para o amor mesmo.

Continuou trabalhado até o sol nascer e Sr. Yamaguchi chegar ao local.

_Bom dia meu filho, parece que começou cedo hoje? Esta querendo ganhar mais tempo a tarde com sua amiga não é? - perguntou o velho Sr com um sorriso.

_Ela vai embora hoje, Sr. Aliás, já deve até ter ido.- respondeu Jabu, com um tom triste.

_O que aconteceu, filho? Pensei que ontem você iria se declarar a ela – perguntou o velho, apoiando uma das mãos no ombro do Cavaleiro de Unicórnio.

_Ela não gosta de mim. Ela gosta de outro.

_Ela disse isso? - cotinuou o homem.

Jabu então contou o que havia se passado.

_Meu filho... pelo que você me disse a mocinha não teve tempo de terminar de falar com você, quando foi interompida. Mesmo que a interrupção tenha sido por um antigo amor ao telefone. Você nao sabe o que ela iria te falar. Tirou conclusões precipitadas e agora está aqui, sofrendo. Posso ser cego, mas vejo muito bem quando existe amor no ar. E depois de passar apenas uma noite ao lado de vocês eu pude sentir algo especial entre vocês. Você também não chegou aqui sofrendo de amores por outra pessoa e agora está ai, apaixonado? Porque com ela seria diferente? Sabe que eu demorei anos para conquistar a minha esposa? E estamos juntos a mais de 50 anos e eu nao sei o que seria da minha vida sem ela. Vá atrás de Miho, fale com ela novamente, antes que seja tarde.

Jabu, que respeitava muito o Sr. Yamaguchi e seus conselhos, consentiu com a cabeça. Pediu licensa, pegou o carro e foi até a pousada.

Chegando lá foi com tristeza que recebeu a notícia que ela já havia ido embora.

 


Notas Finais


xoxo


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