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História Um amor pelo qual lutar - Lei do Universo


Escrita por: OtakuEscritor

Notas do Autor


Sim, sim... Eu disse no sábado... Mas imprevistos acontecem... Para não enrolar mais,estou postando pelo celular, que é uma porcaria
Espero que gostem c:

Capítulo 10 - Lei do Universo


NO DIA SEGUINTE, Yann Carlos foi à casa de León bem cedo. Os pais do rapaz tinham saído para o trabalho, e pouco ligavam para a tristeza quase depressiva do filho. O amigo chegou, a porta estava trancada, mas, como Yann já tinha ciência, a chave estava sob o capacho.

− Eu vou me matar! – pensou León em voz alta. − Sem o Thomaz eu não tenho porque continuar vivo! Yaaann... Me dá uma faca, um revólver, uma corda... Qualquer coisa.

− Você tá maluco, León?

− Não − falou com voz chorosa. − Só quero meu bebezinho, meu Thommy de volta.

− Se você o quer de volta, suicídio não é a solução. Você se mata, recuperamos ele, e aí? Ele também se mata? Se o Thomaz escutasse você falar isso, o que ele diria?

− Diria que se eu falasse novamente em suicídio, ele me mataria. − Pela primeira vez dentro de dois dias León sorriu. − Você tem razão. − Ele se sentou na cama. − Eu não vou desistir de procurá-lo. Com ele eu entro no céu, mas por ele sou capaz de entrar no inferno!

 

*

 

João Pedro e André também não foram à escola, continuaram a busca por Thomaz em absolutamente todos os lugares. Afora Ingrid, mais ninguém dentre eles fora à aula. E a ruiva só comparecera por um motivo, para fazer uma coisa.

Durante o intervalo, Ingrid aproximou-se de Ludmila, que conversava distraidamente com suas amigas. A ruiva cutucou seu ombro. A loira se virou.

− Ah, Ingrid. Oi, tudo bem?

Ingrid deu-lhe um tapa no rosto.

− Falsa! − acusou. − Sua puta! O que você fez com o Thomaz?

− Thomaz? Refere-se àquele ratinho pelo qual León me traiu? Eu não encostei um dedo nele. Talvez tenha colocado chifres no Leo e fugido com o amante.

− O Thomaz não é desses, diferente de você, piriguete. Conte onde ele está, ou vai se arrepender!

− Hmm. Que medo que estou de você, sua fujoshi vadia.

− Fujoshi eu não nego que sou. Mas vadia não! − Ingrid avançou com as unhas à mostra para cima de Ludmila, agarrando-lhe os fios dourados. − Eu vou te mostrar que sei ser barraqueira! Filha de égua!

− Me solta, maldita! − Ludmila cortou a bochecha de Ingrid com a unha. − Ahhhhhhhh! Minha unha! Você a quebrou!

− Foda-se! − Àquele momento, as duas perderam as estribeiras.

− Vai se arrepender...

 

− Eu não acredito que fizeram isso − Aurélio lamentou. − Duas moças e alunas exemplares brigando?

− A culpa é dela! − as duas se acusaram no mesmo instante.

− Uma de cada vez. Ludmila, o que tem a dizer?

− Diretor, essa garota recalcada veio me acusar de sequestro. Sabe o professor João Pedro, aquele que namora o aluno André? − ela fizera de propósito. − Pois bem, o irmão dele sumiu e ela veio me acusar. Como se eu precisasse disso para voltar com o Leo. Ele me ama, só está confuso.

− Voltar? Vocês nunca tiveram nada. Foi só um boato que você' espalhou pela escola...

− Ingrid, por favor, aguarde.

− Desculpe.

− Então, diretor. É como eu disse. Ela voou para cima de mim e puxou meu cabelo e me arranhou e me agrediu! Além disso, me chamou de puta e piriguete!

− Senhorita Herchcovitch, pode ir. Ingrid, fique.

Ludmila se levantou e ia saindo quando olhou para Ingrid, sem que Aurélio notasse, e mandou um sorriso ofídio.

− Viu isso? Ela sorriu!

− Acalme-se. Eu vi. Entendo sua preocupação com Thomaz, também estamos, ele era queridíssimo por todos. Além disso, nos condoemos com João Pedro. Eu sei que sua colega está obcecada por León, não tem como não notar, e creio que ela tem sérios problemas de sanidade. Mas quem somos nós para acusar? Entenda que chamá-la de puta e piriguete já é, por si só, errado...

− Ela me chamou de vadia!

− Então que bom que você sabe relevar, certo? A questão principal é: você fez uma acusação gravíssima, sem ter qualquer prova concreta. Suposições não são suficientes para acusar alguém. Entendeu?

Ingrid baixou a cabeça.

− Entendi.

− Ótimo, pode ir.

− O quê? Só isso? Não vai me punir ou algo assim?

− Você quer ser punida?

− Não − respondeu e saiu da sala.

Aurélio tirou os óculos e os depositou sobre a mesa.

− Então o professor mantém relações com um aluno...

 

*

 

− Acredita que ela veio me acusar sem ter provas? E ainda me atacou! Não só fisicamente. Falou que o León não me ama.

− Ele não te ama − Thomaz a desafiou, ainda amarrado, e agora também vendado. − O Leo é meu namorado. Quando você vai se tocar disso?

Ludmila rangeu os dentes, o sangue ferveu.

− Quer que eu espanque ele? − Jaime perguntou. Ela ergueu a mão, impedindo-o.

− Diga-me, Thommy − falou com desprezo. − Você ouviu os gemidos ontem à noite? Os gemidos meus e do León?

- Ouvi gemidos... mas... não eram do León. − Não podiam ser. − Tenho certeza que não.

− Eu te disse. Ele sempre me amou. Apenas estava confuso porque você' o confundiu. Agora, como eu disse que seria, ele é meu.

− N-Não... Impossível!

− Jaime, vamos sair daqui. Hoje, enquanto voltava para casa, encontrei três homens. Eram negros e, por isso, eu diria que são criminosos, mas não sou racista. − "Imagina se fosse", pensou Thomaz. − Bom, se não são criminosos, se tornaram. Diga-me, Thomaz, você gosta de transar com homens, não é?

O menor engoliu em seco, sem nada responder. Três homens negros saíram da parte escura do porão. Os três tinham o tronco nu e enormes volumes nas calças jeans. Ludmila e Jaime subiram as escadas e ela trancou a porta do porão, levando a chave para que ninguém atrapalhasse.

− Isso... é sério?

− Claro que é − um deles falou e Thomaz se encolheu ao ouvir a voz grave.

− Para que tudo isso? Quanto ela está pagando a vocês? Eu pago o dobro! O triplo, para não fazerem. Por favor...

− Não é só pelo dinheiro, é que queremos comer um rabo de moleque novinho. − A voz saiu cheia de malícia e sadismo. − A madame disse que vamos poder te foder a hora que quisermos e por quanto tempo quisermos.

− E agora você é o nosso escravo − falou o terceiro. − Escravo sexual!

Eles riram.

 

*

 

Três dias.

Já haviam três dias e nada, nem um sinal de Thomaz. León já estava desistindo, diferente de João Pedro, que continuava por mais que o universo mostrasse que o certo seria esquecer.

Não podia. Nenhum dos dois.

João estava hiperativo, León beirava à depressão.

E Ludmila estava feliz. Não porque León voltou para ela, como era seu plano. O simples fato de afetar o rapaz já era bom o suficiente. Mas... então ela não queria ser correspondida? León já não tinha o brilho de um deus para ela, mas então por que fazia aquilo com Thomaz e com ele? Era o puro prazer de atormentá-lo?

Com tais pensamentos, Ludmila entrou em casa. Foi recebida por Alexandre, que, ofegante, veio ao seu encontro. Sussurrou algo em seu ouvido e apontou para a cozinha.

− Policiais? Como? Por quê?

− Não sei, mas têm um mandato de busca. Tive de deixá-los entrar.

Ludmila fechou o rosto e foi em direção à cozinha. Sentados à mesa, estavam os pais de Ludmila e outros dois homens.

− Olá, cavalheiros.

− Ah, senhorita Herchcovitch. Perdão pelo incômodo. Eu sou o detetive Horácio - mostrou o distintivo -, e esse é Steve, meu ajudante. Estamos investigando o caso do sumiço de Thomaz Cardoso, e a senhorita é a principal suspeita do caso. Temos pouquíssimas pistas, portanto ouvimos as suspeitas dos acusadores. Temos um mandato que nos permite vasculhar toda a casa. Tudo bem?

− T-Tudo.

Os detetives então começaram a procurar.

− Ludmila, é melhor que você não tenha nada a ver com esse crime − falou seu pai, um homem de olhos azuis e cabelos loiros.

− Se a senhorita se lembra, logo completará dezoito. Responderá por seus atos. Que vergonha sentiremos se você for a culpada. E saiba que nunca pagaríamos fiança − avisou a mãe, uma mulher de longos cabelos castanhos e olhos esverdeados.

Ludmila estava apreensiva, não havia nada que pudesse fazer. Ficou apenas esperando os dois terminarem a inspeção, encostada na porta que levava ao porão, a fim de que eles não reparassem e deixassem a casa sem olhar o cômodo.

− Não encontramos nada, senhorita Herchcovitch.

− Claro que não! Eu não sou criminosa.

Os dois se entreolharam.

− Ainda não olhamos atrás da porta na qual a senhora está escorada. Poderíamos olhar?

− Hmm... C-Claro...

Ludmila se afastou. Os dois se aproximaram e o detetive Horácio rodou a maçaneta.

 

Foi tudo muito rápido. Alexandre tentou segurá-la. Os pais foram atrás. Os detetives só compreenderam quando olharam o porão. O carro não conseguiu frear. Ludmila foi atingida.

O que aconteceu foi que, sabendo que logo descobririam a verdade, Ludmila deixou a mansão e, ao atravessar a rua, não olhou para os dois lados, não viu o carro que vinha. E foi arremessada com o impacto.

O detetive Horácio ouviu o tumulto e mandou que Steve cuidasse do resto. Foi ver o que estava acontecendo e encontrou todos - pai, mãe, Alexandre e o motorista - ao redor da menina, que sangrava aos borbotões.

Enquanto isso, Steve deteu os três estupradores, algemou-os para conduzi-los à delegacia e libertou Thomaz. Ali mesmo, sentado no sofá da sala, Steve deu a Thomaz um copo de água com açúcar. Cobriu-o com um cobertor que encontrou sobre uma mesa, ainda sem passar.

− Liga pro meu irmão... − A voz estava fraca, como a de alguém que não conversa a centenas de anos. Thomaz citou o número de João Pedro.

 

− Alô? − Todos fitaram João Pedro quando ele atendeu o celular. O professor levantou-se da cadeira. − Sério? Ah, meu Deus... Thommy... − João Pedro começou a chorar. − Sim! Estou indo para aí agora! − Desligou.

− É meu Thommy? − León se aproximou do mais velho. − Onde ele está?

− Casa da Ludmila.

− Eu disse! − Ingrid trincou os dentes. − Aquela puta!

− Não temos tempo para conversar − falou León. − Vamos logo atrás do Thommy! − "Obrigado, Deus. Obrigado, Oxalá. Obrigado, Brahma. Obrigado, universo. Obrigado, seja-lá-o-que-for." E sussurrou: - Estou indo, amor. Estou indo.


Notas Finais


Eai, gostaram?
Postarei o quanto antes
Bjs


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