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História Um amor sem barreira - SessyRin - Assalto?


Escrita por: Kayennee

Notas do Autor


Muito obrigada pelos comentários e favoritos, fico realmente muito feliz :)
Espero que curtam o novo capítulo e boa leitura!
Inté. 😘😘😘😘

Capítulo 11 - Assalto?


Fanfic / Fanfiction Um amor sem barreira - SessyRin - Assalto?

Ele girou a maçaneta. Entraram e se depararam com a casa toda revirada. Havia copos quebrados, vinho derramado no sofá branco, quadros jogados no chão, o piano estava aberto. Rin olhava incrédula.

- Nossa!.. Assaltaram minha casa! Vou chamar a policia... - ela disse já discando um número no celular.

Sesshoumaru estava em estado de alerta. Os olhos eram os de um assassino frio. Ele sabia que havia alguém dentro do quarto dela. Sentia o cheiro de um homem. Obviamente, nada iria acontecer com ela. Ele jamais iria permitir que ninguém a fizesse mal algum. Mas se ocorresse alguma agressão mais séria, ele iria ter que mostrar seu poder não humano na frente da garota e isto estava totalmente fora de questão naquele momento. Era cedo demais para revelar seu segredo.

Enquanto ela falava ao telefone com a policia, ele aproveitou para analisar o que se passava ali. Entreabriu a porta do quarto e por uma pequena fresta pôde observar um homem de cabelos escuros, estatura mediana, deitado na cama da moça, entornando uma garrafa de saquê, em enormes goles. O homem, ouvindo a voz de Rin, remexeu-se e cambaleando foi andando em direção a porta, com certeza, para ir ter com ela. Sesshoumaru imediatamente fechou a porta segurando a maçaneta com muita força para impedir que o homem pudesse sair. Queria que a polícia chegasse o quanto antes. Não era nada bom querer bancar o herói nessa hora. O melhor era dar tempo da polícia chegar para que esta resolvesse esse problema.

O rapaz que estava trancado dentro do outro cômodo, quando percebeu que não conseguia sair, começou a gritar e a dar chutes e pontapés na porta. “Se continuar assim a porta será arrombada!” pensava Sesshoumaru. Rin ouvindo aquela barulheira foi logo ver o que acontecia. Encontrou o empresário segurando a maçaneta com força.

- Pelos deuses... Parece a voz do Kohako! - ela dizia muito assustada.

- Você tem as chaves desta porta? - ele murmurou.

- Sim, eu as tenho.

Ela saiu correndo e em menos de dois segundos voltou com um molho de chaves. Meio trêmula ela encontrou a chave certa que trancava o quarto. O homem continuava a dar chutes e esmurrar fazendo com que a porta do quarto tremesse.

- Se continuar assim ele conseguirá arromba-la. - disse Sesshoumaru – ele está totalmente bêbado. É um homem muito perigoso.

- Pelos deuses, que horror!

Ouviram o homem gritar dentro do cômodo.

- DE QUEM É ESSA VOZ MASCULINA? EU VOU MATA-LO! DEPOIS EU A MATO TAMBÉM, SUA VADIA! - o miserável homem gritava – EU TENHO UMA ADAGA AQUI COMIGO. VOU ENCRAVAR ISTO NO CORAÇÃO DE VOCÊS DOIS. SUA COBRA TRAIÇOEIRA! VADIA! TRAIDORA!

Um raio de fúria subiu pela espinha de Sesshoumaru.

- Cale-se, seu psicopata! Não ouse falar assim da minha garota. - ele já ia abrindo a porta para lhe dar uma enorme surra quando Rin o impediu, segurou-o pelo braço.

- Não, meu Sesshy! Não deixe que ele te tire do sério. A polícia já deve estar chegando. - ela dizia muito baixo para que o outro não a pudesse ouvir.

- Tem razão! - recuou.

Kohako começou outra vez a socar a porta para abri-la. Os vizinhos, ouvindo aquelas ameaças, gritos e toda aquela barulheira, por sua vez chamaram a policia novamente, reforçando a ligação anterior de Rin.

Então... Tiros. Kohako puxou um revolver e deu três tiros na maçaneta e depois mais três na madeira da porta. O casal afastou-se correndo para a saída. O homem era realmente muito perigoso e estava armado. Aquilo já estava indo longe demais.

- NEM PENSEM EM ME FUGIR! - o rapaz enlouquecido gritava apontando o revolver para eles. Atirou mais uma vez, desta vez para alto. - AGORA SÓ ME RESTA MAIS UMA BALA. QUEM SERÁ O SORTEADO? - zombava ironicamente.

Por instinto, Sesshoumaru rápido como uma flecha se colocou a frente dela protegendo-a com o próprio corpo. Balas de revolver não o matariam, eram inúteis para um youkai daquele alto calibre.

- Oras! - o rapaz de cabelos prateados estava com um sorrisinho levemente maroto na cara enquanto o outro homem gritava.

- VOCÊ NÃO ESTÁ EM POSIÇÃO DE FAZER ESTA CARA, SEU INSOLENTE... SEU MISERÁVEL... IDIOTA! - berrava, tremendo de ódio.

Antes que ele pudesse pensar em apertar o gatilho e muito mais ágil do que qualquer movimento que Kohako pudesse executar, Sesshoumaru voou em direção ao rapaz com uma rapidez ninja. Bateu no braço dele com um golpe jogando o revolver longe. Kohako, que estava segurando uma adaga na outra mão, tentou cortar Sesshoumaru, mas para seu azar o youkai era muito ligeiro e conseguia prever qualquer movimentação. Segurou o ante braço dele com tanta força que o rapaz urrou de dor, soltando a adaga no chão. Quase arrancou-lhe o braço fora. Os olhos do inu-dai-youkai ficaram vermelhos como sangue e as listras do rosto ressurgiram. Isto era o efeito da ira. Ele segurou o rapaz pelo pescoço erguendo-o, disse:

- Você não faz a menor idéia de quem eu sou e com quem está falando, seu psicopata. É você quem não está em posição de dizer nada aqui. Nunca mais ouse chamar minha mulher de nomes tão baixos. Aliás, nunca mais ouse pronunciar o nome dela com essa sua boca imunda. Você não lhe encostará um dedo, irá apodrecer na cadeia! – pressentindo que outras pessoas estavam chegando ao apartamento, Sesshoumaru soltou o rapaz, que caiu no chão tossindo.

As marcas já haviam desaparecido e os olhos já tinham voltado ao corriqueiro dourado mel. Nesse momento a policia acabara de entrar. Rin estava em estado de choque caída no chão, sentada sobre as próprias pernas. Sesshoumaru correu para acudi-la. Abraçou-a com força.

- O que houve aqui? - um dos homens armados dirigiu-se a Sesshoumaru perguntado enquanto o outro se encaminhava para segurar Kohako antes que este desejasse se voltar novamente contra o casal.

Sesshoumaru levantou a garota e colocou-a sentada numa parte do sofá que não estava suja de vinho.

- Este homem aí – apontou para Kohako com a cabeça – era um antigo namorado dessa moça. Entrou aqui em sua ausência e fez toda essa confusão. Estava armado com um revolver e uma adaga. Ele veio aqui com a intenção de mata-la. Quando chegamos ele nos ameaçou com as armas. Alias, ele gritou em alto e bom som que me mataria e que a mataria em seguida. Qualquer um ouviu isto, os vizinhos estão de prova.

- Sim, recebemos ligações dos vizinhos alegando isto. A propósito, o senhor é?

- Desculpe-me, não me apresentei. - disse cortesmente. - Sou Taisho Sesshoumaru, sou o proprietário sócio majoritário da Internacional Taisho Corporation. Sou namorado da moça que sofreu esta injuria. Quero este miserável psicopata dentro de um presídio de segurança máxima.

- Oh, Sim. Teremos que indiciá-lo. - o policial fez uma reverência principalmente ao ouvir o título pomposo do rapaz.

Levaram o homem alcoolizado para fora, algemado.

- Vocês terão que prestar depoimento. - disse um dos policiais.

- Não posso acreditar. Lá se vai minha semana de folga. - Rin disse triste, olhando a confusão ao seu redor.

- Não se preocupe, meu anjo. - respondeu beijando sua testa com carinho.

Sesshoumaru pegou o celular e fez vários telefonemas para colocar as coisas em ordem. Contratou uma empresa para organizar e arrumar a confusão em que se encontrava a casa da moça. Ligou para o trabalho dela e falou diretamente com o diretor geral do jornal conseguindo que o jornal a “emprestasse” o mês inteiro com a desculpa de que precisava de uma redatora. Ligou para um conhecido seu que era chefe maior da policia de Tóquio, para poder resolver aquele problema com Kohako o mais rapidamente possível. Ele exigia que o rapaz fosse preso. Era um psicopata.

Tiveram que depor para indicia-lo. Isto levou todo o dia. Nada do que eles planejaram pôde ser feito. Tiveram que lidar com toda aquela burocracia.

Ele aproveitou e ligou para Inuyasha pedindo que agilizasse algumas coisas no escritório.

- Fica na boa, caro irmão. Eu dou conta do recado aqui. Depois de tudo que você passou, merece mesmo esse descanso. - dizia Inuyasha do outro lado da linha.

- Eu pretendia ir até o escritório essa tarde, mas como eu dizia antes, a vida te prega umas boas peças. Terei que deixar para amanhã Colocarei em ordem uma papelada e irei tirar um mês de férias com minha garota.

- Hai, hai! Você mudou muito. Só posso te dizer isso. Mas será um merecido mês de folga.

A essa altura, ele já se referia a ela como minha garota. Rin estava visivelmente abatida. Aquilo a deixou mais exausta do que trabalhar três dias seguidos sem dormir.

- Acabou que nem consegui separar a mala de roupas.

- Daremos um jeito. Agora quero que você descanse muito. Não deve preocupar-se com nada. Aliás, você nem percebeu, mas eu consegui você só pra mim o mês inteiro.

- Como? - ela indagou sem concatenar coisa com coisa.

- Você estava tão abatida que nem viu quando eu liguei para seu diretor no jornal e disse que precisava de você no meu escritório por esse mês. Ele, logicamente, não pôde negar-me tal coisa– sorriu com o canto dos lábios

- Não pode ser... Que espécie de Deus é você? - estava perplexa

- Senhor Taisho Sesshoumaru, a seu dispor! - ele respondeu desenhando um circulo com o dedo indicador esquerdo.

A garota sorriu com a brincadeira dele. Era bom para relaxar os nervos castigados pelo dia exaustivo.

- Só queria ver a cara da Sango e do meu editor-chefe, Mamoru-san. - soltou uma gargalhada gostosa.

- Acredito que o melhor depois disso é irmos para meu apartamento bem no centro da cidade. É mais perto. - ele disse – Amanhã terei que ir ao escritório e depois resolvemos suas roupas. O que você me diz?.. Gosta da idéia?

- Bem, eu preciso de roupas pra trocar-me. Por mais delicioso que seja usar suas camisas, prefiro um 'modelito' mais feminino. Preciso passar, mesmo, em casa pra pegar algumas coisas.

- Tenho uma idéia melhor. Compramos coisas novas pra você. Assim damos tempo suficiente para que sua casa fique em ordem.

- Imagina. Eu não tenho como fazer isso!

- Eu quero te dar de presente. Por favor, aceite.

- Ai, ai, ai! Você me deixa sem jeito.

- Eu só aceito um sim como resposta, afinal você me prometeu que faria qualquer coisa para me recompensar pelo incidente do altar. Já se esqueceu?

Ela lembrou-se do que disse quando foi bisbilhotar a casa do empresário e instintivamente mexeu no altar sagrado da finada esposa de Sesshoumaru. O que ela não sabia era que aquela relíquia antiga foi elaborada exclusivamente para a reencontrar. Ele, então, continuou:

- Sabe que eu sou muito persuasivo, não?!? Mas, quero que me deixe ajudar a escolher as lingeries. - a essa altura ele já fazia cara de safado.

- Você é muito mau e danado, isso sim!

Deu uma 'cheirada' no pescoço dela.

- Tá bem, tá bem. Não faz assim...

- Certo, certo! Então vamos? - disse, logo depois de conseguir a resposta que queria.

- Ah!.. Deixa eu ir no escritório amanha com você? Gostaria de poder olhar na cara da sua secretária e dos caras da portaria. - ela deu uma risadinha gostosa.

- Hai! - fazia-se de serio. - Então devemos entrar pela mesma portaria que você entrou da primeira vez. Confesso que isso será hilário.

- Se você diz, quem sou eu pra negar!

- Que bom! Seu senso de humor esta de volta. - ele a puxou pela cintura beijando-a com ardente paixão

- Sesshy, estamos na delegacia!.. Pelos Deuses!..

- Venha, minha princesa! Vamos embora.

Entrelaçaram as mão e saíram. Foram direto para uma galeria providenciar as trocas de roupa da moça para aquele período.

Como era óbvio, Sesshoumaru opinou em todas as escolhas de peças. Ele sempre gostava das mais sensuais e provocantes, principalmente, as lingeries.

Rin estava nas nuvens. Pareciam recém-casados que íam a compras. Nem em seus mais escondidos sonhos ela imaginaria que iria conhecer um homem daquele naipe. Muito menos sair com ele... Que sorte a dela! Estava totalmente apaixonada por ele. Ele era perfeito! Era como um deus encarnado. O que ela não sabia ainda era que, na verdade, ele era um mononoke, um demônio que em remotas épocas estava disposto a matar para adquirir mais poder. Este atual Sesshoumaru não se parecia nem com a sombra daquele antigo e ambicioso Sesshoumaru de séculos atrás.

.......................

O som do mar revolto e o sopro do vento misturados à neve que caia naquele longínquo passado davam àquele memorável momento um ar triste e soturno. A corriqueira areia da praia foi totalmente substituída pelos flocos brancos que pingavam daquele escuro céu. Pesadas nuvens eram o prenúncio de um inverno frio, rigoroso e introspectivo. O vento fazia com que pequenos tufos de grama persistentes dançassem solitários e tristes, já pressentindo aquele último encontro.

No meio daquele lugar havia dois homens afastados um do outro pelo som dos ventos uivantes. Ao longe, vislumbrava-se um belo e jovem youkai de cabelos cumpridos e prateados, calças brancas e uma armadura azul. Seus cabelos lisos balançavam ao toque do delicado vento.

De costas para ele havia um outro youkai, aparentando mais velho, cabelos lisos igualmente prateados, presos num rabo de cavalo alto, à moda dos antigos samurais nipônicos. Um obi roxo prendia duas espadas do seu lado esquerdo. Pingos de sangue frescos escorriam do seu braço esquerdo e manchavam aquela branquíssima e imaculada camada de neve. Cortes e arranhões cobriam todo seu rosto. Olhava para um linda e enorme lua cheia que mais parecia estar assim tão próxima para poder melhor testemunhar aquele diálogo cruel, sendo assim a única testemunha daquele dia fatídico.

- Irá partir mesmo, honrado pai?

- Quer me impedir, Sesshoumaru? - o homem dizia de costas para o filho encarando aquela magnífica e reluzente lua. Sua voz era cortante, grave e seca. Era como que saída das profundezas de um pesar doloroso.

- Não irei lhe impedir, mas antes disto, entregue a este Sesshoumaru as duas espadas forjadas, de seus dentes. Quero que me dê Souunga e Tessaiga. - o ambicioso rapaz exigia aquela herança de poder.

- Se eu disser que não lhe entregarei... Você matará seu próprio pai?

Um silencio mórbido mostrava ao poderoso youkai ferido e machucado que: sim, o filho teria esta audácia.

- Você quer mesmo tanto poder? Por que busca tanto poder, Sesshoumaru? - ele intensificou o tom da sofrida voz.

- O caminho que escolhi seguir é o da dominação. - a voz melodiosa, no entanto, grave não combinava com o contexto que estava sendo dito por ele. - O poder e a força são as ferramentas que utilizarei para seguir este caminho.

- Dominação? Sesshoumaru, você tem alguém para proteger?

- Patético! Uma coisa destas não se faz necessária para este Sesshoumaru.

............................

Pobre, inocente, inexperiente e cabeça dura que eu era. Não entendia nada!” ele pensou lembrando do último encontro que tivera com o pai. Nem imaginava as voltas que a vida lhe daria. Na época, ele era patético. Nem sonhava imaginar que iria se apaixonar por uma frágil e fraca humana, assim como seu pai que se apaixonara por Izaioi, e que moveria mundos para estar junto dela.


Notas Finais


Próximo capítulo:
“- Rin, esse é Taisho Inuyasha, meu meio-irmão. - Inuyasha olhou-a de cima a baixo.
- Encantado, senhorita. Acredito que transformará meu irmão em alguém infinitamente mais aturável. - e caiu na gargalhada. A secretária segurou-se para não ser arrastada a rir junto. Sesshoumaru simplesmente ignorou a piada e o comportamento do hanyou e como se nada tivesse acontecido, continuou com instruções precisas do que teriam que fazer ou não durante sua ausência. Aproveitou para conversar com Inuyasha das reuniões e responsabilidades.”


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