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História Um amor sem barreira - SessyRin - No rastro de um aroma


Escrita por: Kayennee

Notas do Autor


Muito brigada a todos os favoritos e comentários :) :*
Boa leitura...

Capítulo 3 - No rastro de um aroma


Fanfic / Fanfiction Um amor sem barreira - SessyRin - No rastro de um aroma

Capítulo 3
No rastro de um aroma

Sesshoumaru estava sentado à mesa de trabalho, segurando um pequeno pedaço de papel. Acariciava aquela folha amassada com o olhar vago. Ele não havia percebido a presença do irmão, e lembrava:

Jaken encontrou um local quente para Rin se banhar. Era um lago de águas termais. A moça saiu de manhã cedo para aquecer-se lá no delicioso lago.

Ela chegou no local e imediatamente colocou a ponta do pé para provar a temperatura da água.

- Que delícia! exclamou.

Retirou o quimono que usava e entrou na água aquecida. Levara consigo um ramo de flores e um pouco de óleo aromático que acariciava sua pele sedosa. Com o vapor quente, o aroma da essência se alastrou por toda a parte e chegou ao olfato de um youkai que não estava muito longe.

Ele não se conteve, seguiu o cheiro que entrava pelas narinas. Ouviu um barulho de água e parou imaginando ser Rin. Mas o delicioso perfume era como um calmante. Ele resolveu espera-la terminar o banho. Não poderia desrespeitá-la.

Ele ouviu barulhos de galhos e cheiro de flores misturado com o aroma de Rin. Era embriagante o perfume. No entanto, ela estava se dirigindo para o sentido contrario ao acampamento onde estavam e aquilo era estranho. Ele a seguiu. "Onde ela estaria indo?" pensou.

Rin andou pé ante pé. Queria colher flores para preparar mais óleo para se perfumar. Adorava sentir o aroma das flores em si e seu óleo já estava terminando. Então, ao invés de andar em direção ao acampamento andou na direção do campo de flores que havia por perto.

Era acolhedor. Adentrou no meio das flores e colheu algumas. Não percebeu que um youkai a olhava entre as flores. Era ainda mais graciosa... Mais meiga...

- Hai! É esse o cheiro. - o outro dizia convicto.

- Tem certeza? - Sesshoumaru parecia incrédulo.

- É o mesmo perfume da sua garota. Mas diga você mesmo.

Pôde-se notar nitidamente um brilho nos olhos dele. Inuyasha reparou. Parecia que ele estava até sorrindo e mais leve.

- Sim. É o cheiro dela. Depois de tantos séculos posso sentir o cheiro dela.

- Mas Kagome não tem o aroma de Kikyou! - Inuyasha disse franzindo a testa.

- Talvez cada um seja diferente do outro. Agora tenho que encontrar a garota, dona desse cheiro e levá-la até o altar místico. - ele disse mais para si do que para o irmão.

- Altar místico? - Inuyasha franziu a testa novamente. - O que você andou fazendo para encontrar essa garota?

- Muitas coisas, caro irmão. Inimagináveis coisas! - Sesshoumaru estava com o olhar perdido.

Estava sentindo, vindo la do fundo, alguma esperança de reencontrar a luz da sua vida novamente. Via uma esperança brilhar no fundo da sua alma. Sentiu de certa forma um calor aquecer seu coração novamente pelo simples fato de poder reencontrar com aquela que amava tão profundamente.

- E o que há nesse altar místico? - perguntava Inuyasha insistentemente.

- A velha sacerdotisa, aquela que usou sua magia em nós, youkais que tinham compaixão pela humanidade, para que nos parecessemos com humanos e continuassemos vivos. Lembra? - Sesshoumaru achou que o irmão merecia uma explicação.

- Óbvio! Se não fosse ela, seríamos exterminados como todos os outros youkais.

- Pois bem. Ela me alertou sobre o sistema de renascimento dos humanos e o de Rin também. Ela disse que a alma humana nasce e renasce várias vezes. Essa alma, mesmo que inconscientemente armazena todas as lembranças e momentos que passou e renasce em corpos e personalidades diferentes em vidas diferentes, mas por dentro continua sendo a mesma essência. Ensinou-me a fazer uma espécie de altar para encontrá-la mais facilmente. Toda vez que ela renasce em algum lugar o altar reluz. Dentro dele há um mapa com todos os pontos do planeta e ao abri-lo uma coloração diferente o envolve. Durante esse período, o altar já reluziu quatro vezes e eu já andei atrás dela por vários países. Nesse último século, a coloração envolveu a nossa terra natal e dessa forma retornei até aqui. Encontrei com você e criamos a sociedade.

- Ah! Compreendo! - Inuyasha padecera do sofrimento do irmão e possivelmente o seu próprio, no entanto, ficou de certa forma feliz pois talvez essa fosse uma solução para um futuro problema que enfrentaria. Mas mesmo assim isso seria terrível.

- Mas como você poderá a encontrar? Ela pode ser qualquer pessoa! - Inuyasha estava mais interessado do que o normal e Sesshoumaru sabia o motivo.

- Com a aproximação dela o altar reluz em várias cores.

- E como seria esse altar?

- Não se preocupe, caro irmão. Aproveite sua vida enquanto tem uma. Quando chegar o momento eu te ensino a preparar o altar.

- Está bem, 'amado' irmão. - Inuyasha respondeu remedando o ar sério e distante com que Sesshoumaru o tratava. - Agora o que pretende fazer?

- Vou ligar para garota e saber se é pura coincidência ou ela é realmente a reencarnação da minha Rin.

- Mas se a alma toma um outro corpo, então, como explicaria o cheiro da garota ser o mesmo?

- A velha me disse uma vez que os seres humanos podem nascer com algumas recordações das vidas anteriores e talvez isso explique o perfume ser o mesmo.

- Pode ser. Kagome tinha a jóia dentro de si porque para Kikyou isso era uma enorme responsabilidade. Talvez, para Rin, guardar seu odor fosse algo importante.

- Deve ser isso. Só pode ser isso. - Inuyasha estava diante de um esperançoso Sesshoumaru. Ele nunca o viu assim com o olhar tão perdido e tão pensativo como nesse momento.

- Bem, irmãozinho. - o mais novo disse ao levantar da poltrona onde estava sentado - Vou te deixar com seus pensamentos. Tenho em casa uma dama e um bebê a minha espera.

Sesshoumaru não disse nada. Segurava o pedaço de papel como se fosse uma jóia preciosa e muito valiosa em suas mãos. Estava disposto a ligar para a garota. Depois de tantos século, será que finalmente a reencontraria? Levou o pedaço de papel até as narinas e aspirou o perfume que ainda estava impregnado nele. Era fraco mas ainda estava lá. Um perfume suave e doce. Fechou os olhos pronunciando em voz alta.

- Mal posso esperar!

O perfume penetrava fundo em seus pulmões como um colonizador que não pedia permissão para invadir. Deixou seus pensamentos voarem. Aquele aroma o fazia lembrar mais ainda dela. Sua doce e adorada Rin.

….................

O aroma dela estava por todo canto. Sesshoumaru, com seu olfato apurado seguiu o perfume da mulher que naqueles dias povoava todos os seus pensamentos. Procurando-a, entrou em seus aposentos. Inalou aquele perfume característico. Mas ela não estava lá. No entanto, ele alí permaneceu. Esperando-a. Precisava contar a ela sobre seus mais profundos sentimentos. Queria dizer que a amava.

Aquilo era algo novo para ele. E requereria muita coragem, mas ele, o Senhor das terras do oeste, nunca recuava frente a nada. Ficou com seus pensamentos e não percebeu quando a moça de cabelos compridos entrou. Ela o viu dentro de seus aposentos, mas mesmo assim, entrou.

- Meu Senhor, está bem?

O alto youkai de cabelos compridos e prateados abriu os olhos e enfim, percebeu que o motivo de seus pensamentos havia chegado. Ele fitou-a com ternura. Ela não compreendia o que ele pretendia. Seus sentimentos para com ele haviam mudado, sim... e como! Porém, ela conteve-se em guardá-los para si. Aprendera a não demonstrar seus sentimentos. Aquele olhar terno mexeu com os sentidos dela.

- Deseja algo, Sesshoumaru-sama? ela perguntou novamente.

- Sim. Gostaria que nos acompanhasse na viagem que farei pelas minhas terras. - Estava intrigado com o perfume da moça. Ela sentou-se um pouco distante dele. Mas, o cheiro era muito forte.

- E porque desta vez meu senhor me convida para ir convosco? - Um nó apertou a garganta de Sesshoumaru. Não sabia como dizer que não estava mais conseguindo viver sem ela?

- Porque será agradável ter a sua companhia.

Rin piscou algumas vezes, tentando se convencer das palavras que ouvira.

- Partiremos amanhã bem cedo.

- Estarei pronta, senhor Sesshoumaru!

Sesshoumaru saiu do quarto da moça, amaldiçoando-se por não ter tido a coragem de dizer-lhe toda a verdade. Mas, teria tempo durante a viagem. Teria muito tempo...

No dia seguinte Rin, Sesshoumaru, Jaken e Ah-Uh partiam. Rin viajava em cima de Ah-Uh, o dragão de duas cabeças, com Jaken, o fiel servo, e Sesshoumaru que voava ao lado dela. Pararam em um lugar para comer.

Havia árvores por todos os lados e estava frio, muito frio. Rin abraçou-se para se proteger da baixa temperatura. Mas aquilo não estava sendo suficiente. Ela começou a juntar gravetos para fazer uma fogueira para aquecer-se. Sesshoumaru a observava.

- Jaken, vai me deixar fazer isso sozinha, é? Vem logo me ajudar! - ela ordenou e Jaken resmungou alguma coisa, mas obedeceu a frágil garota. Sesshoumaru perguntava asi própria como ela conseguia fazer aquilo.

- Pronto! - disse.

- Jaken. - Sesshoumaru pronunciou o nome do criado e este logo estava em pé ao seu lado pronto para obedecer. - Vai arrumar algo pra Rin comer.

- Sim senhor! - O servo saiu correndo.

Sesshoumaru observou a moça através do canto dos olhos. Ela estava toda encolhida por causa do frio.

- Sente frio?

Ela balançou a cabeça pra cima e para baixo como um sim. Ele se levantou e sentou-se ao seu lado. Sentou-se muito próximo, nunca Sesshoumaru havia se sentado tão perto da moça daquela maneira depois dela crescer. O perfume exalado pelos poros eram de uma fragrância delicada e doce. Sesshoumaru se deixou envolver e abraçou-a.

- Deixe-me aquecê-la.

Sentiu o corpo estremecer entre os seus braços.

- Ainda está com frio?

- Um pouco. - a voz era morna e baixa

Ele a segurou e a ergueu sentando-a em seu colo, abraçando e encobrindo todo seu delicado e pequeno corpo. Rin arregalou os olhos.

- Meu senhor? - sussurrou.

- O frio, passou?

- Hai. - Estava tão gostoso ficar abraçada com Sesshoumaru. Era como se todos os sonhos de Rin estivessem acontecendo. Ela se deixou envolver, levar pelos sentimentos mais profundos. Não os bloqueou. Fechou os olhos e somente o sentiu perto, próximo... Sentiu o calor do corpo dele. Era tão aconchegante. Ele era tão... quente!

O olfato apurado de Sesshoumaru sentia uma fragrância estranha, diferente. Era da sua Rin, mas estava com um cheiro muito provocante e tentador. Parecia o cheiro do desejo. Sesshoumaru sorriu de lado, malicioso. Então, sua doce Rin sentia algo por ele e era algo além de afeição. Mas como ela havia conseguido esconder tal sentimento dele? Isso não importava mais. O que importava era ela agora, em seu colo.

Ele fechou os olhos e deixou que suas mãos acariciassem os cabelos sedosos dela. O aroma excitava-o. Era difícil controlar os próprios desejos. Ele segurou seu rosto delicado. Precisava dizer o que o sufocava desde o dia que descobriu seus verdadeiros sentimentos por ela.

- Rin, preciso dizer-lhe. - Ela levantou a cabeça e alcançou os olhos profundos dele. Aquilo era muita tentação. Seus lábios quase se tocavam. A respiração dela estava ofegante, o que dificultava ainda mais o auto controle do youkai. Esforçando-se pronunciou: Rin, eu te amo!

Disse em um tom baixo ao pé do ouvido. Segurou o queixo da moça como se fosse a coisa mais preciosa em sua vida e juntou seus lábios aos dela. Vagarosamente, deliciando cada milímetro da boca de sua jóia, Sesshoumaru começou a aprofundar o singelo e delicado beijos que se transformou em apaixonado e caloroso.

….................

Sesshoumaru acordou de seus pensamentos. Precisava ligar, era um caso de vida ou morte. Aquela era sua última tentativa. Se ela não fosse a sua Rin, desistiria da vida. Não podia mais suportar aquilo.

Pegou o telefone e digitou o número escrito em tinta preta. Mantinha a calma costumeira, mas em seu interior algo estranho acontecia. Ele estava muito ansioso. Queria ouvir a voz da menina.

- Moshi moshi! - Ele ouviu a voz do outro lado. Era doce e de certa forma fazia lembrar da voz melodiosa de Rin. Sesshoumaru ficou em silêncio. A garota repetiu.

- Oi?.. Tem alguém aí?.. Deseja falar com quem?.. - ela já estava pronta para desligar, mas Sesshoumaru falou, enfim:

- Boa tarde, senhorita.

- Boa tarde. Quem está falando?

- Aqui é Taisho Sesshoumaru. - foi direto

- Como? - a menina estava um pouco incrédula. - Não acredito! - ele podia ouvir os saltos de felicidade dela.

- Você é a moça que estava no meu escritório agora há pouco?

- Hai. Eu gostaria de marcar uma entrevista. Sei que o senhor deve estar muito atarefado, mas por favor.

- Onde está agora?

- Bem, estou numa praça. Por que a pergunta?

- Gostaria de encontrar-me com a senhorita.

- Não se incomode. Posso ir até aí agora mesmo.

- Não saia de onde está. Eu quero encontrar com a senhorita em um lugar diferente desse escritório. Então, onde está?

- Bem! Estou na praça das Sakuras. Logo a algumas quadras da sua empresa.

- Sim. Podemos nos encontrar aí.

- Mas espere! Como saberei quem é? Nunca deixou a imprensa o fotografar ou filmar. Nunca vi seu rosto. Como o encontrarei?

- Não se preocupe. Eu mesmo a encontro. Até daqui a pouco. - disse e desligou o telefone.

Sesshoumaru saiu imediatamente. Abriu a porta e olhou para a secretária. Ela sentia medo dele. O cheiro era característico. “Humanos são engraçados”. Ele pensava consigo mesmo.

- Não me telefone por nada nesse mundo. Se alguém me ligar invente qualquer coisa. Não quero ser incomodado nem pelo meu irmão. Entendeu?

- S.. s... si... sim senhor! - ela disse, engasgando-se nas palavras.

Sesshoumaru desceu os elevadores. Andou rapidamente. Impressionantemente rápido! Em um piscar de olhos já estava na praça, perto da empresa. Era um belíssimo lugar. O perfume das sakuras era magnífico. As flores rosadas cobriam toda a praça. Haviam bancos por todos os lados, e um lago ao centro. Sesshoumaru sentiu um odor muito familiar. Estava longe, mas era ela, certamente. Ele apertou mais ainda o passo.

O aroma ia aumentando a medida em que avançava. Era uma fragrância muito forte...
Seguiu aquele rasto. Atravessou o caminho que a moça percorrera horas antes. A essa altura aquele perfume quase o estava deixando insano. A saudade estava lhe corroendo. O desejo de a reencontrar era maior do que o amor a si próprio.

Avistou uma garota sentada no banco em meio as sakuras. Foi uma visão divina. Ela era a cópia da Rin, como se fosse a mesma pessoa. Os cabelos compridos, o formato do rosto. Era exatamente igual. Arregalou os olhos e para seu espanto algo muito inusitado lhe aconteceu. Seu coração disparou, fortemente, como se fosse lhe sair pela boca.

Ficou minutos olhando a garota, analisando-a. Ela possuía os mesmo trejeitos de Rin, o mesmo cheiro, as mesmas feições. Era igual a ela. Como se estivesse vendo-a novamente. Aproximou-se e sentou-se ao seu lado. Foi muito silencioso. A moça estava de olhos fechados sentindo o perfume das flores ao seu redor.

- Então! - ele disse tentando acalmar o coração para que ela não percebesse. Afinal, mesmo que fosse a sua Rin, alí bem a sua frente, ela não se lembraria dele ou de nada do que passaram juntos.

Ela sorriu sem olhar para o rosto dele.

- Como me encontrou?

- Tenho meus métodos. - disse encarando-a. Nesse momento, a moça abrira os olhos deixando que eles penetrassem na profundidade dourada dos olhos de Sesshoumaru.

- Pelos deuses! - ela murmurou. - Esses olhos... Como pode ser?

- O que aconteceu? - ele demostrava nervosismo agora.

A moça começou a ficar pálida, parecia que ia desmaiar. Ela parecia paralisada olhando para os olhos do homem a sua frente. Olhos arregalados, rosto pálido e boca um pouco sem cor e seca.

- Rin! - ele falou sem se aperceber. Foi mais forte que ele.

- Como? - ela arregalou ainda mais os olhos. - Como sabe meu nome? Ao olhar mais profundamente para ele sua vista começou a ficar turva e ela caiu desmaiada em seus braços.

- É ela! Enfim, encontrei-a.

Segurou a mulher e facilmente a levou até o seu carro que estava no estacionamento da empresa. Alguns empregados estavam tentando ajudar, mas era notável a desenvoltura do rapaz. Ele rapidamente entrou e colocou-a sentada no banco da frente. Só havia um lugar para a levar: ao altar construído para reencontrar Rin, e assim confirmar se suas suspeitas eram verdadeiras.

Continua...


Notas Finais


Cenas dos próximos capítulos:
“Um raio de luz bateu nos olhos de uma bela garota que descansava num futon branco. Era confortável e macio. A luz irradiada pela janela da cobertura, por entre as cortinas. O lugar era muito requintado. Lembrava os antigos quartos japoneses. A garota sentou-se sobre o futon e observou a decoração do lugar...”


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