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História Um amor silencioso (Gaara) - O Quinto Kazekage


Escrita por: UchihaGabby

Capítulo 41 - O Quinto Kazekage


— Vê se você se acalmar, é apenas uma cerimônia de nomeação. — certo, isso não soou como um consolo da maneira que eu havia previsto.

— Uma cerimônia com a aldeia inteira. Eles vão me odiar, foi uma péssima ideia. — Gaara ainda carrega suas insegurança do passado. 

Honestamente, eu não sei como o Gaara virou kazekage no anime. Se esse Gaara aqui tem eu e o os irmãos para tranquiliza-lo, como o outro Gaara ficou? 

Provavelmente quieto, inseguro, porém sem dizer uma única palavra. 

— Gaara escuta aqui, não da para voltar atrás agora. — Temari tocou seus ombros. — Eles te ofereçam uma oportunidade única, você será um grande kazekage, muito melhor do que o nosso pai foi. Agora melhore essa pose e trate de por um sorriso no rosto. — ele tentou, mas o sorriso saiu no segundo seguinte. 

— Vamos ser bem honestos? Eles vão odiar e vão comentar. — disse Kankuro com os braços cruzados encostado na parede. 

— Kankuro! — eu e Temari falamos juntas, irritadas. 

— Estou mentindo? — perguntou. — Mas e ai? Eles podem contestar? Não podem, Gaara é o kazekage, não a nada que eles possam fazer. Ele deve ser respeito, não é uma questão de querer. — Gaara abaixou o olhar, então Kankuro se aproximou e tocou seu ombro. — Mas isso será temporário. Mostre a eles que você será o melhor kazekage que a vila já viu, mostre a eles quem é Gaara do Deserto, o Quinto Kazekage. Mostre que você é digno do cargo e desse respeito. 

Gaara sorri, não é nem pelas palavras de Kankuro, é pelo carinho do irmão. 

Mas logo seu sorriso some. 

— Detestam quando me tratam como se eu fosse criança. — murmurou. 

— Você é uma criança. — Kankuro riu. 

— Pré-adolescente. — Temari corrigiu e tocou seu ombro. — Estaremos bem aqui, vamos ajuda-lo, vamos auxilia-lo. Você será um grande kazekage. 

— Essa vila ainda o amará muito Gaara, seja paciente. — falei a ele e o puxei para um abraço. 

— Estão prontos? — Baki Sensei se aproximou. Afirmamos empurrando Gaara gentilmente até ele. 

— Vamos estar bem atrás de você. — murmurei, antes de me afastar dele. 

Eu, Kankuro e Temari vamos acompanha-lo como seus deveres. Os ministros não gostaram muito, então deram a condição de que até Gaara completar 18 anos, Baki irá nos ajudar também. 

Depois que Gaara passa, nós passamos também. Ouvi eles o anunciar. 

Olhei para meu amigo que estava uma pilha de nervos, ele parecia tranquilo, mas eu o conhecia e por dentro, ele estava pirando. 

Poucas pessoas sabiam quem seria nomeado o Quinto Kazekage, então a maioria não conseguiu esconder a cara de espanto. 

E Deus, como eu quis destruir cada um que o olhou feio ou demonstrou algum desgosto ao vê-lo como seu líder. 

Como eu quis destruí-los! 

— Millie, seja o que estiver pensando pare. — Temari murmurou. — A marca está se movendo. — suspirei e movi a cabeça. 

Já havia notado que a marca da maldição respondia aos meus sentimentos, mesmo selada, se eu perder o controle das boas emoções, esse incomodo corrói meu peito.

E as trevas que habitam na marca da maldição me dominam. 

Então eu foco meu olhar em Sayuri e Karura na multidão. 

Entre todos os sons, o grito de Karura dizendo "olha o pimo, pimo olha eu aqui, oi" se destacou. Gaara também percebeu isso, pois sorri olhando para elas. 

Fuyuki infelizmente saiu em uma missão na Vila da Névoa, só Deus sabe quando ele volta, são pelo menos sete dias de caminhada até chegar lá. 

A cerimônia de nomeação do Gaara foi feita as pressas, pois estavamos a tempo depois sem um kazekage. 

E também não durou muito, basicamente ele foi apresentado, nomeado e as pessoas começaram a ir embora. E o Gaara entrou conosco. 

Eu imaginei que a cerimônia era uma festa, com comida e sei lá mais o que, mas foi apenas uma nomeação mesmo. 

Depois que entramos, levaram Gaara para a sala do kazekage, explicaram a ele algumas coisas e nos deixaram aqui com um monte de papelada acumulada. 

— Não da mesmo para voltar atrás? — perguntou Gaara e nós rimos. 

— Depois da cerimônia? É ruim em caçula. — disse Kankuro e Gaara suspirou. — Vamos começar a ordenar isso. — disse ele olhando os papéis. 

Me aproximei e toquei a mão de Gaara. 

— É um novo começo. — ele sorri, afirmando. 

— Acho que é, muita coisa vai mudar. — disse ele e eu assenti. 

— Vamos começar arrumando essa papelada? — perguntei, não muito animada. Ele suspirou. 

— Já é um começo. — disse ele começando a mexer nos papéis. 

Ficamos por um longo tempo organizando essas coisas, Temari foi falar os ministros, Kankuro foi buscar alguma coisa e sei lá onde o sensei se enfiou.

— Está nervoso. — não foi uma pergunta, apenas notei isso. 

— Apavorado. Eu só preciso ficar trancado aqui organizando e assinando esses documentos? Se for eu não tenho do que reclamar. 

— Acho que você precisa checar a vila, negociar com vilas aliadas, o que se resume a Folha e de vez em quando comparecer em uma conferência dos Cinco Kages. Deve ter mais coisas, mas isso é o que eu sei. 

— Isso foi uma péssima ideia! — ele abaixou a cabeça. 

— Deixa de ser pessimista. Você recebeu uma enorme promoção. De Príncipe da Areia para Rei do Deserto. — ele me olhou com diversão e riu. 

— Rei do Deserto? — afirmei. — Bom, se você diz, quem sou eu para discordar, Princesa do Gelo. — sorri, mas logo fiquei seria de novo. — O que foi? 

— Aisup. — murmurei. — Ele tinha falado algo semelhante a isso. Aisup. — Gaara ficou pensativo. 

— Existe uma biblioteca que apenas o kazekage e pessoas que tenham a autorização dele tem acesso. Nunca entrei lá, mas já ouvi meu pai falar sobre ela. — ele me contou. — Talvez tenha algo sobre Aisup lá. 

— Eu gostei disso, posso ir lá agora? — ele sorri. 

— Claro, eu só preciso... — olhou desanimado para a papelada. — Terminar isso. 

— Eu ajudo. E depois a gente vai até essa tal biblioteca secreta. — que segredos devem ter nela? 

— Combinado. Acho que esses aqui são sobre a aliança com a Folha. — falou pegando algumas folhas.

E ali ficamos por longas horas, organizando tudo. Conversamos sobre qualquer coisa de tempos em tempos, o assunto surge e some rapidamente. 

Primeiro dia como ajudando do kazekage e eu descobri o seguinte: Eles romantizam muito essa profissão, finalmente entendo porque o Naruto tá sempre morto em Boruto. Que coisa mais chata. 

Ser líder é um saco. 

Meu Deus! Eu pareci o Shikamaru agora. 

Temari e Kankuro aparecem para nos ajudar na organização e um tempo depois Baki Sensei também. 

A princípio, ele só quis nos auxiliar, mas aos poucos começou a nos ajudar com a organização.

E no fim do dia, com nos quatro ajudando o Gaara - eu, Temari, Kankuro e Baki Sensei - conseguimos chegar perto de finalizar. 

As três primeiras pilhas. Suspiro. Ser kazekage não é lá um mar de rosas. E é só o primeiro dia.

— Vamos para casa? — perguntou Temari. — Eu estou exausta. 

— Vão vocês, eu e a Millie precisamos ir em um lugar ainda. — falou Gaara e Kankuro sorriu. 

— Que lugar? — perguntou curioso e revirei os olhos. 

— Desde quando o kazekage te deve satisfação? — perguntei Temari. 

— Kaxekage ou não, ele ainda é meu caçula. 

— Vamos logo para casa. — Temari puxou ele pela orelha. — Boa noite e até mais tarde. — disse para nós dois. 

Ouvimos Kankuro resmungando por causa da dor por um bom tempo, trocamos um olhar e rimos. 

— Podemos ir outro dia a biblioteca. — disse a ele. — Não prefere descansar? 

— A biblioteca é logo ali e você me ajudou muito hoje. — disse me fazendo sorrir. 

— Sou sua ajudante, é meu dever. 

— Não pedi para ser minha ajudando, você se auto dominou. — ele brinca. 

— É verdade. — acabei rindo. 

— Venha, vamos ver se descobrimos o. que é Aisup. — disse ele. 

Eu o segui e entramos em uma. biblioteca secreta, com jounnins na frente vigiando e tudo mais. Deve ter muitas informações confidências aqui. 

Abro a boca surpresa olhando o tamanho dessa biblioteca. Sabe a biblioteca de a Bela e a Fera? Essa deve se igualar. É imensa! 

— Isso é fantástico. — falei animada. Eu amava ler em uma vida passada, nessa eu convivi pouco com os livros. — Provavelmente vamos achar algo sobre Aisup. — e se duvidar achamos até mesmo um livro de "contos de fadas" sobre o meu mundo. Pela imensidade desse lugar é bem possível. 

Mas nós ficamos por algumas horas procurando e nada. Diversas páginas lidas e nada encontrado. 

Bocejei.

— Vamos embora. — disse Gaara. — Você está sonolenta e sua mãe deve estar preocupada. Vou autorizar aos jounnins sua entrada aqui sempre que quiser. — afirmei. 

— Obrigada. — me levantei. — Vamos?

— Quer que eu te leve em casa? 

— Não precisa, a sua é mais perto. Vamos juntos até sua casa e depois eu vou para a minha. 

— Tem certeza? 

— Claro, e é bom você descansar kazekage. Amanhã será um longo dia. 

— Da para me chamar pelo nome? — acabei rindo. 

— Amanhã eu chamo, hoje foi sua nomeação, então você é o kazekage. Amanhã você volta a ser o Gaara. — ele suspirou e sorriu. 

— Certo. — enfim saímos da biblioteca e depois, deixamos aquele lugar para ir para nossas casas. 

Algumas pessoas ainda estavam acordadas. Essas nos comprimentaram e apressaram o passo. 

Ele apenas abaixava o olhar. 

— Animo kazekage, enfrente seu povo com um sorriso no rosto. — ele tenta, mas tem uma tentativa falha em sorrir. — Eles ainda vão te aceitar e admirar. É só o primeiro dia. 

— Espero que esteja certa. 

— Eu sempre estou certa. — pisquei para ele que sorri. 

Paramos em frente a sua casa e ele suspira. 

— Tem certeza que não quer que eu te acompanhe? 

— Absoluta, vá descansar. — falei e me apromexei, dando um beijo em sei rosto. — Até amanhã Gaara. 

— Agora eu sou o Gaara de novo? — ele sorri. — Até amanhã, Princesa do Gelo. — acabei sorrindo e assenei me afastando. 

Pelo caminho ouvi todo tipo de murmuro que me irritou, mas tentei ignorar. 

"Você viu que aquele garoto virou kazekage?"

"Agora que aquela coisa é nosso kazekage é questão de tempo até sermos destruídos"

"O que o concelho tinha na cabeça quando o nomearam o Quinto Kazekage?"

Tentei apenas ignorar esses e tantos outros murmuros maldosos. Acho que até murmurei um "graças a Deus" quando cheguei em casa. 

— Onde a senhorita estava? — Sayuri perguntou cruzando os braços, com o olhar sério. 

— Eu tava com o Gaara... Ajudei ele com a papelada e depois fomos para uma biblioteca fazer uma pesquisa. 

— Que tipo de pesquisa? 

— Sobre aquela tal Aisup que o Orochimaru falou. — contei a ela, que suspirou. — Eu quero entender melhor o que aconteceu comigo.

— Vem cá. — ela abre os braços me convidando para um abraço. — Sei que deve estar confuso para você. E agora que o Gaara é o nosso kazekage, vocês não vão poder passar tanto tempo juntos. 

O que?! 

Me afastei em choque. O trabalho dele vai nos afastar? 

Não! Isso não! 

— Eu não quero me afastar do Gaara, a gente pode ser amigo mesmo ele sendo o kazekage. 

— Claro que podem, desculpe se me expressei errado. — ela beijo minha testa. — Como kazekage ele ficará mais ocupado agora, mas sempre terá um tempo para você. Eu sei disso. 

— Espero que não mude muita coisa. — abaixei a cabeça. Eu tinha me esquecido das ocupações do kazekage e o tempo que suas obrigações levam. — Você está brava comigo por ter chegado tarde? 

— Eu fiquei preocupada, não brava. — ela sorri me afastando. — Ao menos agora eu sei que quando chegar tarde é porque está ajudando o Gaara. 

— Ou vou ficar já biblioteca. Sabia que tem uma biblioteca enorme que só o kazekage e pessoal autorizado pode entrar? Ele me deixou ficar lá. Ser amiga do kazekage tem vantagens. — brinquei e ela sorriu. 

— Parece que sim. Agora vá para a cama.

— Boa noite mamãe. — me ergui para beijar seu rosto e fui para o quarto. 

Karura dormia tranquilamente abraçada com um ursinho de pelúcia que uma vez foi meu. Sorri. 

Me sentei na minha cama e olhei para a a flor que eu havia recebido de Gaara há alguns dias enquanto retornavamos a Areia. 

Peguei a esfera de gelo onde coloquei a flor. No mesmo instante que ele me deu, eu me lembrei daquela filme da Tinker Bell e irmã dela. Tentei fazer o mesmo para ver se a flor sobreviver congelada e fica intacta. 

Incrivelmente, ela fica. Já está há alguns dias intacta. Eu dou um pouco do meu chakra a esfera de gelo para que não se derreta, e ela confia sem uma única rachadura. 

Me deixei, segurando a esfera com a flor e a abracei. Acabei sorrindo enquanto fechava os olhos. 

Talvez para o Gaara tenha sido um momento bobo, mas para mim significou tudo. Não a flor em si, mas o que ela representou naquele instante. 

Foi uma forma dele me dizer que eu era forte e mesmo se eu enfraquece-se, ele ainda estaria ao meu lado. 

E eu nunca tive ninguém ao meu lado. Mas agora eu tenho, o Gaara, o Kankuro, a Temari, Karura, Sayuri, Fuyuki... 

Eu tenho uma família, eu tenho amigos, eu não estou sozinha. 

Isso aqui, esse lugar, é real. Como poderia ser diferente? Todas as vezes que os toquei eu senti o calor de seus abraços, eu senti pavor quando Karura adoeceu, alívio quando voltou a correr pela casa, senti medo todas as vezes que Fuyuki saia em uma missão perigoso. 

Meus sentimentos por cada um deles são reais. Eu não estava conseguindo diferenciar o real da ficção.

Mas agora eu entendi, que isso não é ficção. Essa é a minha nova realidade. 

Não importa como eu vim parar aqui, eu só não quero mais ir embora. 

Muda ou não, ninja ou não, fraca ou forte, não importa. Eu só quero ficar aqui. 

Com aqueles que eu amo e me amam. 

Foi isso o que eu senti quando ele me deu essa flor, quando me envolvou em seus braços me dando consolo sem nem saber o real motivo de eu estar mal.

Ele apenas estava lá. 

Eu nunca vou me afastar do Gaara, nunca irei perde-lo. 

Nós sempre seremos amigos.

E em meu coração, isso é mais do que o suficiente para me deixar feliz.


Notas Finais


Mais tarde sai o último capítulo do "clássico" e então vamos pular para o shippuden, ansiosos? 👀

O que acharam do capítulo?


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