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História Um amor silencioso (Gaara) - Itachi Uchiha


Escrita por: UchihaGabby

Capítulo 64 - Itachi Uchiha


Millie

Meu clone ainda não se desfez, o que me faz acreditar que ninguém percebeu que me substituí. Isso é um bom sinal, eu ficaria mais aliviada se eles estivessem na segurança da nossa Vila.

Já fazem alguns dias que estou na caça a Itachi, ele não é alguém fácil de ser encontrado, não é atoa que Sasuke levou a vida inteira para lutar contra o irmão.

Ou melhor dizendo, boa tarde da infância e toda sua adolescência.

Meu coração dói só de me lembrar disso. Itachi irá morrer naquela luta, para que Sasuke conquiste sua vingança e se torne o herói de Honoha e no fim... Todo o sacrifício de Itachi valeria a pena?

Eu queria ter sido capaz de fazer algo para evitar o massacre Uchiha. Me lembro que conheci o Itachi quando era criança, na minha primeira missão na Vila da Folha.

Naquela época, eu ainda não tinha me acostumado que a ficção que eu era apaixonada tinha se tornado minha realidade, lembro que eu surtei quando vi Itachi pela primeira vez. E atualmente se eu visse ele, provavelmente Itachi seria só uma pessoa para mim.

Claro, não muda o fato de que eu amo o personagem e consequentemente ele. Mas não é da mesma forma que amo Gaara, ou como amo Temari e Kankuro. É semelhante a o amor que uma fã tem por seu ídolo, ou uma leitora pelo protagonista do seu livro favorito.

Ainda assim, saber que eu posso tentar evitar a morte de Itachi... E não saber como exatamente fazer isso é incomodativo. Acho que ele me mataria se eu contasse a verdade ao Sasuke, ou quem sabe o mais novo me matasse por achar que estou mentindo.

Tento não pensar nisso.

Continuo seguindo meu caminho. Passei por um vilarejo agora pouco e alguns moradores me informaram que um homem com características semelhantes as que descrevi de Itachi, costuma aparecer com certa frequência pelo vilarejo. Talvez ele e Kisame tenham um esconderijo na floresta aqui perto.

Conforme vou andando, sinto um chakra fraco não muito longe. Pude perceber que a alguma barreira nesse lugar, ou quem sabe algum tipo de genjutsu que eu não entenda nessa floresta, que oculta chakra. E mesmo assim, consigo sentir fragmentos de um chakra. Isso significa que estou próxima de alguém muito poderoso e com uma imensa reserva de chakra.

Consegui avistar uma pequena cabana no meio da floresta, me escondi atrás de uma árvore, tentando visualizar melhor a moradia. Será que há alguém lá dentro?

Tento me concentrar no chakra que estava sentindo a pouco, mas ele desapareceu por completo.

Engulo em seco. Não importa o quanto eu goste de Itachi, sei que ele não irá seder, sei que ele fará de tudo para que todos a sua volta acreditem que ele é um vilão. Se ele me encontrar antes de eu o encontrar, estarei perdida.

Me ergui, pronta para me aproximar, mas quando notei a maçaneta se mover e a porta ser aberta recuei, voltando para trás da árvore.

Mas para minha surpresa, ninguém saiu de dentro da cabana.

— Está bem longe de casa, Milena. — uma voz familiar, porém que a muito eu não ouvia ecoou atrás de mim. Dei um salto, assustada e acabei tropeçando, caindo no chão. Me virei, me deparando um Itachi Uchiha atrás de mim, com seu mangekyou ativado.

Desativa isso antes que fique cego criatura!

— Itachi Uchiha. — murmurei seu nome. Eu realmente havia o encontrado. — Espere... Sabe quem eu sou? Se lembra de mim? — disse ao notar que ele havia dito meu nome. Itachi mantêm a postura seria.

— Você matou o Deidara, todos da akatsuki sabem quem você é. — disse ele como se não desse muita importância a esse fato. — Agora me diga. — ele se aproxima, me fazendo recuar. Não importa o quanto eu gostasse de Itachi, sua presença era intimidadora. — O que a preciosa namorada do kazekage faz aqui?

— As notícias voam até entre os renegados pelo que posso ver. — murmurei, falando isso mais para mim do que para ele. — Itachi... — ergui o olhar, tentando firmar a respiração. — Eu preciso da sua ajuda.

— Você precisa da minha ajuda? — desdenhou. — Só pode estar louca se acha que um renegado da Folha a ajudaria. O kazekage sabe que está aqui? — não respondi, mas também não consegui evitar abaixar o olhar. — Sabe que pode ser acusada por traição?

— Posso lidar com isso depois. Estou fazendo o que é necessário para proteger minha aldeia e minha família. Sei que entende que o preço pela segurança de quem amamos não importa. — Itachi abriu um pequeno sorriso, desdenhando de mim.

— Eu traí minha aldeia e matei minha família. — se eu não soubesse da verdade, tremeria diante da frieza que ele usou em suas palavras. — O que a faz pensar que entendo você?

— Porque você nunca traiu da Folha. Você protegeu sua Vila e salvou o seu irmão evitando a rebelião. — pela primeira vez, percebi que Itachi perdeu a fala. Ele ficou pálido e seus olhos se arregalaram. — É por isso que eu sei que você é o único que pode me ajudar.

Itachi moveu os lábios pronunciando algo inadmissível, no mesmo instante, senti um pequeno desconforto. Pisquei e ao abrir os olhos, estávamos em uma lugar vermelho, corvos voavam a nossa volta e ele estava parado na minha frente. Um corvo pousou sobre seu ombro.

Itachi me olhou por um longo momento, como se tentando me decifrar. Me levantei e ele permaneceu imóvel.

— É difícil acreditar que você tenha vindo de outro mundo. — disse ele mantendo seu olhar fixo ao meu. Dessa vez, fui eu a arregalar os olhos. — Então foi assim que se livrou da mudes. — apontou para a marca em meu pescoço.

— Então se lembra de época que nos conhecemos, quando eu era criança? — ele afirmou. Não adiantava tentar mentir para ele, Itachi usou seu genjutsu para invadir minhas memórias e descobrir como eu sabia do segredo por trás do massacre dos Uchihas. — Já que sabe o porquê estou aqui, não preciso me dar ao trabalho de explicar. Preciso que remova a Marca da Maldição, como fez... Como ainda vai fazer com o Sasuke.

Ele ficou em silêncio por um longo momento.

— Então ele conseguirá sua vingança. — disse Itachi antes de suspirar. — Aquele idiota do Madara não tinha que ter contado nada a ele.

— Obito queira Sasuke ao lado dele, ele sabia que contar a verdade após a usa morte faria seu irmão ficar cego pela vingança mais uma vez. — ele balançou a cabeça. — Itachi... Você viu minhas memórias, Sasuke irá entender os seus motivos no futuro. Conte a verdade a ele você mesmo, ele manterá segredo, você não precisa morrer.

— Se realmente conhece minha história, sabe que morrerei de qualquer jeito. — dei um passo para trás e abaixei o olhar. A doença de Itachi, quase me esqueci dela. — O que importa é que meu irmão será feliz, agora graças a você, posso partir com a consciência tranquila, sabendo que ele tem um amigo que jamais desistirá dele, se casará com uma mulher que o fará feliz e construirá sua própria família. — fiquei sem saber o que dizer, não queira que Itachi morresse, mas entendo sua convicção.

Para proteger seu irmão, ele foi contra o que acreditava. E está determinado a viver mas sombras, sendo considerado uma escória pelo resto da vida, tudo por amor ao irmão e para proteger a honra dos Uchihas.

No futuro, Kurama será perdoado, os Uchihas vistos como vítimas, as pessoas que encurralaram os Uchihas fazendo-os querer começar a rebelião serão inocentadas e o único vilão será Itachi.

— Não sei se eu conseguiria ter tido a força que você teve. — declarei cabisbaixa. Isso me fez pensar em Yashamaru, o que ele fez com Gaara não foi muito diferente do que Itachi fez com seu clã. Um sacrificar para proteger sua Vila e aqueles que ama.

Yashamaru fui duro com as palavras que usou para atingir Gaara, mas Itachi fez a mesma coisa que Sasuke.

Nunca pensei por esse lado, talvez já esteja na hora de eu conversar com a minha mãe sobre Yashamaru.

Balanço a cabeça. Isso não é importante, não agora.

— Não tente se colocar no meu lugar. Eu escolhi o rumo que minha vida seguiu e você está escolhendo o rumo da sua. — disse ele, agora vindo em minha direção. — Está disposta a fazer qualquer coisa para proteger quem você ama e evitar voltar para seu lugar de origem.

— Meu lugar é aqui. Mesmo que eu precise morrer, é nesse mundo onde quero dar meu último suspiro. — toquei a Marca da Maldição. — Por isso, farei o que for preciso para ficar e para proteger quem eu amo.

— Bom, pelo que sei, quando esse Tochan surgir, eu já estarei morto, então não há como eu a ajudar nesse futuro próximo. — Itachi fechou os olhos e quando os abriu novamente, estavamos fora de seu genjutsu e de volta a floresta que nos encontramos a pouco. — Tudo o que posso fazer é retirar a marca e torcer pela sua vitória.

— Obrigada Itachi. — é tudo o que posso dizer.

— Não gosto de pedir favores, mas... Não conte a ninguém o que vou fazer. E... Se possível...

— Prometo tentar orientar o Sasuke e guia-lo no caminho certo. — minha voz saiu chorosa, meu peito doía ao dizer aquilo, era quase como se eu estivesse perto de perder um ente querido ao fazer essa promessa.

— Obrigado Milena. — ele deixou um pequeno sorriso escapar. — Vamos acabar logo com isso.

Mas, no que ele se aproximou de mim, senti uma dor imensa em meu pescoço, o que me fez gritar. Minha voz ecoou alta pela floresta.

Era como se a marca soubesse que estivesse prestes a ser extraída. Está doendo como nunca, não consigo conter os gritos e sinto o descontrole do meu poder.

Tudo o que meu corpo está tocando começa a congelador e rapidamente o gelo se espalha por tudo a nossa volta. Itachi salta para cima de uma árvore, mas logo o gelo chega até ele, o obrigando a se afastar.

Então era por isso que Pusia disse que eu precisava me livrar da marca.

Mesmo morrendo de dor, tento conter isso e me concentrar. Pusia me passou todos os seus conhecimentos sobre nosso poder, agora devo saber controlar melhor.

Eu tento focar esse poder apenas dentro de mim, de forma que o impedisse de se espalhar. Isso fez a dor se intensificar ainda mais e soltei outro grito.

— Faça de novo! — Itachi gritou a uma certa distância de mim. — O gelo se conteve por um momento, mesmo que doa, faça o que acabou de fazer de novo. — o gelo havia se contido?

Decidi obedecer Itachi. Fechei os olhos, tentei ignorar a dor e conter meus gritos. Precisava focar em trazer o gelo para dentro do meu corpo novamente.

A dor voltou a se intensificar. Mordi os lábios para conter outro grito.

Só mais um pouco... Aguente só mais um pouco... Suporte isso só por mais um instante...

Mas eu não sei dizer se suportei, se meu corpo conteve meu poder, se Itachi teve sucesso ou não em retirar a marca. A dor ficou intensa demais e eu perdi a consciência.

(...)

Meu pescoço ainda doía, mas nada que fosse insuportável, era apenas um pequeno incomodo, semelhante a quando coçamos uma ferida e aquela região da pele começa a arder.

Tive um pouco de dificuldades em abrir os olhos, tudo a minha volta estava claro demais. Depois me sentei, ainda um pouco atordoada.

Toquei meu pescoço, eu não sabia dizer se a marca ainda estava ali.

— Vejo que você finalmente acordou. — disse Itachi usando um avental branco, ele se aproxima com um prato na mão e o estica para mim, junto com um copo de suco. Percebo que dentro do prato, tinha um ovo frito.

Não pude conter o sorriso ao me lembrar da ova que Itachi tenta fazer um ovo perfeito para o Sasuke.

— Por quanto tempo eu dormi? — quis perguntar, meus lábios se moveram, mas a minha voz não saiu.

— Imaginei que isso fosse acontecer. — disse ele se sentando na ponta da cama. — Como foi a Marca da Maldição que te deu voz, agora que ela foi extraída, você voltou a ser muda. — ele me explicou. — Sim, eu consegui extrair a marca.

Suspirei aliviada. Depois toquei o pescoço, na região da garganta. Era estranho não conseguir falar novamente.

Olhei para Itachi com um olhar de questionamento, ergui os braços como se estivesse perguntando "o que aconteceu?".

— Você conseguiu conter o poder, mas isso custou muito da sua força. Você ficou por longos minutos tentando conter o gelo, tive que ser rápido para extrair a Marca da Maldição. Assim que consegui remove-la, você desmaiou. — ele me explicou. — Eu te trouxe para cá, você dormiu a noite inteira. — toquei meu pulso, fazendo um sinal, perguntando que horas eram. — Se estiver perguntando o horário, são oito da manhã. — assenti. — Agora toma, precisa ir embora antes que o Kisame volte. Ele não pode te ver aqui, ninguém pode saber sequer que você esteve aqui. Pelo bem do meu disfarce e pelo bem da sua reputação. Não se esqueça, você ainda pode ser acusada de traição.

— Eu sei disso. — movi os lábios mesmo sabendo que nenhum som era emitido.

Assim como sabia que Gaara compreenderia meus motivos, mas ainda assim ficaria uma fera comigo. Quebrei a promessa que fiz a ele. Só espero que isso não cause um grande alvoroço.

Será que meu clone também perdeu a voz? Meus amigos não devem estar entendendo nada. Nem meu clone deve estar entendendo.

Toquei o café da manhã preparado por Itachi, sei que não é muito difícil cozinhar um ovo, mas ele preparou bem. Seu ovo já é muito superior ao da minha mãe.

Quando terminei de comer, já havia recuperado um pouco das minhas forças, me levantei e fui levar o prato e o copo sujo na cozinha, onde Itachi estava.

Ele tossiu assim que entrei, ele usou a mão para tampar a boca e quando afastou a mão do rosto, percebi que havia sangue em sua mão.

Ele rapidamente a lavou. Meu coração doeu ao ver aquilo. Infelizmente ele está certo, mesmo que não seja pelas mãos de Sasuke, Itachi não tem muito tempo de vida.

Ele me viu e rapidamente levou a mão a boca, como se me pedisse silêncio. No segundo seguinte balançou a cabeça.

— Desculpe, esqueci que você não consegue falar. — apenas balancei a cabeça, ela percebeu meu olhar sobre ele e suspirou. — Não me olhe assim, você sabe que é inevitável. — balancei a cabeça em concordância.

Apontei para a porta, indicando que precisava ir.

— Claro, é melhor você ir. Boa sorte na sua missão.

— Obrigada. — movimentei os lábios. — Boa sorte com seu irmão. Queria que as coisas não terminassem assim, mesmo que a vila e esse mundo jamais reconheçam isso, você é um herói de todas as nações. — usei a linguagem de sinais. Espero não ter errado nenhuma palavra, faz muito tempo que não prático.

— Eu não entendo essa linguagem. — ele admitiu e corei. É claro, Itachi nunca conviveu com uma pessoa muda, diferente da minha família e dos meus amigos ele não precisou aprender a linguagem de sinais.

Apontei para um pedaço de papel que vi ali, depois movi a mão como se estivesse segurando uma caneta imaginaria.

Itachi logo entendeu, pegou uma caneta e me entregou. Escrevi o que havia acabado de dizer no papel.

Ele sorriu, balançando a cabeça em negação.

Itachi olhou para mim, ergueu o braço direito e com dois dedos me chamou para ir em sua direção. Me aproximei como ele pediu, e quando fiz isso, ele tocou minha testa, assim como fazia com Sasuke.

— Eu sempre serei o vilão. — ele disse com pequeno sorriso.

Sorri de volta, com os olhos marejados. Eu realmente o admirava e naquele momento eu soube que quando ele morresse, iria sentir aquela dor de perda novamente.

Acabei o abraçando, ele naturalmente devia ter me afastado, mas não o fez. Em vez disso me correspondeu.

— Boa sorte Milena. — ele disse quando me afastei. — Amaterasu. — murmurou olhando o papel onde escrevi para ele e o mesmo começou a queimar, se desintegrando rapidamente. — Não podemos ter prova de que esteve aqui.

— Obrigada. — essa palavra ele entendeu.

— Eu que agradeço. — foi a último que Itachi me disse, antes de eu ir embora.

Agora posso finalmente voltar para casa.


Notas Finais


Gente do céu, que capítulo foi esse?

Itachi é tão perfeita que rouba as cenas é faz a gente querer que ele tome o protagonismo para si 😔✊

E eu tô de olho em vocês viu, nada de shippar a Millie com o Itachi 😑 O Gaara é ciumento, ninguém quer que ele tenha um treco né?

Olha, eu só tenho a dizer que amei escrever esse capítulo. Quase chorei? Talvez, não gostei nadinha da Millie lembrando a gente que o Itachi vai morrer 😒

Galera... SÓ MAIS UM CAPÍTULO E FINALMENTE VAMOS TER O REENCONTRO DA MILLIE E DO GAARA, FINALMENTE!!! Quem tá com saudade desse casal?

Eles bem que podia nos render um hot dos bons para comemorar o reencontro né? A gente merece... Digo... Eles merecem!


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