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História Um babá quase perfeito - C2: Os desafios começam


Escrita por: Aako , Mr_ghost77 e Taetopia

Capítulo 2 - C2: Os desafios começam


Fanfic / Fanfiction Um babá quase perfeito - C2: Os desafios começam

 

Eles não são tão ruins... Ainda.”

Eram, com certeza eram. Ao menos os dois mais velhos.


Minjae ainda estava em seu colo, mas os outros dois começaram a brigar entre si por conta de um brinquedo.


— Tem um monte de brinquedos aqui, não precisam ficar brigando por um. — falou calmo — Não me parece certo.

— Mas eu peguei primeiro. — a menina reclamou.


— Brinca de outra coisa, eu quero esse!


— Olha só que horas são — Yoongi falou, já cansado daquilo — hora de lanchar. E acho que a senhora Kang já preparou alguma coisa, vamos ver. — levantou com o menorzinho se agarrando em si, ainda muito quieto para uma criança de três anos — Vamos. — abriu a porta e os dois passaram, deixando o brinquedo para trás.

— Chegaram para o lanchinho! — comemorou a mulher — Hoje é torta de cereja para os dois mais velhos, e manga para o mais novo. — informou a Yoongi e serviu a mesinha de crianças, enquanto Yoongi colocava o maknae na cadeirinha — Precisa ajudar o Jae, ele não come direito ainda. — disse sorridente — Vou para o jardim.


— Eu tento dar conta aqui. — disse com um sorriso pequeno, ajeitando o babador do pequeno.


Os três comiam sozinhos, bem, quase todos, exceto por Minjae. O pequeno ainda não tinha tanta coordenação motora, por isso Yoongi — seguindo as regras da pasta — começou a ajudá-lo.
 

De repente, todos os três estavam sujos, ainda mais Minah, toda lambuzada pelo recheio da torta.
 

— Acho que alguém vai pro banho. — Yoongi brincou e limpou o rosto da menina e quando tentou fazer o mesmo com Jaehyun ele se afastou e tentou limpar sozinho.


— Eu só quero ajudar, vai que as formigas sobem em você. — fez a provocação.


— Não vão subir. — cruzou os braços —… Vão?


— Você não quer descobrir. — Jaehyun virou o rosto e Yoongi limpou o resto de melado. — Pronto, nem doeu.

 

Terminou de limpar Minjae e tirou-o da cadeirinha.
 

— Vamos, antes de irem assistir televisão cada um vai lavar o rosto e as mãos. — eles correram para o quarto, mas Minjae caiu no chão com tudo ao tentar. — Minjae! — correu até ele e o pegou no colo — Shh, não chora. — o balançou em seu colo — Vamos, hum? — o deu um beijinho na testa vermelhinha e nas mãozinhas rechonchudas — Passou. — sorriu e foi atrás de gelo na cozinha — Beijinhos saram.

Colocou água gelada dentro de um saquinho plástico e, com dificuldade, amarrou. A pele do pequeno seria muito sensível ao gelo sólido.

 

— Pronto. — colocou a bolsa fria improvisada na testa do pequeno e foi até o banheiro no quarto das crianças.


— Ele não chorou? — Jaehyun questionou, secando seu rosto.


— Por bem pouco, não. — sorriu fraco e o sentou na pia dos mais altos — Terminaram?


— Sim, a gente vai sozinho. — Jaehyun falou e saiu correndo com sua irmãzinha.

 

— Isso vai ser pra aprontar. — revirou o olhos e limpou a criança. — Agora gelo na barriguinha e nas pernas. — alternava o saquinho ainda gelado no menino — Vamos pra sala. — pegou um brinquedinho qualquer do pequeno e foi para a sala, onde os pequenos já assistiam televisão.

 

Yoongi ia sentar no sofá com o mais novo, mas notou uma elevação estranha.

 

“Almofada de pum, eles são iniciantes, como conseguem se livrar de tantas?”


Colocou Minjae no sofá cinza muito grande e certamente caríssimo. Mas, antes de sentar, tirou a almofada de lá e jogou no chão, sentando do lado do bebê.


— Eu também gosto desse desenho. — falou e pegou seu celular. Seria um longo dia realmente.
 


 

[...]



Yoongi logo notou que todos três eram extremamente energéticos, mesmo Minjae, que parecia mais tímido e retraído, não queria ficar quieto.
   

— Agora eu entendi como conseguiram. — resmungou já cansado de segurar os danadinhos para não caírem ou se machucarem.
   

Yoongi virou alvo das armas de brinquedo de Jaehyun, das tentativas de arrumar o cabelo de Minah, e dos abraços de Minjae.

— Certo, hora de banhar para o almoço. — disse e foi levando cada um de volta ao banheiro.


Tinham duas banheirinhas no local, uma em cada lado, uma era rosa e a outra era azul pastel.
   

— Primeiro Jaehyun. — Yoongi falou e o mandou entrar na água morna. Quando sentou no banquinho para ajudá—lo, o pequeno se encolheu e se virou.


— Sei tomar banho sozinho.
   

— Direitinho? — provocou — Até nas costas?
   

— D-Deixo você esfregar minhas costas, mas não olhe.
   

— O que você tem, eu tenho, não é nenhuma novidade. — falou e pegou a esponja verde e deu graças aos céus por ele não complicar mais ainda.

— Pronto, chame sua irmã, por favor. — disse já indo para a banheira rosa.
   

— Hora do meu banho de beleza! — ouviu a vozinha fofa cantarolar
   

— Isso mesmo.
   

— Mas você é menino, não pode me banhar, eu sou menina.
   

— O seu papai te banha?
   

— Siiim!
   

— Vai ser quase a mesma coisa. — falou calmo e a colocou na banheira — Se quiser eu não olho, mas só se garantir que vai se limpar todinha e bem direitinho.
 

— Tá bom! — disse — Meu shampoo de morango!
   

— Tudo bem, eu só limpo aqui atrás.

 

Banhar Minah foi realmente divertido, ela cantava, fazia rap, se remexia e fazia brincadeirinhas dentro da banheira.

— Agora, vai lá se vestir. — saiu do banheiro para pegar Minjae. — Sua vez. — o levou até a banheira azul, com pouca água, já que o mais novo era realmente muito pequeno. — E você? — sorriu para o menor — Já me sinto apegado, mesmo com algumas poucas horas. — o beijou na cabeça e começou a lavá—lo — Você é tão quietinho, nem me dá trabalho. — o enrolou na toalha branca e levou para o quarto. — Ah, onde ficam as fraldas dele? — perguntou


— Eu pego! — Minah correu até a divisão do armário repleta de personagens da Disney e Dinossauros, mas a maioria eram Mickeys Mouse’s espalhados, enfeitando. Puxou a porta e uma gaveta meio alta para si, mas conseguiu pegar uma fralda. — Aqui.


— Obrigada. — disse doce e foi atrás do talco.

E em sua cabeça, uma coisa que já tinha lhe incomodado antes, voltou a martelar; “eles são todos muito pequenos para a idade, e é bem esquisito considerando que Kim Taehyung é muito, realmente muito alto”,  começou a passar talco no pequeno que sorria para as brincadeiras do irmão. “Deve ser besteira, daqui a pouco eles me passam, se duvidar.”


 

[...]



O almoço foi o mesmo do lanche, mas agora estavam na mesa “de adultos”. Minjae numa cadeirinha mais alta com cinto e os outros dois com almofadas para ficarem mais altos.

— O papai não vem almoçar? — Minah questionou manhosa.


— Ele falou que só voltaria para o jantar, sinto muito. — Yoongi respondeu servindo o pratinho dela.
 

O telefone então tocou, por sorte tinha um e parede ali.


— Alô? — Yoongi questionou de olho nas crianças.
   

— Ah, Yoongi. — reconheceu a voz do patrão — Perdão, liguei apenas para avisar que não poderei almoçar em casa, tenho contratos importantes para assinar e acordos muito grandes imperdíveis, peço que explique aos meus pequenos.


— Sim, senhor, eu explicarei. — suspirou, aquelas crianças não podiam ser deixadas assim. Não com ele.

 

— E hoje não é dia de piscina, por mais que insistam. — murmurou um “sim” em resposta — E eles não podem sair de casa depois das seis e meia da noite.


    — Certo.


    — O que mais?... Ah, sim, não deixe de me ligar se Minjae chorar sem parar, meu filho é mais importante.


— Sim, senhor. Mas até agora ele foi muito bem. — disse num tom feliz — E não estão me causando problemas. — garantiu — Er... Tenho de alimentar o Minjae.


— Sim, é claro, tudo bem então. Obrigado pelo trabalho duro, e se alimente bem também.


— Obrigado. — desligou e finalmente serviu o mais novo faminto. — Desculpe a demora.


— Seu suco. — Minah apontou para o copo com líquido amarelo, suco de laranja.
 

— Ah, obrigada. — sorriu doce — Mas prefiro meu suco com açúcar, não com sal, desculpe ter de recusar.
   

— Você não cai em uma? — a menina fez bico

 

— Jurava que você nem ia perceber.


— Eu já fui criança sabia? — perguntou num tom divertido — E eu já fiz todos esses truques, não vão me pegar tão fácil. — deu de ombros


— Então é guerra.


— Ah, não precisa disso. Não gosto de partir pra ação. — colocou sua comida na boca. Na pasta confirmava que podia almoçar à mesa com as crianças.
 

 

[...]

 


Yoongi lavou a louça enquanto as crianças estavam na televisão da sala, vendo um desenho qualquer. Era o tempo deles começarem a ter sono. Ajeitou as mangas longas e seguiu para a sala.

— Minah? — chamou baixinho afagando os cabelos ainda bem arrumados da pequena — Precisa escovar os dentes antes de dormir — Ela já estava quase cochilando e pediu colo — Vamos. — levou-a até o quarto.


Enquanto Minah escovava os dentes, Yoongi ajeitava seu cabelo de novo. Foi quando Jaehyun entrou no quarto com o pequeno Minjae nos braços.

   

— Também estão com sono? — o mais velho confirmou — Venham escovar os dentes. — pegou a princesinha adormecida no colo e a ajeitou na cama personalizada — Eu te ajudo, Minnie. — pegou a escovinha do maknae, já o ajudando. — Durma bem, Jaehyun. — ele apenas murmurou e se jogou em sua cama. — Agora sua vez. — o mais novo, mesmo muito sonolento, negou várias vezes.


— Blincar. — pediu e Yoongi sorriu fraco.


— É hora de tirar uma soneca.
   

— Papa! — pediu.
   

— Ah... Ele vai voltar logo, você vai ver.
   

— Quelo papa! — começou a chorar baixinho e Yoongi sentou na caminha livre.


— Shhh. — o ajeitou em seu colo — Quando você menos esperar, ele vai estar aqui. — o beijou na testa e secou seu rosto — Vamos dormir, sim? Você pode ver seu papa se sonhar com ele. — ajeitou o pequeno na caminha e o cobriu — Feche os olhinhos e pensa nele. — pediu acariciando a barriguinha fofa do pequeno — Shh... — foi nanando ele, e nada de choro — Ufa. — soltou quando os três finalmente dormiram, levantou para ligar a babá eletrônica e saiu do quarto. — Posso banhar. — falou aliviado.

— Eles deram muito trabalho? — senhora Kang perguntou sorridente
 

— Quase nada, são crianças afinal. — sorriu — Criança não trabalha, criança dá trabalho.


— Nisso eu concordo, e esse é o diferencial. — a mais velha brincou — Vá lá tomar seu banho, eu ficarei atenta na babá eletrônica.


— Obrigado. — disse e se apressou para chegar  em seu quarto. — Como eu quero água quente. — murmurou e se banhou rápido.

Se olhou no espelho e virou de costas, suas asas estavam ali, com toda sua beleza degradê em tons de branco, cinza e preto, com toda sua majestade e encanto. Aquela tatuagem era uma das coisas a qual nunca se arrependeria de ter feito.
   

Em seguida, observou a outra tatuagem, na lateral da coxa esquerda, uma pena caída com uma frase dentro: “Às vezes fico com medo de mim mesmo também.”


E por último, no seu ombro, a sua pequena e graciosa borboleta. Tão colorida que entrava em contraste com as outras e com Min Yoongi, mas ele a amava muito, amava seu significado, a história por trás das asas delicadas e bem feitas.

Sem mais delongas, escolheu colocar um moletom branco e liso, junto com uma calça de moletom preta e meias pretas também. Eram tempos frios.


Aproveitou para deitar e usar seu celular, conversando tudo com Jimin, que também falou do trabalho na loja de doces e de como Jungkook insistiu que eles não precisavam daquilo.

— Esse casamento sai ou não? — resmungou e voltou a usar redes sociais e analisar letras de suas músicas. — Se eu receber o salário e ele comprar uma música... Vou estar tão bem que poderei mesmo me mudar para um apartamento um pouco melhor. — sorriu para si mesmo.


Quando finalmente era hora de acordar as crianças, ele saiu do quarto, hoje não faria nada além de cuidar delas. Segundo senhora Kang, ela ficaria para fazer o jantar e sairia em seguida.

Entrou no quarto e encontrou Jaehyun já acordado, brincando em seu ipod e Minah sentada na cama, brincando com seus ursinhos, Minjae era o único que ainda dormia.


— Não querem brincar lá fora?


— Estávamos esperando a hora de acordar. — Minah respondeu.


— Acordaram tem muito tempo?


— Uns cinco minutos. — Jaehyun respondeu — Eu quero patinar na quadra.
 

— E eu!
 

Yoongi achou estranho e perigoso mas concordou. — Mas usem proteção.
   

— Nós sabemos. — Jaehyun retrucou.


    Yoongi pegou Minjae no colo e conseguiu lhe acordar, tirando o pipo dele. “Quando foi que ele colocou isso?”


— Vamos comer melancia antes, tá bom? — perguntou tentando manter o caçula acordado — Não durma de novo, bebê. — pediu sorrindo fraco.
 

— Colo, colo! — Minah pedia saltando na cama.


— Vem cá, princesinha. — a pegou, deixando em sua lateral esquerda, segurando ambos os Kim bem firmes. Saíram do quarto até a cozinha, para todos comerem uma deliciosa fatia gelada de melancia.
 


[...]
 


Enquanto os mais velhos patinavam. E vale ressaltar que, muito bem, Yoongi e Minjae estavam no “labirinto” do parquinho. Yoongi do lado de fora observando tudo e Minjae escalando, entrando em túneis, entrando na piscina de bolinhas, escalando a rede. Realmente um brinquedo maravilhoso para eles.
 

Minah e Jaehyun começaram a parar, apenas no intuito de beber água, que Yoongi logo serviu.

— Vocês são ótimos. — elogiou
 

— E você, oppa?
   

— Sou uma negação. — disse e deu de ombros

 

— Sou melhor no skate, e olhe lá.
   

— Se quiser a gente te ensina, ou o papai, foi ele que ensinou a gente.
   

— Pode ser, algum dia, quando eu tiver coragem.

 

Yoongi notou que o sol estava se pondo e levou os três para dentro, mesmo a contra gosto. — O que querem fazer agora?
   

— Eu vou jogar no tablet/Eu vou ver Barbie. — os dois mais velhos disseram juntos e já correram cada um pro seu canto.
   

— E nós? — olhou para Minjae que estava no chão, lhe encarando de volta — Vamos pro quartinho de brincadeiras, eu brinco com você.


    E novamente, Yoongi banhou as crianças suadas, logo seria hora do jantar, e torcia para o pai chegar logo, Minjae não parava de chamar por ele. Até que não deu mais, a famosa crise de choro começou.


    — Ah, não! — Minah correu para o lado do irmãozinho.


Yoongi ficou olhando quieto.


— Não vai fazer nada? — Jaehyun ficou indignado.


— Shh, venham cá vocês dois. — chamou e colocou Minjae chorando contra seu peito — Apenas sentem aqui e vamos ficar em silêncio. — pediu e afagou as costas do caçula — Shh, Minjae, você é um menininho incrível, não precisa chorar, seu papai te ama e logo ele vai aparecer para te dar um beijo, ele te ama muito para esquecer de você.


Jaehyun e Minah concordaram, achando bonito como ele falou.


— Oh... Parou…? — Minah estava confusa e olhou para o mais novo, agarrado a Yoongi como um pequeno coala — Parou! — exclamou para o irmão.
   

— Shh, não façam alarde, ele só quer carinho, por isso chorou, para chamar atenção. Não precisam ficar tão desesperados — falou doce e beijou a testa do pequeno e limpou o rostinho com uma toalha úmida — Vamos jantar?
   

— Quero esperar o... Você sabe. — Minah respondeu.
   

— Não podem sair do horário, — Yoongi lembrou — quando ele voltar vocês comem juntos, mas vocês comem primeiro.
   

—Tá. — ela resmungou, mas seguiu o irmão para sair do quarto.
   

— Você é um amor, não precisa chorar. — disse doce e saiu com o caçula ainda agarrado em si.

Taehyung finalmente chegou, quase uma hora depois que seus filhos jantaram. Estavam todos na sala, largados no sofá, assistindo algum filme animado.
   

— Papai! — Minah gritou e saiu correndo do sofá, pulando no pai.
   

— O-Oi, minha princesa. — sorriu ao conseguir pegá-la no colo.
   

— Papa!
   

— Papai!
   

Os outros dois também correram e Yoongi pausou o filme.
   

— Senhor Kim. — se curvou
   

— Perdão pela demora. — disse abraçando os meninos
   

— Não foi grande coisa. — deu de ombros com um sorriso — Minjae insistiu para só dormir quando o senhor chegasse, como ele passou muito tempo pedindo para ver o senhor, preferi não negar.
   

— Tudo bem, voltei a tempo de colocar os três na cama, espero que não tenham dado trabalho e nem feito nada contra você.
   

— Não, senhor. — disse risonho — Eles são boas crianças.
   

— Viu? — Minah comemorou.
   

— Nos comportamos, somos bonzinhos. — Jaehyun complementou.
   

— Estou orgulhoso, e não fizeram nenhuma pegadinha, né?
   

— Nem dá de considerar, ele não caiu em nenhuma. — Minah disse com um bico — Ele é muito bom.
— Não, Minah. — Jaehyun reclamou
 

— O que falei das pegadinhas. — repreendeu num tom amável — Vocês não precisam fazer nada disso, é feio. — os dois concordaram — Eu vou tomar banho bem rapidinho para poder jantar, tá? Volto logo. — olhou para Yoongi — Eu te libero assim que sair do banho, ou, se esperar eu posso lhe dar uma carona.
   

— Não será necessário, o senhor está cansado. — falou baixo e olhando para seus pés.
   

— Pelo menos aceite que o senhor An te leve, creio que, mesmo que nossa cidade seja segura, esse horário ainda não é agradável para se pegar um táxi.


    — Concordo, é bem mais caro. — sorriu sem graça — Nesse caso eu aceito a carona.
   

Taehyung voltou sem grande demora, sua pequena já dormia encolhida no colo do babá. — Muito obrigado por seu trabalho duro. — Taehyung agradeceu pegando os dois rapazes no  colo, Yoongi levou a princesa adormecida.
   

— Boa noite, Jae. — beijou o primogênito na cabeça e começou a ninar Minjae, que não demorou muito para que adormecesse.
   

Yoongi achou o momento lindo, observando tudo com um sorrisinho meigo e contido. Taehyung colocou seu caçula na caminha com cerca e levantou.

 

— Vou levar-lhe até o senhor An.
   

— Agradeço. — disse — Só preciso ir no meu quarto pegar a mochila.
   

— Eu espero.
   

Yoongi foi a pelo menos cinco passos atrás de Taehyung, para manter espaço pessoal.
 

— Senhor An, por favor tome cuidado. — o Kim disse e deu passagem para Yoongi. — Até amanhã, no mesmo horário, Yoongi. — disse com um sorriso caloroso — Pegou sua chave?
   

— Sim, senhor. — concordou e seguiu o porteiro, que aparentemente também era o motorista.
   

O caminho não tão longo foi percorrido com uma boa conversa entre funcionários, o senhor An tinha facilidade em conversar.

— É aqui que eu fico. — falou apontando para o prédio caindo aos pedaços — Não é muito bonito de se olhar, mas pretendo sair daqui, se as crianças não me expulsarem.
   

— Você sobreviveu ao primeiro dia evitando as pegadinhas, contendo choro de Minjae, Minah te chamou de oppa e nenhum deles te reclamou em momento algum. Todas essas coisas são inéditas, espero poder trabalhar com você por um bom tempo. — falou sorrindo e Yoongi retribuiu.
   

— É muito bom ouvir isso de quem trabalha lá há mais tempo lá. Bem, obrigado pela carona, agora eu entro.
   

Yoongi entrou na portaria sem demora e subiu pelas escadas, quando seu braço foi segurado com certa força.
   

— Eu vi o carrão em que chegou, Min Yoongi. — era o síndico.
   

— Eu só voltei do trabalho, e foi cansativo, eu quero ir para meu apartamento.
   

— Está se prostituindo? — perguntou com nojo e certa raiva em sua face.
   

— De jeito nenhum! — soltou-se com raiva — E não te diz respeito com o que eu trabalho, senhor Kyung.
 

— Mora no meu prédio, é claro que eu tenho saber se não tenho nenhum criminoso nojento por aqui.
   

— Não vendo drogas, não faço prostituição e nem dou festas que tremem o prédio todo que nem os do andar cinco, vai reclamar com eles. — subiu as escadas furioso, por sorte morava no terceiro andar. — Esse pau no cu desgraçado. — xingou ao entrar no cubículo — Banho. — ligou as luzes já correndo para lá. — Preciso aproveitar enquanto tenho gás.


Estava tão cansado, que após se agasalhar com o aquecedor ligado, adormeceu como as três crianças que cuidava.

 


[...]
 


Acordou com o som irritante do despertador, logo seria hora de ir trabalhar.

 

— Segundo dia, a luta continua. — Disse e tomou café, para poder se arrumar.
 

 

[...]

 


Chegou ao endereço, de ônibus mesmo, táxi sairia muito caro. Entrou na casa pelo portão indicado e cumprimentou o senhor An. Correndo para dentro da mansão.


— Bom dia, senhora Kang, eles já acordaram? — perguntou entrando na cozinha, se descabelando um pouco.


— Não, nas férias o Taehyung libera acordarem mais tarde, falando nele... Quer falar com você, por isso vá até o escritório dele, mas bata de duas a três vezes, e espere permissão para entrar, ele é bem rígido com isso.


— Sim, senhora. — sorriu e guardou suas coisas no quarto, se arrumando bem na frente do espelho para poder ir até seu patrão.


Gostava da roupa que usava, a calça preta meio apertada era velha, mas coube direito, a blusa branca de botões, estava passada por dentro da calça, mas tinha alguns detalhes de renda na gola e um lacinho branco como se fosse uma gravata, o que dava fim seriam as belas botas, mas estas ficaram para trás, já que lá dentro sapatos não eram permitidos.


Ajeitou o cabelo e foi. Deus três batidas e esperou, por pelo menos dois minutos.


— Pode entrar. — Yoongi o fez e jurou que quase perdeu o ar.
   

Kim Taehyung já era muito bonito, mas todo sério e de óculos, era a definição de pedaço de mal caminho.


— O... O... — por um momento esqueceu sua fala — Queria falar comigo, senhor?


— Ah, sim. — largou a caneta e cruzou as mãos — Hoje eu volto mais cedo, porém o senhor fica até depois do jantar, para cumprir seu horário. — respirou fundo — Vou te dar um carro.


    — Pois não? — questionou realmente confuso.


    — Não posso deixar minhas crianças com um desconhecido dirigindo num táxi ou uber, então todas as babás receberam o carro de babá, um carro bom com as cadeirinhas dos mais novos, o assento de elevação do Jaehyun, trava para criança, e outras coisas. — explicou — Gostaria de ver sua habilitação.


Yoongi concordou, ainda pasmo, e pegou sua carteira no bolso, tirando de lá o papel plastificado.


— Eu apenas trabalhei com delivery em motos, mas já dirigi carros automáticos e de marcha. — falou meio inseguro.


— Isso é bom, não tem nenhuma infração, multa, ponto e longe do vencimento, tudo bem. — pegou uma chave em sua gaveta — O carro agora está sob seus cuidados, poderá usar para ir para sua casa depois que provar ser de total confiança.


— Sim, senhor. — falou sem muita importância, mas levemente corado.


— Às vezes, você precisará ir ao mercado, pode ir com ele, vá também para sorveteria, parques, faça a alegria dos meu tesouros, só o que eu peço.
 

— Vou me esforçar, acho que Minjae já me aprova, Minah também, mas quer me ver caindo em algum truque, mas…

— O Jaehyun.


— Sim, acho que ele está disposto a me odiar — suspirou — devo me preocupar?


— Creio que com o tempo consiga a confiança dele... Jaehyun sentiu a dor do abandono da mãe, o desprezo. E ele não quer ninguém que vá ser igual àquela víbora, ele amou muito uma pessoa que pisoteou seu pobre coraçãozinho inocente de criança. — Yoongi viu toda a dor de uma pai naqueles olhos profundos. — Já tentei psicólogos, mas ele é desconfiado e cabeça dura, nunca diz nada e chora, grita para sair da consulta…


— Eu conheço um psicólogo muito bom. — Yoongi disse com um tom compreensivo
   

— Aceito recomendações. — olhou o menor — Quem é?
   

— Eu. — disse com um sorriso gengival — Vou dar meu melhor para entendê-lo e ajudar.


    — Sério?


    — Sim, cursei psicologia junto com música, mas tive de trancar a matrícula... — disse cabisbaixo — Quase me formei, faltava apenas mais um ano e meio.


— Já é uma grande ajuda, mas só se conseguir chegar ao coração dele, se conseguir fazê-lo te ver como amigo.


— Ele teve alguma outra decepção?


— Bom, creio que se refira a como ele começou a expulsar babás — o patrão falou apoiando a bochecha no punho direito — A primeira babá também foi um trauma, chegou, uma moça linda e encantadora, com a delicadeza de uma flor. — Yoongi concordou — Mas sabia que existem flores venenosas e até mortais? — Yoongi arregalou um pouco os olhos pretos — Ela era assim, conseguiu conquistar meu dois mais velhos, apenas o neném a rejeitava, mas sempre me chamava para ver Minjae, era meiga e aparentemente perfeita. — Yoongi ficava calado enquanto o mais velho mergulhava em memórias profundas — Ela queria entrar na minha empresa como atriz, e ela era perfeita para tal. — disse num tom sarcástico e seco — Atuou perfeitamente, e conseguiu fazer com que eu me deitasse com ela, em seguida, veio com falas de casamento. Jaehyun não gostou de ela pedir para ser chamada de omma… Pedi que ela parasse, que não iria além daquilo, teria um papel, garanti isso, mas queria mais e então ela se revelou, quando Jaehyun disse que ela nunca seria a mãe deles, ele não falou com maldade... Foi apenas para dizer que ela não poderia substituir... Mas, ela se enfureceu e bateu no meu precioso Jaehyun, gritou com meus mais novos, xingou a senhora Kang. E certificou-se de que eu sempre acreditaria nela... O pior era que era verdade, eu sempre acreditava, também estava preso em seus encantos. Eu teria continuado acreditando, se não tivesse presenciado tudo... Odiei ela, fiquei tão magoado e sem chão. Mas assim como meu Jaehyun, Minah nem lembra mais disso. — olhou para Yoongi, que parecia compartilhar de sua dor.

— Sinto muito...
   

— Eu também senti, mais tarde ela se tornou famosa em outra empresa. E, por puro ódio e vingança, destrui sua carreira. Hoje ela é uma zero à esquerda na empresa que trabalha, às vezes aparece num programa de variedade ou em outro. — riu sarcástico novamente, sem um pingo de remorso — Já deve ter ouvido falar de Tara, era o seu nome artístico.
   

— Ah sim, me lembro... Ela começou já num papel principal para lançar sua imagem, o jeito doce e inocente era perfeito e chamativo, mas então ela se envolveu num escândalo de agressão infantil e à idosos no asilo que participou “caridosamente” durante a gravação de um programa.
   

— Eu fiz as queixas, eu planejei tudo... Me arrependi apenas de ter colocado em risco as vidas de pobres velhinhos. — tirou os óculos finalmente — Ela foi intimada, não podia estar menos de dez metros dos irmãos mais novos ou de seus avôs, eles realmente sofreram... E pensar que deixei meus filhos na mão de uma bruxa má. — colocou a mão na testa.
   

— O senhor estava desesperado, num momento difícil, muito difícil. Ela se aproveitou de sua fragilidade. — Yoongi disse num tom calmante — Você é um ótimo pai e ninguém pode provar o contrário. Taehyung sorriu fraco, mas verdadeiro.

   

Iria falar, mas um chorinho fraco foi ouvido.
   

— Minjae. — falaram ao mesmo tempo e levantaram ao mesmo tempo. Ambos estranharam é claro.
   

— Eu vou ou o senhor? — os dois já estavam indo para a porta.
   

— Vamos juntos. — disse sorridente e se apressaram para o quarto das crianças.
   

Yoongi se aproximou primeiro, para ver a reação do caçula, e para surpresa de ambos os adultos, ele sorriu e parou de chorar.
 

— Gi! — chamou com os bracinhos, derretendo o coração do Min, que sem tardar o pegou no colo — Papai!
   

— Shh. — pediu e o beijou na testa, ainda no colo de Yoongi, que corou pela proximidade. — Vamos comer. — chamou e levou Yoongi pela cintura.

    “Caralho! Caralho! Caralho! Me ajuda, senhor, meu pai! Kim Taehyung me tocando, não é um treinamento, Kim Taehyung me tocando!” sua mente gritava

Tomar café com o chefe e Minjae foi bem agradável. Se sentia tão bem ali, num ambiente familiar que nunca teve, mas que muito desejou.
 

Seu pai ausente, carrasco, pulso firme,

irritadiço. Sua mãe cruel, dura, asquerosa, crítica, submissa, agressiva, soberba, o verdadeiro monstro de sua vida, seu inferno na terra era aquela mulher. Seu irmão, um traficante qualquer à solta pelas ruas, usando armas, roupas de marca compradas com dinheiro sujo e era grosso, rude, tão ruim quanto o pai.


Como queria ter a família que estava ali, com todo aquele luxo e conforto, aprendendo sobre o mundo e seus perigos, suas maldades. Mas sem ter de enfrentá-los, porque tinham um pai com a fúria dominante de um rei leão, tinham seu amor acima de tudo, a preocupação dele, e podiam contar com ele. Um verdadeiro pai.
 

 

[...]

 


Yoongi estava no chão da sala de brincadeiras, com Minah num puff azul assistindo qualquer desenho que gostasse. Jaehyun brincando com massinha ao seu lado e Minjae com comidinhas, era adorável.

 

— Seu bolo. — entregou para Yoongi um delicioso bolo de chocolate de plástico.


— Muito obrigada. — agradeceu sorrindo — Café? — perguntou recebendo a xícara


    — Sim!
   

— O papai tá indo trabalhar. — Taehyung avisou na porta — Fiquem todos bem, papai ama vocês.
   

— Tchau! — gritaram acenando.
   

— Tchau, senhor Kim, bom trabalho. — Yoongi desejou, e seus olhares se encontraram como ímãs, foi tenso.
   

Depois de lancharem, verem filmes, banharem, almoçarem, brincarem e  jogarem videogames, Jaehyun sugeriu que todos fossem para a quadra de basquete atrás da casa deles.
    “Nenhuma restrição quanto à quadra” Yoongi lembrou e permitiu.


A quadra era enorme. Em sua volta, estava decorada com várias flores de determinados tipos e origens, tudo estava limpinho e havia uma portinha aberta, lá dentro vários sacos, um cheinho de bolas de basquete, apenas esperando seu momento de fazer a diversão.

— Vai, Jaehyun !! — Minah gritou e MinJae o acompanhou no grito.


 

[...]

 

Jaehyun estava em uma partida de basquete contra Yoongi, e por incrível que pareça o garoto era muito bom, bom até demais para uma criança de sete anos. Yoongi ficou realmente surpreso e animado.


— Vamos Jaehyun, é só isso que tem ? — O Min perguntou, dando um sorriso de lado, apenas para provocar.


    — Se eu te ganhar, você vai me dever um favor — O garotinho disse, animado e pegou a bola de Yoongi. Pontuando novamente com uma cesta.


    Mas estavam sendo justos, a cesta era intermediária, alta para Jaehyun e não grande coisa para Yoongi, a profissional estava grudada na tela de proteção, aos três metros de altura.
    Yoongi estava o deixando ganhar, mas ele era bom, bom de verdade.


— Faz parte do time da sua escola?


— Sou o pivô! — se vangloriou e marcou novamente
   

Foi nesse momento em que Taehyung chegou, mal entrou em casa indo direto para a quadra quando os viu do carro.
 


 

[...]

 


   

— Parabéns, filho! — O Kim disse, batendo palmas e o garotinho correu até o pai e se jogou em seus braços, comemorando.

 

— Viu, papai, eu ganhei de um adulto. — Jaehyun, disse com animação palpável na voz
   

— Sim, você foi ótimo, filho. Agora que tal, ir tomar um banho? — Taehyung perguntou e o menino assentiu. — Todos vocês, na verdade.

— Ele é ótimo. — Yoongi disse, se aproximando do Kim.


    “Ah, Min Yoongi, você é um pedaço de mau caminho não é mesmo?” pensou ao olhar o estado do rapaz; calça de moletom folgada preta, com uma blusa branca meio apertada, que deixava bem claro que tinha o tronco magro e estranhamente bem marcado por uma curva na cintura. Os cabelos meio bagunçados e o rostinho vermelho, ofegante, com um pouco de suor deixando ainda mais tentador.


— Com certeza, então — respondeu enfim, saindo do transe com uma tosse — Teve muito trabalho, hoje?


Minah e MinJae, continuavam ali. Porém nem o Kim, nem o Min, notaram a presença dos dois, Minah observava bem quietinha, os dois homens conversando, não era uma garota burra e muito menos lerda, era a mais esperta e inteligente da classe, afinal, ela já era fã de detetives e casos de romance.
 

— Não, não. Os três são ótimos — Yoongi respondeu sorrindo, ainda vermelho do cansaço — Certo, vamos todos pro banho. — chamou — Façam o trenzinho que eu ensinei.
   

— Piuiii! — Jaehyun gritou e ficou reto, Minah estendeu seus bracinhos nos ombros do irmão e Minjae suas mãos na cintura da irmã, era o máximo que alcançava.


— Que fofo, conseguiu ensinar isso? — Taehyung ficou animado, sorrindo para Yoongi.
   

— Interessante — Minah disse, enquanto via os sorrisos nada discretos que o pai mandava para o babá — Muito interessante, meu caro Minjae. — murmurou com um sorrisinho animado.
 

 

[...]

 


Mais tarde, quando todo mundo já estava de banho tomado e barriga cheia, um temporal enorme começou, sem dar sinal de trégua, duraria até cedo pela manhã certamente. Isso acabou prendendo o Min na casa do patrão, que insistiu para que o babá ficasse, insistiu até conseguir.
 


Agora todos estavam sentados na sala, vendo um filme. Quer dizer, Taehyung e Yoongi estavam vendo, porque as três crianças já haviam dormido há horas.


— Elas já dormiram, pode me ajudar a levar eles para cama, por favor? — O Kim pediu baixinho.


— Claro, sou pago pra isso né — Yoongi disse num tom brincalhão, Taehyung apenas riu e balançou a cabeça — Desculpe, força do hábito.


Yoongi pegou Jaehyun, enquanto Taehyung pegava MinJae e Minah, a pequena quase escorregou dos braços do Kim, e se não fosse pela ajuda de Yoongi, com certeza ela teria caído e o Kim se sentiria o pior dos piores monstros.

   

— Você já vai dormir? — Yoongi perguntou, se sentando no sofá, queria ser liberado de vez para ir dormir em seu quarto quentinho.
   

— Não, vou para o escritório, resolver algumas pendências do trabalho — Yoongi assentiu, mordendo o lábio inferior, que de jeito nenhum passou despercebido pelo patrão.
 

 

[...]

 


Não queria ficar sozinho na sala, estava sem sono e num tédio enorme. Porém, não podia ter a audácia de pedir ao seu chefe que ficasse com ele, até começar a sentir sono, só fazia isso com Jimin. Mas queria tanto companhia naquela noite chuvosa e fria, que chegava a se sentir tão manhoso quanto Minjae.


    Então, ele apenas assistiu em silêncio o Kim seguir para seu escritório no fim do corredor. E se perguntou o que teria no andar de cima da casa, que não lhe foi apresentado.

— Ah, pode assistir televisão na sala se quiser, ela tem filmes esse horário, pode comer também, já que não tem como voltar para casa, pode ficar o mais confortável possível.


— Agradeço. — disse com um sorrisinho pequeno e finalmente o chefe fechou a porta.


   

Voltando seu olhar para a TV, Yoongi deixou num filme de terror qualquer, e preparou um pote de pipoca para comer.


Taehyung saiu por um momento e se lembrou que Yoongi não tinha chuveiro elétrico, por isso insistiu que ele se lavasse em seu banheiro. Yoongi finalmente aceitou a oferta de Taehyung. Realmente não queria morrer de frio por tomar banho.


    Então agradeceu bastante ao patrão.

Saiu do banho com a toalha branca, que trouxe de casa, cobrindo até o tronco, estava frio demais. Em seguida, se olhou no espelho, e desceu a toalha na parte de trás, expondo as costas com suas belas asas calmas.
   

Foi nesse momento que o Kim entrou sem grandes cerimônias.


— Yoongi, eu—

 

Rapidamente e atrapalhado tentou esconder a tatuagem — Isso é ... — o senhor Kim tinha entrado.


    — Não se preocupe, — tapou rapidamente sua borboleta com a palma da mão — ficam cobertas.


— Eu… Deixe-me ver.


— Garanto que seus filhos não verão. — falou, já nervoso.


  — Yoongi, não sou doido pra achar tatuagens coisas ruins, algumas vêm com significados bonitos. Por favor, deixe-me ver…


— C-certo… — abaixou lentamente a parte traseira da toalha, revelando as belas asas. Taehyung se aproximou, encantado.

 

— Eu posso tocar? — questionou e Yoongi corou bastante.


— S-sim... — respondeu muito acanhado.
    Quando Taehyung tocou, um arrepio gostoso correu pelo corpo de cada um, e a medida que seus dedos desciam trilhando as penas e o degrade, as peles pareciam se conhecer, se amar e era maravilhoso.


    — É lindo. — Taehyung falou olhando diretamente nos olhos de Yoongi, estavam entrando num pequeno transe. Até que o Kim lembrou que estava com sua mão segurando Yoongi pela cintura — Err... O desenho e o degradê, eu digo... — falou meio atrapalhado — Hã? Eu posso? — perguntou agora pondo sua mão por cima da de Yoongi.


— Claro. — falou e tirou sua mão dali, voltando a cobrir seu tronco. Taehyung viu sua pequena preciosa borboleta.


Ah, como Yoongi temeu. Aquela borboletinha era especial demais para o mundo conseguir entender, enxergar sua alma, pois ela tinha uma, não conseguiriam entender como ela era alegre, cheia de vida, não a entenderiam de maneira alguma e por fim lhe magoariam, era tão sensível.

— Ela é tão bonita. — acariciou as asas delicadas e coloridas — Tão diferente das asas de anjo…


— Ela é especial, ela é a cor que falta em mim. — falou sorrindo com o olhar perdido em sua preciosa amiga.


— Gostei muito, isso é arte, e eu amo arte. — Taehyung falou baixo, rouco, encarando o rosto bonito de Yoongi.


O menor ficou quieto, se perdendo novamente no olhar do mais velho. Os olhos dele eram tão bonitos e profundos, parecia uma galáxia a ser explorada. Mal perceberam, mas os corpos se aproximavam sozinhos.


Só quando as respirações tocavam a face um do outro foi que notaram o que acontecia ali.
   

— Ah — Yoongi se afastou primeiro — E-eu ainda estou de toalha. — sorriu nervoso, com o rosto realmente vermelho, quem visse acharia que ele estava passando mal.


    — Ah, sim. Vou dar sua privacidade. — também falou nervoso e se afastou — E-eu trouxe seu celular... Ele estava tocando. — falou e coçou a nuca — E-eu... Eu vou sair.


    — S-sim, obrigada... — Yoongi soltou a respiração finalmente quando o seu patrão saiu do banheiro luxuoso — Eu... Sobrevivi. — respirou fundo, tremendo de leve, ações da adrenalina ainda presente. — Deus... Que homem! — exclamou baixinho — Porra... — olhou para si mesmo, vermelho como um morango.

 


Notas Finais


@Aako: vocês pediram e aqui está :3
Por favor considerem alguns erros, eu a a @Mr_ghost77 tentamos ao máximo, mas mesmo assim, como são muitas palavras, algumas passam despercebidas.
Ele tinha 7k de palavras, então diminuímos :3
Capítulo como o outro mescla nossas escritas, o que deu esse resultado lindo <3
Muito obrigado pelos comentários e pelos favoritos, ajuda muito <3
E enquanto esperam o novo capítulo deem uma olhadinha nas fanfics do projeto, que está comemorando os 200 seguidores, ok?
https://www.spiritfanfiction.com/perfil/quetoptaetop/historias

E essa interação hein? 🌚🌚🌚


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