História Um Bom Amigo - O Cachorro chamado...

- Okay... Jiminie certo?... - Perguntei pausadamente. Parei alguns segundos para tentar entender melhor o que estava acontecendo. Não vinha explicação nenhuma na minha cabeça. - Como entrou aqui!?!?
- Ué... Você me trouxe! - Falou e ficou me encarando como se aquela situação tivesse uma explicação óbvia.
- Tá... Eu te trouxe... COMO? - Tentei ser o mais clara possível.
- ... O cão... - Ele pareceu um pouco constrangido ao falar.
- Ah! Hahaha, claro! Até porque é muito possível um cão se transformar em humano. - Falei irônica, mas com uma mão massageando a testa, aquilo já estava me dando dor de cabeça.
- Mas... É verdade... - Fala um pouco relutante e me encara sério, eu o encaro de volta.
- Pera... É sério?... - Alguns segundos de silêncio tomam conta do ambiente.

- Toc Toc Toc! Soh Min Ha (Fala-se: Sô Minah) ?

Batem na porta; pulo da cama no susto.
- Droga! - Reclamo comigo mesma. O que meu pai pensaria em ver um garoto no meu quarto!?
Faço sinal de silêncio para Jimin que concorda com a cabeça.
Chego perto da porta e abro apenas o suficiente para meu pai me ver.
- Ah! Erh... Oi pai! O que faz aqui? - Pergunto segurando o ar de nervosismo.
- A pizza chegou!
- A-Ah, claro, a pizza! - Eu... Gaguejei?...
- Tá tudo bem filha? - Meu pai se inclinou um pouco para entrar, ou tentar ver o que tem no meu quarto.
- TÁ SIM CLARO! Já já eu desço! - Fechei a porta de uma vez.
- Aah... Okay... - Falou através da porta.
Assim que o ouvi sair suspirei.
Me virei de uma vez.
- Aigoo!! O que voc... - Procurei aquele garoto que não estava mais em meu quarto.
- Jiminie... ?
- Au au! - Olhei para baixo, lá estava o cachorrinho.
- Eu estou ficando louca? - Perguntei.
- Talvez, não tenho certeza. - Ouvi. Eu realmente não podia acreditar nisso! O cachorro acabou de falar!?
- Oh... Meu... Deus...
- Tá tudo bem? - O filhote que estava ali diante de mim realmente falou? Sim, ele estava conversando comigo.

Certo! Eu estou mesmo louca...

- C-Claro, por que não... S-Sabe, e-eu vou descer! Comer um pouco de pizza... - Falei me aproximando da porta.
- Oba! Pizza!! Não esquece de mim. (Jimin, haha) - O cãozinho falou enquanto lambia os beiços.
- Ta-Tabom... - Saí rapidamente do quarto e bati a porta forte. - Isso,  não está, acontecendo.
Desci as escadas rápido e fui até a cozinha, meu prato já estava pronto.
- Obrigada pai!! É pizza de que?? - Perguntei sentando-me na mesa.
- Mista! Sua favorita.
- Eee! Você é o melhor pai do mundo sabia?

Seria ainda melhor se não tivesse se casado de novo...

- Claro que eu sabia! - Falou com um tom convencido e mandou um beijo. Nós dois rimos.
- Ah! Estava ótimo! - Meu pai falou aconchegando-se na cadeira.
- Hmm, sim! - Falei também, minha barriga doía de tão cheia que estava. Sobrou dois pedaços.
- Ahr! Vou guardar isso que sobrou.
- Okay. - Respondi, mas logo lembrei de um ser auto intitulado Jiminie. - Ah! DEIXA QUE EU GUARDO! – Gritei. Será se exagerei? - P-Pode ir pra cima!!
- ... - Meu pai me olhou por um tempo, acho que eu o assustei. - Okay... Vou subir... – Ele se levantou e beijou minha testa.
- Certo. - Me levantei também, peguei a caixa com pizza e levei para a pia, que ficava ao lado da geladeira.
Esperei meu pai subir, peguei um prato e coloquei um dos pedaços.
Caminhei até as escadas, subi e parei um pouco na frente da porta; suspirei. Abri a porta.
- Você ainda quer piz... - Ao abrir me deparei com o garoto, ele estava dormindo, na minha cama! - Ei você! - Coloquei o prato em cima da estante e me aproximei.
Ele estava dormindo de lado, os cabelos caiam sobre seus olhos e suas roupas estavam bagunçadas. Confesso que ele estava tão fofo que fiquei com pena de acordar. Mas isso não vem ao caso!
Bati em sua orelha, ele abriu os olhos assustado.
- Aish! - Levantou-se. - Por quê fez isso? - Perguntou já sentado coçando os olhos.
- Você é louco!? O que acha que iria acontecer se meu pai entrasse aqui? Aigoo. - Reclamei e caminhei até a estante, peguei o prato. - Aqui está sua pizza! Coma e vá para a sala! - Ele se levantou da cama e pegou.
- Aigoo! Você é inacreditável... - Falou enquanto pegava o prato da minha mão, saindo do quarto.
- Ei! Aonde pensa que vai?
- Você não mandou eu ir para a sala!?
- Como um CACHORRO. - Respondi.
- Posso pelo menos comer? - Retrucou me olhando com uma cara de "Qual seu problema?"
- ... - Encarei-o de volta. - Okay! Coma e durma.
- Aish... Quando lambi seu nariz pensei que fosse mais legal...
- Quando você o que!?!? - Perguntei, sentindo minhas bochechas esquentarem ao imaginar ele, humano, lambendo meu nariz. - Saí logo do meu quarto!! - Gritei o empurrando. Puts, meu pai...
- Filha, tudo bem?? - Ouvi uma voz vinda do quarto do meu pai, logo no final do corredor. Inacreditável.
- Claro!! Erh, erh... Tou só brincando com o Jiminie!
- Jiminie!? - Perguntou. Ouvi um barulho de porta abrindo.
- Se esconde! - Sussurrei para Jimin.
- Segura! - Me entregou o pedaço da pizza.
- Filha? Quem é Jiminie!? - Meu pai perguntou olhando ao redor.
- Ah erh... - Olhei para o lado, um lindo e irritante filhote me encarava com a cara mais inocente do mundo; realmente inacreditável. - É o cachorro!! - Falei apontando para o mesmo.
- Aah! Entedi! Hahaha. - Ele parou por um segundo ao ver o pedaço de pizza que eu estava segurando. - Ainda consegue comer? Waaaah! A filha superou o pai.
- Ah!! Isso!? Ah sim... É... Claro! Hahaha - Eu realmente não sei o que falar em momentos assim.
- Bom! Vou voltar a dormir, não se esqueça que amanhã tem aula! - Ele bagunçou meus cabelos. - Boa noite pequena!
- Boa noite pai! Eu te amo.
- Também te amo meu amor... - Voltou para o seu quarto. Suspirei aliviada.
- Nossa, essa foi por pouco. - Falei.
Virei e dei de cara com aquele serumaninho ruivo.
- Aaah!! Que susto! Seu... - Não consegui completar, ele me encarava admirado. - O-O que foi... ? - Pergunto fazendo bico, involuntariamente.
- Nossa, você tem uma ótima relação com seu pai! - Ele falou, com um grande sorriso no rosto.
- B-Bom... É verdade... Pelo menos quando ela não está aqui... - Respondi.
- Ela...? - Ele perguntou, suspirei.
- Ah... esquece... Vai logo pra sala...
- Mas...
- Vai logo... Não quero que meu pai te veja assim...
- Entendi... - Ele se virou e saiu, foi descendo devagar as escadas.
- Ei... Jiminie!...
- Oi? - Se virou, já com um enorme sorriso no rosto.
- Boa noite! Obrigada por entender. - Falei. Sua expressão mudou, acho que não era isso que ele esperava, mesmo assim continuou com um sorriso.
- Hahaha, bom, somos amigos né? Essa é minha função aqui! Durma bem! - Falou. Sorri de volta.
- Obrigada... - Fechei a porta do quarto,  deitei, e dormi.