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História Um certo professor - Time...


Escrita por: Candywow

Notas do Autor


Eai
Boa leitura c:

Capítulo 63 - Time...


Alison


- E aí? Vai querer o copo ou não?

- me desculpa, eu estava destraída. 

Me ajeitei e peguei o copo de refrigerante que Gabriel me deu. Estávamos na sua casa, precisamente no fundo do seu quintal, observando a chuva de meteoros que se iniciaria daqui um tempo.

Johnny preparava uns filés de frango com um arroz soltinho, só o cheiro já me deixava morta de fome. Porém após tudo que já me acontecera, era impossivel não pensar em como minha família estava, e minha amiga. Eu tinha em minha mente momentos dos quais nunca esqueceria com eles e isso me matava. Fitei o chão cabisbaixa e Gabriel observou tomando um copo de cerveja.

- olha...veja pelo lado bom, pelo menos está segura.

Sorri de leve, passando a mão no rosto e balancei a cabeça negativamente.

- você nunca entenderia. 

- não mesmo. 

Ele terminou de tomar a latinha, e se deitou. Colocando os braços atrás da cabeça, se via as marcas de agulha no seu braço.

- porquê fez aquilo?

- aquilo o quê?

Ele falava sem me fitar.

- você sabe...heroína.

- ah. Não sei.

- como não sabe?...você poderia ter morrido...

Ele riu.

- nem, não é assim Alison. Não se preocupe.

- não faça mais isso...

- tudo bem.

Logo Johnny chegou com os pratos, e foi pegando o refrigerante para nos servir. Eu experimentei um pouco da comida e sorri.

- está muito bom.

- valeu.

Gabriel comeu e elogiou também meio sério. Percebi que aquela mínima conversa o havia irritado, porém não iria adiantar, nada do que eu dissesse. Simplesmente me deitei após a refeição e esperei a chuva. 

Logo após uma meia hora jogando conversa fora, os primeiros risquinhos foram aparecendo. Era lindo demais ver daquela parte, intensamente perfeito. Johnny parecia meio tenso, nervoso ou coisa assim, era fácil de notar, mas não disse nada.

Ficamos umas duas horas observando os meteoros, podia jurar que vi uns 200. Depois Gabriel se retirou, dizendo que iria tomar uma ducha, e sumiu.

Eu e Johnny ficamos abraçados ali, me sentia insegura com aquilo, pra cacete. 

- o que você tem?

- nada.

- acha que não notei tua cara?

- eu tô bem Alison...

Respirei fundo e continuei ali, tentando pensar.

- eu te amo Alison...

- eu...também te amo..

Me deu um beijo na testa, e se levantou, indo pegar um copo de água. Naquela noite, após Gabriel sair do banho, nos despedimos e fomos embora dormir.

No dia seguinte, não conseguia nem sair da cama de tanto desânimo. Eu não sabia aonde aquilo iria chegar, realmente estava indisposta. Os dias iam se passando devagar, Gabriel segue a vida sempre com uma cara de merda, e Johnny não demonstrava mas se sentia mal por aquilo também.









Já faziam 8 meses desde a minha entrada naquela cidade. Eu havia virado uma grande amiga de Gabriel, ele sempre me ajudara muito, e fiz várias amizades no bar que frequentavamos. Já estava totalmente acostumada com a vida que levava ali, descobri os pontos bons daquela cidade. Era bom estar ali por algum motivo, minhas tristezas haviam se acabado.

Porém Johnny...

Sempre com o famoso pé atrás. Eu queria saber o que o deixava daquela forma, mas ele nunca me falava, nunca dava um sinal. 

Quanto ao povo do bar, tínhamos uma mentira típica. Naquela nova vida, eu era uma garota que havia se mudado pra cidade com Johnny após nos "apaixonarmos", inventamos outra cidade, profissões, muitas coisas, que as pessoas nem notaram que era mentira. Até por que a polícia local de minha cidade não repassou o caso para outras unidades, outro erro fatal, e durante todo aquele tempo, afastaram os investigadores, e arquivaram o caso, falando que Alison possivelmente poderia estar morta, e eles não usariam dias, e homens pra analisar um caso "morto".

É claro que houve processo de minha família contra a unidade deles, mas como sempre, nada foi feito. O caso ficou totalmente abandonado, e ninguém mais tinha expectativas. Meus pais e familiares de outros estados, assim como amigos, se reuniram para lamentar minha possível "morte", abatidos, e fracassados. Não entendiam como aquilo poderia ter acontecido, e minha memória estava no coração deles, porém mal sabiam que eu estava viva sim, numa cidade escondida com praias exuberantes, e um pessoal maluco.

Após um tempo, Gabriel parou totalmente de usar drogas (apenas maconha ou LSD), e sentia muito feliz. Ele era o tipo de pessoa mais doida e jogada que eu havia conhecido, assim como seus amigos. Meu coração agora pertencia totalmente aquele lugar e ao meu Johnny.




Notas Finais


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