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História Um chamado para o coração - Making Decisions


Escrita por: Miraah

Notas do Autor


Eai gente, tudo bom? Sorry pela demora como sempre x-x.
Boa leitura, espero que gostem!

Capítulo 29 - Making Decisions


Fanfic / Fanfiction Um chamado para o coração - Making Decisions

— Ele não está lá. – Ela disse, em meio a ofegos, com os olhos tremendo em aflição. — Law sumiu.

Luffy só fez reproduzir a expressão de desespero no rosto de Nami ao ouvir aquilo.

— Eu tenho que achar ele. – Nami disse.

— Eu vou com você. – Luffy falou, já se movendo para perto de Nami, até ter ser impedido pelo aperto de Sabo em seu ombro.

— Não, você não vai.  – Sabo fitou eles dois em confusão. — Sim, o tio dele está com câncer, mas o que tem demais em ele ter sumido? O que exatamente vocês esperavam? Ele provavelmente quer ficar sozinho agora.

— Você não entende, Sabo. Você não conhece Law. – Nami disse, com a voz trêmula. — Ele não lida bem com momentos assim e depois do que aconteceu com Luffy... – Nami suspirou, desviando o rosto do rapaz. — Ele deve estar completamente perdido.

Luffy respirou pesadamente, pensando no que Nami definia como “completamente perdido” e como Law deveria estar naquele momento. Sabo apenas o repreendeu com um olhar.

— Luffy, você não pode...

— Ele ia me contar. – Luffy disse, de repente, parecendo um pouco perturbado. — Quando eu entrei no escritório ele disse que tinha algo pra me contar... E-Eu estava com tanta ruiva dele que eu nem...

Luffy não precisou terminar a sentença para que os dois entendessem de modo que Nami apenas inspirou nervosamente e Sabo voltou a falar:

— O que está acontecendo com ele não é sua culpa. – Sabo afirmou, firmemente.

— Sabo está certo. – Nami concordou. — Te contando ou não, eu não acho que isso mudaria alguma coisa. Você não precisa ficar pensando nisso, tudo bem? – Ela disse por fim, tentando tranquilizá-lo. — Só... Eu vou cuidar do resto. Vocês dois podem voltar comigo pra casa.

— Não. Eu quero ver ele. – Luffy protestou, os olhos suplicantes sob Nami. — Nami, por favor...

— Me desculpe. – Nami disse, balançando a cabeça em negação e depois fixando seu olhar em Sabo por alguns segundos. — Eu não posso simplesmente te levar comigo. – Ela explicou. — E Law... Confie em mim, você não iria querer ver ele desse jeito.

Aquilo não pareceu acalmar o garoto nem um pouco. Contudo, Nami havia sido verdadeira em suas palavras. Se Law havia sumido daquela forma, ele deveria estar fazendo alguma besteira. Ela tinha que resolver aquilo logo.

Sem sequer uma oportunidade de prolongar a discussão, Luffy assistiu Nami dar as costas para ele e Sabo, tomando frente no caminho em direção ao carro.

                                                   ...

 

Uma vez que dentro da casa de Nami, os três foram recebidos por Ace na porta. Ele pareceu surpreso ao ver Luffy.

— Ei, vocês chegaram cedo... – Ele observou. — Luffy! – Ele sorriu animadamente ao ver irmão mais novo. Luffy apenas deu um meio sorriso em resposta. – Ace não ficaria tão feliz ao saber o porquê dele estar ali.

— O que está fazendo aqui? Nós só vamos amanhã. - Ele perguntou. — E por que está usando essa roupa de hospital ainda?

— Luffy tem algo que ele contaria de contar pra vocês. – Sabo falou, com a face séria.

— Bem, conte. - Ace disse de modo despreocupado, não entendendo por que todos eles pareciam tão tensos.

— O vovô está acordado? – Sabo perguntou.

— O que? – Luffy virou o rosto para Sabo de imediato, parecendo ligeiramente nervoso com a pergunta. — Sabo, eu não-

— Sim, ele está. – Ace respondeu, franzindo o cenho para o modo como os seus irmãos estavam se comportando. – Havia alguma coisa errada.

— Nós deveríamos subir. – Sabo falou, por fim.

Ace assentiu e, enquanto seus irmãos se moviam em direção à escada, ele voltou seus olhos para a fachada da porta novamente, se perguntando quando foi que Nami havia saído tão rápido.

 

                                                         ~~~

 

A ruiva grunhiu de irritação, devolvendo seu celular para a bolsa.

Ah, ela já deveria saber daquilo. É claro que Kid havia bloqueado seu número. Ela não esperava algo muito diferente vindo dele, mas ainda assim... Ela teria que ir até o seu apartamento por causa daquilo. Uma ideia que ela detestava muito mais do que simplesmente falar com ele pelo telefone.

 

                                                  ...

 

— Kid...! – Nami chamou, batendo na porta mais uma vez em irritação. Ela já estava parada na frente da porta do apartamento há mais de dez minutos. Ela sabia que ele estava lá porque o porteiro havia dito para ela. – Então por que ele estava demorando todo?

Então, após mais alguns minutos de espera, finalmente, a porta foi aberta, fazendo com que Nami depara-se com Kid, que estava vestindo roupas folgadas de dormir. Ele também estava com o cabelo bagunçado e uma expressão cansada em seu rosto.

O homem apenas piscou os olhos algumas vezes e depois os fechou brevemente, balançando a cabeça em um gesto negativo enquanto o fazia.

Deus, não você...

— Você estava dormindo? – Nami indagou, com um claro tom de indignação na voz. — Você sabia que Law está sumido?

— Sim, sim. É claro que eu sabia. Eu deixei pra ele umas trinta mensagens. – Kid disse, passeando a mão pelo rosto. — Mas ele não respondeu nenhuma delas. Ele deve estar ocupado demais com aquele garoto pra isso. Acontece, não? – Kid deu ombros.

Nami grunhiu em frustação, fazendo um gesto com as mãos.

— Não, não! Qual é o problema de vocês?...Corazon está no hospital e Law esteve evitando todo mundo desde então.

— Espere, o que? – Kid disse, ligeiramente direcionando mais atenção para Nami.

— Ele foi diagnosticado com Câncer e então algo aconteceu com ele e Luffy... – Nami parou de falar então, respirando fundo novamente por um momento. — Eu vim aqui porque eu achei que você poderia saber de alguma coisa, mas parece que foi em vão...

— Oh, não... – Kid disse, com os olhos a pouco estreitados pelo sono, agora muito mais bem do que abertos. — Você já tentou ligar pra algum lugar? Falar com alguém?

Nami franziu o cenho e balançou a cabeça em negação.

— Não, eu não fiz nada ainda. Tudo aconteceu tão rápido... – Ela explicou, firmando seus olhos em Kid, logo em seguida. — Por quê? Você sabe de algum lugar onde ele possa estar?

— Eu tenho algumas ideias. – Ele disse, abrindo mais a porta e recuando um pouco da entrada. — Entre.

                                 

                                                  ~~~

 

— Espere. – Ace disse, ainda tentando absorver tudo aquilo que lhe fora contado. — Então, você está dizendo que você é gay? Por aquele cara?

Luffy engoliu em seco, sentindo-se tenso da maneira em que todos estavam com os olhos fixos neles.

A suíte de Nami era realmente espaçosa, de tal forma, que seu avô se encontrava um pouco afastado, na outra extremidade do quarto, sentado sob um sofá; Sabo apoiado na parede, de braços cruzados próximo à porta e Ace, sentado sob a cama, de frente para Luffy.

Luffy não respondeu.

Ace simplesmente riu nervosamente e depois passou as mãos pelo rosto – que estava vermelho naquele momento. De frustação, de choque, ele nem sabia por que. Ele estava passando por muitas emoções diferentes naquele momento.

— Eu não acredito que isso está acontecendo...

— Ace... – Sabo chamou, em voz baixa.

— E você... – Ace rosnou, levantando-se e direcionando sua atenção para o outro irmão. — Você devia ter me contado assim que soube...! Eu teria-

— Você o quê? – Sabo interrompeu-o, aumentando o tom de voz. — Você só teria deixado tudo pior ainda.

— E o que exatamente você fez? Cadê o maldito médico agora? Ele fugiu! Por causa de você!

— Garotos, parem. – Garp falou, chamando a atenção deles. — Não briguem na frente do seu irmão.

Ace olhou para seu avô irritado, com uma expressão de indignação.

— Velhote isso... – Ace voltou seus olhos para Sabo, faltando-lhe as palavras por um momento. — Isso estava acontecendo todo esse tempo? E você agiu como se... – Ace fitou Luffy, os olhos brilhando em acusação e irritação. Logo, ele se direcionou para o avô novamente.  — Você tem alguma ideia do quão errado é isso?

 

Eu sei. – Ele disse, o tom de voz firme. — Eu sei, tudo bem? Só tente se acalmar um pouco. Você está assustando ele.

Ace tomou um tempo para fitar Luffy então: Ele estava com os olhos tremendo, a expressão em seu rosto repleta de medo e aflição. Isso foi o necessário para que o maior franzisse o cenho de leve e soltasse um longo suspiro. Deixando seu corpo voltar para cama mais uma vez, ele sentou-se, tentando acalmar-se um pouco.

— Deixem ele falar. – Garp falou mais uma vez, agora olhando para Luffy. — Você ainda não terminou, não?

— Eu... – Luffy começou, encarando eles com um pouco de hesitação nos olhos. — Eu sei que vocês estão confusos e irritados... Eu também estaria. – Luffy inspirou fundo. — É difícil de entender, não é? – Luffy deu um meio sorriso, nervoso. — Eu mesmo ainda não entendo. E...Eu não vou defender Law e dizer o quanto ele é uma boa pessoa, porque ele não é. Ele fez coisas erradas. Muitas, na verdade. Ele foi ruim pra muitas pessoas. E eu ainda nem sei de tudo, mas... Ele foi bom pra mim. E é por isso que... É por isso que aconteceu o que aconteceu.

Luffy sentiu os olhares de seus irmãos mais intensos sob ele, o que fez com suas mãos tremulassem um pouco. Em resposta, ele rapidamente juntou-as, segurando-as uma sob a outra, como se aquilo fosse acalmá-lo de alguma forma.

— Eu o odiei pelo o que ele fez e eu ainda não sei se um dia vou perdoar ele por machucar minha família, mas ele me salvou também. Uma vez atrás da outra. E agora é ele quem está machucado. – Luffy olhou esperançoso para eles. — Por favor, me deixem ajudar ele.

— Não. – Ace respondeu de imediato, a expressão séria em seu rosto. — Você realmente está pedindo pra ficar? Depois de tudo aconteceu? Definitivamente não.

— Ace... – Luffy chamou baixinho.

— Você não percebe, Luffy? – Ace indagou, em voz alta. — Esse cara não se importa com você. Todas essas coisas que ele fez foi só porque ele queria se aproveitar de você.

— Isso não é verdade. – Luffy disse, ligeiramente irritado com o que ele ouviu. Ele nem entendia por que ele estava respondendo daquela maneira. Ele mesmo havia menosprezado Law tantas vezes nas últimas semanas. Por que ele ficava tão zangado quando outras pessoas o faziam, afinal?  — Você não o conhece como eu, Ace. Você não sabe...

— Sim, eu sei, Luffy. Eu sei que a única razão pela qual você acha que tem alguma coisa de boa nele é justamente porque você não o conhece! – Exclamou.

— Ace. – Garp chamou, movendo-se para perto do jovem de sardas. — Pare com isso. Nós vamos deixar Luffy aqui.

— O que? – Ele perguntou, com claro tom de refusa e surpresa em sua voz.

— Eu disse que nós vamos deixar ele aqui. – Seu avô repetiu, agora fazendo com que Luffy e Sabo o fitassem de maneira intrigada.

— Não, nós não vamos. – Ace falou, firmemente.

— Vovô, o que você está dizendo? – Sabo perguntou, confuso.

Garp respirou fundo, olhando para Luffy e franzindo o cenho levemente, parecendo estar em um tipo de impasse consigo mesmo.

— Independente se eu aprovo esse relacionamento ou não, se Luffy quer ajudar o médico, é isso que ele deveria fazer...

— Não. – Ace o interrompeu, irritado. — O que você-

— Contudo. – Garp continuou, ignorando os olhos frustrados e confusos de Ace sob si, como se estivesse falando “O que diabos você está pensando?”. — Depois disso, você tem que voltar pra casa e terminar os seus estudos.

Luffy respirou pesadamente por um minuto, entendendo imediatamente o que o seu avô estava tentando o propor. - Ele não poderia voltar. Depois de resolver o que quer que estivesse acontecendo com Law, ele não poderia voltar para ele. Pelo menos não tão cedo.

Ace engoliu em seco e recuou um pouco quando enfim compreendeu o que estava acontecendo. – Em um momento de reflexão, pela primeira vez, não sabendo exatamente como reagir. Sabo apenas assentiu em silêncio, esperando receosamente por uma resposta.

Em passos lentos e cálidos, Garp caminhou para perto de Luffy, apoiando uma mão em seu ombro, ele limpou a garganta antes de olhar bem no fundo dos olhos do neto e dizer:

— Eu não sou contra quem você é, Luffy. Eu quero que saiba disso. – Ele pausou por um breve momento. — Mas esse cara... Você não pode dizer que ele é o certo para você ainda. Não agora. Eu só não quero que você tome uma decisão que faça você se arrepender mais tarde.

Os olhos de Luffy tremeram ao ouvir as palavras de seu avô e ele fez hesitar um pouco antes de abrir a boca, mas ele não podia fazer aquilo: Ele não conseguia brigar com sua família, mas ele também não conseguia simplesmente deixar Law. E o que seu avô estava fazendo... Era uma espécie de oferta de paz. E aquilo era o que Luffy tinha de melhor no momento.

— Tudo bem. – Ele respondeu.

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


E com o próximo cap, vamos entrar oficialmente no último arco da fic, o arco do Law. Vocês estão preparados? ;)


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