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História UM COREANO PRA CHAMAR DE MEU (em edição) - 06. coisa de mulher casada


Escrita por: missling

Capítulo 6 - 06. coisa de mulher casada


Fanfic / Fanfiction UM COREANO PRA CHAMAR DE MEU (em edição) - 06. coisa de mulher casada

·Park Lili· 

Eu olhava indecisa para o cartão prateado dentro da gaveta da minha cômoda. Quase cinco anos antes, no dia seguinte ao nosso casamento, Park Dan me entregou aquele cartão de crédito. 

Ele me disse que não tinha limite e que eu deveria usa-lo caso precisasse de algo, ou simplesmente quisesse comprar algo. Eu jurei pra mim mesma que eu nunca, nunquinha, nunca na minha vida eu iria usar o dinheiro dele... Só que era uma emergência. Ou eu pedia pessoalmente a ele, ou usava a porcaria do maldito cartão. E era bem menos vergonhoso usar o cartão sem que ele soubesse do que pedir a ele, principalmente por estar evitando-o fazia dias, desde aquela madrugada, em que eu o encontrei na sala.

A emergência, não era assim, uma grande emergência. Mais era importante.

Faça-se notar. Faça-se notar.

Na tarde em que eu havia conhecido formalmente a ajuhmma, ela disse que bastava eu ligar. E foi isso que eu fiz. Faltava menos de um mês para a festa da empresa, onde eu iria dar o primeiro passo para não perder meu marido e ferir meu orgulho. E para isso, eu precisava de coisas novas e Gi Gomi estava me ajudando naquilo. Ela disse que me levaria para uma botique que ela adorava e que também, no dia da festa, iria me dar um dia de princesa. E eu aproveitaria e deixaria minha Biscoito no petshop.

Desci as escadas calmamente, segurando firme as alças da minha mochila, perdida em meus pensamentos. Eu ainda não achava que usar o cartão dele era uma boa ideia.

- Onde vai? - a voz meio rouca de Park Dan me assustou, tanto que eu dei um pulinho assustada. Olhei para a sala e o vi, sentado no sofá, folheando uma revista sobre negócios, Biscoito estava deitada ao seu lado, aproveitando uma das mãos dele que, a cariciava lentamente. Traidora. Pensei.

- Sair com a ajuhmma. - respondi indo até a cozinha para beber água.

- Minha avó não gosta que chame ela assim, você sabe disso. - falou, concentrado nas páginas da revista. 

- Não estou falando da avó.

- Conhece alguém fora meus familiares? - senti um tom de deboche em suas palavras.

- Estou morando aqui a quase quatro anos, o que acha? - devolvi no mesmo tom voltando para a sala. - Vem, Biscoito... - falei um pouco alto, fazendo a gata miar. - Anda, neném, vamos... Vai tomar seu banho hoje, lembra? Vem! 

Ele riu pelo nariz quando a gata pulou do sofá e caminhou até mim lentamente. Como se estivesse dopada.

- Não vai nem pedir minha permissão?

- Oi?

- Você sempre saí quando bem quer, isso não é coisa certa para uma mulher casada fazer. 

- Você nunca está em casa, por isso não pesso permissão. - falei engolindo um "Você me trai quando bem quer, isso não é coisa certa para um homem casado fazer, seu filho da puta!" A última parte falaria em meu idioma de origem pra ele não ficar tão puto assim comigo. 

- Eu estou agora, não vai pedir? 

- É como se não estivesse. - sussurrei.

- O que disse?

- Não. - por que não preciso da sua permissão!

Peguei Biscoito no colo e sem esperar que ele me contestasse ou tentasse me impedir, sai quase que correndo o apartamento. Minha vida era fingir dele. 

Ficou louca Lilith Castelli?! Bufei, irritada comigo mesma. Eu ainda não estava acreditando no que tinha acabado de fazer. Ele tinha me notado, com certeza, ele tinha,  só que eu não sabia se era de um jeito bom, na verdade eu tinha quase certeza que não foi de um jeito bom. 

***

- Eu sempre venho aqui quando quero um modelo único, original. - disse ajuhmma quando entramos na boutique ela havia me levado. - A dona daqui mesma quem desenha os vestidos. São incríveis. Se ela for com a sua cara você pode ter um vestido desenhado exclusivamente pra você... 

Assenti. Se todos fossem tão bonitos como os da vitrine, eram realmente uma obra prima.

- Bom dia, senhora Gi! - uma moça pareceu. Era vendedora, pela roupa. - Como foi a viagem de volta para casa? - perguntou tirando o sobretudo de pele da mulher mais velha.

- Bem, obrigada.

- E a senhorita, seja bem vinda. - disse tirando o meu casaco. - Qual seu nome?

- Ela é a esposa de Park Dan. - Uma voz feminina invadiu o ambiente, seguida por uma mulher alta. Ela era muito bonita, tinha cabelos curtos e era uma autêntica asiática.

- Nos conhecemos? - perguntei um pouco envergonhada, vendo ela se aproximar de forma elegante. 

- Não acho que você me conhece, mais todo mundo da alta sociedade coreana sabe quem é você. - me lançou um sorriso amigável. - A estrangeira que ocupou o lugar que muitas queriam. Está ao lado de um dos homens mais influentes da Coréia, isso não é pra qualquer uma.

- Não é pra tanto... - falei envergonhada.

- Claro que é, não seja tímida. - me estendeu a mão. - Eu sou Zin Hy Mio.

- Pode me chamar de Lili. - apertei sua mão.

- Sejam bem vindas a minha boutique. - olhou para a ajuhmma e se curvou. - É uma honra te-las aqui. - olhou para a funcionária. - Continue o que estava fazendo. Eu cuido delas. - se virou para nós, colocando as mãos no quadril. - Como posso ajudar?

- Lili precisa de um de seus modelos para a festa de cem anos da empresa que vai ocorrer daqui três semanas, também é a comemoração de quatro anos de união entre ela e Park Dan. - explicou ajuhmma.

- E o que tem em mente, Lili? - perguntou e começou andar, seguida por nós.

- Eu não sei, na verdade. Não tenho nada muito concreto em mente.

- Gosta de cores frias ou quentes?

Olhei para meu vestido azul claro.

- Eu geralmente uso cores frias, discretas.

- Então precisa de uma cor quente... - Hy Mio olhou para a ajuhmma, que assentiu. - Se a intenção é causar, vermelho pode cair bem. Vermelho sempre cai bem.

- Eu gosto da ideia. - Gomi concordou. - Mostre-nos alguns modelos, por favor.

- Venham por aqui.

***

- Ficou perfeito, querida. Tem que levar. - insistiu ajuhmma. 

- Tudo bem, vamos levar. - acabei cedendo.

- Aproveita e leve aqueles outros três, ficaram lindos em você.

- Não tenho certeza, ajuhmma.

- Uma mulher sempre precisa de vestidos, Lili, não discuta com sua ajuhmma!

Depois que eu paguei com o cartão prateado, quando estávamos de saída, Hy Mio me parou. 

- Me dê seu número, vamos marcar de sair um dia. - me entregou o celular. 

Sorri. 



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