História Um delírio que nos fixa (Changlix) - Aventuras em alto mar (ou quase)

Felix continuava em cima de mim, olho para os lados preocupado caso tenha alguém por aqui, mas não vejo nada além de nós. Estava ansioso, por mais que pareça uma noite normal, ela é especial, tanto para o loirinho quanto para mim. Planejei tudo, e está tudo de acordo com o que planejei, apenas uma coisa deu errado: o rap que eu iria fazer para Felix. Não sei, me preocupei em fazer ele voltar a falar comigo durante a semana que me esqueci de escrever algo para ele, porém não irei deixar isso passar em branco sem contar como me sinto.

Meu objetivo inicial de estar aqui hoje com certeza era realizar uma fantasia do meu parceiro, não era ser romântico ou qualquer coisa do tipo, simplesmente era ter prazer. Mas toda vez que olho para Felix fazendo questão de me agradar, já é uma foda que arrasa com todo o meu psicólogo, não pouparei os meus sentimentos.

- Nunca esqueça de hoje, está bem? – ele morde a minha orelha e senta em mim tirando a minha camisa. A espera foi tanta para essa hora que quando sinto ele sentando em mim meu membro já pulsa. Ele fica sentado encarando tudo, mas em um ataque surpresa seus lábios sedentos se encontravam passeando por todo meu abdômen. Eu estava nervoso, meus batimentos estavam acelerados, e situação só piora quando o vejo com a mão sobre a elevação na minha calça, suspiro. Ele fica de pé e me ergue gentilmente me apoiando no pega-mão do barco de frente para ele. Suas mãos seguravam meus braços e ele me beijava lentamente – Se prepare – seu sorriso um tanto malicioso me deixa empolgado. Olho para os lados novamente enquanto minha calça era tirada pelo o outro.

- Felix – falei com a voz baixa após ele me fazer ficar de costas para si. Eu conseguia sentir sua respiração em minha nuca e seus lábios encosta-la levemente, me arrepio

- Changbin. Deixa eu começar- sua mão estava em meu pênis, fazendo movimentos lentos – Você é muito bonito nu – ele ri e eu coro –Pena que você vai estar acabado no final – ele continua me masturbando, e eu tentava segurar os gemidos, mas sou obrigado a soltar quando sinto Felix me penetrando aos poucos

- Era pra eu... Felix, pra eu fazer isso – era pra eu estar dando prazer pra ele, mas não posso reclamar numa situação dessas

- Cala a boca e aproveita – seus movimentos ficam mais rápidos, tanto a penetração quanto os dedos brincando com o membro. Felix gemia sem vergonha, com vontade e eu mordia meus lábios para impedir – Geme, Changbin! Que droga, para de segurar – ele morde a minha orelha e aperta o meu pênis com força, gemo, alto, e ele se mostra mais animado ainda.

- Caralho – falo ao ver que o que ele desejava não é tão idiota. A luz no barco refletia na água, a lua estava brilhando, o vento se acalmou e agora está mais leve. Felix arranhava as minhas costas com uma mão e a outra ele apoiava sobre a minha no pega-mão

- Bonito, né? – ele tira seu membro de mim –Nem eu imaginava que seria assim – me viro para ele, me abaixo, suspiro antes passar a minha língua por sua coxa. Minhas mãos faziam movimentos em seu pênis e ele ainda me olhava sorrindo surpreso, subo, e começo a lamber seu membro ainda com minhas mãos o estimulando. Ele puxa a meu cabelo me fazendo olhar em seus olhos, ele mordia os lábios e me deu uma vontade enorme de dizer as mesmas palavras que ele me disse, mas, não demorou muito para os gemidos se tornarem evidentes, subo com a minha língua pelo seu corpo o lambendo todo, ao chegar em seu pescoço o beijo loucamente

- Minha vez – sorrio e Felix concorda. O loirinho estava se posicionando, mas eu o puxo fazendo seu corpo colar no meu. Ambos estávamos ofegantes e eu suava, colo meus lábios nos dele, sem beija-lo –Dança pra mim? – ele não me responde, apenas abaixa a cabeça –Dança pra mim, Felix – diferente do pedido anterior, agora falei em um tom de ordem, e ele suspira passando suas mãos pelo meu corpo. Mesmo sem música ele tentava manter algum ritmo. Estava de pé e ele sarrava em mim, cada toque era um arrepio

- Quer o meu corpo, quer? – ele sorri e sussurra em meu ouvido. Puta que pariu, como não se importasse ele volta a dançar. Adorava ver em seu rosto o gosto com qual ele dança.

- Felix – o puxo, caindo e fazendo ele cair perfeitamente em meu colo de costas para mim, mas ele se vira, envolve meu pescoço com seus braços, meus lábios com os seus, e o meu membro recebe um agrado quando Felix delicadamente rebolava nele. As luzes por algum motivo se apagaram, Felix se assustou e parou, mas ao ver que não tinha nada voltou a me beijar

- Pode mudar de posição quando quiser – ele para, eu sorrio constrangido deitando ele sobre as almofadas. Apoio um braço próximo a Felix e o outro no pega-mão, enfio somente o começo fazendo pequenos movimentos, ele gemia e na proporção que eu o penetrava mais alto ele gemia. Seus olhos se fechavam e ele se contorcia. Meus braços cansam, então apoio os antebraços no chão, não parando os movimentos e ficando mais próximo do rosto de Felix. Nossas respirações se chocavam e ele passa suas mãos pelo meu pescoço

- Da próxima vez eu escolho o lugar

- Tanto faz o lugar – sua voz estava fraca –Só continua – ele gemia e minha mente já estava mais acelerada que o normal

- Queria que essa noite fosse especial – mordo seu queixo e orelha

- Está sendo – ele sorri – Changbin, mais rápido- engulo o seco, mas é uma ordem. Acelero meus movimentos e beijo ele. O loirinho morde a minha língua, e ao olhar para baixo vejo que ele já chegou no que podia –Não para – ele pedia entre os gemidos, mas alguns segundos depois foi a minha vez, me surpreendi de não ter um orgasmo antes do jeito que a minha mente estava acelerada e fora do lugar com aquele garoro. Caio ao seu lado e me cubro com um edredom que consegui alcançar, Felix também se cobre com ele.

- Desculpas

- Pelo o que?

- Nunca consigo dizer o que sinto

- Mas eu te satisfaço? – ele me olha preocupado – Porque, me sinto muito bem quando transamos

-Claro, eu também fico muito bem – sorrio.

Me arrependi de não ter jantado antes, porque eu poderia ver que além do rap eu me esqueci de outra coisa. Felix ainda estava se vestindo, e eu procurava o número de algum lugar que estivesse aberto e fosse próximo, mas todos são distantes. Caminhamos até o restaurante perto daqui, mas estava fechado, a única opção é uma lanchonete ao lado, que chato, justo porque eu queria algo mais refinado para o jantar

- O que vão querer, meninos? – a moça chega anotar nossos pedidos, pedimos vinho com pizza de camarão.

- Desculpas- falo rindo de nervoso –Eu esqueci de ver sobre o jantar

- Tudo bem, quer melhor do que vinho e pizza de camarão?

- Não sei, eu só queria te surpreender

- Já surpreendeu muito, se você tivesse me levado jantar em algum lugar chique eu ligaria para sua mãe dizendo que você estava doente.

Voltamos para o barco, dessa vez havia um casal caminhando pela praia, Felix me olha rindo e vai correndo, não sei como ele consegue ter essa animação após tudo o que aconteceu hoje. Nos deitamos, amanhã cedo iremos passar na casa do irmão do Jisung para tomarmos banho e outras coisas, mas agora eu só quero dormir

- Da próxima vez o barco vai ter que estar no mar. No meio do mar – ele me abraça, não acredito que ele está reclamando –Não reclamando, mas seria interessante também

- Está bem. Boa noite

- Boa noite. Te amo – sorrio com tais palavras e me viro para ele o abraçando

- Também te amo – beijo sua testa –Mas agora descanse bem para amanhã voltarmos para casa.