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História Um dia antes da formatura - O clichê da primeira vez


Escrita por: Softsintese

Notas do Autor


Mais um cap, espero que gostem :3

Boa leitura <3

Capítulo 6 - O clichê da primeira vez


Havia muita adrenalina para que eu conseguisse dormir e em como a música Ritual eu acabei deixando Hoseok entrar em minha mente. 

Hoseok e eu descemos juntos do carro, após pagar a corrida, fomos até a pequena fila que tinha na boate. Que apesar de pequena parecia que demoraria, a casa estava cheia pelo visto.

— Ainda bem que hoje está uma noite quente. — Tentou puxar assunto.

— Você não consegue mesmo ficar calado, não é Hoseok?

— Grosso.

— Não foi uma reclamação. — Neguei.

Eu quase ri quando ele tentou emburrar e não falar mais nada. O motivo foi que nem se passou dois minutos e ele já estava olhando para os lados, querendo abrir aquela sua boquinha pra falar sem parar de novo.

Hoseok falava muita abobrinha, desde um “olhe aquela pessoa” até para “você usa meia furada também?”, eu nem sabia como lidar com ele, eu apenas o olhava e murmurava uma resposta curta. Na verdade mesmo não lhe dando uma resposta, ele mesmo se respondia e já engatilhava outra pergunta. Era como se ele ficasse nervoso e ansioso perto de mim.

Quando chegou a nossa vez, pagamos pela entrada, o segurança pediu nosso documento apenas para confirmar a idade e depois carimbaram nossas mãos dando a passagem.

A casa noturna era escura e bem iluminada ao mesmo tempo, dava para se ver onde se andava, mas tinha um ar sombrio. As luzes brilhantes e coloridas lembrava o LSD, nunca usei, porém foi a primeira coisa que veio na minha mente.

As pessoas dançavam, bebiam e se pegavam. Tudo ali era bem o esperado, só que mais barulhento do que esperei, não conseguia nem ouvir meus pensamentos daquele jeito. 

Não queria bancar o chato, por isso sabia que precisava me soltar logo, era só um monte de gente estranha e bêbada, não tinha porque eu me importar com o que pensariam de mim.

Quem visse de longe provavelmente me acharia só mais um embriagado.

Puxei Hoseok pelo pulso até a pista de dança, nos misturando com o pessoal que estavam ali. Pulando juntos, movendo o corpo de forma frenética.

O meu olhar cruzou o do Hoseok, enquanto nós dois apenas curtia o momento.

Sorri abertamente para ele, o vendo sorrir também, Hoseok se aproximou de mim segurando na lateral do meu braço, aproximando a boca do meu ouvido.

— Me sinto em um filme americano. — Foi o que ele sussurrou.

Talvez fosse o clima do lugar, mas eu me senti arrepiado e tentado a ir um pouco mais adiante nas minhas provocações. Mesmo que Hoseok nunca fosse levar elas a sério, quem liga? Só se vive uma vez.

— Se fosse um filme americano esse filme seria gay demais — respondi.

— O que? Eu não consigo te ouvir, fala mais perto da minha boca.

Acabei rindo puxando a camisa dele, se deu bola é porque gosta. 

— Gay, você é muito gay — repeti com os lábios próximos ao dele.

— Você que dá em cima de mim desde o hospital se bobear.

— Eu sou mais gay que você — respondi ficando nas pontas dos pés o beijando.

Orientação sexual era algo confuso, que se precisava pensar com clareza, com tempo. Mas eu não tinha mais isso. O que eu sabia era que eu sentia vontade de beijar Hoseok naquele momento, se isso me fazia gay, bi, pan, não dava a mínima.

Para a minha surpresa, Jung não fugiu, ele correspondeu vindo pra frente segurando em minha cintura e fechando os olhos.

Não havia nada melhor que beijo na boca quando se está no meio de gente bêbada pulando que nem cangurus. 

Foi incômodo, toda hora alguém acertando uma cotovelada em mim. Entretanto, mesmo que tenha sido um fracasso aquele beijo, senti a língua de Hoseok contra a minha me fez sentir nas nuvens.

Eu temia que meu nariz sangrasse a qualquer momento, ou que eu desmaiasse, passasse mal. Porque eu não queria que nada estragasse aquele momento, porém sabia que até agora eu estava com sorte da quimioterapia não ter me derrubado, que ocorreria quando eu menos esperasse.

Os médicos estimaram que com três meses eu estaria indisposto e talvez precisasse faltar a escola e ficar em casa descansando o restante da minha vida. Mas eu não me sentia pior do que mês passado, estava igual.

A tempestade vem depois da calmaria ou é a calmaria que vem após a tempestade?

Não se lembrar daquela expressão me deixava ainda mais nervoso e com medo de acabar estragando aquele momento — desajeitado — incrível. 

Naquela noite dançamos, beijamos, rimos, as horas iam passando e parecia perfeito demais pra ser real.

Hoseok me puxou até o banheiro daquela boate, nos trancamos em uma repartição e lá demos amassos de verdade. Com direito a mãos bobas e tudo mais. Foi a primeira vez que me peguei assim com alguém, mas eu gostava daquilo, de como as mãos de Hoseok se fechavam em minha bunda ou em como seus lábios inchavam comigo judiando com os dentes. 

Maltratar aquela boquinha macia era um prazer prazeroso.

— Vamos culpar a bebida amanhã? — perguntei suspirando sentindo a boca dele descer para meu pescoço, chupando a minha pele me deixando todo arrepiado.

— Sim, vamos falar que não sabíamos o que fazíamos, o clichê de ficar bêbados e pegar o amiguinho — riu me lambendo me deixando excitado.

— Vamos pra algum lugar? 

— Você quer mesmo ir? — parou de me tocar olhando preocupado, quase como se eu fosse louco de querer pular toda aquela baboseira de beijos e encontros.

Hoseok parecia ter esquecido que eu não tinha tempo pra isso, que talvez amanhã eu não fosse capaz de aguentar transar. E se eu tinha a chance de não morrer virgem, eu iria aproveitar.

— Eu sou fácil, então, vamos?

— Ainda pergunta? Claro que sim, vamos embora daqui.

Hoseok segurou em minha mão me puxando para fora do banheiro, enquanto com a outra mão ele habilmente já ia chamando um uber. Não demorou muito, quando estávamos do lado de fora apareceu o carro.

Fomos para um motel ali pertinho, foi meio constrangedor, o motorista parecia com vergonha, olhei pra Hoseok pensando em dizer algo descontraído, mas o flagrei todo vermelho e tímido. Então ele estava sem jeito? Ah, como é fofo.

Pagamos a corrida e fomos até a recepção, eu cuidei de tudo, como havia ganhado um dinheiro extra eu pedi um quarto legal, com hidromassagem. Apresentamos nossos documentos e recebemos autorização para subir.

Quando chegamos ao quarto, entramos e trancamos a porta. Parecia bem limpo, mas se eu pensasse quantas pessoas já transou naquela cama eu me sentiria agoniado. Havia uma TV, uma banheira, frigobar e uma cômoda com um pote em cima cheio de preservativos. 

— Onde havíamos parado? — questionei me sentando na cama, me abaixando tirando meus tênis e meias.

— Na parte que eu chupava seu pescoço — respondeu se sentando ao meu lado tirando os sapatos também.

— Prossiga. — O puxei pela camisa o fazendo ficar por cima, enquanto me deitava na cama o olhando nos olhos.

Hoseok beijou e chupou a pele do meu pescoço novamente, fazendo todo aquela excitação retornar ao meu corpo. Puxei a camisa de Hoseok o despindo, tocando com as minhas mãos, apalpando toda aquela pele macia.

Minha blusa também foi puxada e tirada. Hoseok se abaixou mais, chupando meus mamilos, alterando, usando seus dedinhos pra me provocar. Gemer era meio constrangedor, mas quando se está excitado é difícil ligar e pensar nessas coisas. 

A minha mente estava longe, estava apenas curtindo o momento. 

Bolamos na cama, fiquei por cima sentado em seu colo, tendo a minha vez em colorir sua tez bronzeada. Nos despimos, beijamos, mordemos e tocamos. 

Ficamos completamente nus, envolto de toda a luxúria daquele momento. Fiquei em uma posição constrangedora e quente, enquanto ele enfiava seus dedos repleto de saliva em meu interior, alargando-me e deixando-me pronto para o que viria a seguir.

Naquele momento não havia dor, medo e nem angústia, apenas a ansiedade de experimentar mais daquelas sensações.

Sentir a boca de Hoseok em meu pênis só não foi melhor do que quando envolvi seu falo em minha língua, vendo como ele gemia e se contorcia de prazer.

— Se doer me avisa — pediu ficando por cima novamente, entre minhas pernas, após colocar o preservativo.

Assenti, com um sorriso de idiota em minha boca. Não sei se isso é se apaixonar, espero que não, mas não importa. Tudo começou de um jeito estranho, a forma como nos aproximamos nem foi natural. Antes éramos o nada e agora somos amantes.

O destino por mais que tentamos prever, é impossível, às vezes doloroso e outras imensuravelmente belo.

E não havia nada mais belo que os cabelos de Hoseok grudados em sua testa suada, enquanto ele se enterrava dentro de mim e se movia devagar, mordendo os lábios lutando para não gemer.

O abracei forte, beijei sua boca todo desajeitado por conta dos nossos corpos estarem em movimento. Quando alcançamos o ápice eu me senti vivendo um faz de conta, onde o final não era tão utópico, mas que o meio disso era extremamente divertido.

Eu não queria saber quais eram as intenções de Hoseok comigo, porque não importava, tudo que eu queria era viver intensamente cada momento. 

E nesse momento eu queria experimentar mais do que ser passivo.

— Então, é a minha vez agora? — sorri sacana e o vi ficar todo corado.

— Não está cansado? — perguntou.

— Você me dá muita energia, Hoseok.

Fiquei sobre ele, segurando em seu pênis o masturbando para que ele ficasse rijo novamente. 

— Se doer eu aviso — falou desviando o olhar, mostrando mais de seu lado envergonhado e fofo.

— Se doer você aguenta. — O provoquei um pouquinho.

— Você é um tremendo filho da puta sádico, Yoongi.

— E você gosta.

— Com certeza, mas eu que mando aqui. —Me derrubou na cama, mostrando que iria ter o controle sobre meu corpo, não importando quem era ativo ou passivo da vez.

E naquela noite eu realmente não voltei para casa, me diverti como queria, transei com Hoseok até meu corpo não aguentar mais e depois dormir abraçado a ele. E mesmo que ficasse dolorido no dia seguinte, eu sentia que valia a pena.

Mas eu não conseguia estar satisfeito, tudo parecia pouco, eu estava faminto, com uma sede incurável de viver. 

 


Notas Finais


O que acharam?

Até mais :3

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