História Um Gangster Em Minha Vida - Capítulo 38

Zayn on:

Pennsylvânia.

Estados Unidos, quase na fronteira do Canadá, aquela voz me pareceu muito com a da Piveta, mas é impossível, oque a Ayla tem haver com o velho ja que foi ele quem a sequestrou? Neguei com a cabeça tentando deixar isso pra lá, mais não conseguia, algo me mandava ir ate lá.

Meu celular tocou e eu atendi sem olhar.

-Fala?

-Boa Noite menino Malik.- Levantei rapidamente a vista ao saber quem era.

-Seu velho filho de uma puta, eu juro que quando eu te pegar tu vai sofrer pior que um cão seu desgraçado.- Falei entre dentes ao ouvir sua gargalhada no outro lado da linha.

-Calma garoto, pra quê tanto ódio? Só liguei pra saber quando vira buscar sua amada, ou se ainda tiver a chance de pega-la com vida não é?

-Acha que me põe medo? Voce pode ter conseguido achar meu ponto fraco, mas estamos empatados nessa parte porque eu também tenho seu ponto fraco em mãos.- Falei me levantando de onde estava chamando atenção dos caras. Eles me olharam.- Qual é coroa? O gato comeu sua língua?- Apontei pra Niall e logo em seguida pro celular, ele pareceu entender e correu pegando seu equipamento de rastreamento.

-Oque quer dizer com isso?

-Adivinha, não é tão esperto assim?- Niall e Louis montavam o equipamento e Liam mexia no computador enquanto Harry ativava o rastreador.

-Seja mais claro.

-Não tão rapido meu amigo, vamos conversar primeiro, vai que da tempo de eu conseguir mais alguma coisa sua, tipo...sua base no brasil.- Niall fez um ok com a mão e Liam me mandou seguir falando.- Topa um sócio? Ou prefere que eu a tome pra mim?

-Como sabe da minha base no brasil?

-Soube por acaso, tipo, seu antigo fornecedor que deixou escapar sabe?- Harry fez um legal com a mão e Louis assentiu.- Bom, vai pensando ai, ate la, acho bom não fazer nada contra minha mulher, ou vai se arrepender muito por isso, que fique bem claro.

Desliguei e fui ate la onde o sinal vermelho indicava onde eles estavam.

Mas esse lugar...

-Pennsylvânia?- Falei confuso.- Mas, esse lugar foi oque a...Que estranho.

-Quem oque?- Indagou Niall.

-A Ayla, me ligou hoje pela manhã e enquanto ela falava alguém gritou ao longe o nome Pennsylvânia, parecia muito com a voz da Piveta, só que...ela disse que havia sido sua empregada.

-Empregada?- Disse Liam confuso.-Desde quando um hotel tem empregada? Que eu saiba é camarera e serviço de quarto, não empregada.

-E muito menos gritam pra os seus patrões.- Falou Harry.

Franzi a testa e caminhei ate a janela. Ayla falou sobre a Pennsylvânia e é la que o Robert esta com a Piveta e o Bieber, mas...Não pode ser só coincidência, e tudo isso num mesmo dia.

-Cade meu celular?- Falei voltando pra onde eles estavam e Liam me deu o mesmo.- Preparem o rastreamento.

-Oque vai fazer?- Disse Louis.

-Voce ja vai saber!- Falei discando o número, agora é só ver se isso é realmente apenas coincidência.

(...)

Ayla on:

Ele saiu de dentro de mim se jogando pro lado.

-Ainda não sei oque pretende fazer maltratando a Broke desse jeito.- Me virei pra ele.

-Ela me humilhou Jus, me fez sair nua da casa do Zayn e ainda por cima toda arranhada, ja tive raiva dela no momento que soube do seu namoro com o meu noivo.

-Ex noivo, vocês deixaram de ser no momento que levou aqueles tiros.

-Que quase acabaram com minha vida tirando a dos meus filhos.

-Nossos filhos, lembre-se que tambem eram meus.- Disse ele levantando e sentando na beirada da cama.- Ainda mato o seu pai por isso.

-Entra na fila baby, o Z também falava isso, ate aquela bonequinha de porcelana se meter no meio.- Me sentei na cama predendo o cabelo num coque frouxo.- Vem cá, você...Não sente nada por ela...sente?- Perguntei pro mesmo que suspirou e me olhou por cima do ombro.

-Pena...é isso que eu sinto pela garota, pena.- Falou e olhou pra frente novamente.

-Certeza?- Ele assentiu depois de uns segundos mas estava pensativo.- Ok, então, acho bom nem ver oque irei aprontar com ela essa madrugada.

O mesmo virou-se rapidamente pra mim.

-Ayla...- Pus o dedo indicador em seus lábios o calando.

-Calma...Não é nada físico fica tranquilo, aquele corpinho dela precisa se sustentar de pé.

-Isso quer dizer que não vai mais surra-la?- Perguntou esperançoso. Sorri.

-Não.- Ele suspirou aliviado.- Por enquanto.- Me olhou indignado e se levantou colocando sua boxer preta, estava irritado, não sei com oque.- Ah qual é Jus, quantas vezes fizemos isso la em Veneza? Voce se divertiu tanto nesses 2 anos e agora ta ai todo irritadinho com coisa boba.

-Coisa boba Madison? A garota ja começou com os sintomas do Dimetil Mercúrio* e você ainda pensa em espanca-la novamente?- Levantei a sobrancelha e gargalhei de leve.

-Certeza que essa preocupação toda é apenas Peninha dela Bieber?

-C-claro que é, não sinto nada mais que isso por ela, você que vê coisa onde nao tem.- Vestiu sua calça e a camiseta.- Preciso sair, vou ver como estão as coisas sobre o carregamento de ouro do seu pai.

Pus minha langerie vermelha e fiquei de joelhos na cama.

-Ja estão a caminho de Londres, espero que consiga desvia-las, ja deixei tudo pronto era só pedir pro fornecedor transeri-las, ele ja esta esperando o pedido.- Ele assentiu. Engatinhei ate ele.- Não ganho nada?

-Não, ate desistir de machucar a garota.- Pegou seu celular e as chaves do seu Porche.- Pensa nisso.

E saiu do meu quarto fechando a porta.

Sorri comigo mesma.

-Eu ja pensei baby, ah se pensei.

(...)

Broke on:

O frio era tanto que sentia minhas mãos dormentes. Esfregava uma na outra o tempo todo na intenção de esquenta-las mais não adiantava nada. Hoje mais cedo, eles me soltaram da cadeira me deixando solta pelo galpão ja que era impossível de conseguir fugir sozinha. Ainda sinto algumas dores pelo corpo e ainda são visíveis os vários hematomas roxos indo pra verdes, uma coisa louca.

Caminhava por ali vendo tudo meio claro por causa da Lua, havia várias coisas enferrujadas, presas ao chão por correntes grossas e enormes, tinha ate uma guilhotina antiga acreditam?

Agora oque eu achei estranho era  que ao entrar numa sala bem espaçosa, havia um daqueles aparelhos de cinema antigo mais com aspecto novo sabe,  posicionado em frente a uma tela mediana também nova na parede. Franzi a testa e me aproximei mais ainda tocando no aparelho.

-Mas...pra que puseram isso aqui?

-Boa Pergunta Bonequinha!- Pulei de susto me virando rapidamente vendo a cadáver se aproximando. Usava suas inseparáveis botas de salto alto, calça de couro preta e camisa de manga longa vermelha cobrindo ate o pescoço, (cruzes) ja vi que ama essa cor porque ne. O cabelo estava preso num rabo de cavalo alto.- Curiosa voce ne?

-Achei que não te veria mais essa madrugada, tereis pessimos pesadelos.

-Ah tera mesmo, falou uma verdade agora.- Falou parando e trocando o peso do corpo pra outra perna apontando com sua unha feat Zé do caixão( se é que me entendem hihi ) pra mim.- Bom, não quero demorar muito pois tenho muitas coisas pra fazer ao amanhecer, entao vamos iniciar a sessão?

Eu a olhava sem entender nada.

Ela caminhou ate o aparelho e o ligou após por uma fita la. O mesmo começou a rodar e logo vi a imagem dos meus pais em preto e branco na sala da nossa casa la em Winnipeg.

-Mãe, Pai.- Falei sentindo um nó na minha garganta. Eles estavam de joelhos com as mãos pra trás e machucados, bem machucados. Minha mãe chorava e meu pai os olhava mortalmente.

-Vocês ja fizeram uma coisa errada pondo aquela Garota no mundo sabiam? Por isso merecem o destino que teram hoje.- Dizia Ayla no vídeo de frente a eles.- Você.- Apontou pro meu pai.- Que tal ver tudo do alto?

Não entendi oque ela quis dizer ate que dois dos caras o levaram ate o meio da escada onde havia uma...corda pendurada no teto.

-Ai meu deus...!- Falei olhando a cena.

-Aprecie a cena senhora O'Brian.- Disse Ayla rindo vendo os homens prendendo a corda no pescoço do papai e o levantando.- Podem jogar.- E eles fizeram.

-NÃO!!!- Gritei ao ver que jogaram meu pai por cima da escada fazendo o mesmo ficar perndurado pela corda em seu pescoço o sufocando. Eu chorava igual minha mãe no vídeo, ela muito mais ja que estava abaixo dele vendo tudo.

Vi Ayla se aproximando com uma marreta em mãos e arregalei os olhos.

-Essa é a primeira melhor parte do vídeo.- Disse ela atrás de mim. 

No vídeo, ela se aproximou atrás do meu pai que se debatia tentando respirar, sorriu pra minha mãe e começou a acertar marretadas nas costas, pernas, quadril, ombros, todo o corpo do meu pai o fazendo gritar de dor e minha mãe só chorava de olhos fechados não querendo ver a cena.

-Para esse vídeo...para!- Pedia e  mesma fingia não me ouvir. Minha boca permanecia coberta pela minha mão vendo meu pai sendo morto em frente a minha mãe. Sua morte foi terrível, além de ter sido enforcado sofreu a dor de ter cada osso do seu corpo quebrado. Ele havia parado de se debater indicando sua morte. Meu choro ja ecoava por todo galpão. 

-Papai...meu paizinho...eu sinto muito...!- Soluçei vendo a cena dele ja sem vida pendurado pelo pescoço enquanto seu sangue escorria do mesmo. Mas, se minha mãe também esta morta, agora é a vez dela.-Para isso Ayla, desliga essa coisa pelo amor de deus, eu não quero mais ver isso!!- Pedia ja me desesperando ja que eu era muito apegada a minha mãe.

-Calma, ja esta quase acabando, falta a segunda melhor parte do vídeo ainda.- Ela estava sentada num lugar não tão alto do galpão com um pequeno controle em mãos.- Pronta?

-Não...por favor!- Ela gargalhou e apertou o play seguindo o vídeo. No mesmo, minha mãe era jogada no chão e logo em seguida Ayla pisava em seu peito com sua bota.

-Ja a senhora dona Bianca O'Brian, por ser a quem deu a vida aquela puta da sua filha, tera um destino pior que o do seu querido Willian aqui em cima.- Pior? Se havia coisa pior que isso eu desconheço.

Ela se afastou de cima da minha mãe sumindo da cena por alguns segundos. Até que...

-Broke meu amor...- Era minha mãe falando comigo.- Saiba que a mamãe e o papai te ama muito, quando sumiu não deixamos de te procurar ate seu namorado entrar em contato com agente e dizer que estava bem...nos enviava fotos suas, vídeos com seus amigos, voce estava feliz era isso que importava.- Sorri, por isso ele tirava fotos minhas todos os dias com minha câmera.- Ele vai cuidar de você como nos prometeu meu amor, é um ótimo rapaz.- Vi seu olhar mudando pra medo olhando pra um lado que não dava pra ver no vídeo.- Por favor moça, não mostra a minha filha, ela não merece ver isso...

-A essa hora ela ja esta vendo, tarde demais senhora O'Brian.- Disse Ayla e minha mãe olhou pra câmera.

-Mamãe te ama amor, sinto muito por isso!- Mal terminou de falar, vi sua perna do joelho pra baixo ser arrancada por um machado me fazendo gritar enquanto me abaixava no susto. 

-NÃO MÃE NÃO!!- E assim foi durante 25 minutos, arrancado parte por parte do seu corpo com um machado, eu gritava tampando os ouvidos pra não ouvir seus gritos agoniantes de dor.- PARAA PARA ISSO PARA POR FAVOR....MAE...- O choro me consumiu durante toda aquela tortura. A dor que eu estava sentindo era pior que um tiro no peito.

O vídeo finalmente tinha acabado com a cena dos dois mortos congelada naquela tela mediana a minha frente.

-Tortura Psicológica...bom método não é?- Disse ela descendo de onde estava.- Bom, sobre oque disse mais cedo...terá pessimos pesadelos hoje.- Meu choro não cessava, eu estava desnorteada, fora de mim.- Ate mais bonequinha.

Falou saindo do galpão na mesma hora que atendeu uma ligação, foi quando eu soltei um grito alto e agudo.

Eu não iria aguentar por muito tempo.