História Um Hibrido Chamado JungKook - Um Kook Em: Não Vou Deixá-lo Tristinho!

Yoongi se levantou do sofá assim como Hoseok, levei minha mão até a cabeça me sentindo perdido.

-Calma, eu...vou te levar ao hospital, você precisa ir para lá...sabe se avisaram sua mãe? – Perguntou Yoongi vindo apressado até mim e segurando em meus braços, neguei e olhei para JungKook que a essa altura já tinha percebido que algo estava errado, ele olhava para mim com um semblante preocupado, e isso me fez sentir um aperto no coração.

-Não se preocupe, Jimin, vou ficar com o Kook até que tudo esteja bem...vá com o Yoongi ao hospital... – Jin hyung disse tocando em meu ombro, confirmei e caminhei até JungKook o abraçando forte.

-Eu prometo que voltarei...só...espere um pouco – Murmurei baixinho para ele ouvir, Kook confirmou em silencio, com isso Yoongi abriu a porta da casa de Jin e saímos indo até o carro dele, Suga não dizia nada, apenas acelerava pelas ruas focando-se no caminho, mas podia ver que ele me olhava vez ou outra de canto de olho, enquanto mordia o lábio inferior com força.

Eu não sabia o que sentir, nem como agir naquele momento, apenas deixava meu corpo me guiar pelos corredores do hospital, assim que chegamos, os outros médicos e enfermeiros passavam por mim, enquanto eu avançava pelo corredor já sabendo para onde eu tinha que ir, quanto mais avançava mais parecia que demorava a chegar, como se por mais que eu corresse nunca chegaria ao final do túnel, era essa a sensação que sentia conforme caminhava apressado pelos corredores.

Depois de tanto tempo, de tanto trabalho duro, de tantas tentativas, porque agora? Porque justo agora? Perguntava enquanto via a porta do quarto a minha frente, com minha mão tremendo levei ela até a maçaneta da porta e a girei, o quarto estava iluminado quando entrei, normalmente sempre estava escuro, vi ele deitado na mesma cama e com os aparelhos e maquinas enormes ao redor, essas que tinham o deixado esse tempo todo vivo.

Engoli em seco e em passos pesados e vagarosos me aproximei de sua cama, senti um solavanco dentro do meu corpo quando seus olhos se abriram e miraram nos meus, vi um pequeno sorriso e um brilho intenso em seus olhos me darem um choque de realidade, meus olhos se encheram de lágrimas e eu segurei sua mão com força, recebendo seu aperto que a muito tempo esperava receber.

-Appa... – Sussurrei, sem conseguir impedir de um soluço escapar de minha garganta, seus olhos brilhavam tanto, pareciam querer dizer muitas coisas, me ajoelhei ao seu lado e mordi o lábio inferior, tentando não deixar outros soluços saírem – Que bom que eu pude ver você acordado novamente...eu tenho...tenho tantas coisas para contar...eu estivesse esse tempo todo esperando para contar que...eu sou um homem agora e sou independente...que tenho uma casa só para mim e que...estou cuidando bem da mamãe... – Chorando solucei e tentei secar minhas lágrimas – Tenho tantas coisas para dizer...você precisa me ouvir...você precisa continuar a me ouvir todos os dias...Appa... – Falei enquanto olhava para ele, uma lágrima correu pelo canto de seus olhos e eu solucei a secando enquanto acariciava seu rosto – Você...vai me ouvir? Eu posso...posso contar a você o que...o que aconteceu desde que você esteve aqui? – Perguntei e ele piscou vagarosamente, e eu respirei fundo confirmando – Eu arrumei um emprego no mesmo restaurante que você trabalhou...não como cozinheiro, mas...trabalhei com todos os chefes que foram seus...seus companheiros..., mas devo dizer que não fiquei por muito tempo...meu chefe era um grande tirano e...eu sempre chegava atrasado – Falei rindo em seguida, vi um novo leve sorriso brincar em seus lábios – Mas depois que eu saí de lá, encontrei outro trabalho...em uma churrascaria...e você não vai acreditar...meu chefe é um dos seus amigos da escola de culinária onde estudou... – Falei e fiz uma pausa para impedir outro soluço – Desculpe por não ter vindo antes...por não ter...terminado o ensino médio, por não ter ido para a faculdade que o senhor queria que eu fosse...que não me graduasse na mesma escola que você, em culinária, como você tanto sonhou que eu fizesse...me desculpe por ter dito que odiava você no dia que saiu da casa da mamãe, me desculpe ter ficado sem falar com você por dois meses e ter me afastado do senhor... – Baixei minha cabeça encostando minha testa em sua mão, a qual eu segurava, e chorei alto.

Eu sentia uma dor tão forte em meu coração, como se alguém tivesse o apertando cruelmente em meu peito, eu esperei tanto pelo momento em que ele acordasse e voltasse para casa, que ele pudesse voltar a cozinhar, a fazer aquilo que ele amava fazer, a ser o melhor dos melhores cozinheiros que todos aclamavam.

-Ji..min – Levantei minha cabeça rapidamente ao ouvir sua voz, rouca e fraca, ele sorriu ao ver meu rosto e com dificuldade levou sua mão até meu rosto o acariciando, outra lágrima rolou por seu olho – Eu...te..nho...orgu...lho...de...você...eu....te...a..mo...s...seja....sempre....o...meu...cam...cam...peão... – Ele sorriu novamente e me olhou por mais algum tempo, solucei alto e segurei sua mão que caia a levando de volta para meu rosto.

-Eu também te amo...eu também te amo Appa!! – Exclamei deixando as grossas lágrimas pingarem no colchão, em seguida olhei para seu rosto e neguei sentindo ainda mais dor – Não... – Sussurrei e me levantei o abraçando com força – Appa... – Grunhi puxando sua cabeça para meu peito, com isso ouvi o barulho alto da máquina que mostrava o batimento cardíaco, apitar em um piado agudo e contínuo.

[..]

-Jin? – Chamei Jin, enquanto estávamos sentadinhos no sofá da casa do Jin, ele me olhou com um pequeno sorriso – O papai do hyung vai ficar bem, não é? – Perguntei com um biquinho, vi o sorriso de Jin tremer e ele confirmou engolindo em seco.

-Sim Kook...ele vai...ficar bem – Falou fazendo um carinho em minhas orelhinhas, baixei meus olhinhos para meu colo mordendo meu lábio, olhei para a porta da casa de Jin e suspirei.

-Kook não quer que o Hyung fique triste...Jin? – Chamei novamente olhando ele – Se o hyung ficar triste...como o Kook vai poder ajudar ele? Kook prometeu que não deixaria o hyung ficar triste...Kook jurou de dedinho – Comentei sentindo meus olhinhos arderem, Jin me puxou para um abraço apertadinho, mas não como aqueles que ele sempre dava em mim, era apertado, mas era quente e calmo.

-Você vai saber Kook...no mesmo certo você vai saber – Murmurou Jin e percebi que ele chorava, fiz biquinho o abraçando de volta.

-Yoongi está demorando para ligar...vou ligar para ele e ver se está tudo bem – Ouvi Hobi dizer baixinho, não parecendo com o Hobi que fazia o Kook rir até a barriguinha doer, olhei para ele e ele estava tristinho, nisso o meu narizinho ardeu, não queria que ninguém ficasse tristinho, eu não gostava de ver pessoas tristinhas.

-Não precisa... – Ouvimos a porta se abrir e Suga entrar por ela dizendo aquilo, saí do abraço do Jin e saltei até a porta o vendo fechar ela logo em seguida.

-Onde está o meu hyung, Suga? Ele não veio com você? – Perguntei sentindo meu coraçãozinho doer, Suga olhou para mim e suspirou.

-Não Kook, ele não veio ainda..., mas não se preocupe ele vai vir até você...só que agora...ele precisa passar um tempo com a mãe dele... – Explicou e em seguida passou por mim e se sentou no sofá ao lado de Hobi, com isso Jin se levantou e foi para o banheiro fechando a porta logo em seguida, fechei minhas mãozinhas com força.

-O Kook quer ver o Hyung... – Comecei e os demais me olharam, ergui meus olhinhos para eles – Kook quer ver o hyung agora! – Exclamei indo até Suga.

-Kook, não é hora para isso...você precisa entender que – Começa ele, mas eu nego e o corto.

-Kook quer ver o Hyung, Kook quer estar com hyung agora, Suga...leva o Kook até o hyung! – Exclamei e ele me encarou irritado.

-Para com isso JungKook! Você não percebe a situação?! O pai do Jimin morreu! Ele precisa ficar com a mãe dele! – Exclamou alto, me fazendo encolher levemente, baixei os meus olhinhos e levei minha mão ao meu coraçãozinho, ele doía muito, e eu não gostava disso.

-Kook prometeu... – Comecei com meus olhinhos fechados, em seguida olhei para Suga – Kook prometeu que não deixaria o Hyung triste, que iria sempre fazer ele feliz, que não iria deixar ele chorar...Kook prometeu...Kook precisa ir até o hyung...Suga...o hyung precisa do Kook! – Falei deixando meus olhinhos chorar, Suga bufou, mas antes que ele pudesse falar alguma coisa, Hobi sorriu e tocou no braço dele.

-Leve o Kook até o Jimin... – Falou olhando para ele, Suga fez uma careta – Kook está certo, Jimin precisa dele...a mãe dele tem o seu padrasto, ela vai ficar bem, mas o Jimin não tem ninguém...ninguém além do Kook – Falou e Suga me olhou, em seguida confirmou.

-Certo, então vamos coelhinho...vamos até o seu hyung – Murmurou se levantando e sorrindo levemente para mim, agradeci o Hobi e fui junto de Suga até o seu carro, me sentei no banco da frente junto com ele e logo ele ligou o carro indo para onde o hyung deveria estar.

Olhei para a janela do carro e fechei minhas mãozinhas novamente, eu queria vê-lo, queria abraçar o Hyung, queria secar suas lagrimas, eu amava o hyung muito, e doía meu coraçãozinho quando pensava que ele poderia estar tristinho.

Quando chegamos, eu abri a porta e corri para dentro do hospital, meu coraçãozinho batia rápido dentro do meu peito, eu queria tanto, tanto ver o hyung, olhei em volta e corri para a esquerda, para onde estaria os quartos, Kook já tinha vindo aqui, quando o TaeTae acabou batendo com o carro no Kook, por isso Kook sabia onde eram os quartos.

Não demorou muito e vi o Hyung sentado no banco de frente para o quarto onde o seu papai deveria estar, tinha uma mulher na porta junto com outro homem, ele poderia ser o papai do TaeTae, mas não dei tanta importância, corri até o hyung e me joguei em seus braços o deixando surpreso.

-K-Kook?! – Exclamou ele me abraçando de volta para que eu não caísse, segurando o choro, olhei para ele que tinha os olhos vermelhinhos e ainda molhados, estreitei levemente meus olhinhos quando senti uma dorzinha ruim dentro do coração – O que faz aqui? – Perguntou ele com a voz levemente falhada.

-Kook...Kook prometeu que não deixaria o hyung triste, Kook precisava vir...o hyung precisa do Kook – Falei e ele me olhou surpreso, em seguida sorriu me abraçando com força.

-Kook...obrigado... – Sussurrou enquanto chorava no ombrinho do Kook, o abracei de volta e deixei também os meus olhinhos chorar.

-Não se preocupe hyung...Kook não vai deixar o hyung ficar tristinho...Kook promete...Kook nunca vai deixar o hyung tristinho...Kook jura de dedinho...