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História Um Homem de Família - Um Homem Que Perdoa


Escrita por: palomamyo

Notas do Autor


Oi anjos
saudades?
foi mal pelo sumiço >----<
mas voltei com todo o amor do mundo <3

Capítulo 15 - Um Homem Que Perdoa


Um Homem de Família

Cap. 15: Um Homem Que Perdoa

A M A R O

 

 

Kyungsoo gostava de seu novo trabalho, era bem tranquilo e todos o tratavam muito bem. Seu chefe era bastante educado e simpático, nunca alterava a voz para falar com ninguém e tratava todos como iguais, ômegas, betas e alfas, também nunca agira de maneira deselegante ou o desrespeitou de alguma forma. Kyungsoo se sentia nas nuvens com aquele trabalho. Também fizera novos amigos, entre eles estava Dahyun, uma ômega tagarela que ocupava a mesa ao lado, ela era uma boa pessoa para se ter uma conversa agradável, mas as vezes Kyungsoo se cansava de tanto ouvir ela falar do namorado e de como ele era perfeito.

Já não aguentava mais, se tornara irritante.

— Kyungsoo, eu posso perguntar algo? — a Kim o interrompera no meio do trabalho, arrastando sua cadeira com rodinhas até a mesa do mais velho.

— Claro, pode perguntar o que quiser.

Pra falar a verdade Kyungsoo não falava muito sobre sua vida pessoal, por mais que a mais nova amiga sempre fizesse perguntas, evitara falar sobre ter um filho, não que sentisse vergonha disso, ele só não queria expor sua vida para pessoas que conhecia há tão pouco tempo. O máximo que Dahyun sabia era que Kyungsoo havia deixado a faculdade depois de cursar apenas um ano e que o mesmo morava sozinho em um apartamento no centro, o resto ele sempre se esquivava.

— É que... — a mais nova mordiscou o lábio, começara a achar que estava passando dos limites, mas já havia começado a falar e certamente Kyungsoo a convenceria de fazer sua pergunta de todas as formas — É que você sempre usa roupas tão caras, quer dizer, eu posso ver que a camisa está usando é uma Armani legítima e que seu jeans é um Guess e esse relógio é um Cartier de verdade, eu não poderia comprar essas coisas nem se trabalhasse a vida toda. Se é tão rico, por que trabalha aqui? Quer dizer, nem o nosso chefe usa roupas tão caras, você nem deve precisar desse trabalho.

Kyungsoo poderia contar a história que quisesse, mas certamente não diria a verdade completa, ninguém precisava saber que ainda estava com o cartão Black de Kim Jongin, ninguém precisava saber que o pai de seu filho deixava que ele ficasse passeando por aí com seu dinheiro, ninguém precisava saber disso. Poderia dizer que já fora muito rico um dia e que perdeu tudo, poderia dizer que havia achado no lixo de uma loja, poderia dizer que trocaram sua mala no aeroporto, estava livre para inventar qualquer coisa.

Mas se lembrara das centenas de vezes que Dahyun se gabara do namorado, ele também tinha o direito de se gabar um pouco, de ficar por cima da carne seca e mostrar que também podia ter um namorado que o mimava muito, que havia fisgado um peixão.

— Ah, eu não sou rico. — respondeu, estava tentando fingir que havia ficado constrangido — Isso tudo são presentes do meu namorado, ele sim é muito rico.

A ômega ficara surpresa, Kyungsoo nunca havia falado de nenhum namorado.

— Não sabia que tinha um namorado. — ela disse, aparentemente interessada demais, até colocara os cotovelos sobre a mesa — E muito menos que ele era rico.

— Ainda é meio recente, mas eu não consigo evitar os presentes, Jongin adora me mimar, ele disse que nada no mundo o deixa mais feliz do que o meu sorriso.

Quando menos percebera a mesa já estava rodeada de cadeiras, os demais funcionários estavam todos ali para ficar ouvindo sobre o tal namorado de Do Kyungsoo, o ômega aproveitou o momento para encher a bola do alfa, contando um milhão de histórias sobre ele, o que incluía jatinho particular e noites em Paris, além de comentar sobre o Kim querer lhe dar um carro, mas o mesmo acabar não aceitando por não saber dirigir, também comunicara que o mais velho vinha sempre o buscar no trabalho e que poderiam até ver quando ele chegasse em seu carro importado. Não medira as palavras e procrastinaram o serviço por boa parte daquela tarde.

No fim do expediente do alfa viria busca-lo como sempre, até mesmo lhe mandara uma mensagem dizendo que já estava do lado de fora o esperando. Quando saiu, metade dos funcionários do escritório foi para a porta para ver o tal namorado do Do, muitos ainda meio desconfiados quanto a alguém tão perfeito. Por muita sorte, Jongin estava do lado de fora do carro, impecavelmente arrumado em suas roupas pretas e com seu topete bem organizado, sem que um único fio estivesse fora do lugar.

Kim Jongin era um pecado e agora metade dos seus colegas de trabalho sabiam disso.

Quando se aproximou do alfa, o abraçou pela cintura e beijou seus lábios rapidamente, com um sorriso enorme no rosto, tão grande que chegava a ser bem falso.

— O que foi, Kyungsoo? — o Kim estranhara tamanho carinho, normalmente Kyungsoo só entrava no carro já pedindo para irem logo.

— Entre no carro e eu te explico.

Os dois entraram no carro, Kyungsoo ficou esperando que Jongin saísse dali logo, estava com aquele sorriso amarelo, o mesmo sorriso que Mingyu fazia quando havia aprontado, já ali Jongin sabia que não vinha boa coisa. Dirigia bem devagar, esperando que o ômega contasse a história toda ainda no caminho, mas o menor parecia estar procrastinando isso, ou se preparando para a provável bronca.

— Pode ir falando, ômega, você está muito estranho.

— É que eu falei pro pessoal do trabalho que você é o meu namorado. — confessou, já choramingando — Mas eu falei muito bem de você, só disse coisas boas, eles provavelmente devem estar te imaginando como o homem mais perfeito do mundo, compreensivo, amoroso e que está sempre disposto a fazer seu ômega pequeno e lindinho, no caso, eu, muito feliz.

Terminara sua confissão com um sorriso bem exagerado.

O alfa arqueou uma das sobrancelhas, Kyungsoo viu pelo retrovisor, mas ele não parecia ter ficado zangado com sua mentirinha boba.

— Tá. — e foi a única coisa que ele disse.

O silêncio reinou por uma longa parte do caminho, Kyungsoo se perguntava o que se passava pela cabeça do Kim, se ele estava planejando alguma vingança por isso ou coisa do tipo. Percebera que estava ficando paranoico e que Jongin não usaria uma coisa dessas contra ele, não podia ficar pensando como se tivessem 16 anos e ainda estivessem no ensino médio vivendo uma fanfic sobre chantagem e favores sexuais.

Mas uma foda boa quando chegassem em casa não faria mal.

— Jongin... — o chamara, estava roendo a unha para disfarçar — Ficou zangado por eu ter mentido?

— Olha, eu não costumo apoiar pessoas que mentem.

— Ah, não fica zangado! — o menor choramingou — Estou sensível pela falta dos remédios, você sabe disso.

O mais alto o olhou pelos cantos dos olhos, Kyungsoo era bom com chantagens emocionais e acabava sempre usando sua abstinência dos remédios como desculpa para todas as vezes que fizesse alguma coisa que não podia. Em partes o Kim entendia isso, Kyungsoo estava sensível demais, se irritava e chorava muito fácil, já perdera as contas de quantas vezes o viu chorando por qualquer rabisco que Mingyu fizesse, por qualquer elogio que fizesse a ele. Também o vira se irritar várias vezes, acabar gritando com ele por motivos pequenos e depois vir correndo abraça-lo para pedir desculpas. A verdade era que Do Kyungsoo estava uma complicação só.

Ele precisava ter um cio e se normalizar logo, do contrário acabaria com a sanidade mental do alfa, que já não sabia o que fazer com aquelas mudanças repentinas.

— Você precisa ter esse cio logo. — o mais velho murmurara, um tanto impaciente, precisava confessar, mas não pela mentira de Kyungsoo e sim pelo que estavam vivendo nos últimos dias, o ômega ficava cada dia mais sensível e mais irritado, mais bipolar também — E voltar ao normal.

— Eu tô normal.

— Você tá me deixando louco.

Já fora o suficiente para Kyungsoo se irritar e virar a cara, não falando mais nada por todo o caminho. Mas a noite eles fizeram as pazes, Jongin acabou dormindo na casa do menor, o que fez com que ambos se atrasassem para o trabalho na manhã seguinte, quase fazendo Mingyu se atrasar para a escola, fora uma manhã tão corrida que acabaram enviando Mingyu para a escola com a camisa pelo avesso, coisa que só foi percebida no caminho e tiveram que ajeitar tudo no carro.

No dia seguinte o burburinho sobre o tal namorado de Kyungsoo ainda era grande, vez ou outra alguém fazia alguma pergunta sobre Jongin e até mesmo perguntavam o que ele fazia da vida, Kyungsoo só dizia que ele era empresário, mas não informava exatamente o que ele fazia. Jongin na verdade era dono de uma grande marca de produtos para cabelo, o que ia de shampoos até tintas para coloração, era uma marca bastante conhecida no país e também fora dele.

Fora no meio da tarde, quando ninguém esperava por nada, que um entregador apareceu segurando um imenso vaso com flores vermelhas, chamando a atenção de todos os presentes, quando Kyungsoo viu o vaso vindo em sua direção, ele não sabia que reação ter, era simplesmente lindo e parecia surreal.

— Sr. Do Kyungsoo? — o entregador parou diante de sua mesa, o ômega estava quase em choque.

— Sim.

— Seu alfa manda dizer que você é o motivo da felicidade dele. — logo o entregador deixou o vaso sobre sua mesa, pedindo para que o mesmo assinasse para confirmar que recebeu o pedido.

Sua vontade era de dar gritinhos histéricos e ao mesmo tempo queria chorar muito diante daquilo. Jongin não existia! Claro que ele achava que o Kim estava fazendo isso apenas para reafirmar sua mentira, mas precisava confessar que parte de si havia acreditado que aquilo era mesmo de coração.

Logo vários de seus colegas de trabalho já estavam ao redor de sua mesa, curiosos quanto às flores e querendo vê-las mais de perto, era o momento perfeito para Kyungsoo falar um pouco mais sobre o quanto ele e Jongin estavam apaixonados e vivendo um romance épico.

 

No fim do expediente o alfa o buscou novamente, mas desta vez não saiu do carro para espera-lo do lado de fora, Kyungsoo entrou com um sorrisinho no rosto, ansioso para comentar sobre o quanto seu presente havia sido o assunto do dia. No entanto, o Kim estava bem quieto, como se não tivesse feito nada, ou apenas esperando que o Do dissesse alguma coisa, coisa que logo aconteceu, pois Kyungsoo não se aguentava mais.

— Ai, Jongin, aquelas flores estavam tão lindas! — o ômega disse, estava bastante animado — Todos comentaram bastante e tenho certeza que vão falar pelo resto da semana.

— Que bom que gostou.

— Obrigada por confirmar minha mentira, mas eu fiquei bem surpreso, não imaginei que fosse me mandar flores, quer dizer, eu adorei, mas foi bem inesperado.

— Quem disse que eu te mandei flores pra confirmar sua mentira?

— E não foi? — o menor ficou confuso — Então por que você me mandou flores?

O alfa o olhou por dois segundos, não acreditando que o Do não havia entendido o que ele queria com aquilo. Riu sozinho, balançando a cabeça negativamente, talvez ele precisasse ser ainda mais claro para que o ômega viesse a entender. Talvez o problema tenha sido justamente o momento, Jongin não acreditava em momento certo para o pedido certo, não era tão bom assim em ser romântico.

— Escuta, Kyungsoo, que tal dormir lá em casa hoje? Bom me ligou e disse que o Mingyu estava ajudando a fazer o jantar, as chances de ter massinha de modelar dentro são grandes, mas precisamos apoiar o nosso filho caso ele queira se tornar um mestre cuca.

— Vai ser bom estar na sua casa caso eu tenha uma intoxicação por massinha.

 

 

No fim das contas Kyungsoo acabou ficando, não era mais problema ficar ali, já havia deixado algumas peças suas se misturarem no guarda-roupa do alfa, até gostava por elas ficarem com o cheiro do mesmo, era bom, pois podia sentir Jongin sempre perto. Mingyu dormiu no quarto que dormira das outras vezes, após ter dado um escândalo para dormir com os pais e Jongin não ter deixado, pois ele já estava grandinho demais e não podia ficar dormindo com eles o tempo todo. Mas Kyungsoo sabia o verdadeiro motivo do alfa ter mandado o filho para outro quarto.

Tomou um banho bem relaxante com água morna, o que poderia facilmente ter demorado horas, quando voltou o alfa estava sentado na varanda do quarto, sem camisa e iluminado apenas pela luz da lua e dos postes lá fora, Kyungsoo podia ter uma visão não conhecida de Jongin, ele parecia ainda mais bonito do que já era, deslumbrante seria a palavra certa. Podia passar horas ali parado, observando o quanto aquele homem o encantava.

— Senta aqui, seria bom se conversássemos um pouco.

Logo o menor sentou-se ao lado do alfa, ali mesmo no chão. A noite tinha um clima tão bom, ele podia passar o tempo que fosse ali, especialmente por ter uma companhia tão boa.

— Beba um pouco, ajuda a esfriar a cabeça. — o alfa dizia enquanto servia uma taça de vinho para o Do, Kyungsoo ainda não tinha notado a garrafa ali.

— Não, eu não bebo.

— Como assim não bebe?

— Eu não bebo, Jongin, eu nunca ingeri nada com álcool, prefiro mil vezes estar bem sóbrio.

Quando o ômega falou isso, imediatamente o cenho do mais alto se franziu, alguma coisa não se encaixava naquela história. Há quase oito anos, os dois estavam completamente bêbados quando dormiram juntos e Mingyu foi feito, ou pelo menos, essa era a história que ele conhecia e se recordava vagamente. Kyungsoo pareceu ter ficado nervoso no momento em que se deu conta do que havia dito, outro motivo para desconfiar que havia algo de muito errado naquilo.

— Como assim você não bebe? — seu tom se alterou um pouco e ele deixou a garrafa no chão — Estávamos bêbados quando você engravidou, pelo menos, foi isso que me contou. — o alfa olhou para o outro lado, estava terminando de montar aquele quebra-cabeças — Mentiu pra mim?

Logo o mais se viu completamente arrependido de ter aberto a boca.

— Jongin, eu... entenda, por favor...

— Mentiu pra mim! — o Kim ficou de pé imediatamente, indo na direção da grade de proteção e se afastando de Kyungsoo — Eu não acredito que estava mentindo pra mim esse tempo todo!

O ômega se viu desesperado, logo agora que tudo estava ficando bem entre eles, ele não podia deixar que Jongin o odiasse, não depois de terem vivido momentos tão bons, não depois de todos os sorrisos e de todos os olhares e elogios, eles haviam sim criado uma relação amorosa, relação esta que o Do não queria perder.

Foi até ele, o abraçando pela cintura e já sentindo que iria começar a chorar.

— Por favor, me escuta. — ele implorou, segurando com força na cintura do alfa, que ainda estava de costas e tentando o ignorar — Eu era completamente apaixonado por você, eu só queria uma noite, uma noite que fosse com você, que eu pudesse ser seu! E quando eu te vi entrando naquele quarto eu fui atrás, eu só queria que me desse um beijo, talvez um abraço, mas quando você me viu começou a falar umas coisas que eu não entendia direito, você dizia que eu era bonito, mas muito ranzinza, que se eu fosse mais sorridente você iria me chamar pra sair. Eu me aproximei porque já estava hipnotizado por você, eu era louco por você e quando você me beijou eu me senti completamente entregue, Jongin.

O alfa ficou em silêncio, se perguntando que reação deveria ter diante de tudo aquilo. Fora errado mentir, mas nenhum dos dois era capaz de se arrepender daquela noite, pois fora ela a responsável por ter trazido a melhor coisa de suas vidas, Mingyu.

— Por favor, me perdoa.

Jongin se virou para ele, por fim, o abraçando.

— Tudo bem, Kyungsoo, eu te perdoo por ter escondido isso de mim. — ele disse, beijando os cabelos do menor e sacudindo levemente seus corpos, como se o ninasse — Mas você pode me responder uma coisa?

— O que?

— Você ainda é apaixonado por mim?

 


Notas Finais


ai minha nossa senhora da motoquinha!


Mingyu será o novo líder da alcateia em: https://www.spiritfanfiction.com/historia/aroma-de-omega-18451404


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