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História Um Infinito de Verão - "Como tirar a tristeza do seu coração?"


Escrita por: MaylaRocha

Capítulo 2 - "Como tirar a tristeza do seu coração?"



Dylan

- Não acredito que Katherine realmente nos convenceu à voltar só por capricho...

Skylar abre a porta do casa dela, digo, da nossa casa enquanto puxo as duas malas de rodinha.

- Foram vinte e cinco dias, Sky. Quase um mês. Deu para aproveitar, não deu?

Sky coloca a chave na fechadura de dentro da porta e me ajuda a trazer as outras malas para dentro do apartamento.

- Por isso mesmo! Foram só vinte e cinco dias! Nem deu um mês completo! Sabe Deus quando vou te a oportunidade de ir à Paris novamente!

Minha bela esposa, tranca a porta da frente e levamos as malas para o quarto.

Me sento na cama e respiro fundo. Afinal, estou bem cansado.

- Podemos ir para Paris ou qualquer outro lugar do mundo quando você quiser. ____ puxo ela para um beijo. ____- Levo você até a lua sem a nasa, se precisar... Se quiser, podemos ir agora mesmo.

Levanto levemente a blusa branca de Sky. Em meus dedos, sinto a curva de sua lombar. Sua pele está quente e macia.

- É uma boa idéia. Ótima idéia na verdade... ____ ela morde meu lábio inferior e certas partes do meu corpo de acendem. ____- Mas olhe para você. Está cansado.

- Não estou não.

- Está sim. ____ ela se afasta e me empurra para a cama. ____- Tome um banho. Vou preparar um lanche para você.

- Só se você disser.

Ela revira os olhos.

- Você é tão ridículo.

- E você adora. Diga.

- Não!

- Diga. ____ lhe dou um sorriso divertido.

- Okay meu querido marido. Tome um banho enquanto sua esposa atenciosa lhe prepara algo para comer. ____ ela finge falar sem vontade.

Eu gargalho. Adoro lhe provocar fazendo ela me chamar de "marido"

- Isso é tão brega! Por que me faz falar essas coisas se você vai rir depois?

Tiro a roupa e procuro uma toalha limpa na minha mala preta.

- Por isso mesmo. Você sempre me faz rir. E ____ levanto o indicador. ____- Adoro o jeito como você fala isso. É divertido.

Me enrolo na primeira toalha que avisto.
Skylar me joga uma almofada nova da cama.

- Palhaço!

Vou para o banheiro do quarto e entro em um banho quente e confortável.
Deixo a água escorrer pelo meu corpo e suspiro.

Paris sem dúvida é um lugar incrível, mas estar de volta me faz ter a sensação de... liberdade. É isso mesmo.

O estranho é que, sempre que me sentia sufocado, ou queria respirar ar puro, eu saía por aí, dirigia para qualquer lugar e isso me fazia sentir livre. Hoje sinto que essa sensação está mudando, porque cada vez que estou aqui, sinto que me encontro cada vez mais. Ao lado dela não me sinto preso, ao contrário, quanto mais estou ligado e amarrado aos braço de Sky, encontro a liberdade.

Alguns minutos depois, desligo o chuveiro e me enrola na toalha. Entro no quarto que está vazio e coloco a mala em cima da cama. Procuro algo confortável para vestir. Acho uma calça de moletom cinza e pego uma blusa branca.
Ao entrar na cozinha, vejo Sky enrolada em uma toalha. Abaixo os olhos até seu bumbum... "Não vejo a hora de irmos para a cama..."
Me sento na cadeira da mesa nova que Jennifer comprou para nós. Provavelmente em um preço escandalosamente desnecessário.

Skylar coloca um prato em minha frente. Nele há um grande pedaço de lasanha que compramos à caminho de casa.

- Não vai comer? ____ pergunto à ela.

- Talvez mais tarde. Quer suco? Tem de laranja e de morango.

- Laranja.

Sky abre a geladeira e despeja em um copo o suco escolhido.

-Para meu lindo marido. ____ ela pisca para mim.

- Meu doce céu... ____ lhe retribuo um sorriso.

Olho para a toalha enrolada em seu corpo. Ela percebe.

- Mais tarde, seu assanhado.

Ela sai, provavelmente em direção ao próximo banho.

                                 *

Deitado na cama, sinto meu olhos pesarem. O sono está me fazendo ficar lento, a viagem foi longa e é sempre desconfortável dormir em um lugar que não é a sua cama, ou os braços da sua esposa.

- Hey?

Abro os olhos e vejo Sky parada, enrolada em uma toalha na minha frente. Seus cabelos escuros estão secos, mas o resto do seu corpo ainda contém muitas gotas de água.

- Só estava orando...

- Você está tão cansado assim? É uma pena... Achei que poderíamos... sabe, prolongar por mais uma noite a nossa lua de mel...

Ela sussurra as duas últimas palavras e sobe na cama em minha direção. Meu corpo de acende e meu sono de dissipa.
Beijo minha Sky com delicadeza, sei ela gosta assim. Movimentos lentos e sensuais.
Elevo minha mão esquerda até onde a toalha enrola sobre si. Puxo lentamente e o corpo dela se revela sobre o meu.
Ainda com algumas gota de água e cheiro de sabonete de morango.

Me levanto e viramos de posição.

- Você imagina, o quão incrível você é?

Ela fecha os olhos.

- Eu não sei... Não consigo pensar em nada agora...

Com a mão esquerda, toco seu seio e o beijo. Ela fecha os olhos como se saboreasse o momento.

- Minha Sky...

- Meu Dylan...

Puxo a toalha molhada de baixo dela que por sua vez, abaixa minha calça. Nos beijamos em um rítimo lento e sem pressa alguma. Afinal, não vamos à lugar algum. Estamos em nossa morada.
Por fim, entro em Sky e me delicio com seu corpo. Não há prazer maior que saber que ela é só minha.

Minha esposa, minha mulher, minha garota...

                *               *               *

Não sei porquê e como vim parar no jardim da casa dos meus pais. Estou sentando no chão, encostado em uma dos bancos de concreto. O sol está quente e sinto calor. Olho para mim mesmo e percebo que estou vestindo a roupa que usei no meu casamento à quase um mês atrás. Estranho.

Aqui está com um cheiro diferente, um doce enjoativo.

Ouço passos sobre a grama, olho para a entrada e vejo Alex caminhando de cabeça baixa e ombros curvados.
Ele está vestido com sempre. Jeans antigo, blusa azul velha por baixo e moletom cinza por cima.
Ele vem em minha direção. Fico confuso. Meu irmão para na minha frente e me encara como se pensasse no que fazer.

- Hey... O que está fazendo aqui? ____ digo.

- Eu... eu não sei... ____ ele parece confuso e pisca algumas vezes.

- Venha. Sente-se. ____ dou batidinhas na grama ao meu lado.

Alex abaixa e senta desajeitado ao meu lado.

- Onde está o papai?

- Eu... não sei.

- Ele deveria ter vindo hoje... ____ Alex parece pensar consigo mesmo. ____-Por que ele não veio hoje?

- Eu não sei, Alex.

-Você deveria saber. Você estava com ele. Você e Johnny...

- Por que isso é tão importante?

- Eu tinha um segredo para contar à ele... ____ A voz dele é baixa e ele parece triste. ____- Onde ele está?

- Já disse que não sei, Alex.

-Você deveria saber... Vocês deveriam ter chegado hoje. Por que está vestido desse jeito? ____ ele franze as sobrancelhas.

- Acho... Acho que é meu casamento.

- Você vai casar?

- Sim, eu acho.

Ele pensa.

- Então eu nunca vou conhecer ela... Chame o papai aqui. Por favor?

- Ele não está aqui... Você... O que está fazendo aqui?

- Eu... tenho que contar algo ao papai. Ele tem que saber.

- Saber o quê?

- Ele tem que saber!

- Quando ele chegar você conta.

- Acho não vou estar aqui... Peça para Jennifer contar à ele! Por favor? Pode fazer isso?

- Tudo bem...

- Ok...

- Alex? Por que você fez aquilo?

- Eu... não aguentava mais. Não aguentava mais Jennifer e seus segredos nojentos... Eu nunca gostei de mentiras.

- Você deveria ter esperado nós chegarmos.

- Eu sei... Desculpe.

- Você sabe que está morto?

- Às vezes... ____ Alex pensa um pouco.

Sinto vontade de chorar.

- Por que fez aquilo? ____ Pergunto de novo.

- Eu não sei... Conte à Margot que eu ia pedir ela em casamento também... Ia ser logo. Não deu.

- Eu digo.

- Que cheiro é esse?

- Não sei. É estranho, não acha?

- Aham...

- Por que você me deixou?

- Não foi porquê eu quis... Você sabe.

- Às vezes tenho vontade de gritar com você por causa disso... Hey! Acredita que outro dia eu achei ter ouvido sua voz? Mas era só o Johnny falando com o papai... Foi bom pensar que era você.

- Não sinta tanto a minha falta. Eu estou bem.

- Mas eu não... você... me deixou aqui e...

- Hey... não chore. Está tudo bem. Você está bem agora, não está? Todos estão bem.

Ele coloca mão no meu ombro e aperta. Eu me viro para a esquerda e choro em seu ombro.

- Nunca vai ser a mesma coisa sem você... Eu... queria poder te ver pela última vez... Nós nem nos despedidos...

- Nós vivemos quase vinte anos juntos não tem importância se alguns momentos à mais não aconteceram para isso. Mas já que insiste, considere nossa últimas atividades juntos uma despedida.

Apenas balanço a cabeça.

- Eu te amo, cara, mas tenho que ir...

- Mas... você não queria contar algo ao papai?

- Não importa agora...

Alex levanta e sai andando sem olhar para trás. Eu coloco de pé.

- Alex. Alex! Por favor, não vá... Alex?!

Ele não para. Apenas continua caminhando e até sair do jardim.



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