Cap. IX
Tatiany estava à espera de seu ingresso, vira muito bem como o clima está tenso, ainda mais entre Mérida e Hiccup, sem contar que a mesma está completamente tomada pela fúria, de ver seu amado ao lado de outra, que nem se quer o ama, como ela ama. Seu celular treme insistente dentro da bolsa lateral, impaciente, a mesma atende com uma cara de poucos amigos. – Alô, seja quem for, seja rápido, estou ocupada no momento – atendeu mal humorada, vendo Jack entrelaçar os dedos aos de Elsa.
- Temos que conversar – anunciou o homem, do outro lado da linha, a mesma encarou a tela, vendo que tratava-se de um número desconhecido.
- Vou logo dizendo que se isso for uma brincadeira, juro que te caço, seja onde estiver! – vociferou, endireitando a bolsa em seu ombro esquerdo.
- Bom, o que sei, é que você está sendo obrigada a ir assistir um filme a favor de um amigo e, que seu amado está com as mãos entrelaçadas a uma loira, uma loira muito bonita por sinal – Tooth, calou-se por um estante, procurando alguém que os tivessem espionando. – entendo pelo qual motivo, ele a escolheu...
- Apareça, o que está fazendo é de mal gosto, não seja infantil!
- Tatiany, quero ajuda-la, só prometa que me encontrará, assim que a sessão terminar, estarei lhe esperando no restaurante, que fica nesse endereço. – ela tratou de decorar o endereço, já que não tivera tempo de anotar em algum lugar, o homem de voz grossa desligou, a deixando confusa e pior, receosa. O mesmo estava sentado, calmamente na fonte, concentrada no meio do shopping. O rapaz ergue o olhar para o teto do local, soltando um sorriso bobo e convencido para si mesmo, nunca esteve tão contente em toda a sua vida, já que tudo o que planejara, está saindo como o esperado.
[...]
Mesmo com um clima estranho entre eles, ambos divertiram-se e, mesmo contrariada sobre ir ou não, Tatiany acabou despedindo-se de todos. Indo ao encontro de um tal desconhecido, que lhe causara preocupação.
[...]
- Todos concordam em irmos a uma pizzaria? – Kris perguntou, enquanto os rapazes iam pagar o estacionamento. Jack virou-se para Elsa, a mantendo um pouco afastada dos demais, Anna não deixou passar despercebido, assim como Kris, que apertou sua mão com um pouco mais de força, chamando sua atenção para si. – Eles estão bem, não preocupe-se. – beijou a testa da namorada e a deixou com Mérida, que até então, estava acompanhada de Punzie.
- Eles estão estranhos... – comentou a ruiva, tomando o resto de refrigerante que havia sobrado.
- Todos estão amiga. – comentou Punzie, encarando Flynn ao longe, o mesmo observava algumas vitrines de roupa feminina, a fazendo erguer a sobrancelha. – Acho que meu acompanhante mudou de lado. – riu sozinha, chamando a atenção de Anna e Mérida.
- O quê? – Mérida virou-se, encarando a cena, revirando os olhos em seguida.
- Acho melhor você ir lá, fico com a Mérida – Anna piscou para a loira, que ganhou uma cor avermelhada. – qual é, anda logo, ele não morde! – empurrou a amiga, Mérida riu, tampando a boca, para que a loira não ficasse chateada.
- Não precisava ter ficado comigo, você é maravilhosa, mas minha tristeza passou quando eu vi Elsa estranha...
- Você também percebeu? Achei que estivesse tudo bem, mas ela parecia bem, não sei como te explicar, sabe, não parece ela. – Anna penteou os cabelos, presos por uma tiara de laço, com alguns brilhantes, adorava, já que havia sido presente de sua mãe, ainda quando criança.
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- O que você tem, por que disse aquilo? – Jack, segurou com delicadeza a mão de Elizabeth, que de alguma maneira não encarava os olhos do rapaz. – Te fiz algo, bom, algo de errado pelo menos, você está estranha desde que te liguei, hoje de manhã. – Elsa ergueu o olhar para o mar de sentimentos confusos que estavam os olhos de Frost.
- Jack, não é nada, não estou estranha coisa alguma. – o mesmo revirou os olhos, impaciente.
- Fora o que eu disse sobre a Tooth? – Elsa semicerrou os olhos com raiva. Aliás, por que está tão estressada com tudo e todos, o que havia de errado com ela, por que o estava tratando assim, sendo que ele só está a ajudando, o quanto ela está sendo mal agradecida e birrenta, ela mesmo não sabia se responder.
- Claro que não, tudo que quero é que isso acabe, - apontou para si e para Jack. – não tem como eu ficar bem, ou normal, como vocês querem, se o que há de bom nesse relacionamento é uma mentira, aposto que não percebeu, mas eu realmente estou entrando no personagem e, isso, não está fazendo bem a mim! – parou para respirar, o coração já acelerado, as emoções transbordando. Jack não parava de olha-la, mesmo que a mesma tenha desviado de seus olhos. – E hoje, vendo a Tooth, eu me senti horrível, eu não consigo continuar com esse relacionamento, mesmo que seja falso, é muita informação para minha cabeça, e as vezes, o que você diz, droga! Me deixa confusa, nunca sei exatamente o que quer dizer, nem sei o porquê de você ter sido tão gentil, talvez eu saiba e, só não queira aceitar!
- Por que está se preocupando com tudo isso, ainda mais sozinha?
- Já chega Jack, eu quero que isso acabe, eu não aguento mais! É torturante, eu estou brincando com meus sentimentos, com os das pessoas!
- A Tooth não tem nada a ver com que a gente tem, nada a ver com a minha decisão, põe algo na sua cabeça Elsa, eu aceitei por conta própria, eu realmente pensei que seria divertido e, nossa, esse tempo com você, foi ótimo!
- E o que a gente tem? – ambos não sabiam, estavam tão confusos e perdidos. Jack realmente gostara do tempo que passará com ela, mas, por que ela estaria sendo tão racional.
- Quer acabar com isso, pois bem... – a mesma baixou o olhar, estava estranha, aliviada porém aflita, uma dor insistente martelava em sua cabeça, Jack voltou a entrelaçar os dedos aos dela, sentindo a leve e calorosa corrente, que um transmite ao outro, talvez essa seja a despedida de ambos, ficariam juntos apenas por algumas horas e, mesmo que não estando entregues, eles teriam que aproveitar.
❄
- Escolhendo algo para a sua namorada? – Flynn virou-se, encarando os olhos mais belos que vira alguém ter, constrangida, logo a mesma os desvia para a vitrine.
- Não, o aniversário da minha mãe é nesse final de semana, mas não sou a melhor pessoa para presentes, aliás, o que dar a uma pessoa que tem tudo? – Rapunzel pois se a pensar, enquanto andavam a passos lentos, na frente de diversas e coloridas lojas. Um mural de fotografias lhe chamou atenção.
- Você é o único filho? Talvez eu tenha tido uma ideia, mas não conheço a personalidade da sua mãe, talvez ela não goste...
- Qualquer coisa, contando que não seja maquiagem, roupas, sapatos ou perfumes e, não sou o único, na verdade, sou o segundo mais velho de quatro irmãos. – Rapunzel arregala os olhos.
- Quatro? – o mesmo balança a cabeça rindo.
- Mas, então, o que me sugere?
- Um quadro de fotografia, um álbum talvez, com certeza as últimas fotos de vocês, devem estar armazenada no final da biblioteca de fotos do celular, as pessoas não entendem que, mesmo o menor e menos valioso presente, vindo do coração, torna-se o mais grandioso e belo, tenho certeza que ela adoraria, ainda mais que, agora a família deve ter dificuldades para se reunir... – Flynn a encarava impressionado, com os lábios entre abertos, a admirando. – o que foi, falei besteira?
- Não, nada, é que você tem razão, não pensei que entenderia tão bem.
- Todos pensam – revirou os olhos, girando o bracelete em seu pulso, pensativa. Rapunzel é muito extrovertida, mas ultimamente tem estado tão fechada para o mundo, que mal se reconhece, talvez viver três meses com Gothel, não tenha sido a melhor escolha que fez na vida, mas para a pobre garota, a mesma um dia mudará e se tornará a mãe que a loira sempre sonhou.
- Cuidado – Flynn a puxou pela cintura, antes que bata em uma coluna, a mesma não havia percebido que estava em seu modo inerte. O corpo do moreno colado ao seu, lhe transmitiu um calor aconchegante, e o cheiro que entrará em suas narinas é bom, não muito forte e nem muito doce. – o que você tinha dito, antes de quase atropelar a coluna? – Flynn baixou a cabeça para olhá-la, já que a mesma não é tão alta.
- Nada – afastou-se do corpo do rapaz. – obrigada por me “ajudar”.
- É o mínimo que eu poderia fazer, a sua sugestão de presente fora de grande ajuda – sorriu simpático, como o sorriso dele é bonito, aliás, assim como dos outros garotos. – acho que temos que ir...
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- Hiccup, não estou me sentindo bem, temos mesmo que ir jantar com eles? – Astrid o puxou pelo braço devagar.
- Se quiser, te deixo em casa, mas eu não abro mão de ajudar um amigo. – a mesma bufou, revirando os olhos, odiava quando Hicc colocava seus amigos a frente de tudo, o irritante, é ela achar que é dona do rapaz, mesmo que não estejam tendo um caso sério.
- Então nos encontramos lá? – ambos concordaram, Hicc deu uma última olhada em direção a Mérida que estava com Flynn e Punzie, Jack e Elsa já haviam ido, enquanto Anna e Kris, acabaram por estacionar em outro andar. Astrid o observou, vendo o quanto ele estava interessado na ruiva, mas nada disse, esperando que ele percebesse, o que não fora uma boa ideia.
- Perdeu algo na ruiva descabelada? – Hicc ergueu uma sobrancelha, enquanto dirigia em direção a casa de Astrid. – Não faça essa cara de cínico, vi que você ficava olhando para ela, aconteceu algo entre vocês?
- Não começa com suas paranoias, não estou com paciência.
- As minhas paranoias? Sempre estou certa, por que eu acho que aconteceu algo entre vocês?
- Nós ficamos tudo bem, saímos, eu a levei para conhecer meus pais porque eu não queria levar alguém como você para conhecê-los, minha mãe ainda não esqueceu o que fez a ela, além do mais, esse nosso lance nunca vai dar certo, por favor, me esquece, não namoramos, não ficamos, não estamos em uma amizade colorida, acabou Astrid, estou farto de você! – os olhos da loira marejaram, enquanto ouvia as palavras pesadas do moreno, ela apenas respirou fundo, saindo do carro. – Astrid, espera.
- Me deixa em paz, talvez teria doído menos, se você tivesse terminado, antes de ter ficado com ela! – a mesma fecha a porta do carro com força, Hicc bate no volante, encostando a cabeça em seguida.
- Droga, Mérida!
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- Como pretende acabar com esse relacionamento? – o olhou de soslaio, vendo a força que ele exercia, enquanto dirigia. Ela ainda está impaciente e muito incomodada, Jack não havia dado sinais de como terminariam isso.
- Depois de jantarmos, Anna nos convidou para uma inauguração de boate, brigamos, você termina, eu fico com outras, satisfeita? – perguntou irônico, sabendo que se ela ficasse com alguém o incomodaria, mas não abriria mão de seu orgulho, para que a mesma perceba.
- Não tanto quanto você, é claro e, lamento por não termos conseguido ir ver a sua mãe.
Quatro semanas atrás...
- Não acha meio estranho, começamos a namorar não faz nem uma semana, e você quer me levar para conhecer sua família... – encarou o próprio reflexo, no closet de seu quarto. Ambos sairiam para a praia, mesmo que ainda fossem alvo da mídia.
- Bom, nunca levei ninguém a minha mãe, para apresentar como namorada, você sendo a primeira, ela ficaria surpresa e, não acredito que não aceitou passar o fim de semana na praia de seu pai, também não acredito que ele fora capaz de comprar uma.
- Nem a Tooth? – Elizabeth saiu do closet, vestida com um short jeans branco, uma blusa tomara que caia azul clara e um casaco comprido sem mangas, que chega a seus joelhos, de um azul marinho, quase preto. Os cabelos muito bem presos em uma trança lateral, sem fios soltos.
- Ela é uma irmã, minha mãe a trata como tal, agora me diz, onde você compra suas roupas? – admirou o corpo da loira, enquanto ela alcançava alguma coisa na prateleira superior.
- Por que, o que há de errado com elas, me visto do jeito que acho confortável – pulou algumas vezes. Jack revirou os olhos, rindo da mesma, levantou-se, indo em direção a garota, colando seu corpo ao dela, pegando a toalha para a garota.
- Pronto princesa, devia pedir ajuda. – ela virou-se, sorrindo debochado.
- Nunca! – Jack a abraçou pela cintura, a erguendo do chão. Levou à para cama, a jogando com cautela, o mesmo deitou-se sobre ela, com a cabeça na altura dos seios, a mesma, apenas passou a mão pelos fios brancos, os deixando ainda mais bagunçados. – Ainda não disse o que há de errado com minhas roupas... – o mesmo levantou-se para encara-la.
- Nada, só as acho vulgar demais. – Elsa revirou os olhos, rindo do rapaz, que ergueu-se, apoiando seu peso nos cotovelos, enquanto via a expressão da loira mudar. - Sabe, gosto de passar o tempo com você, na verdade, você é a única garota, além da Tooth e da minha irmã, que eu passo mais tempo.
- Mesmo que, nesse tempo não estejamos transando? – Jack aproximou-se da garota, os rostos próximos e as respirações em conjuntos.
- Mesmo que eu, - pausou, encarando o belo sorriso de Elsa - não tenha transado com você – os olhos encontraram-se. Jack tratou de diminui a distância entre eles, capturando os lábios rosados da loira. É de se esperar que, o beijo não seria só carícias de ambas as partes. O beijo de Elizabeth é embriagante, e o de Jack selvagem e erótico. Elsa colocou os braços ao redor do pescoço do loiro, enquanto as mãos de Frost passeavam livres pelo seu corpo, ele lhe transmitia uma sensação de segurança e conforto, com ele era diferente, dos beijos ao gestos. Por falta de ar, ambos tiveram que distanciasse, Jack ria como bobo, com os olhos vidrados nos lábios vermelhos de Elsa.
- Do que está rindo?
- De que, se não fosse por você, talvez eu nunca teria um relacionamento “sério” – revirou o olhos, Elizabeth riu, beijando o loiro, enquanto segurava o rosto do mesmo, o amaçando.
Dias atuais...
- Incomodada? – Elsa piscou os olhos algumas vezes, para voltar a realidade, baixou o olhar, notando que o celular estava tocando. Jack suspirou frustrado, sabendo que não receberia uma resposta da mesma.
- Oi Anna, sim, estou sabendo, depois da pizzaria, está bem, tchau. – a mesma guardou o celular, sem encarar o rapaz. – Nem um pouco... – Jack surpreendeu-se ao receber a resposta da mesma, mesmo estando estressado.
[...]
- Fomos os primeiros a chegar, quer beber? – Jack olhou a garota de soslaio, ambos haviam entrado de mãos dadas, mesmo que não estejam em um clima agradável.
- Aceito um copo de tequila... – os mesmos direcionaram-se para o bar do restaurante que, pelo horário não está tão movimentado, sentaram um ao lado do outro. Elizabeth cruzou as pernas, enquanto Frost pedia as bebidas, alguns rápidos minutos e outro garçom tratou de entregar-lhes a bebida, Elsa, entretida no celular, não viu o modo como o atendente a encarava, deixando Jack irado, aproveitando a atenção do garçom na loira, Frost posiciona sua mão na coxa da loira, chamando sua atenção.
- Sua bebida chegou. – O atendente olhou sem graça para cena e, rapidamente retirou-se.
- Eu percebe, não precisava ter falado. – tomou o líquido em um gole, pondo o copo de volta à mesa, não é fã de bebida, mas a sua vida requer um pouco de aventuras, tais como beber um pouco mais. Jack revirou os olhos frustrado, coçando a nuca. – Fez de propósito?
- Não tenho culpa, você ainda é minha namorada – a mesma rir, balançando a cabeça negativamente.
- Você não existe, incrível. – Jack levanta, ao tempo que Elsa vira-se em sua direção, ele aproxima-se, acariciando o rosto da loira, que mantém o olhar predatório de Jack.
- Eu não aceito que outro te deseje, como eu desejo – a mesma baixou o olhar, sorrindo debochado, sabendo que o deixava irado, assim como o provocava.
- Pena.
[...]
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