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História Um Mês e Nada Mais - Presentes e Irmãs


Escrita por: klgodevi

Notas do Autor


Olá pessoal, tudo bem?
Mais um capítulo especialmente para vocês!
Espero que gostem!
Bjs e boa leitura!!

Capítulo 13 - Presentes e Irmãs


Fanfic / Fanfiction Um Mês e Nada Mais - Presentes e Irmãs

Presentes e Irmãs

Darcy ficou com Elizabeth em Los Angeles por mais três dias, aproveitando cada momento que ela não estava envolvida com as filmagens do filme. Depois que descobriu que o diretor do filme era gay, ele ficou muito mais tranquilo. Mas infelizmente os deveres o chamaram de volta para a Inglaterra, e por mais que ele desejasse ficar o tempo todo com ela, ele não poderia negligenciar seu trabalho. Naquele momento, ele estava em seu escritório pensando nela e sentindo tanta saudade que a dor era quase física.

Ele nunca se importou com o próprio aniversário, mas naquele ano ele estava melancólico por saber que não passaria o dia com ela. Era tudo o que ele queria.

Bingley sabia que ele nunca comemorava, mas insistiu que deveria pelo menos jantar na casa de Jane com ele, suas irmãs, Hurst e Adam. Georgiana estaria em uma semana cheia de provas na Universidade e não poderia comparecer.

Quando o dia chegou, ele recebeu apenas uma mensagem de texto de Elizabeth o felicitando. Ao ler, ficou um pouco desapontado. Durante todo o dia, ele esperou uma ligação dela, mas não aconteceu. Aquilo tinha destruído seu pouco humor, e o dia que deveria ser alegre, estava se tornando cada vez mais triste.

Ele dirigiu até a casa de Jane e só conseguiu estacionar o carro vários metros longe da entrada. Quando chegou à porta, Jane e Bingley já estavam esperando com presentes nas mãos, alegres por fazerem parte daquele dia. Ele entrou na casa e foi recebido por todos os outros, também com presentes. Ele se esforçou o máximo que podia para ser simpático, ninguém ali era culpado por sua miséria.

Darcy ainda teve que aguentar as atenções quase agressivas de Caroline durante todo o jantar, tentando monopolizar sua atenção ignorando todos os outros convidados. Ele estava decidido a acabar com aquilo. Ele só queria esperar Elizabeth retornar, confessar para ela seu amor, e se tudo desse certo, ele chamaria Caroline e Charles para uma conversa onde colocaria um ponto final definitivo nos interesses e esperanças dela. Ele não a deixaria se transformar em outra Patrícia em sua vida. E ele não queria que nada perturbasse sua vida futura com Elizabeth.

Receber o carinho de Bingley e Jane tinha elevado um pouco seu humor. Ele olhava para os dois e suspirava ao pensar que no futuro, ele poderia desfrutar de muitos jantares como esse, mas com Elizabeth ao seu lado o tempo inteiro sendo carinhosa com ele na frente de todos. Demonstrando seu afeto e amor abertamente. Ele quase riu quando pensou no quanto queria demonstrar o que sentia por ela como um casal apaixonado normal. Ele nunca antes quis expor o que sentia, mas ela o tinha mudado.

Embora tenha desfrutado do jantar e ficado muito agradecido, Darcy ainda estava com esperanças de falar com Elizabeth e se desculpou para ir embora mais cedo alegando um compromisso no outro dia. Ele recebeu abraços de seus amigos e saiu para a rua, em direção ao carro.

Quando estava chegando próximo de seu destino, percebeu a sombra de uma mulher encostada em seu carro e seu coração disparou. Ele conheceria aquele perfil em qualquer lugar. Era Elizabeth, usando um sobretudo longo e sapatos de salto. Seus cabelos estavam soltos e ela sorria para ele, um daqueles sorrisos que o deixava sem fôlego.

“Elizabeth? Meu Deus, há quanto tempo você está aqui?” Ele fechou a distância entre eles com passos rápidos e a levantou do chão em um abraço forte.

“Há mais ou menos quinze minutos. Eu sabia que você estaria aqui porque Jane me contou que faria um jantar para você. Eu acabei de chegar de Los Angeles e vim direto do aeroporto. Feliz aniversário, Sr. Darcy. Está pronto para o seu presente?” Ela sorria maliciosamente.

Darcy levou as mãos até o laço do sobretudo dela. “Nós temos que ir para um lugar mais reservado, Elizabeth. Assim, eu poderei desembrulhar meu presente e brincar um pouco com ele.”

Elizabeth puxou o rosto dele para sussurrar em seu ouvido. “Exceto que dessa vez, o presente vai se desembrulhar para você. Dirija até o Éden, Darcy. Eu tenho uma surpresa.”

Darcy sentia sua respiração rápida e seus batimentos cardíacos disparados enquanto dirigia para o Éden. Ele tentou arrancar informações dela o tempo inteiro, apenas para escutar que ele teria que ser paciente e que valeria a pena.

Ao chegarem ao Éden, um segurança estava na porta, aparentemente esperando por eles. Ele reconheceu Elizabeth com aceno de cabeça e os deixou entrar sem palavras. Darcy percebeu um sorriso sutil no rosto do homem. Eles entraram no saguão de entrada vermelho, passaram pelo corredor de aquários azul e quando Darcy chegou no salão principal, prendeu a respiração em antecipação.

O salão estava com as luzes apagadas. Apenas o palco tinha luzes vermelhas acesas. Todas as mesas, cadeiras e poltronas estavam afastadas. Apenas uma cadeira estava colocada diretamente em frente ao palco, que tinha duas barras de pole dance instaladas. Darcy engoliu em seco... ele ganharia uma apresentação especial.

Quando olhou para Elizabeth, percebeu que ela o olhava fixamente estudando cada expressão no rosto dele. “E então, Sr. Darcy? Preparado para um show privado? Você é um privilegiado, eu nunca fiz um show privado para ninguém.”

Darcy a agarrou pela cintura e a puxou para ele, a beijando nos lábios ferozmente. Quando o beijo terminou, Elizabeth pegou a mão dele, o guiou até a cadeira e o empurrou para que ele sentasse. Com um controle, ela iniciou a música.

Darcy reconheceu imediatamente os primeiros acordes de Felling Good cantada pela banda Muse. Elizabeth virou de costas para ele e caminhou lentamente em direção ao palco, balançando os quadris. Quando chegou no meio das duas barras, ela desatou o sobretudo e Darcy pode contemplar o conjunto minúsculo de renda preta que ela usava por baixo. Se ele soubesse o que tinha por baixo daquele casaco o tempo inteiro, eles nunca conseguiriam chegar ao Éden.

Elizabeth jogou o sobretudo em direção a ele e andou lentamente até uma das barras e quando chegou, fez um movimento que só podia ser descrito como o mais sensual que ele já viu antes. Ele a assistia com o queixo caído e a boca seca querendo prova-la.

Elizabeth continuou sua performance fazendo todos os tipos de movimentos com maestria, usando ambas as barras. Quase no final da música, ela caminhou em direção a ele e dançou lentamente tomando cuidado de roçar em seu corpo o tempo inteiro, terminando a apresentação sentada no colo dele. “Preparado para a segunda parte do presente?” Ela sussurrou.

“Eu acho que eu nunca estive tão preparado. Elizabeth, você é definitivamente a mulher mais sexy, mais sensual que eu já vi. Eu preciso de você, eu não vou conseguir esperar até sairmos daqui.” Ele dizia enquanto passava as mãos pelo corpo dela e a provava com a boca e língua com fome.

“Nós temos um quarto aqui no Éden, Sr. Darcy. Eu ofereço ele a você para ter o que quiser. Você pode me pedir qualquer coisa.” Ela sussurrou no ouvido dele.

Darcy se levantou e a puxou em seu colo, com as pernas dela circulando sua cintura. “Eu só quero você. Eu só preciso de você.”

Ela indicou o caminho e assim que ele entrou, se deparou com uma sala totalmente espelhada com apenas um enorme sofá confortável no centro. Ele olhou ao redor e a imagem de Elizabeth agarrada em seu colo daquela forma refletida em todas as paredes o levou a um nível de excitação indescritível.

Ele a pressionou contra um dos espelhos e arrastou sua boca por todo o pescoço e seios. Em seguida, a colocou no chão. “Então, eu posso ter o que eu quiser?” Ele sussurrou sua pergunta com uma voz grossa que nem mesmo ele reconhecia.

Elizabeth sentiu imediatamente a malicia em seus olhos, mas cumpriria com o prometido. “O que você quiser.”

Darcy virou Elizabeth de costas para ele e eles se olharam através do espelho. “Você sabe o quanto você é bonita? Você consegue perceber o meu desejo por você?” Ele segurou os seios dela nas mãos, acariciando lentamente. “Eu acho que não, Elizabeth. Eu acho que você não tem nem ideia do quanto eu quero você. Do quando eu quero estar profundamente em você.”

Ele pegou os braços dela e os apoiou no espelho. Com uma mão em sua cintura e outra em suas costas, ele a inclinou para frente levemente. “Abra suas pernas, Elizabeth. Eu quero que você fique com os olhos abertos o tempo todo olhando para nós dois.” Darcy abriu o zíper da própria calça e puxou a calcinha dela de lado, se posicionando em sua entrada.

Ele a olhou nos olhos através do espelho e sorriu atrevidamente para ela. “Ah, Elizabeth... você já está preparada para mim... Como você é ardente...” Ele mordeu o pescoço e o lóbulo da orelha a fazendo gemer. “Olhe para mim.” Quando os olhos deles se encontraram, Darcy se colocou dentro dela vagarosamente, a fazendo ofegar. Assim que estava completamente dentro dela, ele se impediu de fazer qualquer movimento. “Nós nos encaixamos perfeitamente, Elizabeth. Perfeitamente... em todos os sentidos. Você consegue sentir isso? Você percebe isso assim como eu?”

“Sim.” Ela disse ofegante. “Eu sinto. E eu nunca senti nada parecido com ninguém antes.” Darcy se deliciou com a confissão dela e iniciou os movimentos, sem tirar os olhos dela nem um segundo. Ele sentiu quando ela estava chegando perto de sua libertação e a agarrou delicadamente pelo queixo, levantando sua cabeça. “Eu quero olhar para seu rosto quando você gritar o meu nome. Esse é o melhor presente que você pode me dar.” Poucos segundos depois, foi exatamente o que aconteceu. A visão da mulher que ele amava gemendo e gritando seu nome enquanto o olhava nos olhos era tudo o que ele queria e precisava. Ele a seguiu com um gemido grosso enquanto a apertava na cintura até deixar uma marca.

Eles ficaram na mesma posição recuperando o fôlego até Elizabeth sentir ele escorregando para fora dela e a puxando em um abraço quente. Ele andou agarrado as costas dela até o sofá, onde desabou a puxando em cima dele.

“Melhor aniversário da minha vida!” Ele declarou satisfeito, a melancolia do dia todo completamente esquecida.

“Eu fico extraordinariamente feliz por escutar essas palavras. Eu queria fazer algo mais especial, mas não tive muito tempo... desculpa.” Ela virou o rosto de lado e beijou a lateral do queixo dele.

“Se você fizesse algo mais especial do que isso, acho que eu não sobreviveria.” Ele riu. “Sério, Elizabeth, isso foi perfeito. Eu achei que ia receber no máximo uma ligação sua hoje. Ter você aqui é... eu nem consigo colocar em palavras o quanto significa ter você aqui hoje. E depois do que você fez...” Ele suspirou em contentamento. “Sua presença foi o melhor presente que eu poderia receber, mas o que você fez... Uau!” Eles riram.

Darcy a abraçou apertado. “Eu vou poder ficar com você por quanto tempo?”

Elizabeth olhou para ele com tristeza. “Meu voo de volta sai às seis horas da manhã. Eu vou chegar em Los Angeles às oito da manhã, no horário de lá, e vou direto para o estúdio.”

Darcy a olhou preocupado. “Você vai ficar exausta... Você está fazendo todo esse sacrifício por mim?”

Elizabeth acariciou o rosto dele com a ponta dos dedos. “Quem disse que é sacrifício, e quem disse que é apenas por você? Eu estou tirando um maravilhoso proveito dessa escapada.”

Darcy sorriu, deliciado com as palavras dela. “Então, vamos aproveitar o tempo que temos. O que você acha de pegarmos aquela cadeira que eu estava sentado e trazermos para cá? Eu acho que eu gostaria de avaliar sua experiência em equitação de todos esses ângulos, Elizabeth.”

Elizabeth jogou a cabeça para trás em uma gargalhada, deliciada com os absurdos que nem em um milhão de anos ela achou que ele seria capaz, e levantando-se, foi em direção a porta rebolando de forma sensual. “Especialmente hoje, seu desejo é uma ordem, Sr. Darcy.”

No dia seguinte, ele a deixou no aeroporto às cinco da manhã com o coração partido. Dentro do carro, Elizabeth disse que talvez estaria de volta na próxima semana. Ela mordeu os lábios e Darcy percebeu que ela queria falar algo.

“O que foi, Elizabeth?” Ele amava ser capaz de antecipar as vontades dela.

Ela riu, um pouco envergonhada. “O que você acha de não contarmos essa noite dentro do nosso mês? Não foi um dia inteiro e... foi um presente.”

Ele sorriu com o coração cheio de esperança. “Eu estava pensando exatamente isso.”

Elizabeth puxou Darcy pela gravata e lhe deu um beijo de tirar o fôlego. Ele estava com o corpo trêmulo quando ela se afastou. “Só um gosto para você antecipar a minha volta.” Darcy assistiu quando Elizabeth saiu do carro e passou pelas portas de entrada do aeroporto, ainda sem fôlego. As coisas que essa mulher faz comigo... Ele dirigiu para o seu escritório de forma quase automática.

***

Inicialmente, o contrato de Elizabeth indicava que ela faria a coreografia de uma única cena e participaria dela, mas acabou sendo três cenas e Elizabeth, que tinha previsto ficar no máximo mais uma semana em Los Angeles, acabou ficando mais um mês.

Darcy tentou viajar novamente para vê-la, mas seus negócios impediram. Cada dia longe de Elizabeth obscurecia seu humor. Quando ela ligou informando de seu retorno, ele respirou aliviado. Ele faria tudo ao seu alcance para ficar perto dela nas próximas três semanas e ao final desse período, confessaria seu amor.

Jane também estava feliz com o retorno da irmã e combinou com Charles um jantar de boas-vindas. Geralmente, Elizabeth simplesmente aparecia sem avisar, mas dessa vez ela ligou antes e Jane pôde se programar para recebe-la. Eles chamaram as irmãs de Bingley, Hurst, Darcy e Adam para se juntar a eles.

Darcy estava ansioso por vê-la, mas preocupado. Se eles iriam se encontrar em um jantar com todos juntos, como ele conseguiria se impedir de agarrá-la como ele queria? Foi um mês inteiro separados e as longas conversas telefônicas não o acalmaram... na verdade aumentaram a vontade de estar com ela.

Para seu alívio, Elizabeth ligou para ele um dia antes do seu retorno para contar seu “plano”. Depois de cumprimentos saudosos, ela disse aos risos. “Darcy, eu falei para Jane que chegaria aproximadamente às sete da noite e que ela não precisaria me buscar porque o estúdio tinha agendado um táxi para mim. Mas na verdade, eu chegarei às onze horas da manhã.”

Darcy sentiu seu coração disparar. “Você está querendo me dizer que eu terei você só para mim durante a tarde inteira?”

Elizabeth tinha um sorriso enorme no rosto quando respondeu. “Só se você quiser.”

Darcy se encostou em sua cadeira com um suspiro alegre. “É o que eu mais desejo. Eu estarei esperando por você na porta do aeroporto, Elizabeth. Vou leva-la diretamente para meu apartamento e seremos somente eu e você.”

Elizabeth sorriu. “Só eu e você... parece ótimo para mim.” Em seguida ela falou em um tom sério. “Eu fico um pouco culpada por mentir para Jane. Ela está tão animada com a minha volta...”

“Ela não vai saber e se um dia ela souber, ela vai entender.” Ele a acalmou.

Conversaram por mais alguns minutos e Elizabeth se despediu dizendo que precisava terminar de arrumar suas malas. Darcy encostou na cadeira de seu escritório, olhando para o teto e feliz que no dia seguinte estaria com ela em seus braços.

***

Darcy limpou toda sua agenda para o dia seguinte. Ele só apareceria no escritório na parte da manhã para resolver algumas coisas mais simples e tinha decidido sair bem antes do almoço para deixar tudo preparado para Elizabeth.

Para felicidade de ambos, o voo foi tranquilo e chegou no horário. Assim que passou pelas portas, Elizabeth viu Darcy a procurando e parecendo bastante ansioso. Com passos rápidos, ele foi em direção a ela e lhe deu um abraço apertado, a levantando do chão enquanto dizia em seu ouvido o quanto sentiu a falta dela.

Ele colocou as malas no carro e seguiu apressadamente para o apartamento ouvindo tudo sobre as últimas semanas dela e se deliciando por ela ter colocado a mão em sua perna enquanto conversava com ele em um gesto natural.

Assim que a porta do apartamento foi aberta, Darcy pegou Elizabeth no colo e a levou para o quarto, mas ao invés de colocá-la na cama como ela esperava, ele a colocou no chão. “Eu tenho um presente para você.” Ele disse.

“Você sabe que não precisa me dar nada, Darcy.” Elizabeth respondeu sorrindo, mas percebeu uma caixa embrulhada em um papel delicado e com um laço de cetim amarrado. Ela sorriu e olhou para ele.

“Esse é o presente?” Elizabeth tinha o olhar quase infantil.

Darcy sorriu. “Sim... você pode abrir. Eu quero saber se te agrada. Depois do meu aniversário, eu queria lhe dar algo especial.”

Elizabeth acariciou o rosto dele. “Você sabe que aquilo foi um presente para mim também. Sem contar que eu não comprei nada... Você não precisava me comprar nada, Darcy.”

“Você me deu seu tempo, Elizabeth, e sua presença. Nada pode superar isso, mas eu queria, de alguma forma, agradecer e demonstrar o quanto foi especial o que você fez por mim.” Ele a beijou delicadamente nos lábios. “Vamos, abra o presente. Eu comprei para você há duas semanas e não via a hora de entregar.”

Elizabeth sentou na cama e puxou o embrulho em seu colo o tempo todo sob o olhar de Darcy. Ela desfez o laço, o papel de embrulho e tirou a tampa da caixa. Dentro, havia uma foto belamente emoldurada de Fred Astaire e Ginger Rogers em uma graciosa pose de dança. Ele estava impecavelmente vestido em um fraque preto com uma flor branca na lapela e ela usava um vestido preto longo e elegante. Eles se olhavam nos olhos. Era uma das mais belas imagens que Elizabeth já tinha visto dos dois. Logo abaixo das imagens deles, Elizabeth viu os autógrafos de ambos. Na mesma hora, seus olhos se encheram de lágrimas.

“Eu nem sei o que dizer. É o presente mais bonito que já me deram, Darcy. Como você sabia que eu sou uma grande fã?” Ela disse com a voz trêmula.

Darcy sentou-se ao lado dela e colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. “Eu percebi que na sala da sua casa tem todos os filmes deles. A única vez que eu fui no andar de cima da sua casa, seu quarto estava aberto e eu vi várias imagens deles nas paredes. Quando eu achei, por acaso, essa foto autografada sendo leiloada, eu sabia que tinha que comprar para você.

Elizabeth colocou a caixa com o presente cuidadosamente sobre a mesa de cabeceira, a contemplando uma última vez antes de se sentar no colo de Darcy. “Obrigada. Você é um cavalheiro muito generoso. O que eu posso dar em troca?”

Darcy a olhou nos olhos com adoração. Ele queria dizer para ela naquele momento que tudo o que ele queria, era o amor dela, mas ele ainda tinha que conquistá-la. Então, ele simplesmente a colocou na cama e a beijou lentamente, tirando sua roupa enquanto a adorava. “Você já me presenteou com essa tarde, Elizabeth. E eu vou aproveitar cada minuto.” E ele realmente aproveitou.

O jantar ocorreu tranquilamente. Jane, como o esperado, ficou grudada a noite toda com a irmã. Para desespero, mas compreensão de Darcy, Elizabeth e ele dormiriam separados. Jane não ficaria longe da irmã por nada.

A primeira semana após o retorno de Elizabeth, foi recheada de momentos roubados. Darcy se encontrava com Elizabeth todos os dias na hora do almoço e dormia com ela todas as noites que Jane resolvia passar na casa de Charles. As noites em que Jane dormia em casa, Elizabeth escapava assim que Jane adormecia e voltava antes do amanhecer.

No sábado, Darcy tirou seu dia para ficar com Elizabeth. Ela dormiu em seu apartamento na sexta-feira, aproveitando que Jane estaria na casa de Bingley e continuaria o dia todo com Darcy... se não fosse uma surpresa no sábado de manhã.

Elizabeth, como de costume, acordou antes de Darcy e resolveu preparar um café-da-manhã especial para ele, com ovos, bacon, pão, suco, chá, café e frutas. Ela estava distraída na cozinha do apartamento cantando e dançando animada e não percebeu a porta se abrindo para uma visitante inesperada.

Georgiana não via o irmão há mais de um mês. Ela estava com saudades e tinha sentido o humor dele oscilando nas últimas semanas em seus telefonemas quase diários, mas ele nunca dizia o porquê. Ela estava preocupada e por isso, resolveu aparecer de surpresa e verificar o que estava acontecendo, mas nada a preparou para a cena que viu.

Assim que abriu a porta, ela escutou uma música vindo da cozinha, com uma voz feminina cantarolando junto. Ela parou na entrada da cozinha e viu uma mulher aproximadamente da altura dela, cabelos revoltos, descalça e usando uma das camisas de seu irmão que caiam no meio das coxas dela. Dançando com movimentos impressionantes para ser apenas uma distração enquanto cozinhava.

Georgiana nunca tinha se encontrado com nenhuma mulher que Darcy se envolvia desde o incidente com Patrícia. Ele nunca levava ninguém para o apartamento. Dizer que Georgiana estava surpresa, seria eufemismo. Mas ela sorriu com a ideia do irmão ter encontrado alguém.

“Bom dia.”

Elizabeth se virou assustada com a mão no peito. Imediatamente ela reconheceu Georgiana das fotografias espalhadas pelo apartamento e seu rosto corou violentamente.

“Bom dia... Georgiana... Eu... eu... eu sou amiga do seu irmão, Elizabeth, muito prazer.” Ela esticou a mão trêmula para Georgiana.

Georgiana riu e pegou a mão de Elizabeth apertando suavemente. “Desculpe, eu não queria assustar você. William está aqui?”

Elizabeth sentiu o rosto quente de vergonha. “Sim... ele ainda está dormindo.”

Georgiana tomou um acento em um banco do balcão da cozinha e olhava para Elizabeth com um semblante simpático. “Você quer ajuda para fazer o café-da-manhã? Eu ainda não tomei o meu e eu adoraria ter companhia.”

Elizabeth relaxou por um momento e começou a apreciar a irmã de Darcy, apesar da situação. “Claro. Mas não se incomode, eu posso fazer a mais para você. Eu preciso ir embora daqui a pouco, mas eu adoraria sua companhia.”

Assim que tudo estava preparado, Elizabeth levou os alimentos para a mesa e ela e Georgiana iniciaram uma conversa que divertiu a irmã de Darcy imensamente.

“Elizabeth... por que eu tenho a forte impressão que já vi você antes? Você trabalha com William?” Desde o momento que colocou os olhos em Elizabeth, Georgiana tinha certeza que já tinha visto ela em algum lugar.

Elizabeth negou com a cabeça. “Não, meu trabalho não tem absolutamente nada a ver com seu irmão. Eu sou dançarina.”

Os olhos de Georgiana arregalaram. “Elizabeth Bennet! A Campeã Europeia de Dança de Salão deste ano! Oh Meu Deus! Eu vejo seus vídeos na internet. Eu adoro seus vídeos. Você é incrível!”

Elizabeth sorriu agradecida pelos elogios e foi bombardeada de perguntas da menina querendo saber sobre sua história com a dança, que Elizabeth respondeu com entusiasmo.

Elas ficaram por mais meia hora conversando até que Elizabeth resolveu ir para casa. Ela passaria o dia com Darcy, mas com a irmã dele no apartamento, estava fora de cogitação. Ela entrou rapidamente no quarto apenas para trocar de roupa e beijar o rosto adormecido dele.

***

Darcy acordou e imediatamente sentiu o cheiro de bacon. Ele sorriu e se esticou. Quando sentou na cama, percebeu que a roupa de Elizabeth não estava no chão, como ele acreditava que encontraria. Ele franziu a testa por um momento e depois relaxou, pois tinha certeza que a encontraria em uma de suas camisas ou completamente nua como estava se tornando costume.

Ele saiu de seu quarto usando apenas cuecas boxer e viu a mesa com alguns alimentos. Ele sorriu e foi procura-la, mas quando entrou na sala, se deparou com Georgiana o fitando com um sorriso estranho.

“Vai colocar uma roupa decente e me encontre aqui, William. Creio que você tem uma história para me contar.” Ela parecia bastante satisfeita.

Darcy suspirou pesadamente. Ele sabia que não tinha como se livrar de Georgiana. Mas antes de sair, ele precisava saber onde Elizabeth estava. “Onde ela está?”

“Quem?” Perguntou Georgiana, fingindo inocência.

Darcy revirou os olhos. “Você sabe quem.”

“Ela já foi.” Georgiana respondeu dando de ombros.

Darcy franziu a testa. Eles deveriam passar o dia juntos. Percebendo o que tinha acontecido, ele suspirou novamente e voltou para o quarto, colocando apenas uma calça de pijama, e voltou para a sala sem camisa.

“Eu disse para você colocar uma roupa decente, irmão.” Georgiana disse com humor.

“Eu estou decente.” E então, ele foi até sua irmã e a abraçou. “Eu estava com saudades.”

“Eu acho que você estava se virando bem sem mim.”

Ele revirou os olhos novamente. “Ok, Georgiana. Pergunte o que você quer saber.”

Primeiro, eu só quero falar uma coisa: “Elizabeth Bennet? Uau!”

Ele riu. “Você já conhecia ela?”

“Não pessoalmente. Mas eu assisto os vídeos dela há algum tempo. Minhas amigas adoram as dicas do parceiro de dança dela, o Enrico. Ele tem um canal no YouTube e ela aparece de vez em quando. Ela é demais... e muito simpática. Eu realmente gostei dela.” Georgiana respondeu com um olhar significativo para ele.

Darcy sorriu e olhou para baixo um pouco tímido. Antes de falar algo mais, Georgiana iniciou seu interrogatório.

“Como você a conheceu?”

“Ela é irmã de Jane, a namorada do Bingley. Ela é uma das amigas que eu comentei com você nos nossos telefonemas. Era ela que estava fantasiada de anjo na festa e foi ela quem fez Bingley fazer um strip-tease em cima do balcão do bar.”

“Aaaah, agora eu gosto dela ainda mais... ela não é mais uma daquelas que você termina depois de um mês, é?” Georgiana perguntou com uma careta.

Darcy suspirou e esfregou as mãos no rosto. “É complicado, Georgiana.”

“Explica para mim, irmão.” Ela percebeu o semblante confuso do irmão e se preocupou. Algo dizia que aquele relacionamento não era como os outros.

“Quando eu a conheci... quero dizer, antes mesmo de a conhecer, eu estava decidido que faria para ela a proposta do namoro de um mês...” Ele iniciou sua história.

Georgiana interrompeu o irmão. “Como assim antes de a conhecer?”

Darcy sorriu um pouco. “Eu vi uma foto dela na casa de Jane...”

“Você se apaixonou por uma foto?” Ela perguntou espantada.

“Sim... não... Eu não sei! Eu senti uma gigantesca atração por ela.” Darcy respondeu parecendo ainda mais confuso.

“Uau.”

“Pois é.”

“E o que você sente por ela agora.”

Darcy suspirou novamente e se jogou para trás no encosto do sofá, fixando seu olhar no teto. “Eu a amo. Eu simplesmente a adoro. Se eu pudesse, eu ficaria cada minuto do meu dia com ela. Você consegue perceber o que isso significa, Georgie? Eu sempre fui sozinho, preferia ficar sozinho, a única pessoa que eu gostava de ter por perto era você e agora... se ela não está perto de mim eu me sinto miserável. Chega a ser patético a necessidade que eu tenho da simples presença dela.”

Georgiana olhou para o irmão sorrindo. “Você tem ideia do quanto eu estou feliz por ouvir isso? William, eu pensei que você seria um solitário para o resto da vida, ou que acabaria se casando sem amor quando cansasse de ser sozinho. Eu estou tão contente por você ter finalmente se interessado por alguém e não ter feito aquela proposta ridícula do relacionamento de um mês...”

Darcy respirou fundo e exalou audivelmente. “Eu não fiz... mas ela fez.”

Georgiana quase pulou da cadeira onde estava. “O que? Ela fez a proposta? Mas você não falou para ela que queria mais?”

“Eu só percebi que queria mais depois que a gente ficou juntos pela primeira vez. Eu concordei em ficar com ela apenas um mês. Nós estamos exatamente na metade de nosso tempo juntos... eu acho...”

Georgiana olhou para o irmão com espanto. “Você não disse a ela.” Não era uma pergunta.

“Não.”

“Por que?”

“Porque eu não tenho certeza se ela sente o mesmo por mim.”

“Para saber, você tem que perguntar.”

“Eu vou perguntar quando o nosso mês estiver no fim.”

“Por que não agora?”

“Se ela não sentir o mesmo por mim, eu não quero estragar nosso tempo juntos. Se ela não sentir o mesmo por mim, eu quero ficar com ela o máximo de tempo possível. Eu quero aproveitar tudo o que eu puder, porque as lembranças terão que durar uma vida inteira.” Ele respondeu um pouco entristecido com essa possibilidade.

“Eu não sei se isso é a coisa mais doce ou mais estúpida que eu já ouvi você dizer, irmão.” Georgiana estava perplexa.

Darcy riu um pouco. “Seja o que for, Georgiana, eu vou conversar com ela daqui duas semanas. E isso está decidido.”

Georgiana se levantou e sentou no sofá ao lado de Darcy. “Você acha que ela gostaria de ir ao cinema com nós dois hoje?”

“Ela não quer ser vista comigo.”

Georgiana franziu a testa. “Por que?”

“Ela não quer que as pessoas saibam que ela foi uma das ‘garotas do mês.’” Ele respondeu um pouco constrangido.

“Bom, mesmo que nós dois saibamos que ela não é, eu tenho que concordar que é um pouco queima-filme mesmo.” Ela comentou com uma honestidade excessiva.

“Georgiana!” Ele disse meio em espanto e meio repreendendo ela.

“Desculpa William, mas é. Eu no lugar dela também não iria querer ninguém sabendo.”

Darcy virou o rosto para o outro lado e Georgiana teve uma ideia. “Que tal convidá-la para ficar aqui no apartamento com a gente maratonando filmes no Netflix?”

Darcy sorriu, seu humor um pouco melhor. “Boa ideia... ela já sabe que você sabe... Eu vou ligar para ela.”

Elizabeth combinou de se encontrar com Darcy e Georgiana depois do almoço. Durante a tarde, os três se divertiram juntos no apartamento, Elizabeth teve a oportunidade de se aproximar de Georgiana e as duas realmente se deram bem. A princípio, Elizabeth estava um pouco tímida, mas no decorrer da tarde, ela e Darcy já estavam agindo como um casal de namorados normal.

Perto da meia-noite, Georgiana disse que ia dormir e se retirou para o próprio quarto, deixando Elizabeth e Darcy sozinhos pela primeira vez naquele dia. Elizabeth se levantou para ir embora, mas Darcy a impediu. “Onde você pensa que vai?”

“Eu vou para casa, Darcy.” Ela respondeu como se fosse óbvio.

“De jeito nenhum, Elizabeth. Eu dividi suas atenções com minha irmã o dia inteiro. Eu quero você só para mim agora.”

“Darcy, sua irmã está aqui.”

“Ela tem o sono quase tão pesado quanto o seu, ela já sabe que nós dois estamos juntos e ela não é mais nenhuma criança. Eu não vou traumatizá-la.” Ele olhou para ela com olhos suplicantes. “Por favor, fique comigo.”

Elizabeth sorriu relutantemente. “Ok... eu fico.”

Darcy abriu um sorriso enorme. “Quer dizer que você finalmente se rendeu ao meu rosto triste?”

“Só porque era o que eu queria também.” Ela bufou.

Darcy riu e se aproximou ainda mais. “Você quer mostrar exatamente o que você quer?”

Elizabeth se virou em direção ao quarto e falou por cima dos ombros. “Eu acho que você vai ficar feliz com o que eu vou mostrar para você e que está escondido embaixo desse vestido...”

Darcy a segurou pela cintura e a puxou para ele. “Quarto! Agora, Srta. Elizabeth. Eu adorei a nossa tarde, mas confesso que foi uma tortura não poder arrancar a roupa do seu corpo.”

“Eu vou permitir que você faça isso agora, se você quiser.”

Darcy a pegou no colo e a levou para o quarto. Ela lhe mostrou o que queria e ele cumpriu todos os pedidos, sentindo-se o mais feliz dos homens.


Notas Finais


Eles não conseguem enxergar o que está bem em frente a eles... não é mesmo?
Diga-me o que você está pensando!!


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