História Um Mês e Nada Mais - A Construção de uma Crise

A Construção de uma Crise

No outro dia, Elizabeth acordou pela primeira vez sozinha na grande cama do quarto de Darcy. Ela sorriu ao lembrar da última noite e toda a atividade que tinha acontecido naquele quarto. Darcy era sempre carinhoso, mas na noite anterior, ele tinha sido insaciável e ao mesmo tempo dedicado a tudo o que ela queria. Ela se levantou e vestiu suas roupas rapidamente, ansiosa por encontra-lo. Assim que abriu a porta, sentiu o cheiro familiar de panquecas.

Ao chegar na cozinha, se deparou com Darcy e a irmã cozinhando juntos. A cena era tão bonita que ela se sentiu uma intrusa, mas não por muito tempo. Georgiana correu para lhe dar um abraço de bom dia assim que percebeu sua presença.

Quando Elizabeth se virou para Darcy, ele já estava ao lado dela com um enorme sorriso no rosto e um abraço apertado que a levantou do chão enquanto ela ria. Ele beijou os lábios, a bochecha e o pescoço dela antes de colocá-la de volta sobre seus pés. “Bom dia, linda. Finalmente eu consegui acordar antes de você, Elizabeth.”

“Eu dormi demais... desculpa.” Ela disse mordendo o lábio e fazendo uma careta envergonhada.

“Na verdade, você dormiu pouco... Eu deixei você acordada durante muito tempo.” Ele respondeu maliciosamente.

Elizabeth arregalou os olhos para ele e beliscou sua cintura. Georgiana percebeu o desconforto dela e riu. “Finja que eu não estou aqui.”

“Desculpa, Georgiana. Seu irmão perdeu o juízo entre ontem e hoje.” Ela respondeu com humor.

“Você não estava reclamando disso essa noite... Aaai! Isso dói!” Ele exclamou esfregando o local onde ela deu um beliscão ainda mais forte.

“Você merece!” Ela retrucou rindo.

Os três ficaram juntos até depois do almoço e se despediram de Georgiana, que voltou para a universidade. Elizabeth precisaria estar em sua casa porque Jane queria passar um pouco de tempo com ela e Darcy suspirou resignado. Ele teria que esperar Jane dormir à noite para reencontrá-la.

Por sorte, Bingley ligou para Darcy perguntando se ele não queria ficar na casa de Jane para assistir alguns filmes com eles. Darcy olhou para Elizabeth sorrindo enquanto estava no telefone e respondeu que era uma ótima ideia.

“Era Bingley. Ele me convidou para assistir filmes na sua casa hoje.” Ele simplesmente não conseguia parar de sorrir.

Elizabeth riu. “Então, quer dizer que vamos ter outra tarde de filmes com irmãos?”

“Parece que sim. E parece que você vai ter que suportar minha companhia um pouco mais.” Ele disse presunçoso.

“Verdade... mas não da maneira que eu gostaria...” Ela respondeu, fingindo um rosto triste.

Darcy sabia que era uma brincadeira, mas respondeu a sério. “Você sabe que eu queria passar essa tarde fazendo outras coisas com você também.”

“Eu sei. Você quase não me deixou dormir essa noite.” Ela disse sorrindo. “E só para constar, isso não é uma reclamação.” Ela piscou para ele.

“Você sabe que se continuar agindo assim eu não vou deixar você sair desse apartamento, não sabe?” Ele a puxou de encontro a ele.

Elizabeth apenas riu e balançou a cabeça. “Insaciável!”

A tarde foi ao mesmo tempo agradável e torturante para os dois. Eles resolveram sentar em lados opostos para não fazer algo sem pensar. Jane escolheu um drama maçante, e como Elizabeth quase não tinha dormido, caiu no sono no sofá. Darcy olhou para o outro lado da sala com carinho quando percebeu que Elizabeth tinha dormido. Ele notou que ela estava com o pescoço em uma posição estranha, e no caminho para o banheiro, não conseguiu se impedir de parar para colocar uma almofada atrás dela e arrumar sua posição.

Bingley e Jane olharam um para o outro com as testas franzidas, mas o que Bingley achou mais interessante, foi que Elizabeth não acordou quando Darcy mexeu nela.

“Parece que Elizabeth tem o sono bem pesado.” Ele especulou.

Jane estava olhando para as costas de Darcy enquanto ele se distanciava. Um semblante confuso enfeitava seu rosto enquanto respondia. “Desde criança. A gente brinca dizendo que Lizzie não dorme, desmaia.”

Bingley sorriu diabolicamente. “Isso me dá uma ideia incrível, Jane. Você tem canetas coloridas?”

Darcy estava voltando para a sala ao som de risadas abafadas. Assim que entrou no ambiente, viu Jane e Bingley ajoelhados ao redor de Elizabeth. Ela já estava com o desenho de um generoso bigode verde, sobrancelhas grossas azuis e um círculo vermelho no nariz.

“Bingley... Eu acho que isso não é uma boa ideia.” Disse Darcy ao sentar em seu lugar.

“Eu tenho que dar o troco, Darcy.” Bingley pegou uma folha de papel e escreveu: É isso que eu ganho por zoar Charles Bingley. Em seguida, colocou a folha nas mãos de Elizabeth, e tirou várias fotos ao lado dela junto com Jane.

“Darcy, você não vai participar?” Bingley perguntou ainda rindo.

Darcy não queria admitir, mas a vingança de Bingley era hilária. Mesmo assim, ele não estava em posição de erguer a fúria de Elizabeth. “Charles... você sabe que Elizabeth vai devolver a provocação mais cedo ou mais tarde. E se ela fez você tirar a roupa na frente de centenas de pessoas por causa de uma simples foto, eu não quero nem imaginar o que ela vai fazer com você depois disso.”

Bingley hesitou por um segundo, mas estava se divertindo demais. Assim que terminou de tirar as fotos, ele publicou a mais engraçada em seu perfil do Facebook e eles continuaram a assistir ao filme como se nada tivesse acontecido.

Darcy olhava para Elizabeth adormecida com o rosto todo rabiscado ao mesmo tempo querendo rir e acordá-la para ajudar a limpar tudo. Ele já tinha pesquisado em seu celular a melhor forma de tirar tinta de caneta da pele e só estava esperando ela acordar, reagir e ameaçar matar Bingley para poder ajudá-la.

Pouco mais de vinte minutos depois, eles notaram Elizabeth se mexendo no sofá enquanto despertava. Ela olhou para a tela da televisão e revirou os olhos. “Jane, esse é o filme mais chato do mundo. Até eu que nunca durmo à tarde peguei no sono. Da próxima vez eu vou escolher o filme.”

Bingley não quis olhar para o rosto de sua cunhada para não gargalhar, mas ele teve uma ideia. “Eu compartilhei o trailer de um filme que parece ser bem interessante no meu perfil do facebook, Lizzie. Dá uma olhadinha lá e se você gostar a gente assiste em seguida.”

Elizabeth pegou o celular para assistir ao trailer. “Qual é o nome do filme, Charles?”

“Chama-se ‘O Troco.’” Ele mordeu os lábios para não gargalhar alto.

Darcy viu Jane levar a mão à boca para se impedir de rir. O próprio Darcy teve que disfarçar sua risada com uma tosse. Segundos depois, todos escutaram a explosão.

“CHARLES BINGLEY, EU VOU ACABAR COM VOCÊ!”

Charles se levantou e correu em direção as escadas com Elizabeth atrás. Eles subiram os degraus de dois em dois. Bingley gargalhando e Elizabeth xingando em três idiomas diferentes. Darcy não conhecia metade dos palavrões que escutou. Ele e Jane ficaram na sala, rindo histericamente.

Momentos depois, Jane e Darcy escutaram uma porta batendo com força, o barulho ecoando por toda a casa. “CHARLES, ABRA ESSA PORTA! CHARLES!!”

Jane e Darcy esperaram um pouco, e como nenhum dos dois apareceram, Darcy pediu licença para Jane e foi procurar Elizabeth.

Ela estava no banheiro de cima, lavando o rosto e despejando a gigantesca lista de palavrões que ela conhecia em voz baixa. Quando ela viu Darcy, estreitou os olhos na direção dele. “Você... Você podia ter evitado isso. Eu te odeio tanto no momento.”

Darcy ainda tentava sufocar a risada e levantou as duas mãos, como se estivesse se rendendo. “Eu não tive nada a ver com isso. Não me coloque no meio, por favor. Eu estou aqui para ajudar. Já até pesquisei as melhores maneiras de tirar a tinta.”

Elizabeth amoleceu um pouco quando ele mostrou no celular a pesquisa que tinha feito, e se fosse sincera, ela reconheceria que achou a brincadeira de Bingley hilária, pena que ela era a vítima.

Enquanto estava ajudando Elizabeth, Darcy aproveitou a privacidade para beijá-la e acariciá-la. Assim que terminou de limpar o rosto dela, ele a levantou colocando as pernas dela ao redor da sua cintura da forma que ele mais gostava e pressionou o corpo dela na parede em um beijo apaixonado. Nenhum dos dois percebeu a porta do quarto de Jane se abrindo lentamente, nem os passos de Bingley no corredor e nem o olhar de choque no rosto dele quando viu seu melhor amigo e sua cunhada em tais atividades.

Bingley voltou para o quarto como se não tivesse visto nada e esperou até que os dois saíssem. Depois de alguns minutos, ele escutou a voz de Elizabeth. “Pode sair Charles. Eu não vou fazer nada... por enquanto.” O tom de ameaça era bastante claro.

Bingley abriu a porta e saiu no corredor com um sorriso no rosto. Darcy e Elizabeth achavam que era por causa da brincadeira. Mal sabiam eles que Bingley sorria por outro motivo, mas ele decidiu não se intrometer nessa história e estava decidido a não contar para ninguém, nem mesmo para Jane.

Naquele dia, Bingley insistiu muito para Jane dormir na casa dele. Ela aceitou e assim que terminou o filme, eles partiram. Darcy ficou para trás com a desculpa de que ajudaria Elizabeth a limpar tudo.

Assim que Jane e Charles não estavam mais a vista, ele pegou Elizabeth nos braços. “Que tal você me apresentar seu quarto, Elizabeth. Mais precisamente sua cama?”

Elizabeth gargalhou e assim, eles foram para o quarto dela. Ele notou o quadro que deu a ela de presente em um local de destaque e sorriu com carinho para ela.

Ele a colocou na cama e a beijou profundamente. “Eu queria fazer isso o dia todo. Se a gente ficasse mais um minuto no banheiro, eu não resistiria, Elizabeth. Meu controle é nada quando estou perto de você.” Ele continuou a beijar o pescoço dela, até que sentiu a mão dela o empurrando.

Darcy parou suas atividades e a olhou com o rosto confuso. Elizabeth, sorrindo de forma atrevida, empurrou Darcy até que ele estava deitado de costas na cama. Ela retirou a camisa e desabotoou e puxou o zíper das calças dele.

Darcy estava deliciado em ser manipulado por ela. Ele colocou as mãos atrás da cabeça e aproveitou suas carícias. Elizabeth suspirou enquanto o contemplava. “Eu adoro seu corpo. É tão forte, tão másculo e viril. Você me enlouquece.”

Ele arqueou uma sobrancelha. “Achei que você não tinha ficado impressionada.”

Elizabeth sorriu. “Uma das maiores mentiras que eu já contei.”

Elizabeth se abaixou e começou a arrastar beijos por todo o corpo dele. Quando Darcy percebeu o destino que ela pretendia, prendeu a respiração e fechou os olhos. Ele sentiu as mãos dela acariciando seu quadril e puxando sua calça e cueca para baixo. Em seguida, sentiu seu rosto muito perto de sua virilha e automaticamente empurrou o quadril para cima. Elizabeth sorriu e mordeu sua cintura, o assustando.

Ele levantou a cabeça para perguntar porque ela tinha mordido somente para ver um sorriso malicioso antes de seus lábios o circular. Ela tinha feito de propósito, para que ele visse o exato momento que ela o levava na boca. Darcy gemeu e agarrou o travesseiro com força. Tudo o que Elizabeth fazia com ele despertava uma reação muito mais poderosa do que com qualquer outra mulher.

Ele sabia que não duraria muito tempo. “Elizabeth, sua boca... Oh, Senhor... tão deliciosa... Elizabeth, pare, ou eu vou... eu vou...”

Elizabeth não parou. Darcy, com a respiração rasa e o coração acelerado abriu os olhos e a viu limpar a boca com as costas das mãos e um sorriso safado em seu rosto. Ele sorriu para ela e balançou a cabeça. “Você acaba comigo... me desconstrói... Quando eu penso que não é possível sentir mais prazer, você me surpreende.”

“Você me inspira.” Ela disse antes de o beijar levemente nos lábios.

“Cinco minutos, Elizabeth. Só cinco minutos e eu vou tentar retribuir sua gentileza.”

***

Os dias passaram rapidamente. As duas últimas semanas de relacionamento logo se transformaram nos últimos dias. Elizabeth estava com o coração partido porque tudo terminaria logo e Darcy sentia-se extremamente nervoso por revelar seu coração a ela.

Eles teriam uma festa no Éden na sexta-feira. Elizabeth tinha confiado para Darcy que ela era sócia de Charlote e por isso se envolvia tanto com o funcionamento do lugar. Ela faria algum tipo de apresentação especial para um cliente a pedido da esposa dele. Darcy estava decidido a se declarar para ela na manhã seguinte a festa. Ele iria falar que desde o primeiro dia sabia que ela era diferente. Que a amava e que sempre se sentiria assim. Ele falaria de seus planos futuros e de como ela estava em cada um deles.

No meio de seu devaneio, seu primo Richard foi anunciado por sua secretária. Como de costume, assim que entrou no escritório de Darcy, ele foi diretamente para o armário e se serviu de um copo de whisky. Richard cumprimentou o primo e sentou-se de frente para ele.

“Darcy, já que você nunca se diverte, e que a Monique viajou, você está convocado a sair comigo na sexta-feira.” Richard disse em um tom de comando.

“Eu sinto muito, Richard. Mas eu já tenho compromisso na sexta-feira.” Darcy disse enquanto passava os olhos em um documento.

Richard revirou os olhos. “Jantar na casa da namorada de Bingley não conta.”

Darcy levantou os olhos para seu primo e sorriu presunçoso. “Você está enganado meu primo. Na sexta-feira eu tenho uma festa para ir no Éden Proibido. Já ouviu falar?”

Richard arregalou os olhos e quase pulou da cadeira em que estava. “Darcy, há quase dois anos eu estou tentando um convite para esse lugar. Você tem que me colocar lá dentro.”

Darcy balançou a cabeça em diversão. “Eu sou um convidado, Richard. Eu não posso chamar outra pessoa.”

Richard o olhou implorando. “William, se você é convidado, quer dizer que você conhece alguém que tem o poder de colocar pessoas lá dentro. William, você é meu primo mais querido. Por favor, por favor, por favor, me coloca dentro desse lugar.”

Darcy fingiu ponderar por um momento adorando tortura-lo e riu quando viu o olhar de antecipação do primo. “Tudo bem, mas eu não prometo nada.” Ele disse rindo.

“Eu só vou acreditar se você ligar agora. Eu não vou sair daqui sem ter certeza que você pelo menos tentou.” Ele declarou resoluto.

Darcy revirou os olhos novamente. Ele sabia que Richard cumpriria a ameaça, então, pegou seu celular e ligou para Elizabeth, mas ela não atendeu em nenhuma das duas tentativas. Ele pensou por um momento e resolveu ligar para Charlote. Darcy tinha se encontrado com ela algumas vezes depois da festa de três anos do Éden e gostava dela.

“Charlote, é William Darcy, tudo bem?”

“Oi William. Tudo ótimo. Como você está?”

“Eu estava bem até uns minutos atrás quando o chato do meu primo descobriu que eu estarei no Éden na sexta-feira e disse que não vai me deixar em paz se eu não conseguir um convite para ele. Seria muito abuso pedir isso para você, Charlote?” Richard o fitava com olhos estreitos, mas não disse nada porque estava na expectativa.

Charlote riu. “Não tem problema nenhum, William. Qual é o nome dele? Eu vou pessoalmente colocar na lista.”

“Richard Fitzwilliam.”

“Ele é da família daquele parlamentar?”

“O próprio.”

Charlote riu. “Isso é bom supondo que a festa será em homenagem a outro parlamentar.”

“Hayman?”

“Sim... como você sabe?”

“Eu conversei com ele no dia da festa à fantasia.”

“A esposa dele pediu para que Elizabeth fizesse uma apresentação para ele. Eu não entendo aquele casal... que esposa pede para uma mulher bonita se apresentar para o marido?”

“Uma esposa que ama e confia no marido e que tenha um carinho especial pela dançarina. Eu os vi conversando com ela e eles realmente a adoram. Ela estava ensinando tango para os dois.”

Charlote riu novamente. “Uau, ninguém sabia disso e Lizzie contou para você? Eu preciso conversar com a Lizzie.”

Darcy ficou corado e com medo de ter revelado demais. Ele escutou uma música de fundo e tentou mudar de assunto.

“Estou escutando música... você está no Éden agora?”

“Estou... Lizzie está ensaiando.”

Darcy se interessou imediatamente. “O que ela vai apresentar, Charlote?”

Charlote riu novamente. “Se ela não te contou, William, não serei eu que vou revelar. Ela me mataria.”

Darcy suspirou derrotado. “Eu aceito isso. Obrigado Charlote. Você foi muito gentil.”

“Sem problemas, William... só mais uma pergunta: você só ligou para mim porque Lizzie não atendeu?”

Darcy ficou embaraçado, mas confirmou.

“Eu não quero me intrometer, William, mas eu percebo os olhares que vocês trocam quando estão juntos. Ela gosta de você. Por favor, não machuque minha amiga.”

Darcy sorriu cheio de contentamento. Ela gosta de mim. “Você não precisa se preocupar com isso, Charlote. Se depender de mim, tudo vai ser perfeito.”

“Estou feliz em ouvir isso. Tente resolver o que existe entre vocês. Eu não vou me intrometer e nem conversar com ela sobre nada. Mas eu estou feliz que seja você. Você é um bom homem e Lizzie merece o melhor.”

“Eu me esforço... minhas intenções são as mais honestas possíveis. Você pode ter certeza.”

“Que bom! Desculpa, mas eu tenho que desligar. Lizzie está chamando.”

Assim que finalizou a chamada, Darcy percebeu o olhar estranho de Richard. “O que toda essa conversa quer dizer, Darcy?”

“Você queria ser convidado. Parabéns, você já está na lista.” Ele respondeu sem entrar em mais explicações.

“Quem é Charlote, quem é essa outra mulher de quem vocês dois estavam falando, o que Hayman tem a ver com isso e por quem você tem intenções honestas, Darcy?”

Darcy olhou sério para o primo. “Vou responder as perguntas que eu quiser: Charlote é a proprietária do Éden Proibido. Hayman e sua esposa são clientes de lá, e eu tenho boas intenções com todas as pessoas que me cercam. E se você quiser continuar me interrogando, eu posso muito bem ligar para Charlote e pedir para ela retirar seu nome da lista. Aposto que ela faria isso imediatamente.”

Richard o olhou por um momento, mas exalou em seguida. “Eu reconheço uma derrota quando encaro uma.”

“Ótimo. Nos encontraremos na sexta-feira às dez da noite em frente ao Éden.” Ele finalizou a conversa, não querendo entrar em detalhes sobre sua vida particular.