Epílogo
Sentado em um banco confortável no grande jardim de sua casa, Darcy aproveitava a brisa fresca do final da tarde e a tranquilidade o levou a pensar em sua vida.
Era inacreditável o que a presença de alguém poderia acarretar, mas foi o que aconteceu com ele. Justamente quando ele estava convencido de que nunca se apaixonaria, Elizabeth apareceu sem aviso, sem preparação... e ele foi atingido.
No decorrer dos anos, eles aprenderam a rir da confusão que se seguiu, e se perguntavam constantemente como eles poderiam estar tão cegos no início de tudo. Relembrando cada encontro que eles tiveram, cada uma das vezes que estiveram juntos naquele mês, era tão claro o amor que um tinha pelo outro... e mesmo assim levou um tempo consideravelmente longo e alguns tropeços para que se acertassem.
Ele pensou em Jane e Bingley e em como as coisas tinham sido fáceis e normais para eles... mas eles não tinham a bagagem difícil que ele e Elizabeth carregavam antes de se conhecerem. Mesmo assim, Darcy não mudaria nada.
Os anos os presentearam com dois filhos, um menino e uma menina, e para surpresa de ambos, foi o filho, e não a filha, que seguiu os passos da mãe no mundo da dança.
Elizabeth tinha se tornado uma das mais prestigiadas coreógrafas do mundo, e ele explodia de orgulho enquanto assistia cada uma das vitórias dela. Sempre ao lado dela, nas provações e nas comemorações, exatamente como ele tinha prometido.
O barulho de crianças rindo e falando alto o tirou de seus devaneios e ele se virou apenas para ver a mulher de sua vida andando em direção a ele cercada de seus netos. Ele nunca se cansaria daquela cena. Até o momento, os quatro netos eram inteiramente iguais à avó: atrevidos, bagunceiros e incansáveis.
As crianças passaram por ele correndo um atrás das outras em alguma brincadeira que tinha começado dentro da casa, e vendo Elizabeth rindo e balançando a cabeça para as palhaçadas deles, Darcy ofereceu sua mão para ela.
Elizabeth segurou a mão do marido e se sentou ao lado dele. Ela ficou um momento em silencio antes de olhar para ele nos olhos. “Você se lembra o que falou quando se declarou para mim, meu amor?” Elizabeth perguntou enquanto acariciava a mão que ela segurava.
“Cada palavra, Elizabeth. Cada palavra.” Ele respondeu.
“Eu acho que nunca existiu um homem que honrou tanto a própria palavra quanto você, William.” Ela declarou emocionada.
Darcy olhou para sua esposa. Seus cabelos estavam com várias mechas prateadas, marcas de riso eram visíveis nas laterais de seus olhos e boca indicando o quanto a vida era cheia de riso. Olhos verdes e brilhantes o fitavam, demonstrando todo amor que sentia por ele.
“Você é a mulher mais bonita que eu já vi, Elizabeth. Você sempre foi.” Ele disse, a olhando em adoração, como fez durante todos os muitos anos que compartilharam. Ele se inclinou e a beijou nos lábios, ganhando um suspiro em troca como acontecia todas as vezes.
“Ugh... Ver a mamãe e o papai se beijando já é horrível, mas ver o vovô e a vovó é bem pior...” Disse o pequeno Thomas, de sete anos, com uma careta no rosto.
Darcy e Elizabeth riram. Eles adoravam assistir os netos brincando no jardim da casa todos os domingos. Outras três crianças corriam ao redor das árvores. Risadas ecoavam por toda parte.
Darcy passou um braço pelos ombros de Elizabeth e chamou seus netos.
“Vocês querem saber a história de como eu pedi a vovó de vocês em casamento?” Ele perguntou quando as crianças estavam ao redor deles.
Elizabeth riu. “Querido, conte a versão com muita edição, por favor.”
Darcy pegou uma pequena moldura que estava ao seu lado e mostrou para as crianças. “A vovó de vocês me deu esse cartão quando a gente estava comemorando seis meses de namoro...”
Aquela história, junto com muitas outras, se tornou quase um folclore na família Darcy, Bennet e Bingley.
FIM
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