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História Um Namorado de Presente?! (em correção) - Could You Feel It?


Escrita por: SaturnCat

Notas do Autor


Olááááá~~

<3

Olha quem brotou do inferno para finalmente atualizar essa fic? suhdhsud

Desculpem a demora, eu realmente queria fazer o meu melhor para esse capítulo. Não está nem de longe do jeito que eu gostaria, mas eu estou muito emocionada por colocar "Sim, essa História está concluída" <3

Vou deixar os agradecimentos para mais tarde.

E para quem está com a fic na biblioteca, não retire ainda! Tem o capítulo bônus/extra que eu vou postar logo, logo
(já está pronto)

Enfim, perdoem esse lemon meio "fail", mas eu não queria escrever (desculpem a palavra) "putaria" pra esse casal tão meigo kkkkkkkk
É a primeira vez o JungKook e é mais ou menos assim que eu idealizo uma primeira vez toda puxada pro lado romântico.

Boa leitura e perdoem os erros, eu revisei umas 100 vezes, mas nunca vai ser o bastante.

Capítulo 19 - Could You Feel It?


Fanfic / Fanfiction Um Namorado de Presente?! (em correção) - Could You Feel It?

Posso te dar um conselho? Se você é um estudante do ensino médio, nunca arrume amigos mais velhos. Isso significa que todos eles vão se formar primeiro e te deixar para trás. Certo, “deixar para trás” é um pouco de exagero, mas é bem perto disso. Eu não sei direito com quem vou passar os intervalos agora sem TaeHyung, NamJoon, HoSeok e, é claro, Jimin. O YoonGi conseguiu reprovar por causa da matéria de história e por educação física. E eu não estou brincando, ele literalmente reprovou o último ano por uma matéria em que ele só precisa ir para a quadra. Me considerava até um pouco preguiçoso, mas depois de ver o meu amigo, percebi que sempre tem alguém pior do que a gente. Nem preciso dizer que o motivo para ele ter reprovado em história foi dormir nas aulas. De qualquer forma, não vou estar sozinho no ano que vem. O único que não gostou muito da ideia foi o Jimin, que ainda teima em sentir ciúmes do YoonGi apesar de tudo.

Desde a formatura, estamos nas férias de final de ano e em breve será outro ano e eu também vou deixar de ser um estudante, isto é, se não cair no mesmo poço que o YoonGi caiu. Continuamos a nos encontrar na casa de TaeHyung para jogar videogame e, se isso mudar algum dia, vou atrás de cada um deles. De vez em quando o Jimin vai também, ele está se esforçando para fazer parte da turma também, o que eu acho muito legal da parte dele.

Hoje a minha mãe foi com o meu pai para o jantar especial dos dois, que é nada mais que uma comemoração que eles fazem todo ano no dia em que se encontraram pela primeira vez, no mesmo lugar e horário. Acho isso romântico, porque eles poderiam simplesmente deixar de lado, mas não o fazem. Me pergunto se algum dia eu e Jimin seremos como os meus pais, saindo para comemorar uma data especial. Confesso que o Jimin está incluso em todos os meus planos e pensamentos sobre o futuro, como eu espero que aconteça. E, por falar nele, meu namorado está vindo para passar algum tempo comigo aqui em casa, já que os meus pais não estão.

Esperei mais algum tempo sozinho até que a campainha tocasse. Sorri e praticamente corri até a porta, para abri-la e encontrar o garoto mais lindo do mundo. Quando o meu olhar se direcionou até seus cabelos, quase pulei para trás.

— O que você fez? — Perguntei surpreso.

Ele entendeu ao que eu me referia e passou uma mão pelos fios, bagunçando-os nervosamente.

— Ah… Você gostou? Como eu vou trabalhar agora, a minha mãe disse que eu precisava ter uma imagem mais “responsável”, então eu pintei.

Fiquei um breve momento em silêncio, analisando o cabelo agora com um tom castanho natural.

— Você está tão bonito, eu preciso de um tempo para respirar. Volte mais tarde.

Brinquei que ia fechar a porta com ele ainda lá fora e Jimin se adiantou, impedindo o meu movimento e entrando também, fechando a porta atrás de si.

— Estou mesmo bonito? Você não gostava mais do vermelho?

— Está… Para dizer a verdade eu só comecei a sair com você por causa daquela cor, agora acho que já podemos terminar.

— Ah, então você vai ser assim? — Jimin sorriu arteiro se aproximando. — Mas eu acho que você não tem muita escolha. Se terminar comigo agora eu vou continuar te perseguindo por aí.

Beijou o meu pescoço e eu tremi inteiro só por aquele toque.

— Só porque estou com medo de você, não vamos terminar hoje. Fique ciente disso.

— Estou ciente.

Ele sussurrou perto do meu ouvido e senti um arrepio na mesma hora. Percebi até onde ele queria chegar com aquelas atitudes “inocentes” e logo o afastei com delicadeza.

— O que acha de assistir alguma coisa? — Sugeri.

— Já assistimos filme da última vez.

Tentei ser mais criativo.

— Quer comer alguma coisa?

— Estou sem fome.

— Quer ir dar uma volta na rua?

— Com esse frio? Nem pensar, se eu ficar gripado vou ter problemas.

Pensei sobre qualquer outra coisa, mas não me vinha nada na cabeça. Jimin estava me deixando maluco e sem ideias.

— Por que não dá alguma ideia também?

— Porque eu estava esperando você perguntar.

— Então você já tem alguma coisa em mente? Por que não disse antes e só ficou negando tudo o que eu dizia?

— Tenho uma ideia ótima…

Ele sorriu, deixando os olhos em pequenas fendas.

— Pode dizer.

— Seus pais vão demorar pra voltar hoje?

— Um pouco, talvez. Eles costumam demorar quando saem pra comemorar.

Ele chegou mais perto, colocando as mãos na gola do meu casaco.

— A gente podia…

Interrompi o baixinho antes que ele terminasse sua frase:

— Jimin, você só pensa nisso, não é?

— E você não pensa? Nem um pouquinho? — Fez uma carinha fofa, deixando dois dedos na frente do rosto bem próximos um do outro, como se se referisse a uma quantidade.

— Penso, mas não é sobre isso…

— Então é sobre o que?

Ele se afastou minimamente, me olhando como se já estivesse cansado daquela conversa que, por sinal, sempre acabava comigo indo embora ou mudando de assunto.

Eu deveria ser honesto, certo? Mas, estava morrendo de vergonha.

— Kook, pode falar se algo estiver incomodando você. Nós somos namorados, eu vou fazer um esforço pra te entender não importa o que for. Confie em mim.

— Eu… Eu estou… — Droga, porque era tão difícil dizer? Fechei os olhos e tentei criar coragem para falar de uma vez e acabar com aquilo. — Estou com medo, ok?

— Medo? — Ele ficou perdido.

Suspirei. Já tinha começado, agora precisava terminar.

— É…

— Do que, exatamente?

— Não sei… De não ser bom, de fazer alguma coisa errada ou sei lá o quê.

Jimin sorriu de leve, compreensivo.

— Não precisa ficar assim! Se você está inseguro por minha causa, porque eu disse que não sou mais virgem, não precisa se preocupar. Não disse que sou experiente nem nada do tipo. Foi uma vez só e eu nem gostava tanto do garoto. Se você quiser, eu posso… Não sei, ser o ativo.

— N-Não! — Gaguejei, me sentindo um idiota por isso. — Eu só estou mesmo com medo de te decepcionar. Quero que a nossa primeira vez seja perfeita.

— E vai ser perfeita. Pare de pensar em bobagens e aproveite o momento.

Ele chegou perto outra vez, colando seu corpo no meu. Jimin tinha razão, apesar de tudo. O baixinho voltou a beijar meu pescoço, mas puxei seu queixo em minha direção. Ele ficou quase na ponta dos pés para alcançar os meus lábios naquela posição. Nos beijamos de um jeito diferente dos outros. Nunca tinha sentido a boca de Jimin “brigar” com a minha por controle ou espaço. Ele passou os braços atrás do meu pescoço, sem encaixando ainda mais em mim. Aproveitei do momento e apertei sua cintura sem muita força. Aquele era um dos pontos sensíveis dele. Um dos muitos que eu já havia descoberto. Ele também sabia dos meus, então logo levou uma das mãos para a parte de trás de minha orelha, acariciando lentamente ali. Eu quase derreti com seus toques suaves.

Separamos o beijo e ele sorriu tão verdadeiro para mim que eu gostaria de poder guardar o momento. No lugar, apenas sorri de volta, tentando demonstrar o quanto ele era importante somente com isso.

Tentei não me importar com qualquer receio que tinha. Jimin era só meu e eu era só dele, mesmo que a insegurança me fizesse sempre temer o pior. Ele me olhava com os olhos estreitos após o beijo, estávamos sozinhos na minha casa e meus pais não voltariam tão cedo. Era muita idiotice minha não ter pensado antes que aquela era a hora perfeita para ao menos tentar?

Voltei a beijá-lo e fui o conduzindo lentamente de costas até a porta do meu quarto. Quando entrei, a fechei atrás de mim, ainda sem parar o contato. O beijo se tornou mais intenso e eu segurei suas mãos ao lado do corpo, em seguida as levando até acima da cabeça de Jimin. Quando as soltei, ele se manteve naquela mesma posição. Separei nossos lábios e Jimin também continuou com os olhos fechados.

Toquei a ponta de sua camiseta e, bem devagar, fui subindo o tecido por seu corpo, revelando o abdome pouco definido e bonito. Quando passei a camiseta por sua cabeça, a retirando totalmente, Jimin abriu os olhos e me encarou. Abraçou o meu pescoço com as duas mãos e caminhou até a minha cama, me arrastando. Ao chegar, se deitou, deixando as pernas para fora, ainda no chão.

Como ele persistiu em me puxar para si, fiquei por cima dele, me apoiando como consegui. Voltamos a nos beijar e logo depois ele retirou a minha blusa, como eu havia feito com ele e sorriu quase timidamente quando me analisou.

Fui traçando uma linha de selares de seus lábios até o pescoço, em seguida descendo para o peito despido. Ele fechou os olhos e suspirou. Meus lábios alcançaram seu mamilo direito e ficaram brevemente por ali, então descendo mais um pouco até a barriga lisa de Jimin. Quando percebi onde estava chegando, o olhei e ele abriu os olhos curioso por eu ter cessado os toques.

— Está tudo bem. — Falou suavemente, tão baixo quanto um sussurro.

Mesmo com aquelas palavras, eu continuava inseguro de fazer algo de errado ou decepcioná-lo, então fiquei parado. Jimin sorriu de lado e se sentou. Inverteu nossas posições, ficando por cima e passou a me beijar do mesmo modo que eu o beijava até então. Suas mãos tocaram o cós da minha calça jeans e então, lentamente, ele abriu os dois botões dela e desceu o zíper. Tomou os meus lábios enquanto retirava a peça de roupa, deixando-me apenas com a cueca de cor escura e tecido simples. Fiquei mais aliviado por ele estar ali, tomando a atitude no meu lugar, mas não era daquela forma que eu queria conduzir as coisas, então inverti nossas posições novamente e, com menos delicadeza que Jimin, retirei sua bermuda de tecido fino e senti um formigamento enorme ao ver sua cueca branca. Meu corpo estava praticamente tremendo em antecipação.

Toquei as coxas fartas de Jimin e as puxei, fazendo com que ele dobrasse as pernas, abrindo espaço para mim, e fiquei entre elas. Beijei os joelhos dele e então beijei a parte interna de uma das coxas.

— J-JungKook. — Ele gaguejou o meu nome quando também deixei um selar pouco acima da cueca.

Juntei toda a coragem que tinha e retirei a última peça de roupa no corpo de Jimin, deixando-o completamente nu e exposto para mim. Sua visão fez minha estabilidade acabar e só piorou quando eu observei seu membro ficando desperto. Voltei a beijá-lo e senti seu membro tocar no meu, mesmo que por cima do tecido da minha roupa íntima.

Jimin me ofereceu um olhar quase doce e imagens um tanto quanto pervertidas dele se passaram pela minha mente, fazendo a cueca ficar ainda mais apertada em meu corpo.

— Como você pode ser tão lindo? — Perguntei com a voz rouca. — Eu quero beijar o seu corpo inteiro.

Apertei as coxas de Jimin outra vez e fui dando novos selares e alguns chupões pelo corpo dele, até chegar em seu membro, agora ereto. Não tinha muita ideia de como fazer aquilo, mas tentei pensar em como gostaria que fizessem em mim. Tirei uma das mãos das coxas dele e segurei seu membro, iniciando uma massagem lenta ao som dos gemidos baixos e contidos que Jimin soltava.

Fiquei fazendo um vai e vem e então dei um selar na glande de Jimin. Passei a lambê-la em movimentos circulares, descendo a boca até o meio de seu membro, masturbando o resto com a mão. Deslizei a boca para cima e para baixo repetidas vezes e Jimin segurou alguns fios do meu cabelo, gemendo o meu nome agora mais alto.

O menor ofegava com os meus toques e aquilo estava me levando à loucura e deixando que a minha ansiedade boba fosse toda embora. Cada vez que ele apertava os olhos numa clara expressão de prazer ou arqueava de leve as costas, me fazia surtar e quase abandonar o meu corpo.

O chupei da forma que julguei ser certa, de acordo com as reações que recebia, e então voltei a beijar a boca de Jimin, parando com os movimentos. Retirei a minha própria cueca, sob o olhar atento do menor, expondo meu pênis já ereto. Estiquei meu corpo até o meu criado mudo, onde havia guardado o lubrificante que comprei pouco tempo atrás. Espalhei uma quantidade generosa pela extensão do meu próprio membro, o massageando e arfando. Em seguida, espalhei mais do produto nas mãos e também na entrada de Jimin. Fiz contato visual com ele.

— Se estiver doendo, é só me dizer. Tudo bem?

Apesar de todo o prazer que eu estava sentindo, não queria machucá-lo de forma alguma. Ele concordou com a cabeça e relaxou o corpo na cama, mantendo o olhar sobre mim. Lentamente adentrei um dedo e esperei que ele se acostumasse. Após alguns instantes, Jimin disse:

— Pode continuar.

Movimentei meu dedo o tirando e recolocando e aumentei gradativamente a velocidade com que o fazia. Respirei fundo e introduzi um segundo dedo, Jimin fechou os olhos, claramente sentindo dor, mas se mantendo calado. Com a mão livre, voltei a masturbá-lo, pare que se esquecesse da dor e pareceu funcionar. Ele voltou a gemer arrastado e então rebolou nos meus dedos e voltei a mexê-los, fazendo círculos e movimentos de tesoura. Com todo o cuidado, coloquei um terceiro dedo e refiz o vai e vem.

Após ficar naquilo por algum tempo, retirei meus dedos e soltei o membro de Jimin, segurando o meu próprio e o posicionando em sua entrada já preparada.

— Tudo bem, Kook. Eu confio em você. — Jimin sorriu outra vez, estava me deixando louco e extasiado, mesmo sem perceber.

O mais devagar que consegui, fui colocando o meu membro em Jimin, que outra vez pareceu sentir dor e aquilo de certa forma também doía em mim. Beijei sua perna gentilmente enquanto continuava a colocar me colocar dentro de si. Dei vários beijinhos por ali e Jimin relaxou um pouco, facilitando a entrada.

Assim que meu membro se encontrou quase que totalmente dentro do ruivo, fiquei parado e beijei seus lábios carinhosamente. Jimin retribuiu e colocou as mãos nas minhas costas, me arranhando de leve por ali.

Me retirei de dentro de Jimin e voltei, sem muita força, ainda estava com medo de machucar o baixinho. Somente com aquilo senti meu corpo inteiro entrar num estado inexplicável. Eu só queria que aquilo durasse para sempre, nem entendia mais todo o meu receio anterior. Por que eu estava enrolando tanto para fazer aquilo?

Fiz movimentos entrando e saindo de Jimin, mas ainda mantinha uma velocidade baixa.

— JungKook, m-mais rápido… Por favor. — Jimin quase implorou com bastante esforça embaixo de mim.

Eu o obedeci e aumentei a velocidade com que me movia. Com aquilo senti meu próprio prazer ser amplificado e Jimin lutava para continuar me olhando diretamente nos olhos. Nenhum de nós já controlávamos mais os gemidos, formando uma música erótica mesclada ao som dos nossos corpos se chocando.

Num determinado momento, ousei fazer um movimento diferente e Jimin fechou os olhos, arqueando as costas e soltando um gemido alto e prazeroso. Me esforcei para repetir aquela estocada.

— Aí… J-JungKook.

— Continue gemendo assim, Chim Chim.

Jimin então continuou a soltar sons manhosos enquanto eu acertava a mesma região dentro de si. Coloquei uma das mãos de volta ao membro do baixinho, enquanto a outra apertava sua cintura, e o massageei rapidamente. Sentia que não duraria muito mais tempo. E não sei de onde retirei coragem para sussurrar em seu ouvido o que disse em seguida:

Goza pra mim, Jimin.

E depois de mais algumas estocadas ele realmente se desfez na minha mão, sujando-a assim como minha barriga. Saí de dentro dele e o coloquei por cima de mim. Ainda respirando de forma irregular, ele se aproximou e colocou meu membro inteiro de uma vez na sua boca. Joguei a cabeça para trás, sentindo pela primeira vez aquele contato. Era muito melhor do que eu sequer poderia imaginar e Jimin fazia aquilo muito bem. Ele passava, ocasionalmente, a língua em toda a minha extensão e movimentava-se para cima e para baixo.

Agarrei seus cabelos com a mão e mexi o quadril, controlando a velocidade e ele pareceu não se incomodar. Abri os olhos para enfim encarar a cena e ver Jimin me chupando destruiu a minha sanidade. Logo eu também estava me desfazendo em sua boca, em meio a espasmos e um gemido arrastado e rouco, e o menor fez questão de engolir todo o meu líquido, voltando para se deitar ao meu lado em seguida, tão exausto quanto eu.

Ele posicionou seu corpo de frente para o meu e nos aconchegamos um no outro.

— Eu te amo. — Jimin disse baixo, ofegante.

Senti meu corpo voltar a tremer. Queria poder reviver aquele momento por toda a eternidade, se fosse possível.

— Também te amo.

 

 

 

TAEHYUNG

 

 

 

— E você não vai dizer nada pro seu pai? — HoSeok quis saber.

Não sei exatamente o motivo de termos voltado nesse assunto. Meu pai quer que eu seja um boneco manipulável e eu não vou ser. Simples assim. Pelo menos eu gostaria que fosse.

— Não sei… — Respondi honestamente.

— Por que você não sai da sua casa?

Eu não estava esperando ouvir aquilo.

— Como assim? — Encarei-o confuso. — Ir pra onde e com que dinheiro?

— Vamos morar juntos.

— Você está maluco? Não sou uma personagem adolescente e boba de novela mexicana pra fugir de casa.

— Não estou falando pra você fugir de casa, preste atenção! — Me deu um leve tapa na coxa. — Lembra de quando a gente era mais novo? Combinamos que iríamos morar juntos…

— Essa é uma péssima ideia, sabe disso.

— Nós terminamos a escola, já somos quase adultos agora. Vamos dar um jeito. Só precisamos de um emprego e tempo.

Cogitei a ideia. Nós éramos apenas crianças no dia em que tivemos esse “plano” de morar na mesma casa. Ainda assim, naquela época não tínhamos pensado em nada com detalhes e não me parecia bem algo inteligente de se fazer.

— Eu quero te tirar daquela casa, Tae. — HoSeok segurou as minhas mãos com afeto e senti meu coração se aquecer com o gesto. — Não quero que o seu pai faça nada com você caso tente contrariá-lo. Não me perdoaria se ele te fizesse qualquer coisa.

— HoSeok… Não posso fazer isso. Mesmo que eu odeie aquela casa.

— Por que não?

— Não sei.

Ele acariciou meu cabelo, tentando me acalmar, sentia vontade de gritar e sair correndo.

— Se você sair de lá, ninguém mais vai te obrigar a nada. Você não vai mais ficar sozinho, vai ter a minha companhia vinte e quatro horas por dia.

— Mas…

— Mas nada, já disse que é o melhor a se fazer. Sair daquele lugar vai te fazer bem, acredite em mim. Já estou procurando por lugares que estejam contratando.

— Está propondo isso só porque estamos juntos?

— Não. Mesmo que eu fosse apenas o seu amigo eu diria a mesma coisa. Tente não pensar tanto nas consequências, é até normal garotos da nossa idade dividirem um lugar para morar. Eu vou te ensinar a lavar louça e arrumar a casa.

— Lavar a louça? Eu não quero fazer isso.

O menor parecia se divertir com a minha falta de disposição para atividades domésticas.

— Garoto mimado, nunca ouviu falar em dividir tarefas?

— Não, meus pais pagam pessoas pra fazerem essas “tarefas”…

HoSeok deu risada.

— Ainda vou ter um trabalhão com você.

 

 

(…)

 

 

Senti a minha garganta ficando cada vez mais seca conforme a minha mãe me olhava intrigada. Resolvi seguir em frente com a loucura do HoSeok e, por algum motivo que eu não entendia, decidi que precisa falar com a minha mãe. Talvez por ela ter sido verdadeira ao falar comigo aquele dia no cruzeiro. Sentia como se devesse a ela por isso. Já fazia algum tempo que ele havia me dito aquilo, então estava mais do que na hora.

— Aconteceu alguma coisa TaeHyung? Você nunca me chama pra conversar.

Me remexi no sofá. Finalmente eu havia conseguido um tempo para ficar sozinho com ela e abrir o jogo de vez. Não podia fraquejar agora.

— Eu vou embora. — Fui direto.

— Embora? O que quer dizer? — Ela arregalou os olhos.

— Vou me mudar. Morar em outro lugar.  É isso o que eu quis dizer. — Não pude evitar o tom rude que saiu da minha boca, impensado.

Minha mãe ficou calada e olhou para baixo. Nunca pensei que fosse capaz de deixá-la sem palavras daquele jeito. Tentei voltar com o nosso contato visual e ela apenas desviou.

— Eu sinto muito. — Disse com a voz embargada.

— Não precisa sentir, agora é um pouco tarde pra isso. Eu vou embora por causa do meu pai, não fique tão magoada.

— Se eu tivesse… — Ela não concluiu a frase, começou a chorar. Era a primeira vez que eu a via fazendo aquilo. — Pra onde você vai?

— O HoSeok arrumou um lugar pra gente. Não quero que você saiba onde fica, sinto muito. Meu pai provavelmente vai te obrigar a dizer.

— TaeHyung… — Ela voltou a chorar. — Está acontecendo alguma outra coisa que eu não saiba?

Não entendi o motivo da pergunta e ela notou minha confusão.

— Você e… O HoSeok… Eu quero saber se está havendo algo a mais entre vocês dois.

— Por que está perguntando isso?

— Aquele dia no cruzeiro, eu imaginei que tinha ouvido algo, mas pensei que era só coisa da minha cabeça. Ouvir você falando assim me fez pensar de novo sobre o assunto. Você pode ser sincero comigo.

— Bom, eu… — Respirei fundo e fechei os olhos. — Sim. Nós estamos juntos.

Pensei que ouviria o choro dela aumentar ainda mais, mas tudo o que recebi foi silêncio. Não quis abrir os olhos e ver a decepção nos olhos dela. Seria demais para mim. Ao invés disso, senti braços me rodearem.

— Está tudo bem.

Minha mãe sussurrou no meu ouvido e meu coração se apertou como nunca antes. Uma de suas mãos foi até a minha cabeça e intensificou o contato. Abri os olhos sentindo que poderia chorar junto com ela. Nunca havia passado pela minha mente que a minha mãe me abraçaria, ainda mais numa situação dessas.

— Eu te amo, TaeHyung. Por favor, me desculpe por ter sido uma mãe lamentável.

Sentia suas lágrimas molharem a minha camisa e aquilo foi o suficiente para que eu me desfizesse também. Não sabia se chorava por felicidade, tristeza ou o que fosse. No entanto, eu não era capaz de devolver aquelas palavras, assim como não conseguia retribuir o abraço. Estaria agindo por impulso se dissesse que a amava. Eu nem saberia dizer que tipos de sentimentos nutria por ela.

— Por favor… Não me odeie. Eu deveria ter tentado lutar com o seu pai também, assim como está fazendo agora. Estou orgulhosa de você, meu filho.

Eu estou tremendo e surtando por dentro, mãe.

Estou sentindo muitas coisas e uma delas é culpa. Eu queria te tirar daqui.

Não deveria ser eu a te pedir desculpas por não devolver seu amor e por ter te odiado por tanto tempo?

Eu também não fui um filho lamentável?

 

 

 

JUNGKOOK

 

 

 

1 ano depois

 

Jimin estava sentado ao meu lado com seu semblante fofo, tentando disfarçar que me escondia alguma coisa. Eu sabia muito bem que ele estava me escondendo algo.

— O que está aprontando?

— Bom, eu fiz uma coisa pra você, mas não sei se você vai seguir o meu pedido.

— Depende. Me diga logo.

— Certo… Você sabe que eu vou viajar com minha mãe e meu irmão pra casa da minha vó no interior, né?

— Sim, você já me contou.

— E eu vou passar uma semana lá.

— Fala logo, eu vou desmaiar de curiosidade aqui.

— Você vai fazer sua prova na mesma semana e eu não estar aqui pra te desejar sorte, então… Fiz uma coisa pra você, mas precisa me prometer de pés juntos que só vai abrir quando for fazer sua prova.

— Eu prometo! — Quase gritei, cruzando os dedos. — Me mostre de uma vez!

Jimin tirou um papel de dentro da mochila e me entregou. Ele era branco e tinha o meu nome escrito em uma grafia bonita na parte de trás.

— Uma carta?

— Sim. E se você abrir antes da hora eu vou saber!

— Não se preocupe, vou me controlar. Obrigado.

Dei um rápido selar em seus lábios que, em seguida, sorriram para mim.

Estava feliz por aquilo, mesmo sendo algo pequeno. Ele poderia apenas me ligar da casa da avó ou mandar uma mensagem, mas preferiu ser mais romântico. Pelo menos eu considero cartas como sendo algo romântico. Minha vontade era de rasgar o papel e ler assim que ele virasse as costas, mas usei todo o meu autocontrole.

— Não estou brincando, vai se arrepender se ler antes do dia da sua prova!

— Tudo bem, nervosinho. Já entendi. Não mereço um voto de confiança?

— Só se você me disser aquela frase que adoro ouvir.

Tão manhoso.

— Eu te amo, Chim Chim.

Ele sorriu ao ouvir o apelido e não resisti em beijar seu pescoço exposto. Ele sabia o quanto eu adorava aquela pele macia e cheirosa, então sempre vinha para a minha casa com golas que me dessem a liberdade ficar por ali.

Marquei a lateral do pescoço de Jimin e ele me olhou feio.

— Só pro caso de um engraçadinho chegar perto de você.

— Não acredito no que estou ouvindo! — Rimos juntos.

Eu poderia ficar daquele jeito com ele para sempre e não me enjoaria nem um pouquinho que fosse.

 

 

(…)

 

 

Certo. Hoje é provavelmente o dia mais importante da minha vida. Não posso ficar nervoso. Preciso controlar a respiração e sobreviver por mais algumas horas.

É o dia de fazer o maldito vestibular e já quebrei a ponta do meu lápis duas vezes tentando apontá-lo direito. Já revisei a minha quantidade de canetas umas sete vezes é testei a tinta de cada uma pelo menos o dobro disso. Talvez eu esteja exagerado mesmo, mas eu tenho que garantir que tudo esteja perfeito para hoje. Olhei para a carta que Jimin deixou comigo alguns dias atrás. Eu havia mantido a promessa, a mesma estava ainda lacrada e intacta. Minha curiosidade de fez presente e a segurei junto ao peito, conforme deixava a minha casa e seguia para o lugar onde faria a prova.

— Boa sorte, meu amor. — Minha mãe desejou, dando um beijo no topo da minha cabeça.

— Obrigado.

Corri acenando para ela já um pouco distante, queria chegar o mais cedo possível.

Contanto que eu tivesse aquela carta comigo, sentia como se não precisasse ficar tão ansioso.

Meu baixinho estaria ao meu lado, não importando o resultado daquela prova.

 

I remember like it was yesterday

Eu me lembro como se fosse ontem

First kiss and I knew you changed the game

Primeiro beijo e eu soube que você tinha mudado o jogo

You had me, exactly, where you wanted

Você me tinha, exatamente, onde você queria

And I'm on it, and I aint ever gon let you get away

E eu estou a fim, e eu nunca vou deixar você escapar

Holding hands never made me feel this way

Mãos dadas nunca me fizeram sentir deste jeito

So special, boy its your

Tão especial, garoto é o seu

Your smile, we so in love

Seu sorriso, nós estamos apaixonados

 

You are my baby love my baby love

Você é o meu amorzinho, meu amorzinho

You make the sun come up (you make the sun come up on

Você faz o sol nascer (você faz o sol nascer em

A cloudy day, you're my number one, you're my special thing)

Um dia nublado, você é o meu número 1, minha coisa especial)

ohh boy (ohh boy)

Oh garoto (oh garoto)

You're my every every every everything

Você é o meu tudo, tudo, tudo

 

F i m…


Notas Finais


Estou bem nervosa para saber a reação de vocês, então comentem aí...
Como eu me saí no meu primeiro lemon? Sei que não está muito bom, mas...
Mas sei lá, sem desculpas pra isso X'D

E, só pro caso de alguém não ter lido nas notas iniciais, vou colar aqui:
Para quem está com a fic na biblioteca, não retire ainda! Tem o capítulo bônus/extra que eu vou postar logo, logo
(já está pronto)

A música do final do capítulo é Baby Love, da Nicole Scherzinger. Achei que combinava com o Jikook <3

Os agradecimentos ficam pro próximo capítulo, mas por enquanto aceitem meu MUITÍSSIMO OBRIGADA. Sem vocês comentando e dando esse apoio moral eu provavelmente nunca teria chegado até esse ponto :')

*vou chorar*


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