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História Um Novo Caminho - Primeiro Ano Pt. 2


Escrita por: LetyMalfoy

Capítulo 22 - Primeiro Ano Pt. 2


   Percy avistou seu irmão caçula debaixo de uma das árvores do jardim com um livro em seu colo. O menino sempre estava com algo para fazer agora, Severus Snape não era do tipo de professor que tolerava alunos com notas ruins em sua casa. Claro, havia exceções para os dois rapazes grandotes que sempre estavam com seu irmão, afinal, os dois eram mais lentos, provavelmente alguma disfunção causada pela endogamia das famílias.

- Ora vejam só, meu irmãozinho lendo… e não uma revista de quadribol.

   Ron sorriu, e olhou em volta, se certificando de que não tinha ninguém por perto antes de abraçar seu irmão pela cintura.

- Oh Percy! Estive com saudades, você não tem tempo pra mim. – Ron disse, fazendo beicinho.

- Oh, eu sinto muito, mas ser prefeito tem suas desvantagens. – Percy disse, se sentindo culpado, há pelo menos duas semanas que não checava seu caçula. – Mas os gêmeos me disseram que você estava bem.

- Os dois ainda ficam me vigiando de longe, eles estão bravos com o negócio das casas, ainda. – Ron disse, aproveitando os carinhos de Percy em seu cabelo.

- Os dois estão com vergonha de terem brigado com você, mas não estão bravos. Sabe como são os gêmeos, eles te queriam por perto.

- Claro, para me usar de cobaia. – Ron disse, de mau humor com os gêmeos, viu que Percy segurava um pacote na mão livre. – O que tem ai?

- Eu fiz pra você, é um jogo de xadrez. Sei que tem estudado muito, mas também precisa se divertir, não sou um bom adversário pra você, mas acho que pode encontrar alguns no seu ninho de serpentes.

- Sim, nós serpentes somos muito espertos! – Ron disse, sorrindo.

- Eu sei disso. Eles tem te tratado bem?

- Eu não sou exatamente seu cara preferido, mas eles não me atormentam, se isso que quer saber. Além disso, o sr. Malfoy me convidou para passar o natal na casa dele, acha que os pais vão deixar?

- Você quer ir?

   Ron balançou a cabeça enfaticamente, mas com um olhar desanimado.

- Mas acho que a mamãe não vai deixar, ela anda tão brava. E eu acho que vou gostar de passar o natal com vocês, de qualquer jeito.

- Não desanime, sabe como é mamãe, ela ficou brava aquela hora, mas já deve estar se sentindo péssima pelo gritador. Vou escrever uma carta e tentar convencê-la, o que acha disso?

   Ron sorriu largamente e voltou a abraçar a cintura do irmão. Percy sorriu também, ele gostava do olhar de adoração do irmão caçula, quem não gostaria?

X~X~X

   Harry nem podia acreditar, ia passar o natal em casa, e seus pais tinham deixado seu castigo por causa do troll para depois, só pra ele poder desfrutar e brincar com Draco e Ron. Ia ser o melhor natal de sempre, e eles poderiam voar, isso é, se seus pais pudessem ser convencidos de que um pouco de neve não ia lhes fazer mal, eles eram magos, os feitiços de aquecimento serviam para isso. Como sempre, ele estava atrasado e era o único em seu quarto arrumando seu baú, o que era aviltante, em casa os elfos sempre faziam isso, e ele não era bom como Draco para dobrar e guardar as coisas, ele já tinha amassado suas roupas, e o pai Lucius ia ter ataques quando visse o estado de suas camisas.

- Droga de baú! – Harry disse, quando as coisas não encaixavam.

- Ora meu jovem, isso pode ser resolvido com feitiço. – A voz alegre do diretor fez Harry se virar assustado, bem a tempo de ver como Dumbledore sacudia sua varinha e fazia com que suas roupas e demais coisas se encaixassem no baú.

- Ah, er… obrigado diretor.

- Oh, por que tão sério? Pode me chamar de Albus.

- Eu prefiro chamá-lo de diretor, meu pai não gosta que eu seja indelicado. – Harry disse, estranhando o brilho tão antinatural dos olhos do homem.

- Oh, suponho que Remus é do tipo que gosta de mantê-lo bem educado. – O diretor disse, sorrindo e acariciando sua barba.

- Sim, ele é. – Harry disse, se lembrando de que não podia mostrar muito amor por Lucius. – E o sr. Lucius fica muito bravo se eu sou mal educado. – O que não era mentira, mas seu pai loiro costumava mimá-lo mais do que o lobisomem também.

- Entendo, o sr. Malfoy pode ser muito difícil, mas eu vim aqui falar sobre o seu pai.

- O que tem ele? Vou vê-lo amanhã. – Harry perguntou, confuso.

- Estou falando do seu pai de verdade, James Potter. Esse ano você me lembrou ele de tantas maneiras. Jogando quadribol, salvando a pequena senhorita Granger.

- Oh, isso. – Harry disse, embaraçado.

- Então, eu te trouxe um presente de natal. Um presente muito especial.

- Sério?! – Claro que Harry sabia que não devia confiar no velho, mas caramba, presentes são presentes.

- Sim, é algo que seu pai deixou comigo antes de morrer. Eu tenho certeza de que ele gostaria que você tivesse isso.

   Harry recebeu o pacote, e quando viu uma capa grade demais e meio velha achou que o diretor não era perigoso, só maluco mesmo.

- Ah, obrigado pelo presente.

   Dumbledore sorriu.

- Só faça o favor e a coloque.

   Harry ia bufar e mandá-lo atormentar outro, mas resolveu não ser impertinente, ele sabia que nada ia parar Lucius de dar-lhe umas palmadas se ele foi para casa com uma carta dizendo que mandou o diretor para lugares nada bonitos. Com cara brava, o menino colocou a capa e quse surtou quando ficou invisível.

- É uma capa de invisibilidade! Ah meu Merlin! Isso é demais.

- Sim, imaginei que gostaria. Deve passar mais tempo pensando nos seus pais e no sacrifício que fizeram para que você pudesse viver Harry.

- Eu penso. – O menino disse, resoluto.

- Isso é bom, agora, eu devo ir.

   Enquanto saía da torre, o diretor pensava em como manipular o menino não seria fácil. Ele tinha planejado deixá-lo com a família trouxa justamente para não ter esse tipo de problema. Harry era sua arma contra Voldemort, ele deveria ser crédulo e facilmente manipulável, mas agora tinha que lidar com um menino seguro, que ainda por cima se sabia amado e querido pelo pai adotivo e pelo padrinho, nada disso tinha saído como ele queria. Claro que fato do menino ter ido para a casa dos leões era uma excelente notícia, Harry era corajoso e certamente poderia ser empurrado para desejar vingança sobre o homem que matou os pais, era só uma questão de apertar os botões certos.

X~X~X

- Vocês tem certeza que não vai ter aranhas aqui? Isso não é bem acampar no jardim.

   Draco revirou os olhos.

- Vamos dormir numa barraca no jardim, como isso pode não ser acampar no jardim, Ron?

- Pessoas normais não tem jardins que se parecem com a floresta amazônica!

- Vamos lá Ron, os papais já estavam querendo nos deixar lá dentro por causa da neve. Aranhas não saem no frio. – Harry disse. – Vamos para a barraca, nós dois podemos jogar xadrez enquanto Draco lê seu livro.

- Sim! – Disse o loiro, que queria muito ler o livro que seu pai Remus tinha lhe dado, era sobre dragões.

   Os três entraram na barraca aquecida. Harry não acreditou quando foi derrotado duas vezes seguidas pelo ruivo. Draco, que estava confortavelmente deitado no chão coberto por colchões macios e mantas, riu.

- Ah Harry, Ron é um gênio do xadrez, ele não vai perder para você.

- Ei! Eu sou bom nisso aqui. – Harry disse.

- Sim, mas Ron tem uma cabeça grande onde fica planejando como nos derrubar sem dó nem piedade. – Draco disse, deixando o livro de lado. – Eu já li bastante, vamos pedir aos papais para nos trazerem o jantar.

- Sim! – Ron disse entusiasmado. – Eu nunca comi essa coisa que vocês disseram… é marshmallow, não é?

- É um doce trouxa muito bom, mas é sobremesa, papai Remus não vai nos deixar comer antes. – Harry disse, animado também. – Podemos pedir para ele nos levar para ver o desfile de natal.

- Sim! Ele já nos levou ano passado. – Draco disse, com os olhos brilhando. – Você tem que ver Ron, é incrível. Tem um velhinho que eles chamam de papai-noel, e tem renas, e…

   Ron deu risada.

- Eu sei como é o natal trouxa. Percy me contou, ele até já me levou uma vez para Londres quando eu era pequeno e estava chateado com os gêmeos por me deixarem com orelhas de burro, tomamos sorvete. Uma senhora nos olhou engraçado quando eu pedi sorvete de todos os sabores.

   Harry e Draco riram.

- Eles tem muitos sabores legais como a gente por lá.

- Eu não pensaria que aquele prefeito todo metido a certinho fosse legal. – Draco disse.

- Percy é meu irmão favorito. – Ron disse, admitindo algo que todo mundo na família sabia. – Ele sempre cuida bem de mim, me abraça e conta histórias para dormir... – Ron corou. – Er… contava, contava quando eu era pequeno.

   Harry e Draco riram do embaraço do ruivo, Ron amarrou a cara, e foi assim que Remus e Lucius os encontraram quando chegaram com o jantar. Ou melhor, quando chegaram com Dobby trazendo o jantar, Remus sorriu, ele gostava de ter crianças por perto. Lucius pegou o olhar do lobisomem e lamentou não poder dar-lhe um filho, mas eles já tinham dois e teria que ser o suficiente.

X~X~X

   O trio de leões chegou a cabana de Hagrid para uma chá e se surpreenderam quando o encontraram lendo o livro que Harry tinha emprestado e se esquecido de preparar-lhes algo para comer, o que claro, era um alívio. Hagrid cozinhava terrivelmente mal.

- Oh Harry, esse livro é maravilhoso.

- Papai Remus comprou para o Draco, a mãe dele tinha dito numa das cartas que escolheu seu nome porque queria que ele fosse bonito e forte como um dragão, então ele queria saber mais deles.

- Oh, e ele gostou de algum? – Hagrid perguntou, curioso.

- Eu não sei dizer, ele não me diz esse tipo de coisa. – Harry disse, fingindo muito bem que não era amigo de Draco, como se isso fosse possível. – Ele até levou Weasley para o natal para não ter que ficar só comigo.

   Harry sentiu uma onda de remorso quando os amigos começaram a consolá-lo, mas isso foi esquecido quando eles ouviram o ovo de dragão pulando no caldeirão. Os quatro ficaram impressionados e extasiados ao ver como o dragão nascia, era tão bonito e incrivelmente perfeito, e hilário que Hagrid se achasse a mãe do dragão.

X~X~X

   Draco não podia acreditar no que Harry tinha contado. E o moreno ainda tinha a cara de pau de ficar sentado ali com os olhos brilhando e falando de um filhote de dragão como se fosse o filhote de um cachorro.

- Harry! Vocês estão todos ficando malucos! NO QUE DIABOS ESTÃO PENSANDO?

- Ai, não precisa gritar! Hermione está tentando convencê-lo a se livrar do Norberto, mas é difícil fazer o homem entender que o bicho é perigoso, Hagrid adora esse tipo de animal.

- O dragão vai queimar aquele casebre de madeira em pouco tempo, ouça o que eu digo. E é bom você estar longe quando isso acontecer.

- Hagrid precisa de ajuda, não posso deixá-lo sozinho com isso.

   Draco revirou os olhos para esse típico comportamento maluco do irmão, mas Ron limpou a garganta.

- Eu tenho a solução. – Ron disse, calmamente.

- Eu não vou envenenar o Noberto. – Harry disse, ao ver que o ruivo lia um livro sobre venenos.

- Isso é um livro para poções! – Ron disse, ofendido.

- Ah, certo. Então, o que é? – Harry perguntou.

   Draco balançou a cabeça, tão curioso quanto o moreno. Ron revirou os olhos.

- Irmão que é domador de dragões… dã!

   Harry arregalou os olhos ao se lembrar disso e foi abraçar o amigo ruivo, Draco negou enquanto via os dois se envolverem numa guerra de cócegas. Essa capa de invisibilidade tinha permitido muitas visitas entre Harry e os amigos, mas havia momentos em que o loiro desejava um pouco mais de paz. Seus devaneios de ordem foram interrompidos por um travesseiro em seu rosto, devidamente indignado o loiro partiu para a infame briga, injusta claro, uma vez que os dois se juntaram para derrubá-lo.

X~X~X

- Isso é tudo culpa sua! – Draco disse, de mau humor.

- Oh, como diabos pode ser minha culpa quando foi você quem contou ao Snape?! – Harry perguntou, irritado e andando ao lado do loiro, rumo a Floresta Proibida.

- Oh, eu não contei nada pro padrinho, seu idiota! Ele ouviu quando eu estava conversando com Ron, ele puxou minha orelha! – Draco se lamentou.

- E por que Ron não ficou de castigo? – Harry perguntou, afinal, Severus tinha castigado Draco quando o viu fora do salão comunal.

- Porque os gêmeos nos viram andando para avisar vocês sobre o Severus, eles não gostaram da ideia do irmãozinho andando a noite pelo castelo, ai o levaram.

- Os gêmeos?! – Harry perguntou, incrédulo, eles eram os maiores delinquentes do castelo.

- Sim, eles não confiam em mim, estavam pensando que eu ia aprontar alguma coisa com o meu melhor amigo, mas pelo menos agora eles estão falando com o Ron.

- Menos mal. – Harry disse. – E pelo menos seu padrinho não te deu umas palmadas.

   Draco teve que sorrir quando viu Harry esfregar o traseiro. Ele estava na sala de poções enquanto Harry recebia a bronca do século de um assustado Sirius Black, que culminou em umas palmadas quando o auror ouviu do afilhado que “o dragão não era perigoso”.

- Não sorria, Draco. Estou bravo com ele.

- Oh, não fique, essas palmadas vão deixar os papais menos bravos, porque te garanto que nenhum deles está contente com a gente, principalmente com você… primeiro um troll e agora um dragão.

   Harry assentiu tristemente. Remus tinha mandado um gritador falando sobre como ele estava matando os dois de preocupação, mas suas divagações pararam quando chegaram a floresta, onde Hagrid e Neville já os esperavam. A sensação ruim que Harry sentiu ao entrar na floresta era um presságio.

X~X~X

- EU VOU MATAR DUMDLEDORE! – Sirius esbravejou para Moody.

- Não acho uma boa ideia, gostou da cadeia e quer voltar?

- O imbecil mandou meu afilhado para a porra da floresta proibida caçar algo que matava unicórnios com a besta do Hagrid como protetor. Ou ele quer matar o garoto ou é o diretor mais irresponsável da história.

- Phineas Black não ficou famoso por tentar impor açoitamento como castigo? – O auror mais velho brincou.

- Eu açoitaria o diretor agora. Esse velho ladino esperou até que você me desse uma missão e mandou meu afilhado para a floresta proibida, eu já tinha dado umas palmadas no garoto, ele certamente não precisava ver alguém sugando sangue de um unicórnio.

- A junta escolar já foi informada de como Lucius Malfoy está irritado com esse tipo de castigo, esse comensal deixou todos de orelhas quentes. Eles pediram para que déssemos mais atenção ao que se passa na escola, já que o diretor tem por hábito deixar de informar certo tipo de incidente. – Moody disse.

- Ele nunca diz nada, deve ser o que você quer dizer.

- Oh, pelo amor de Merlin, rapaz! O homem é o chefe da Ordem da Fênix, ele é o maior interessado na segurança do escolhido, e seu afilhado precisa de treinamento e não de um monte de gente agindo como se ele fosse de cristal, ele é quem vai derrotar aquele-que-não-deve-ser-nomeado!

- Harry vai é para a faculdade, sugiro que a Ordem e os aurores comecem a ter boas ideias pra derrotar o maníaco, porque meu afilhado não vai lutar guerra pra preguiçoso nenhum! – Sirius esbravejou, saindo da Central, será que só a família de Harry via a loucura que era que todos os magos adultos da Grã-Bretanha esperassem que um garotinho os salvasse?

X~X~X

   Harry e Draco não tinham superado ver aquele monstro na Floresta Proibida, mas pelo menos isso os tinha poupado de muita bronca dos pais, que ficaram mais preocupados com os dois do que qualquer outra coisa. Os dois foram vê-los nas salas particulares de Severus, Lucius era o mais preocupado.

- Como vocês estão? Tudo bem? – Ele perguntou.

- Sim papai, nós estamos bem. Foi só um susto. – Harry disse, apesar de ter ido se aconchegar no colo do loiro.

- Foi mais do que um susto, Harry! Você desmaiou quando aquela coisa foi para perto de você. – Draco disse, sentando na perna livre do pai, querendo se esquecer do gritinho que tinha dado, apesar de ter resistido a vontade de correr.

- Isso foi por causa da dor na cicatriz, foi muito dolorido. – Harry disse, reclamando para ganhar mais simpatia do loiro.

- Ah Merlin, você só se mete em confusão. – Lucius disse, horrorizado ao perceber qual era o único ser que poderia causar tal dor em Harry e sobreviver através do sangue de unicórnio.

- Os três vão se comportar e parar de lamentar, me custa todo o auto controle não ceder aos impulsos do lobo e escondê-los num caverna. – Remus disse, praticamente rosnando.

   Os três mencionados ficaram quietos, todos sabiam como o lobisomem era protetor, podiam ver suas unhas maiores e mais afiadas que o normal, seus braços mais musculosos, a voz mais grossa… ele estava preparado para lutar pela família.

- Harry, sei que pensa que estamos sendo severos, mas pelo amor de Merlin! Você enfrentou um troll, já foi enfeitiçado num jogo de quadribol, estava brincando com um filhote de dragão e agora foi atacado por um espectro de Voldemort.

   Lucius olhou para o lobisomem com desgosto, o uso do nome o incomodava. Harry por sua vez estava muito feliz que o pai não sabia de Fofo, ele ficaria preocupado, mas Hagrid garantia que o enorme cão de três cabeças era bonzinho. Draco tinha os olhos rasos de lágrimas.

- Ah papai, mas algumas coisas não foram culpa dele.

- Eu sei, não estou bravo com vocês, mas com a situação. – Remus disse, se ajoelhando em frente a Lucius. – Mas pelo amor de Merlin, parem de arrumar encrenca.

- Sim papai. – Os dois meninos disseram ao mesmo tempo.

X~X~X

   Hermione era um gênio, Harry já sabia, mas teve que abraçá-la quando ela descobriu em um livro que o que tinham escondido em Hogwarts era a pedra filosofal. Claro que Voldemort devia querer a pedra para voltar a vida, eles claro, não podiam permitir isso, já que seu papai Lucius e Severus sofriam muito por causa do monstro.

   Foi assim que os três amigos de gryffindor terminaram naquela confusão no final do ano, Ron também teve que se juntar a eles, já que Draco tinha saído correndo para ir achar Severus ou Sirius, e gritado para que ele não deixasse o irmão desmiolado morrer, já que ele ia matá-lo mais tarde.

X~X~X

   A primeira coisa que Ron viu quando acordou foi Percy.

- Olá. – O menino disse, sorrindo.

   O que ele certamente não esperava foi o cascudo que levou.

- Auch! Isso doeu. – O menino se lamentou, esfregando a cabeça tristemente.

- Sr. Weasley! Não pode agredir seu irmão. – Madame Pomfrey disse, fungando indignada.

- Ora essa, mulher, deixe o rapaz tentar colocar juízo no irmão caçula. – Lucius Malfoy disse, sentado em uma poltrona ao lado da cama de Harry.

- Obrigada sr. Malfoy. – Percy disse, muito educado. – E me desculpe, Madame, mas essa pequena peste quase me fez morrer de susto quando chegou carregado pelo Professor Snape, depois de jogar xadrez bruxo num tabuleiro gigante! – Percy disse, olhando ferinamente para o irmão.

- Mas era pra ajudar o Harry. – Ron disse, com carinha de choro.

   Percy se enterneceu e ia se desculpar, mas Lucius foi mais rápido.

- Espero que não esteja comprando esse olhar de cachorro molhado, ele é uma serpente, está te manipulando descaradamente. – O loiro disse.

- O quê?! Ele não está…

   Ron olhou feio para o pai de seus amigos.

- Não me venha com esse olhar jovenzinho, estou sumamente irritado com todos vocês.

- Lucius, ele ajudou a manter Harry seguro. – Remus disse, de seu lugar encostado na parede.

- Eu sei, mas nenhum deles deveria estar nessa encrenca para começo de conversa. – Lucius disse, frustrado. – Esqueça o que eu disse, sr. Weasley. Estou muito nervoso, seu irmão precisa de um pouco de carinho… e talvez umas palmadas.

- Ah, mamãe vai providenciar algo assim quando chegarmos em casa. – Percy disse, com cara séria, só para assustar o irmão, que se enroscou em seu abraço. Molly tinha estado apavorada quando ouviu sobre a aventura do mais novo e provavelmente ia ficar como mamãe galinha o verão todo ao redor do menino.

   Remus sorriu para o menino ruivo, encorajando-o, o lobisomem não podia deixar de se sentir grato pela ajuda dos amiguinhos do filho, ele tremia só de pensar no que podia ter acontecido com Harry sozinho, era bom que ele tivesse amigos.

- Onde está o Draco? E a Mione e o Neville? – Ron perguntou.

- Oh, eles estão bem. Mas tivemos que mandá-los para fora. Draco estava gritando com a srta. Granger sobre ela ser tonta e levar Harry para o mau caminho. – Remus disse, com um sorriso grande.

- Ah, e eu estava dormindo?

- Você levou uma pancada forte na cabeça, os gêmeos não estão contentes também. – Percy disse.

- Ah meu Merlin, estou ferrado.

- Olhe a boca! – Percy e Lucius disseram ao mesmo tempo.

   Remus e Ron riram, e foi ao som das risadas que Harry acordou.

- Ah, minha cabeça doí. – O menino reclamou.

- Harry! – Remus e Lucius disseram ao mesmo tempo.

   O menino não estava vendo bem, mas sorriu quando o seu pai lobo colocou seus óculos em seu rosto.

- Então… quais as chances de eu ter que limpar os candelabros da mansão nas férias?

   Remus abraçou o filho, contente de ver que o menino estava bem. Lucius olhava-os com o coração na mão, ele teria que cuidar bem de seus leões estúpidos. Ele não iria permitir que o Lorde fizesse mais das suas.

X~X~X

   Narcissa estava pensativa enquanto esperava por Lucius. O loiro tinha pedido um encontro em sua casa na Inglaterra, a mesma em que ela tinha crescido com suas irmãs. Ela gostava do local, tinha ótimas lembranças. Estava quase terminando seu chá quando a lareira se acendeu e Lucius saiu das chamas.

- Olá. – Ela disse, sorrindo.

- Já soube do que houve na escola?

- Claro, fico feliz que nosso filho tenha mais juízo que o resto deles. – Narcissa disse, tinha ficado devidamente orgulhosa quando soube que seu filho tinha sido o mais tenaz ao ir buscar um adulto para lidar com o Lorde reencarnado.

- Sim, ele tem. – Lucius disse, parecendo cansado.

- Qual é o problema? Os meninos já estão seguros na mansão.

- Sim, e Harry me contou sobre a capa de invisibilidade que ganhou do diretor e sobre a visita que teve ainda na enfermaria. O velho está se movendo.

- Isso era de se esperar. – Ela disse, calma, vendo por onde ia o assunto.

- Quero saber o que o outro lado está fazendo também. – Lucius disse, sabendo como a ex-mulher era mais bem informada que ele nesse momento.

- Oh, todos sentiram como o Lorde está desperto. E todos sabem como seu filhote de leão o despachou na escola.

- Exatamente… o que eles estão tramando?

- Não sei te dizer com precisão… mas não pretendem atacar o menino. Sabem que não podem entrar na mansão e tem medo do Dumbledore.

- Mas estão planejando algo. – Lucius disse, tendo.

- Meu amigo, somos comensais… sempre temos algo planejado. – A loira disse misteriosamente.

- Só não se esqueça de que seu filho também vai àquela escola.

- Os sangue-puro nunca foram nosso alvo. – Narcissa disse, sem se abalar. – Não pretendo deixar nada acontecer com Draco, e nem pretendo fazer nada contra o rapazinho Potter… até que simpatizo com o moleque, sabe disso. Só não espere que o Lorde tenha a mesma opinião.

   Lucius não respondeu, se dirigiu a lareira pisando duro.

- Precisa se decidir de que lado vai ficar Narcissa, se chegarmos a guerra, vou matar qualquer um que seja uma ameaça à minha família, isso te inclui também.

- O meu lado sempre esteve claro, Lucius. Foi você quem mudou… só espero que coloque a segurança do seu herdeiro e filho legítimo antes do mestiço.

- Harry pode ser mestiço, mas é meu filho exatamente como Draco. Não venha para o Yule esse ano, estou irritado com você.

Dizendo isso, o loiro jogou o pó na lareira e sumiu nas chamas.

- Veremos se chegamos a guerra meu querido… gostaria de saber o que tem naquele diário de McNair, o próximo ano vai ser muito mais emocionante que esse. – A loira disse para si mesma.

 


Notas Finais


E entãooooooooooo, me digam o que acharam, por favorzinho!
Até a próxima.


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