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Draco nunca sentiu tanto alívio em sua vida ao entrar no maldito Expresso de Hogwarts. Pela primeira vez, desejava loucamente sair da mansão antes que cometesse assassinato, era demasiado jovem e bonito para ir parar em Azkaban. Seu tio Sirius mal tinha recuperado o charme, imagine ele que não era tão duro, e menos ainda animago.
- Já está de melhor humor? - Ron questionou, a seu lado.
- Claro que sim. Está vendo algum idiota por aqui?
Ron ergueu uma sobrancelha, olhando de maneira acusatória para ele.
- Ei! - O loiro protestou. - Deveria ficar do meu lado.
- Um pouco difícil quando está tendo ataque de ciúmes por causa de outro, não é?
- Não é "outro", é o Harry. - Draco disse, realmente confuso.
Ron bufou, e negou com a cabeça.
- Vamos mudar de assunto, cabeça oca. - Propôs, querendo fugir do tema.
- Sim, vamos falar de como vencer a copa das casas agora que a diretora é descaradamente a favor dos leões e estamos sem Severus. - O loiro disse, com horror.
- Que tal não roubar e trabalhar por isso? - Harry perguntou, chegando a cabine carregado de doces.
Draco e Ron o olharam com ceticismo.
- O quê?
- Só me lembrando aqui de quando Dumbledore roubou nossa vitória no primeiro ano para vocês. - Draco apontou.
- E de quando deixou de castigá-los por não cumprir as regras... tipo, todo o maldito tempo. - Ron disse, sorrindo de lado. - Pelo amor de Merlin, só os gêmeos deveriam ter custado a Copa todos os anos para vocês.
Harry ficou sem argumentos, então, optou pela saída mais digna:
- Querem sapos de chocolate? Comprei vários.
- Boa jogada, Potter. - Draco sorriu, pegando um dos pacotes.
X~x~X
Quando chegaram na escola, uma das primeiras coisas que perceberam foram os murmúrios, muitos olhavam e apontavam para os três, e se perguntavam o motivo, até que Hermione e Neville se aproximaram com carrancas idênticas.
- O quê? - Harry perguntou, levantando as mãos. - Eu não fiz nada, juro.
- Não é isso, o problema são eles. - A garota disse, fazendo um gesto amplo. - Leram O Profeta e estão assustados.
- Com o quê? - Draco perguntou, pegando o jornal da mão da garota e franzindo o cenho. - Oh, com meu parentesco com uma das fugitivas mais perigosas do mundo? Por favor, tia Bella é a mais perigosa, pelo menos, poderiam escrever os fatos corretamente. - Disse, com sarcasmo e uma ponta de diversão. - Poder corre na família, sabe como é.
Neville franziu o cenho.
- Ela é uma psicopata, não é algo para se ter orgulho, idiota.
Draco ergueu uma sobrancelha.
- Eu não tenho orgulho dela ser uma psicopata assassina que está jogando o nome da minha mãe e o dos meus ancestrais na lama, mas eu certamente posso reconhecer que ela mais poderosa que a maior parte dos lambe-botas do Ministério.
- Isso é fácil usando magia negra. - Neville gritou, dando um passo perigoso em direção ao loiro, com os olhos brilhando com um fogo que não tinham visto antes.
- Verdade, ela é especialista nisso. - Draco disse, calmamente, lembrando-se, de repente, que foi sua tia quem colocou os pais dele permanentemente em St. Mungo.
- Não tem vergonha disso?! - Neville gritou, chamando mais a atenção para eles, e fazendo que alguns slytherins começassem a se encaminhar para o local.
- Eu não fiz nada, não tenho do que me envergonhar. Não controlo quem está na minha família. - Draco disse, já se virando para se afastar.
- Deveria, ter uma mãe que protege uma assassina é uma vergonha. - Neville disparou, ganhando um safanão de Hermione e um olhar chocado de Harry.
Ron sabia o que vinha antes do loiro abrir a boca.
- Pelo menos, a minha mãe sabe meu nome e não precisa de alguém para lhe trocar as fraldas. - Draco soltou, com um sorriso cruel, indo em direção ao slytherins, que aplaudiram e riram da saída de mestre.
Neville empalideceu, e seus olhos brilharam com um ódio que seus amigos nunca tinham visto antes. Ele sacou a varinha, mas foi contido por Hermione e Harry, os dois muito divididos sobre a briga, mas dispostos a acalmar os ânimos, que estavam inflamados.
Draco e as demais serpentes estavam juntos, já se preparando para um ataque, mas ele não veio, já que a diretora apareceu, com sua aura de rigidez e disciplina e fez que todos se calassem, dando em seguida, um discurso sobre o exemplo que deveriam dar ao já ser do sexto ano, de como estava desapontada e que se visse mais sobre isso, suas casas começariam o ano com pontos negativos. Depois disso, a tensão ainda permeava o ar, mas de maneira controlada. Durante o sorteio e o banquete toda a casa das serpentes permanecia alerta, mais ainda porque estavam sem Severus Snape para dar-lhes respaldo, a primeira impressão de Horace Slughorn não tinha sido das melhores, ele dificilmente inspirava o respeito que Severus tinha tido.
X~x~X
Ron encontrou Harry e Hermione na biblioteca no final daquela semana para que eles pudessem estudar para a montanha de tarefas que já tinham recebido. Cortesia da diretora para mantê-los ocupados, em vez de perdendo tempo com disputas infantis. Estranhou o fato de que Harry estava tranquilo e sorrindo enquanto Hermione o olhava com reprovação.
- O que ele andou aprontando dessa vez? - Perguntou, com voz suave, para não levar bronca.
- Está usando um livro com anotações de um cara estranho.
- Estou indo melhor em poções que quando Severus me ensinava. - Harry disse, sorrindo. E Ron conhecia aquele brilho no olhar do moreno, ele estava aprontando alguma.
- Espero que ouça Hermione, ela é a única dos três idiotas que tem algum juízo.
Ela sorriu-lhe docemente, enviando um beijo pelo ar.
- E onde está o esquentadinho? Além de perder peso, achou coragem demais pra irritar o Draco? - O ruivo perguntou, fazendo a observação que a maior parte da escola já tinha feito. Longbottom tinha desabrochado, finalmente.
- Ele foi visitar os pais várias vezes no verão, dê um tempo. - Hermione disse. - E Draco já bateu onde queria no primeiro dia.
Ron assentiu, entendia a revolta de Neville, mas ele estava direcionando para o alvo errado. Draco não tinha nada a ver com Bellatrix. Ele se pôs a escrever seu ensaio sobre amortentia, achando difícil sair com algo interessante, enquanto Harry fazia passarinhos de pergaminho.
- Então, vai me emprestar esse livro?
- Claro! - Harry disse, passando-lhe o volume.
- Ronald! Você também? - Hermione questionou, brava, mas em tom de voz baixo, ela sabia que a tolerância de Madame Pince era só para Ron, que a tinha engatusado de alguma maneira ao longo dos anos.
- Se posso ter vantagem, por que não? - Ron perguntou, folheando o livro, e soltando um sorriso malicioso para Harry. - Ele sabe disso?
- Não, e você não pode contar ou vai perder essa valiosa fonte de conhecimento. - O moreno disse, sorrindo.
Ron não tinha problemas em manter o segredo. O livro de Severus Snape era algo demasiado valioso para perder por besteiras, ou pelos olhares fatais de Hermione Granger.
X~x~X
Harry descobriu que o novo professor de poções era um homem que poderia falar de sua mãe biológica por um bom tempo, fato que lhe picou a curiosidade e o fez aceitar participar das festas do professor.
Estava justamente saindo da primeira, quando viu Draco andando calmamente pelo corredor, parecendo distraído.
- Ei, idiota. - Harry chamou, carinhosamente. - O que está fazendo fora das masmorras a essa hora?
Draco fez um beicinho.
- Tenho que patrulhar, acredita?
Harry revirou os olhos.
- Claro, é o que prefeitos fazem. Hermione e Neville também fazem rondas, e a quem está tentando enganar? Adora sair por ai tirando pontos de alunos indefesos.
- Eu sei, eu sei... e tem a vantagem do banheiro. - Draco disse com os olhos brilhando.
Harry riu.
- Só pensaria em bolhas e água quente como algo especial.
- Eu penso, já que posso levar meu namorado para lá... sei que o seu é velho e sem fôlego, mas tenho certeza que pode imaginar coisas interessantes para fazer lá.
Harry voltou a rir, mas dessa vez foi sem sinceridade. JJ entendia que ele não estava apaixonado por ele, e cada vez que Draco falava de Ron com esse brilho no olhar, era uma facada em seu coração.
- O quê? - Draco perguntou, olhando-o como uma águia. - Por que esse sorriso falso para mim, Potter?
- Nada, é só que sinto saudade do JJ.
Draco fez um som de vômito.
- E eu preocupado com você. Tem certeza que ele não te deu uma poção do amor? Podemos falar com seu novo fã, o professor Slughorn.
Harry revirou os olhos.
- Está com inveja porque ele não te puxa o saco como Severus.
Draco fungou.
- Não, puxa o seu, idiota. Agora, se me dá licença, preciso ir caçar aluninhos idiotas do primeiro ano para tirar pontos.
Harry riu, Draco nunca ia mudar.
- Tomara que eles sejam de Slytherin.
- Então, não seriam idiotas, só do primeiro ano. - O loiro provocou, seguindo pelo corredor.
X~x~X
- Ronald Billius. - Harry disse, chegando perto do ruivo com as mãos na cintura e uma postura séria.
- Harry Potter. - O rapaz respondeu, com diversão, fazendo uma mesura formal, quando o amigo saiu de sua capa de invisibilidade. - O que te faz invadir meu quarto, e me chamar pelo nome inteiro?
- Seu namorado está aprontando alguma, me diga o que é. - Harry disse, olhando com súplica para o amigo.
Ron riu.
- Ah, qual é! Não acredito nisso. – O ruivo disse, descrente e divertido.
- O que?
- Ele está irritado porque temos um segredo sobre seu amigo príncipe mestiço, e agora você está querendo saber o que ele está aprontando. O que não sei, devo frisar.
Harry fez uma careta divertida.
- Acha que devo contar sobre o livro?
- Por quê? - Ron perguntou, sorrindo maliciosamente. - Ele fica tão bonito tendo ataques de curiosidade... e está melhorando consideravelmente nos subornos que me oferece, se é que me entende.
Harry tentou bravamente não mostrar seu incômodo sabendo que o amigo estava provavelmente falando de subornos de cunho sexual. Seu relacionamento com JJ tinha ajudado muito, mas ainda sentia uma sensação desagradável no estômago quando pensava nos dois. Ron, claro, não deixou isso passar.
- Ah, qual é, não pode achar estranho, já que agora enrosca a língua com a de um cara também. - O ruivo provocou, com uma sensação estranha em seu próprio peito, tinha lutado contra as ideias que tinha tido em Malfoy Manor, mantendo-as longe de sua mente, mas era difícil quando as coisas ficavam tão evidentes.
- Hum... ele beija bem. - Harry disse, com um sorriso radiante, que fez que Ron controlasse seus pensamentos, dizendo que estava confundindo as coisas, para Harry, ouvir sobre coisas de Draco devia ser o mesmo que ele imaginar coisas assim da Ginny, totalmente desnecessário. - Mas... tipo... hum, ai, Merlin!
Ron riu. Harry tinha sido descarado falando sobre meninas, e ele sabia de fonte fidedigna que se em Hufflepuff tinham sessões de masturbação conjunta, em griffyndor havia um concurso para medir pênis.
- Só pergunte o que quiser, pense que é melhor que falar com Lucius ou Remus. - Ele ofereceu, estremecendo ao se lembrar de como isso poderia ser embaraçoso.
- A coisa é que JJ é muito legal, e, diabos, que braços. - Ron tinha que concordar. Tinha visto o cara na piscina. - Nós nos beijamos, mas ele não parece muito empenhado em... você sabe.
Ron ergueu uma sobrancelha.
- Provavelmente porque gosta do pau dele onde está. - O ruivo disse, rindo. - Que tipo de idiota mentecapto ousaria te dar um boquete que fosse debaixo do teto do seu pai lobisomem?
Harry olhou para o amigo em silêncio chocado, até explodir em gargalhadas. Deitando-se na cama até que o ataque passasse.
- Idiota, não tinha pensado nisso, não é? - Ron perguntou, com carinho. Harry devia estar se questionando todo esse tempo, pensando que não era atraente ou fazendo alguma coisa errada. Às vezes, ele era inseguro e auto depreciativo, Draco dizia que era reflexo de seu começo de vida atribulado.
- Não... pensei que ele não estava interessado.
- Todo cara no mundo quer um boquete, Harry. – Ron disse, com cara séria, apesar do brilho em seus olhos denunciar o divertimento. – Mas, devia agradecer que ele não pulou em cima de você como se fosse um pedaço de carne, é gentil e mostra que ele se importa.
- Ah, sim, uma gentileza enorme, me deixar de pau duro só com o que ele faz com a língua na minha boca. – Harry disse. – As coisas são mais intensas entre caras?
Ron deu de ombros.
- Não sei te dizer de outro modo, companheiro, nunca me senti atraído por garotas. – O ruivo explicou. – Talvez Charlie seja de mais ajuda nesse tipo de questionamento, ele sempre saiu com meninos e meninas.
Harry assentiu.
- Talvez eu tente falar com ele, pros lobisomens é diferente, eles realmente podem só transar com uma mulher só para ter filhotes e achar super divertido, se não forem enlaçados ainda. – O moreno disse, pensativo. – Agora, me diga, o que acha que o loiro maldito está aprontando?
Ron negou.
- Eu não faço a mínima ideia, sério. Ele anda todo misterioso, e está satisfeito demais, o que significa que alguém vai terminar mal.
Harry assentiu e suspirou.
- JJ?
- Bem, semana que vem vamos pra casa nos feriados, se for algum tipo de piada que ele está planejando com os gêmeos, vamos descobrir.
- E se eu te disser que já antecipei isso e ele vai passar o natal e os feriados todos com a família dele na Escócia? – Harry informou, sentindo-se muito esperto.
- Vou dar-lhe meus pêsames, porque tirar o alvo de uma brincadeira arquitetada por meses vai deixá-lo frustrado, então, você vai virar o alvo. – Ron disse, sorrindo ao ver o amigo empalidecendo.
- Pode ser você. – Harry disse, tentativamente, já antecipando ficar careca, virar uma menina, ou seja lá o que a mente retorcida de Draco tinha planejado.
- Ah, por favor, ele não me enfeitiçaria, ele gosta demais dos meus boquetes. – Ron disse, piscando um olho para o amigo e se perguntando o que ele estava pensando que o fez ficar tão corado.
Harry balbuciou um pouco, e mudou de assunto, perguntando se o amigo tinha lido sobre a nova contratação dos Cannons, perguntando se os dois poderiam ter um time para jogar quando saíssem da escola, já que esse era o seu favorito e estava indo de mal a pior. Enquanto falavam sobre as chances do time de não ficar em último novamente, Harry lutava para tirar da cabeça a imagem dele dando a Draco um boquete enquanto implorava pela misericórdia do loiro.
X~x~X
Percy estava trabalhando até tarde novamente, mas dessa vez, já tinha tudo em ordem, a questão era que estava esperando seu chefe, com o qual tinha um relacionamento em franca e divertida evolução. Estava distraído quando Oliver parou por sua mesa.
- Ei, Perce, estou indo embora, quer ir comer alguma coisa? - O homem ofereceu.
- Quer marcar alguma coisa para amanhã? Hoje vou jantar com Tom.
Oliver deu um sorriso malicioso.
- Ah, sim. Está namorando o chefe com cara de malvado e ar de quem tem uma masmorra cheia de brinquedos.
Percy riu, Oliver era um descarado.
- Senhor Wood, eu já te disse, se está tão curioso, posso ser persuadido a te entreter, mas Percy aqui é um bocado ciumento. - Tom disse, se aproximando e sorrindo com malícia quando seu repórter de esportes deu um respingo e o olhou mortificado.
- Eu... tenho que ir. Boa noite, chefe.
Assim que Oliver tinha saído correndo, Percy apoiou o queixo na mão, olhando para o homem com diversão.
- Acho que tem um prazer sádico em torturar meu amigo. - Ele disse, sorrindo com indulgência.
- Eu tenho, é interessante ver o intrépido ex-capitão do time da grifinória sair correndo com o rosto em chamas quando o pego fofocando sobre minhas preferências sexuais. - Tom disse, com um sorriso charmoso.
Percy sorriu de volta. Estavam juntos há alguns meses, mas ainda era maiormente fofoca, apesar de todos no escritório saberem disso, já que Tom, apesar de ter superado seus ciúmes quando finalmente conseguiu arrastar seu assistente para a cama, não era de esconder de ninguém um relacionamento que estava tendo.
- Então, podemos ir jantar? - Percy questionou. - Se demorarmos muito fica tarde para voltar para casa e os gêmeos nunca me deixam em paz quando isso acontece.
Tom fez uma careta.
- Por isso deveria dormir na minha casa.
Percy o olhou com surpresa, isso nunca tinha saído à baila anteriormente.
- Oh, isso é novo. Pensei que era do tipo que gostava da sua privacidade. Se me lembro bem, me fez esse discurso na manhã seguinte de me seduzir tão desavergonhadamente.
Tom suspirou.
- Podemos falar disso no jantar?
- Claro. - Percy disse, docemente, mas essa carinha de inocência já não enganava o mais velho.
X~x~X
Interlúdio - Meses antes
- Senhor Malfoy, obrigado por me encontrar. - Percy disse, sorrindo.
- Sempre um prazer, mas ainda insisto que se vai tentar me seduzir, deveria escolher um lugar de melhor fama. - Lucius brincou.
Percy sorriu com um brilho de malícia novo no olhar.
- Eu descobri que gosto de brincar com serpentes, mas, temo que seu companheiro não goste de compartilhar.
- Riddle já te perverteu ao que parece. - Lucius disse, pensativo e sério. - Isso não é como nosso último encontro, não é? Vou ter que matá-lo?
Percy sorriu e negou. Ainda era muito bom saber que tinha tanta pessoas dispostos a defendê-lo.
- Não, nada disso. Tenho uma dúvida e acho que pode me responder sinceramente.
- Claro, no que eu puder ajudar. - Lucius disse.
- Pode me mostrar seu braço? - Percy pediu, com cara séria, apontando para o braço onde um dia Lucius guardou a marca negra.
O loiro o olhou com uma seriedade gigantesca.
- Por quê?
- Preciso ter uma confirmação de uma suspeita. - Percy informou, com cuidado. - Mas, vou entender se preferir não me mostrar.
Lucius suspirou pesadamente e ergueu a manga. Percy examinou a área com detenimento, chegando a tocar com dois dedos.
- Isso é bom. - Ele disse, suspirando, aliviado.
- Por que estava preocupado?
- Só imaginando se eu estive dormindo com Voldemort desde umas semanas atrás. - Percy soltou, sorrindo largamente. - Mas, se não estou ficando louco, ele pelo menos é um Lorde das Trevas reformado, não é?
Lucius o olhou chocado.
- Como?
- Bem, não muitos magos saem por ai com olhos vermelhos quando usam muita magia, são legimentes naturais... e bem, foi uma questão de usar lógica simples. Realmente, não sei como o resto do mundo não fez a ligação.
Lucius o olhou com um traço de orgulho.
- Porque é uma maravilha superar uma guerra com um grupo de loucos, sem Lorde das Trevas para ser o vilão super assustador. Isso, e o fato de que somos bons pra caramba fingindo e mantendo segredos.
- Realmente, se eu não tivesse crescido numa casa que tinha reuniões da Ordem da Fênix talvez nunca soubesse.
- E agora, vai desistir dele?
- Não... estou interessado em descobrir o quanto ele se envolve sem me dizer nada.
Lucius revirou os olhos.
- Percival, não brinque com cobras. Nós mordemos.
O ruivo ergueu uma sobrancelha.
- Eu sou um leão, eu posso comer serpentes... principalmente se ele não se comportar. Acredita que me deu um discurso sobre gostar de privacidade e espaço pessoal?
Lucius bufou.
- O idiota.
- Ele é perigoso? – Percy perguntou. – Eu me sinto tão seguro com ele, mas… não sou um tremendo juiz de caráter.
- Ele é perigoso, mas para o seu pobre e tolo coração de leão. Ele estava insano, corrompido por magia negra, agora está bem, voltou a ser só um desgraçado arrogante.
Percy mordeu o lábio inferior.
- Sinto meu núcleo mágico tremer cada vez que estamos juntos. – Percy disse, subitamente sem vontade de dizer que era quando tinham sexo.
Lucius o olhou com curiosidade.
- Sério?
Percy mordeu os lábios.
- É verdade? Sobre vínculos desse tipo?
- Sim. – Lucius disse. – Se quando estão… juntos, para não ferir sua sensibilidade pudica, sua magia sai para potencializar o orgasmo e os deixa como drogados, é bem possível que já estejam se vinculando.
Percy abriu a boca, chocado.
- E o idiota me veio com essa conversa de não querer perder a privacidade e o espaço? – Percy perguntou, franzindo o cenho.
- Bem, conhecendo Tom, ele está assustado como o inferno. Sentimentos geralmente não são o forte de magos tão poderosos quanto ele, menos ainda depois de tudo o que passou.
Percy franziu os lábios.
- Isso não muda o fato de que vou castigá-lo por ser tão pouco sincero. Ele vai ter até o começo do solstício de inverno, senão…
- O quê? Não entre num duelo com o homem.
- Claro que não, ele me venceria facilmente. – Percy disse, como se Lucius fosse louco. – Só pretendo torturá-lo com provocações sexuais até que esteja me sentindo vingado.
Ao invés de se escandalizar, Lucius sorriu.
- Quer um livro? Tenho certeza de que pode convencê-lo com seu charme juvenil a usar uma gaiola mágica, isso é, se tiver o vigor de montá-lo. Tom era puta, se não sabe.
Percy sorriu, lutando contra o entusiasmo e o embaraço.
- Ele é o velho, talvez precise de um descanso da posição dominante… e nunca me negou absolutamente nada que pedi até agora no quarto.
Lucius riu com gosto. Ah, Tom não sabia o que o esperava.
- Um amante indulgente e generoso.
- Ele vai ficar feliz quando notar que me contaminou com seus modos de serpente, não é?
- Definitivamente não, mas no final, se puder quebrar suas barreiras, vai ser bom para todo mundo.
Lucius não disse que seria bom desde que nada acontecesse com Percy nunca. Ele não queria ver o quão assustador Tom Riddle poderia ficar se seu adorado companheiro fosse tirado dele. Voldemort seria um passeio no parque em comparação.
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Draco voltou de uma sessão na Sala Precisa com um sorriso vitorioso no rosto. Hoje tinha sido um grande avanço para seus planos, os gêmeos eram realmente geniais, precisava investir mais na loja deles, seguramente seria uma fonte de renda excepcional no futuro.
- Por que está sorrindo assim? - Ron perguntou, quando ele chegou no quarto.
- Porque estou olhando para meu lindo namorado. - Draco disse, beijando-lhe os cabelos.
- Mentiroso. - O ruivo resmungou, guardando uma carta que tinha estado lendo. - Percy vai apresentar o namorado formalmente a família no natal.
- Tom Riddle? - Draco perguntou.
- Sim, não o acha muito velho para Percy? - Ron perguntou.
Draco deu de ombros.
- O homem é poderoso, não é como se fosse morrer amanhã ou precisar de um andador. Além disso, pensei que estivesse feliz que ele está finalmente namorando um cara.
- Sim, ele está tão contente que chega a ser irritante. - Ron disse, sem realmente estar incomodado. - Mas, é uma vantagem sem tamanho me tornar cunhado do dono do jornal... acha que Percy pode convencê-lo a fazer uma edição jornalística no rádio?
Draco sorriu.
- Pode apresentar a ideia pro meu pai, sabe que ele vai te ajudar se quiser se tornar o cara mais popular do rádio mágico. - Draco comentou, olhando-o com carinho.
- O quê?! Ficou doido? Ele é meu sogro, isso seria impróprio.
Draco bufou.
- Claro, porque usar o irmão para chegar ao cunhado é tão próprio.
Ron riu, atirando-lhe um travesseiro.
- Pare de ser idiota e arrume suas coisas, vamos sair amanhã cedo e ainda não guardou nem seus sapatos.
Draco fez um muxoxo, odiava fazer esse tipo de coisa, nessas horas queria um elfo da mansão.
X~x~X
Tom sabia que Percy estava aprontando alguma. O ruivo passou o jantar todo lançando-lhe olhares de soslaio e provocadores, o maldito leão descarado era um aluno rápido em todos os aspectos de sua vida. Isso significa que tinha evoluído muito da coisinha balbuciante e inocente que ele fez gritar em sua cama na primeira vez que o fodeu. Agora, ele era um parceiro inventivo, ainda que tivesse reações deliciadas de um iniciante a cada coisa nova que tentavam.
Aceitou a taça de Porto que ele ofereceu, sorvendo o líquido aveludado com prazer, sentado em sua poltrona preferida na sala de estar.
- Eu não sabia que tinha essa delícia em casa. – Disse, com um suspiro.
- Realmente deixou que Narcissa comprasse tudo para a casa, não é? – Percy perguntou, revirando os olhos.
- Claro, ela sempre foi muito boa com a gestão de mansões. As mulheres da minha geração e da dela tiveram que lidar com muita merda sexista, mesmo no mundo mágico. - Tom disse, esquecendo-se que tecnicamente, em sua nova vida, não era tão mais velho que ela.
- Oh, eu sei, os puro sangue ainda não veem bem as mulheres trabalhando, não é?
- Maiormente no oriente, na América e no Continente é muito mais comum hoje em dia.
Percy sorriu, se aproximando dele e agarrando seu rosto para beijá-lo. Sentiu como o ruivo deslizava a língua em sua boca e capturava a sua, sugando-a com sofreguidão, até soltá-la com um som obscenamente molhado.
- Essa safra do Porto branco é a mais saborosa que já provei. - Percy disse, montando em seu colo.
- Por que é gostosa, ou por que está na minha boca? - Tom provocou, estalando os dedos para deixá-los nus.
- As duas coisas. - Percy disse, amassando seu membro com a bunda descaradamente. - O que me faz pensar no que mais posso experimentar em você.
Tom gemeu quando o ruivo se inclinou para lamber seu mamilo antes de sugá-lo.
- O que tem em mente, pequeno leão?
Percy tomou seu tempo mordiscando e succionando o mamilo ao que dava atenção antes de se dignar a endireitar o corpo e olhar para o amante.
- Quero te foder. - Disse, agarrando o pênis semi endurecido do amante, usando o polegar para provocar a abertura. - Quero saber como é estar dentro de você.
Tom gemeu quando Percy o masturbou com maestria treinada, o maldito precisou de só uma lição para saber o quanto ele gostava de movimentos firmes e brutos.
- Vai me deixar te montar, Tom? - Ele perguntou, junto a seu ouvido. - Eu fiz pesquisas... sou um aluno tão aplicado. Quero usar alguns brinquedos em você.
Tom não respondeu, esperando para ver até o ruivo iria.
- Eu quero te amarrar num banco de punição de pernas abertas, vou tomar meu tempo te abrindo, exatamente como fez comigo naquela primeira noite, vou querer usar um vibrador primeiro. - Percy disse, deixando as unhas deslizarem pelo peito do amante, arranhando repetidamente os mamilos sensíveis. - Quero usar aquele lubrificante especial, que me deixa tão sensível ao toque, você deve ser tão apertado que vou ter que passar um bom tempo te esticando com os dedos.
A voz do ruivo era como um bálsamo para os ouvidos atentos do amante. Tom lambeu os lábios quando o ruivo invocou um objeto para suas mãos. A sacola de veludo tinha um formato revelador, mas foi quando o ruivo deslizou o tecido macio do objeto que ele arregalou os olhos. Percy realmente tinha feito pesquisas, segurava em suas delicadas mãos um vibrador transparente, com a superfície coberta de ondas em alto relevo.
- Eu testei alguns dias atrás... é tão bom sentir isso dentro de você. - Percy informou, passando a ponta do brinquedo em seus mamilos. - Quero ver como isso te abre antes de eu poder te usar, você vive dizendo que fico totalmente delicioso com as pernas abertas e com meu buraquinho inchado depois que me usa... não vai me deixar fazer isso com você?
Tom sabia que estava ferrado.
- Claro que vou, seu idiota.
Ele soube que realmente estava ferrado, quando o ruivo com carinha de anjo e óculos sérios sorriu candidamente para ele, chamando outro objeto para suas mãos.
- E vai me deixar te colocar nisso também? - Pediu, mostrando uma gaiola de castidade. - Não quero que goze antes de eu deixar.
Tom assentiu, gostando demais dessa raia dominadora de seu amante.
- Bom menino. - Percy sussurrou junto a seus lábios. - Prometo que vai amar, também quero te fazer murmurar incoerências para mim.
Foi assim que Tom Riddle terminou amarrado em um spanking bench, com as coxas afastadas, enquanto seu jovem amante acariciava sua entrada com os dedos lambuzados de lubrificante e cantarolando como se isso não o afetasse.
- Maldito provocador. - Resmungou, ao senti-lo acariciar sua entrada apertada com o polegar novamente.
- Oh, Tom, se sentindo falante? - Percy provocou. - Isso é interessante, já que não andou me dizendo coisas importantes.
Tom resmungou ao sentir um dedo entrando nele, ao mesmo tempo em que sentia seu pênis pulsar, restringido pelos anéis de metal da gaiola do ruivo.
- Tão apertado. - Percy disse, enlevado, fodendo o homem mais velho com os dedos da mesma maneira que ele tinha feito no primeiro dia em que o possuiu.
Percy estava hipnotizado pelo brilho de suor na pele de Tom, que aumentava toda a vez que ele aumentava o ritmo de seus dedos ou os girava, quando finalmente conseguiu localizar aquele ponto que o fazia enlouquecer o homem amaldiçoou em voz alta.
- Li na minha pesquisa que posso te fazer ejacular com a gaiola só massageando sua próstata, que isso é saudável e atencioso da minha parte se for te manter trancado por ser um impertinente enganador. - Percy cantarolou. - Gostaria disso, querido Tom? De ser ordenhado sempre que suas bolas ficarem muito pesadas e cheias?
De onde tinha surgido esse monstro pervertido? Tom se perguntava enquanto choramingava de forma indigna, incapaz de se empurrar contra os dedos que tinham diminuído o ritmo de entra e sai dentro dele.
- Claro que ia gostar, posso sentir como se aperta ao redor dos meus dedos só de ouvir isso. Que pervertido. - Percy disse, tirando os dedos de dentro do amante. - Merlin, você tem razão... é lindo ver sua entrada pulsando e brilhando de óleo, me pergunto se vai ser melhor escorrendo de esperma.
Tom gemeu ao sentir como o maldito ruivo esfregava o vibrador e suas ranhuras em sua entrada já abusada e hiper sensível. Quando o sentiu introduzir o objeto frio dentro dele, ofegou, desejando loucamente que o amante o fodesse logo.
- Está tudo bem? - Percy perguntou, soando inseguro. - Não é muito grande? Quer que eu pare?
- Só continue. - Tom resmungou.
Depois de uma respiração profunda, Percy terminou de introduzir o brinquedo no homem mais velho, agradecendo pelo anel peniano com um feitiço de contenção que ele mesmo usava, se não fosse isso, ele mesmo já teria se desmanchado só pelos sons deliciosos que Tom fazia ao ter seu canal invadido e fodido com aquele vibrador.
- Agora. - Disse, recuperando sua voz fria e calma. - Vamos jogar um joguinho, querido?
Tom assentiu, vendo como o ruivo entrava em seu campo de visão, mas se esperava que ele lhe desse sua ereção para chupar, se decepcionou. Percy girou sua varinha e invocou uma poltrona na qual se sentou, totalmente nu, usando só seus óculos, que ajeitou ao olhar para o amante, amarrado e sua mercê.
- Sabia que posso controlar o vibrador com a minha varinha? - Percy perguntou, girando-a e fazendo Tom morder os lábios quando o brinquedo dentro dele começou a fodê-lo com lentidão. - Se quiser parar, pode me pedir, sabe disso, não é?
Tom assentiu, fazendo uma nota mental de conversar com ele sobre cenas e palavras seguras.
- Que bom. - Percy disse, seus olhos escurecendo. - Porque estou com vontade de te castigar por não ser sincero.
Tom sentiu o ritmo do vibrador aumentar, ganhando velocidade.
- Quer me contar sobre como se chamava antes, querido? Realmente, Tom? Estive esperando com muita paciência para que me dissesse que foi Voldemort.
Tom arregalou os olhos, assustado, coisa que só fez Percy sorrir e se levantar para agarrar seus cabelos com força.
- Menino mau, muito mau. - Disse, esfregando sua ereção na bochecha bem barbeada do amante. - Não sou estúpido, na verdade, sou muito inteligente, quase um gênio.
Tom assentiu.
- Agora, se for um bom menino e me fazer gozar usando essa boca enganadora... talvez te deixe gozar antes do ano novo.
Tom sabia que teria que se explicar, mas preferiu lamber a ponta latejante do pau do ruivo, que ele esfregava tão provocadoramente em seus lábios. Conversas podiam esperar, ele precisava de alívio agora.
- Isso ai, seja um bom menino. - Percy gemeu, ao senti-lo engolir sua ereção.
Tom refrescou suas habilidades de relaxar sua garganta, deixando que o ruivo fodesse sua boca, lambendo e chupando os testículos depilados sempre que seu amante atencioso saía de sua boca para deixá-lo respirar. Engoliu-o uma vez mais, chupando com vigor, sentindo como o ruivo se tensava. Esperava receber o orgasmo em sua boca, mas Percy se retirou, terminando em seus rosto, sujando-o com jatos quentes de esperma.
Cansado e excitado ao extremo, Tom deixou sua cabeça cair, Percy segurou seu queixo, erguendo seu rosto absolutamente coberto de sua essência.
- Adorável. - Disse, passando o polegar por sua bochecha suja e levando a sua boca, deixando-o lamber o esperma ainda quente. - Bom menino... agora, vamos te desamarrar e conversar?
Tom arregalou os olhos, incrédulo.
- Mas... eu...
- Oh, querido, posso ser um leão, mas não sou idiota. Esse é seu castigo por demorar tanto em falar comigo. - Disse, girando a varinha e aumentando o ritmo do vibrador. - Mas, se quiser, posso ser persuadido a te foder amanhã de manhã.
Tom choramingou, ele estava tão ferrado.
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