1. Spirit Fanfics >
  2. Um novo mundo, um novo começo >
  3. Rotina

História Um novo mundo, um novo começo - Rotina


Escrita por: _missedalways

Notas do Autor


Oi walkers <3
Boa leitura <3

Capítulo 35 - Rotina


Fanfic / Fanfiction Um novo mundo, um novo começo - Rotina

Pegamos edredons e colchões do andar de cima e nos organizamos na sala de uma das casas. Estávamos prontos para dormir quando Deanna apareceu.

- Puxa vida - ela disse ao nos ver na sala - ficaram juntos. Inteligente.

- Não disseram que não podia - Rick rebateu.

- Você disse que são uma família - ela respondeu - é incrível como pessoas de formações completamente diferentes e nada em comum podem se tornar uma família. Não acha?

- Todos falaram que você deu trabalhos.

- Sim, faz parte desse trabalho. Tem alguns que será decidido ainda e tem aquela ali - ela apontou para mim - que saiu antes de terminar nossa conversa. Mas acho que ela entende que com seus dons médicos sua função será ajudar na enfermaria, certo?

Não respondi e senti o olhar de todos sobre mim.

- Você ainda não me deu um - Rick voltou a dizer, quebrando o silêncio.

- Dei - ela respondeu - só que ainda não contei. Nem para Michonne. Já estou achando algo para Sasha. Ainda não entendi o Sr. Dixon, mas vou decifrá-lo. Você ficou bem - ela disse referindo-se ao visual de Rick e saiu.

Rick fechou a porta e eu me encostei na parede, escorregando até me sentar no chão. Daryl estava sentado em uma mesinha ao meu lado com o braço apoiado na janela enquanto fitava a escuridão lá fora.

Durante a noite, eu observava todos dormindo, esperando qualquer ataque surpresa. Eu estava deitada sobre alguns lençóis, ouvindo a respiração calma de Daryl enquanto dormia.

- Ei - ouvi ele sussurrar e eu olhei-o - por que tá acordada?

- Não consigo dormir - respondi e ele suspirou. Estiquei meu braço e toquei seu rosto com minha mão, sentindo o ar de sua respiração tocando levemente meu pulso. Ele esticou seu braço e me puxou para mais perto, abraçando-me.

- Nada vai acontecer - ele sussurrou em meu ouvido - eu não deixaria.

Aconcheguei-me à ele e fechei meus olhos, conseguindo finalmente dormir depois de um longo tempo. Abri meus olhos quando ouvi o barulho dos pássaros lá fora. Sentei-me rapidamente e percebi que era a única que ainda estava dormindo.

- Bom dia, dorminhoca - ouvi Glenn dizer enquanto entrava na sala.

- Droga - falei e me levantei - que horas são?

- Dez e meia - ele respondeu e eu corri na direção da porta - ei, ei, ei - ele disse - leve pelo menos isso - ele me jogou uma maçã e eu peguei, sorrindo em forma de agradecimento.

Andei na direção da enfermaria enquanto comia a maçã, vendo apenas Abraham e Eugene ao longe. Abri a porta e me deparei com um homem alto e uma mulher loira, que me olharam com surpresa.

- Oi - o cara disse - você deve ser a Brooke - ele disse e estendeu a mão para mim - sou Pete.

- Oi - respondi e segurei sua mão. Olhei para a mulher.

- Sou Denise - ela disse amigavelmente e eu sorri.

- Bom - ele começou a dizer - nossa rotina é bem calma aqui. Não temos muitos acidentes. Como hoje é seu primeiro dia, vou deixar você assumir daqui. Denise vai te ajudar.

- Tudo bem - falei e ele saiu.

- Eu sei que é tudo estranho e que ainda não confia em nós - ela disse - mas se quiser continuar em silêncio, por mim tudo bem.

Balancei a cabeça e sorri de canto.

A tarde foi bem calma, tendo como único trabalho suturar a mão de uma mulher que havia se cortado cortando a carne para o almoço.

- Vejo você amanhã? - Denise perguntou e eu olhei-a.

- Tentarei não me atrasar - respondi e acenei em despedida.

Voltei a caminhar tranquilamente pela rua enquanto observava as casas ao redor. Tudo era calmo. Muito calmo. Alexandria me lembrava muito o bairro em que eu morava. As casa eram bem conservadas e limpas. Não havia poças de sangue pela rua e nem zumbis perambulando por todos os lados. Era uma cidade normal. E isso me perturbava.

- Como foi o primeiro dia, doutora? - ouvi Daryl perguntar e só então percebi que ele estava sentado no chão, logo ao lado da escada da varanda.

- É ridículo - respondi - eu não sobrevivi todo esse tempo para  ter que socorrer uma pobre dona de casa que quase amputou o dedo enquanto fatiava um bife. Eles negligenciam todo aquele mundo horrível lá fora como se estivesse tudo bem. Como se não houvessem perdas. Como se a única preocupação fosse em encontrar uma camisa que combine com os sapatos ou preparar uma torta já que tem tempo de sobra e não precisam se preocupar em manter seus entes queridos vivos, até porque mesmo que isso fosse necessário, eles não iriam conseguir fazer, porque se eles não conseguem nem cortar a merda de um bife sem se machucar, como que eles vão conseguir lutar pela própria vida?

- Brooke - Daryl disse e segurou meus braços, fazendo com que eu olhasse para ele - respira fundo - eu obedeci - não adianta surtar agora.

- Eu sei - falei e me soltei dos braços dele, entrando na casa e batendo a porta com força atrás de mim.

No dia seguinte, eu levei um mamão para a enfermaria.

- Bom dia - falei para Denise que estava tomando uma xícara de café sentada no outro lado da sala.

- Bom dia - ela respondeu e eu peguei uma faca, cortando o mamão ao meio - o que você tá fazendo? Trouxe seu café pra cá?

- Vou suturar de volta - respondi e peguei linha e uma agulha - são linhas velhas que eu arranquei da minha outra camisa e o mamão ia ser meu café, ou seja, não estamos desperdiçando nada.

- Okay - ela disse e eu comecei a costurar o mamão novamente, afinal, se minha função seria costurar pessoas, que isso fosse feito da maneira correta - então - ela começou a dizer - você é médica especializada em quê?

- Eu - comecei a dizer sem tirar meu olhos da agulha - eu era residente e iria me tornar chefe de cardio, mas evacuaram o hospital em que eu trabalhava. E você?

- Eu não cheguei a terminar a faculdade.

- Ah - respondi e olhei-a, levantando o mamão - o que acha?

- Não parece que foi cortado - ela disse surpresa, se aproximando.

Sorri e terminei a sutura, pensando em como seria meu futuro se eu realmente tivesse conseguido me tornar uma médica de verdade em vez de costurar mamões para matar tempo.

À noite, eu estava na varanda, sentada na cerca que a circundava, com Daryl em minha frente. Eu estava abraçada à ele, que estava de costas, encostado em mim. Foi quando vi Rick sair na varanda, vestido de policial.

- Estamos de acordo? - ele perguntou e eu vi Carol aparecer.

- Sim - Daryl respondeu - voltou a ser policial?

- Só queria ver se servia - ele respondeu e eu olhei-o.

- Então - Carol disse - vamos ficar?

- Acho que podemos começar a dormir em nossas casas - Rick respondeu - vamos nos acomodar.

- Se ficarmos à vontade, vamos baixar a guarda - rebati e Rick me olhou - vamos enfraquecer.

- Carl disse isso. Mas não vai ser assim - ele andou até a cerca e olhou o horizonte - não vamos enfraquecer. Não somos mais assim.

- Vamos fazer dar certo - Daryl falou.

- Se eles conseguiram, vamos tomar esse lugar.

 


Notas Finais


Amanhã tem cap novo e vai o O CAP!
<3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...