História Um passo para a luz - Capítulo 51

Pov Sasuke

Já era de madrugada e Hinata dormia tranquila ao meu lado. Estava cheio de sede então levantei da cama e vesti algo rapidamente para ir a cozinha.

Já estava bebendo água quando ouvi barulhos da porta de entrada. Fui ver o que era e vi o Makoto tentando sair de casa.

-O que está fazendo? - Perguntei e o mesmo quase gritou de susto mas rapidamente me aproximei e tapei a sua boca.

O menino desesperadamente esticou as mãos para a parede tentando acender a luz e quando o fez reparou que era eu.

-Que droga cara! Você me pregou um susto! - Falou levando a mão ao coração e eu ergui uma sobrancelha ao ver como ele se dirigia a mim. - E o que está fazendo aqui?

-Isso não te interessa. Onde você estava indo?

-Isso também não te interessa. - Disse sorrindo sapeca. 

Olhei para a porta e o mesmo pareceu meio nervoso. Passei por ele ignorando os seus pedidos para não abrir a porta e mesmo assim o fiz. 

Reparei então que haviam 3 rapazes fumando na frente da casa e pareciam ser do tipo que "desviam" o caminho de uma pessoa. E pelos vistos o Makoto queria ser desviado.

-Posso saber o que estão fazendo fumando em frente a casa do vosso líder? - Perguntei e eles se assustaram ao me ver e olharam para o Makoto atrás de mim.

-A-ah, nós estávamos esperando o Mako...

-O Makoto não vai sair daqui. - Cortei logo a sua fala.

-Ah, tudo bem. Vamos embora pessoal. - Um dos meninos disse e saíram dali.

-Que droga! Quem você pensa que é para mandar na minha vida?!

-Alguém com muito mais experiência de vida que você.

-Cara, você não sabe o que é ser constantemente julgado pelo seu pai por não atender as expectativas dele. Já nasceu com talento! - Olhei para ele irritado e puxei o seu braço o arrastando para fora de casa e o joguei no chão. - Mas que...

-Escute aqui! Meu pai também nunca ligou para mim porque eu não atendia as expectativas dele. Mas nunca na minha vida pensei em fazer coisas do tipo que você está tentando fazer agora.

-Mas eu...

-Desse jeito não vai ganhar atenção dele. Só desgosto. - Ele arregalou os olhos ao ouvir essa palavra e baixou a cabeça.

-E o que eu faço?! Ele não liga para mim, só para a Yuui porque sempre foi mais responsável e tem mais habilidades!

-Treine. - Respondi simplesmente.

-Mas eu já treino...

-Treine mais! Treine até sentir que vai desmaiar. Até não aguentar mais, todos os dias. Sem dúvida vai melhorar e muito as suas habilidades. Eu lutei muito para atender as expectativas do meu pai e consegui. Você também consegue. 

Olhei para ele pensativo no chão e dei as costas para entrar em casa.

-Entre, já devia estar dormindo. - Falei e logo ouvi os seus passos atrás de mim. Entramos e ele trancou a porta, e foi simplesmente para o seu quarto.

Fui encher um copo de água para a Hinata, talvez ela precise de manhã.

Voltei para o quarto, e me deitei com roupa mesmo e abracei a morena que dormia profundamente. A mesma inconscientemente se aconchegou nos meus braços.

Fechei os olhos e o sono não demorou a vir.

***

No dia seguinte acordei ouvindo a Hinata vomitar no banheiro. Ainda meio tonto levantei rapidamente e fui para o banheiro, encontrando ela agachada em frente a privada e vomitando.

Suspirei preocupado e me aproximei dela, puxando o seu cabelo para trás. A mesma vomitou durante mais uns minutos e logo deu a descarga. Baixou a tampa e se sentou.

-Como está se sentindo? - Perguntei molhando uma toalha e me agachei a sua frente passando a toalha húmida na sua testa suada.

-Não sei, mas sinto o meu estômago revirar. 

-Deve ser porque comeu demais ontem. Da próxima vez eu vou cuidar para que não exagere.

-Está bem. Deixa eu tomar um banho. - Assenti ajudando ela a levantar e a retirar a sua roupa. A mesma foi tomar o seu banho e eu fui buscar algo para ela comer.

-Bom dia. - Cumprimentei a Hana-san e o Yashiro-san que estavam na sala. - Será que tem algo para a Hinata comer? Ela passou mal a pouco, então acho melhor ela ficar no quarto a descansar.

-Hinata-san passou mal de novo? O que aconteceu?

-Ela vomitou.

-Viu? Eu disse. Melhor ela ir para o hospital.

-Melhor não. Ela não vai querer ir a não ser que se sinta verdadeiramente mal. Então acho melhor ela descansar.

-Os dois são teimosos. Está bem. Vou preparar um chá que com certeza vai cortar os enjoos. - Ela disse indo para a cozinha e eu aguardei conversando com o Yashiro-san.

-Aqui está Sasuke. Posso subir para ver ela? - Assenti e subimos juntos. 

Abri a porta do quarto e coloquei a minha cabeça dentro para ver se ela estava decente.

-Hinata, a Hana-san veio ver você. - Avisei para a morena que escovava o cabelo em frente ao espelho. A mesma assentiu e eu abri a porta e dei espaço para a senhora passar.

-Oh minha querida. Como está se sentindo?

-O enjoo passou. Mas tenho medo que volte novamente. - Ela disse se sentando na cama.

-Não seria melhor comprar algum medicamento? 

-Eu também acho. Eu vou lá comprar. - Falei pegando a minha capa e passei um pouco de perfume. Me aproximei para beijar a testa da Hinata e a mesma virou o rosto com uma careta e tapou o nariz.

-Credo Sasuke. O seu cheiro... - Reclamou e eu olhei para ela confuso.

-O que tem? 

-É enjoativo. - Falou tapando a boca e correu para o banheiro novamente.

-Mas... - Continuei confuso, ela nunca achou o meu cheiro enjoativo.

-Ah... estou vendo. - Olhei para a Hana-san que estava sorrindo e eu fiquei mais confuso ainda. Porque ela está sorrindo se a Hinata está nessa situação?

Hinata voltou depois de um tempo e manteve uma certa distância de mim. 

-Por favor. Retire esse cheiro. - Ela disse afastada. - Melhor tomar um banho mesmo. 

-Eu vou dar privacidade ao casal. Hinata querida, vou fazer outro chá. Sei de um que vai parar completamente com esses enjoos. - Ela disse pegando a caneca e saiu do quarto.

Fiz o que a Hinata pediu e tomei um banho tendo a certeza de ficar sem um cheiro sequer do meu perfume. Saí do banho e encontrei a mesma sentada com as costas apoiadas na cabeceira da cama e as pernas cobertas.

-Ficou mesmo enjoada com o meu cheiro? - Perguntei ainda desacreditado disso e ela assentiu suspirando.

Vesti a minha roupa e esfreguei a toalha no meu cabelo para secar. Deixei tudo no lugar certo e nem me atrevi a pôr perfume novamente. 

Me sentei ao lado da Hinata passando um braço pelos seus ombros deixando a sua cabeça apoiar no meu peito e peguei a sua mão com a minha mão livre. Beijei a sua testa e acariciei o seu braço e a sua mão.

Bateram na porta e permiti a entrada. Hana-san entrou com um chá e entregou para a Hinata que suspirou de prazer assim que sentiu o aroma.

-Só o aroma me acalmou. - Hinata disse e provou o chá. - E é delicioso. - Tomou mais um gole e vi que ela havia mesmo gostado. - O enjoo está passando. - Ela olhou para mim feliz e eu beijei a sua testa.

-Então tome tudo. - Ela assentiu tomando mais um gole. 

-Obrigada Hana-san. Melhorou muito.

-De nada querida. Tomei muito esse chá na minha gravidez. Sabe, uma gravidez de um só bebé pode até dar enjoos, mas nada supera uma gravidez de gémeos. É muito enjoo para cá e para lá, é realmente um terror. - Ela disse rindo e a Hinata acompanhou e eu só pude imaginar a Hinata grávida de gémeos e vomitando o tempo todo. Não sairia do seu lado nem por um minuto.

-Deve ter sido difícil.

-Ah, foi muito. Mas depois que eles nascem vale a pena sabe? - Hinata assentiu dando mais um gole do chá. - Hinata, querida. Vou fazer uma pergunta meio íntima, mas não leve a mal, tudo bem?

-Não, pode fazer a vontade.

-Posso? Ótimo! O seu período por acaso está atrasado? - No mesmo instante olhei para a Hana-san e logo para a Hinata que após pensar um pouco assentiu.

-Sim, diria que está atrasado umas duas sema... - E travou.

-Que foi? - Perguntei ao ver o seu rosto assustado. 

-O meu período está atrasado duas semanas. - Constatou novamente. - Meu Deus, será que...

-Sim, eu também estou achando isso, vendo os seus enjoos e o apetite monstruoso que teve ontem. Diria também que não está vomitando só por ter comido demais. - Hana-san sorriu e não foi preciso pensar muito para entender do que elas estavam falando e no mesmo instante o meu coração acelerou. Será que...?

-Bem, vou deixar vocês a sós. Mas aconselho que vá confirmar. - Ela se retirou e a Hinata continuou pasma.

-Hinata, não deveríamos...

-Mas eu me preveni. Todas as vezes, todos os dias, eu tomei os anticoncepcionais. Não falhei nem uma única vez, eu tenho a certeza. - Ela parecia desesperada.

-Sim, mas pode ter falhado em algum dia. Tente lembrar-se. - Ela suspirou e depois de uns segundos arregalou os olhos e bateu na testa.

-Aquele dia. Sim, eu sabia que estava esquecendo de algo.

-Que dia? 

-O dia que estava para viajar mas voltei e você ficou doente. 

-Ah, o dia que fizemos o melhor sexo da nossa vida conjugal? - Perguntei mordendo o seu ombro e ela corou. 

-N-não brinque Sasuke. O assunto é sério. Eu estava triste e acabei por esquecer de tomar os comprimidos. Agora... corro o risco de estar... - Engoliu a seco. - Grávida.

-E isso não é uma boa notícia? - Perguntei vendo o seu rosto triste com a notícia, e aquilo estava me deixando agoniado.

-Não quero perder outro filho. - Disse levando as mãos à barriga e eu suspirei desviando o olhar, lembrando que esse tempo todo ela não cogitava nem a ideia de ter um filho.

-Bem, acho melhor cancelarmos as nossas viagens e voltar para Konoha. - Falei levantando e comecei a arrumar as nossas coisas.

-O quê? Não podemos fazer isso. Não é uma afirmação ainda Sasuke.

-Mas está mais do que óbvio. Seu período está atrasado a 15 dias. Tem estado muito emocional, o apetite aumentou e tem tido enjoos até com o cheiro do meu perfume. Que confirmação melhor que essa precisa ter? - Perguntei irritado e ela baixou o olhar.

Suspirei e continuei arrumando as coisas. Arrumei tudo e deixei as malas num canto do quarto. 

-Vou avisar ao Yashiro-san que vamos partir amanhã de volta pata Konoha e explicar a situação. Por enquanto descanse o máximo que puder. - Ela assentiu deitando e saí do quarto.

Na manhã seguinte estávamos em frente ao portão da aldeia e estávamos nos despedindo. 

-Bem, foi muito bom vos ter aqui. Espero que voltem. - Hana-san disse.

-Sim, nós voltaremos com certeza. - Hinata respondeu.

-Obrigado por nos receberem. Agora nós vamos. - Terminámos as despedidas e fomos embora.

Desde ontem que o clima entre eu e a Hinata está pesado, e com certeza o Yashiro-san e a Hana-san repararam, mas não comentaram nada por respeito. 

Olhei para trás e vi a Hinata cabisbaixa. Suspirei voltando a olhar para frente e continuamos o nosso caminho.

-Sasuke! - Parei olhando para a Hinata que se apoiava na árvore. - Eu preciso descansar. - Ela disse sentando e eu assenti me aproximando dela. 

-Quer água? - Perguntei já estendendo o cantil para ela. A mesma aceitou e bebeu. 

-Se eu parar sempre assim vamos demorar para chegar em Konoha.

-Não faz mal. Desde que você esteja bem podemos demorar todo o tempo necessário. - Ela assentiu e levantou.

-Podemos continuar.

E foi assim, que demoramos 5 dias para chegar à Konoha. Quando chegámos fomos diretamente para casa deixar as nossas coisas e dali fomos para o hospital.

-A Sakura? - Perguntei assim que chegámos à recepção.

A recepcionista pareceu assustada com a minha súbita presença, mas prontamente respondeu a minha questão.

-Numa consulta.

-Diga que eu e a Hinata estamos a espera dela aqui. - Ela assentiu se retirando e eu olhei para a Hinata. - Melhor sentar. 

Ela assentiu e se dirigiu à uma das cadeiras e sentou. Me sentei do seu lado e tentei realmente não dizer nada, mas esse clima já estava me matando.

-Vai ficar calada desse jeito até quando?

-Você é que está calado desde o clã Otsuzuki, só falou comigo quando necessário.

-Você se fechou numa bolha Hinata.

-Eu não quero falar sobre isso Sasuke.

-Você...

-Sasuke-kun? Não deviam estar viajando? - Sakura surgiu nos interrompendo. - Passa-se alguma coisa? - E pareceu notar o clima estranho.

Suspirei me levantando e olhei para a Hinata.

-Vamos para o seu consultório. - Falei passando por ela e fui para a sua sala. Ela e Hinata entraram e puxei uma cadeira para a Hinata sentar.

-Alguém pode me dizer o que estão fazendo aqui? Que eu saiba estavam numa viagem de 6 semanas e de repente chegam 5 semanas antes do previsto e me procuram no hospital? Sem falar que as vossas caras...

-Queremos que faça um exame para saber se a Hinata está grávida. - Cortei a sua fala e ignorei quando a mesma arregalou os olhos surpresa.

-O quê? Como assim um exame para saber se ela está grávida? Hina... ? - Hinata baixou a cabeça sob o olhar da Sakura e eu suspirei olhando para a parede. - Você não...

-Sakura, faça logo o exame para que possamos ir para casa descansar. - Cortei logo a sua fala. Não queria que ela se metesse nos nossos assuntos.

-Tudo bem. Hinata, preciso que venha aqui. Vamos para a sala de exames. - Hinata assentiu e segui ambas.

Sakura perguntava o tempo todo se Hinata estava se sentindo confortável, se queria algo, porque a mesma parecia triste e consequentemente me deixava preocupado. Mas tentei ignorar o seu comportamento como tenho feito durante esse tempo todo. Voltámos para o consultório da Sakura e nos sentamos.

-Como da outra vez, vai demorar duas horas para o exame sair. Eu tenho uma consulta agora, mas podem ficar aqui, vou atender em outra sala. - Ela falou se dirigindo a Hinata para ver se a mesma reagia de forma diferente, mas simplesmente assentiu.

Sakura olhou para mim e eu assenti. A mesma se retirou da sala e eu fiquei um bom tempo observando a Hinata. A mesma simplesmente brincava com os dedos, de cabeça baixa. 

Tentei dizer algo, mas desisti e simplesmente levantei e parei em frente a janela do consultório e observei os habitantes de Konoha nos seus afazeres do dia. E assim foram as longas duas horas até a Sakura entrar com um envelope nas mãos.

-Aqui temos o resultado do exame. Posso abrir? 

Assenti me sentando ao lado da Hinata e Sakura olhou para ela antes de rasgar e puxar o papel. Leu por uns segundos e logo sorriu olhando para nós.

-Parabéns. Você está grávida Hinata, vocês vão ser pais. - No mesmo instante o meu coração acelerou. - Você está grávida de 5 semanas e está caminhando para a sexta. Podemos começar já o pré-natal e...

-Desculpem. - Hinata disse se levantando e saiu correndo.

Sakura olhou para mim preocupada, mas nem fiquei para ouvir alguma pergunta dela e corri atrás da minha mulher. 

Vi quando a mesma entrou no banheiro feminino e sem nem me importar entrei logo atrás e ouvi a mesma vomitar.

Segui o som e entrei na cabine que a mesma se encontrava, me apressando logo em pegar o seu cabelo. 

-Está tudo bem? - Ouvi a Sakura e dei uma rápida olhada para a mesma atrás de mim.

-Vai passar daqui a pouco. - Falei acariciando as costas da Hinata e logo a mesma foi parando de vomitar. 

Ela levantou e então vi as lágrimas nos seus olhos, e a face toda corada, talvez pelo esforço ou por estar com a cabeça inclinada por tanto tempo. 

-Hina... está se sentindo mal? - A Sakura perguntou e a Hinata negou fungando.

-Não Sakura.

-Tem certeza? Podemos fazer um exame para ver se tem algo e...

-Não! Eu só... - Fungou tentando limpar as lágrimas que escorriam desesperadamente pelo seu rosto. - Eu só quero ir para casa. Por favor. - Pediu perdendo a sua voz no final da frase.

-Eu vou levar ela para casa. Falámos outro dia Sakura, e por favor, não fale sobre essa gravidez com ninguém, nem com o Naruto.

-Claro, não falarei. - Assenti e abracei os ombros da Hinata e guiei-nos para a saída do hospital.

O nosso caminho infelizmente não foi tranquilo com tanta gente olhando para nós. Também não tinha como não olhar, já que a herdeira dos Hyuugas estava chorando.

 Chegámos em casa e Hinata rapidamente se dirigiu ao quarto e deitou na cama, ficando lá deitada e me fazendo ouvir os seus soluços, novamente.

Suspirei pela milésima vez naquele dia e decidi deixar ela sozinha por um tempo. Saí do quarto e estava indo para a sala quando parei em frente a uma porta do corredor. Era um dos quartos vazios da nossa casa.

Deixei vazio justamente porque eu sabia que um dia teríamos filhos e esses seriam os quartos deles. 

Passei pela porta e fui para a sala, onde deitei e fechei os meus olhos. Não demorou para adormecer, já que foram longos dias de viagem e eu estava exausto.

***

Acordei de madrugada ao sentir um peso sobre mim e senti o cheiro da Hinata. Abracei a sua cintura e levei uma mão ao seu cabelo. Ela ficou longos minutos em silêncio até que decidiu falar algo.

-Sasuke eu tenho medo. Tenho medo de perder mais uma vez um filho nosso. - Disse com a voz chorosa.

-Eu sei meu amor, eu sei...

-Se eu perder... eu não vou suportar a dor. Não vou. 

-Hime, aconteça o que acontecer, vamos superar juntos. Mas não vamos privar essa criança do nosso afecto, ela não tem culpa de nada que tenha acontecido no passado. Ela é o nosso presente, é o nosso agora. E a única coisa que podemos fazer é cuidar para que ela nasça firme e forte. 

-Mas, e se tudo der errado?

-Hina, olhe para mim. - A mesma olhou para mim apoiando o seu queixo no meu peito. - Se tudo der errado, eu ainda vou estar aqui. Mesmo que caia uma tempestade lá fora, mesmo que o mundo acabe, que você se afogue em tristeza, eu ainda estarei aqui para você. Suportando você e toda a sua dor. Se tudo der errado, nós ainda teremos um ao outro. Não sente isso também?

-O quê?

-Que se tivermos um ao outro, poderemos enfrentar qualquer tipo de obstáculo? Eu enfrento tudo Hinata, até o inferno, desde que tenha você aqui comigo. E assim será se tudo der errado, você terá a mim. Mas que tal trocar o “se tudo der errado” por “se tudo der certo”? Já pensou? Um filho totalmente parecido com você?

-Porque não uma filha? - Ela perguntou sorrindo entre as lágrimas que eu prontamente limpei.

-Porque já imaginou se ela sai completamente igual a mãe? Vai ser mais uma mulher para me fazer arrancar os cabelos de preocupação. - Sorri assim que ouvi a singela gargalhada da Hinata.

-A verdade é que não importa o que vai vir, rapaz ou menina, nós vamos amar do mesmo jeito. - Assenti colando as nossas testas.

-Sim, vamos amar imenso. - Beijei os seus lábios e a abracei fortemente. - Vai correr tudo bem meu amor, vai correr tudo bem.

-Obrigada Sasuke. Sem você, eu não conseguiria. Eu te amo.

-Também te amo... Hime.