— Vamos mamãe! Eu quero conhecer a escola nova!
Ray andava por toda a casa extremamente empolgado, já estava com o uniforme novo, a mochila, tudo novinho em folha para o primeiro dia de aula.
— Ray! Se acalme, eu estou pegando as chaves! — Isabella diz.
— Mas eu estou muito ansioso! Vamos! Vamos!
Assim que ela pega as chaves e abre a porta, estende a mão ao filho e os dois vão em direção ao carro.
Já dentro do veículo, o menininho fazia milhões de perguntas sobre a vida para mãe, na verdade, nem dava para saber se as perguntas eram direcionadas a ela mesmo.
— Quando nós vamos pra nossa casa de verdade? — Ray a pergunta.
Os dois estavam dormindo na casa dos pais de Isabella, afinal a casa não estava completamente pronta.
— Algumas coisas ainda não estão prontas, filho. — Isabella o reponde enquanto dirigia.
— E como é o meu quarto novo?
— Eu tenho certeza de que você vai gostar dele. Ei, olhe, chegamos!
Ray estava mais ansioso ainda de poder estudar numa escola em que a mãe iria trabalhar como professora. Mas aí se lembrou que tinha algo a contar para ela.
— Sabe mamãe... Eu liguei pro papai ontem...
— V-você ligou pra ele é?
— Ele nem me atendeu... Por que?
Agora não tinha como ela esconder mais, ela precisava contar a verdade.
— Sabe, Ray... Eu e o seu papai não estamos mais juntos...
— Por que? — ele diz um pouco assustado.
— Nós dois não nos amamos mais.
— Como assim?
— Certas vezes... Nem sempre você vai amar uma pessoa pra sempre.
— Então você algum dia não vai me amar mais?
— Não! Você, eu vou amar para sempre! Só que em relação ao papai... Ele não era a pessoa certa pra mim e eu não era a pessoa certa pra ele.
— Ata... Mas vamos logo! Eu quero conhecer a escola nova e fazer amiguinhos novos!
Os dois saem do carro, ele se despede da mãe e olha ao redor, ele percebe que tem várias crianças com um pai e e uma mãe, e se lembra dos bons momentos que sua família tinha entre os três, mesmo sendo a muito tempo.
Um garotinho, um pouco parecido com ele, porém loiro, o pergunta.
— Ei! Cadê os seus pais? — ele pergunta a Ray.
— Bom, minha mamãe deve estar com os alunos dela, ela é professora sabe.
— Ela dá aula aqui?
— Sim, para o maternal.
— Mas e o seu pai... Você não tem um?
Após Ray ouvir isso, ela imagina que seu pai havia sumido, pois não o amava mais, então ele saí correndo para bem longe dali.
— Mas você nem me respondeu... — o menino diz, confuso.
Ray se senta no chão de um corredor e começa a chorar, quando um homem branco, dos olhos azuis, com um rosto gentil e simpático se senta ao seu lado.
— Ei garotinho... Está tudo bem? — ele diz.
— Uh? Sim... Eu acho que sim...
— Por que está chorando então?
— Por que o meu papai se esqueceu de mim! Ele sumiu e me deixou pra trás! Ele não deve me amar mais... Assim como ele não ama mais a mamãe...
— Ah, entendo... Quando eu tinha sua idade, o meu pai também deixou de amar a minha mãe.
— Sério?
— Sim.
— E ele também não te ama mais?
— Não, ele sempre me amou muito, tanto ele quanto minha mãe. E eu tenho certeza de que seu pai e sua mãe te amam bastante.
— Do tamanho de um urso pardo?
— Do tamanho de um urso pardo!
Ray começa a rir, mas logo se lembra que precisava ter modos e se apresentar, do jeitinho que a mãe o ensinou.
— Prazer! Meu nome é Ray! — ele diz, estendendo a mão ao homem.
— Prazer! Meu nome é Leslie! — o homem diz, sorrindo e apertando a mãozinha do garoto.
— Uau! Leslie! Que nome bacana! Nunca ouvi falar nesse nome!
— Foi minha mãe que escolheu esse nome.
— A minha mamãe também escolheu meu nome. Sabia que ela começou a trabalhar como professora aqui hoje?
— Não sabia, mas muito legal! Eu também sou professor, eu dou aula de música... E falando em aula, você deve ir a sua sala, vou te levar até a inspetora Krone e ela te levará até lá. Vamos?
— Sim!
O menino dá a mão ao professor e os dois vão até a inspetora.
CONTINUA
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.