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História Um príncipe em minha vida - Un


Escrita por: SofiaDuarte

Notas do Autor


Atualizações diárias até sexta!

Capítulo 1 - Un


Los Angeles, 21:49

 

Aquela estava sendo mais uma noite calma na cidade dos anjos. Conhecida por ser a moradia de muitas estrelas em ascensão, também era lar de jovens casais. Estava bastante quente naquela noite em específico, principalmente no apartamento de Rosalie Weasley. Não por seu ar condicionado ter quebrado dois dias antes e seu primo James não ter mandado alguém da sua empresa de reparos de eletrodomésticos ir consertar.

Quer dizer, não apenas por isso.

-ISSO, SCORP! AÍ! - Rose falou alto, segurando a cabeceira da sua cama com força enquanto Scorpius mantinha um ritmo forte e duro contra sua intimidade.

-ROSE! Eu não vou….

-Me espera, por favor….!

A urgência em sua voz transbordava o quão perto da borda ela estava. Se Scorpius aguentasse mais um pouco conseguiriam chegar juntos, mas ele só precisav…..

-RoSE! - Scorpius esganiçou, caindo sobre seu corpo enquanto o próprio tremia, com sua pélvis hipersensibilizada.

Mas mesmo satisfeito ele não a abandonou, ainda investindo contra sua intimidade inchada, com a ajuda de seus dedos e beijos até sentir a ruiva gritar contra a sua boca e fechar as pernas contra sua cintura. Exaustos, eles se separaram com dificuldade e enquanto Scorpius se arrastava para o banheiro a fim de se livrar do preservativo, Rose fechou os olhos. Tinha pretensões de cochilar, mas se fosse acordada pelo namorado apenas diria um….

-Estou só descansando os olhos, Scorp…. - Ela resmungou sonolenta, sentindo quando ele voltou para a cama.

-Te cansei tanto assim? Pensei que tivesse mais resistência.

-Minha resistência se resume a estar submersa. O dia que resolvemos transar como as baleias, você vai ver só.

-Baleias? - Scorpius fez uma careta. - Prefiro transar como sereias.

-E como sabe como elas fazem isso?

-Eu esperava que você me mostrasse. - Ele deu um sorriso de canto. - É ruiva e passa a maior parte do tempo dentro d’água.

Scorpius era um galanteador, isso sim!

-Primeiro vai ter que me levar para dar uma volta no seu alazão branco de príncipe encantado.

Scorpius sorriu com a provocação. Desde o primeiro dia que se viram ele era obrigado a ouvir a piada sobre como se parecia com um príncipe encantado recém saído de um conto de fadas - fosse pela sua extrema educação, beleza ou inteligência ele não sabia dizer. Apesar de não vir de terras nórdicas, ele era bem alto, com o corpo muito definido, loiríssimo de cabelos meio longos, Seus dentes eram retos de dar inveja, sua sobrancelha sempre impecável, nunca tendo precisado de uma limpeza, de nariz reto e portador dos olhos azuis mais claros e intensos de toda a Universidade de …

-Não seja por isso! - Scorpius se animou, levantando-se nu e indo até sua mochila, que estava no cabideiro perto da porta do quarto. - Mas eu geralmente imponho uma condição para as donzelas subirem no meu cavalo branco.

-Donzela? - Rose riu, lembrando-se de cinco minutos antes. - E por acaso já propôs a muitas antes? - Rose perguntou na brincadeira, vendo ele se aproximar de volta da cama com a mão fechada.

-Não, você é  a primeira. - Ele confessou ao se sentar ao seu lado e abrir a mão. - Quer se casar comigo, Rosie?

Scorpius Hyperion Malfoy passava três noites por semana em seu apartamento, quatro noites no dormitório da faculdade. Os dois namoravam a um ano e meio, mais precisamente desde o dia em que ele havia ido conhecer o ginásio da UCLA e escorregado em uma poça d’água, caindo com tudo na piscina em que Rose treinava. Como boa atleta, Rose interrompeu a sua série para socorrer o rapaz loiro que mais parecia um gato em uma banheira, lutando para sair da água. Uma vez seguro, ele não relutou em convidá-la para tomar um café como agradecimento, com os dois terminando no quarto do rapaz no final da noite. Mas ao contrário do que ela havia pensado naquele dia, ele não era um calouro da graduação, mas sim do mestrado. Dois anos mais velho do que ela, Scorpius terminava de se especializar em arquitetura medieval aplicada, enquanto Rose já havia se formado, seguindo na carreira de nadadora profissional.

Exatamente como agora.

Rose viu toda a sua história passar pela sua cabeça enquanto encarava o par de alianças prateadas na palma da sua mão. Espera, aquilo eram diamantes?! Ela não conseguia parar de piscar, com seu cérebro a todo vapor. Casamento? Ele tinha proposto casamento? A sua condição para montar no seu cavalo e ir conhecer seus pais era noivar?

-Rose? Tá tudo bem? - Scorpius se preocupou com a falta de reação da namorada. Ele tinha se precipitado? Mas estavam a quase dois anos juntos!

Rose respirou fundo antes de conseguir voltar a falar.

-É sério, Scorp? - Sua voz tremia pela emoção, com o sorriso escapando pelos seus lábios.

-Eu por algum acaso já brinquei alguma vez com você? Quer casar comigo?

Rose não conseguiu falar exatamente com palavras, mas concordou desesperadamente com a cabeça, se jogando contra o loiro para um abraço apertado. Uma ou duas lágrimas tinham caído dos seus olhos - que Scorpius limpou em meio a risadas, beijando sua boca rapidamente antes de colocar a aliança de compromisso no seu dedo anelar da mão direita. Enquanto a dela era fina e ostentava um senhor diamante em seu centro, a dele era um pouco mais larga, mas também com um diamante em seu meio, com  a diferença que a dele era incrustada, enquanto a dela era para fora.

-É claro que eu quero, Scorp! - Rose finalmente conseguiu falar, beijando sua boca de forma afoita e envergonhada.

-Ótimo, porque eu estava com medo de você recusar e eu precisar voltar para o meu país de tanta vergonha.

-Não chegaria a tanto, seu bobo!

-Seria a desculpa que eu te daria para a minha volta, mas já que aceitou, podemos reformular isso: eu preciso mesmo voltar para casa para resolver uns assunstos familiares. Vem comigo? Assim você conhece os meus pais e passa uma parte das férias longe daqui.

Scorpius Malfoy não era americano, mas sim um estudante de intercâmbio. Desde o início do relacionamento sua prima mais velha Dominique alertava Rose sobre o perigo que era se apaixonar por um cara de outro país - porque em algum momento ele precisaria ir embora. Rose não tinha ligado a principio, era só sexo casual misturado a beijos esporadicos na universidade, mas com o tempo apaixonou-se perdidamente e morria de medo daquele dia chegar. Ao que tudo indicava, Scorpius conseguiria o visto de trabalho - muito embora nunca tivessem conversado sobre aquilo. E agora ele estava lá, dizendo que precisaria ir embora por um tempo, mas a pediu em casamento antes. Deveria significar alguma coisa, não?

Concordâncias à parte, Rose precisaria de alguns dias para negociar com sua treinadora suas férias. Ela achava que não seria contra, já que não haveriam competições tão cedo, além dela ser uma romântica incorrigível. Saber que estaria viajando para conhecer os pais do seu noivo - e que noivo, a propósito - certamente faria com que ela fosse afastada de bom grado.

Mas infelizmente - ou não -  Scorpius precisou viajar uma semana antes que a noiva, já que sua passagem já estava reservada semanas antes do seu pedido. Havia sido uma comoção generalizada na sua família quando ela apareceu em casa com o anel nada discreto no dedo. Em meio a felicitações ninguém teve a coragem de perguntar a ela como um estudante intercambista tinha conseguido comprar um anel de diamantes tão grande como aquele, mas sua avó paterna tinha uma opinião formada sobre tudo aquilo:

-É O GOLPE DO GREENCARD!

Não que ela fosse contrária ao homem, mas propor noivado e logo depois voltar para seu país de origem? Como que sua neta não tinha farejado aquilo antes?! Será que ela estava engolindo muito cloro nas piscinas olímpicas?

Infelizmente a teoria de Molly Weasley não era tão infundada, com todos os seus primos sendo convencidos por aquilo. O que não seria tão problema, até ela revelar que ele a havia convidado para passar as férias com ele em sua casa.

-É O GOLPE DO ROUBO DE PASSAPORTE!

Apesar de ter os seus vinte e quatro anos de idade, Rosalie Weasley só foi permitida a viajar junto da proteção de um de seus primos. Diante às opções, Albus Potter seria o que menos pegaria em seu pé, sendo o melhor amigo de Scorpius também, a propósito.

__________

-Sabe quanto tempo de viagem, Rose? - Albus perguntou à prima, um pouco depois de entrarem para a sala de embarque, três semanas após a inquisição da viagem.

-Dez horas. Não pesquisou sobre onde estamos indo?!

-Estou confiando que você não vai nos meter em uma furada, obrigado.

-Não precisava ter vindo de verdade.

-E como você passaria pela imigração? Seus pais não te deixariam viajar, você sabe.

-Não sei como te deixaram vir comigo, você também é amigo dele. Se fizesse alguma coisa faria com você também.

-Eu ou James daria no mesmo, o negócio é ter certeza que isso não vai acontecer. Já é meio caminho andado vocês não terem se conhecido pela internet nem terem mantido um webnoivado por todo esse tempo.

-Adicione o fato que ele quer se casar comigo. Se realmente estiver querendo o greencard, não teria sentido roubar meu passaporte no país dele.

-Outro ponto. - Albus concordou. - Temos tantos Weasley’s e eles não conseguiram pensar nesse raciocínio?

-Ou pensaram e só queriam se livrar de nós dois por um tempo.

Apesar de não ser do curso de arquitetura, não estar no mestrado e muito menos estar no time com Rose, de alguma forma Albus e Scorpius se uniram de uma maneira a causar quase inveja na namorada, mas eles não se importaram. Segundo o loiro, ele tinha imensa dificuldade em fazer amigos, por isso aproveitava cada segundo e oportunidade que tinha.  Mas Albus - da mesma forma que sua prima - também não tinha questionado muito seu amigo durante aqueles dois anos de amizade.

Por isso, foi somente na oitava hora de voo que o Potter do meio acordou de um cochilo e cutucou a prima, que babava encostada em seu ombro.

-Rose…. Rose…. Ei….

-Falta muito pra chegar….? - Ela perguntou com sono, se espreguiçando.

-Duas horas ainda… Você sabe como vamos encontrar Scorpius?

-Ele disse que ia esperar a gente no aeroporto, mas não sei se vai ficar feliz em te ver. Você não estava incluído no pacote de noivado.

-Não contou a ele que estou indo?

-Contei, mas não estava por vídeo chamada. Não sei como reagiu, ele pode ter disfarçado o tom de voz.

-Se o cara consegue disfarçar o tom de voz apenas para esconder seus sentimentos, você ainda casaria com ele? Quem não garante que o sim não vai ser uma mentira e ele vai pedir o divórcio depois do visto recebido?

-Você não tem passado tempo demais com a vovó não? Só quero ver quando seu amiguinho descobrir que estava conspirando contra ele!

-Eu estou mais preocupado em ter onde eu dormir na casa dele. Você certamente vai dormir com ele, mas e se não tiverem um quarto de hóspedes?

-Você dorme no sofá.

-Mas se não tiverem um sofá? Ele convidou só você, não o melhor amigo!

-Aí você divide a cama com a gente e tem a certeza que ele é completamente indefeso. Satisfeito?

-Um pouco. Você sabe onde ele mora?

Rose ficou em silêncio, sem respostas para aquela pergunta.

-Rose…. O que mais você sabe sobre onde estamos indo?

-Se chama Genóvia, e Scorpius vai estar esperando a gente no aeroporto.

-Puta merda, Rose…. Como você sai do país sem ter noção para onde está indo?!

-Se você abrir a boca para dar uma de Molly Weasley de novo, eu te jogo da janela do avião!

Aquilo foi o que bastou para que os dois primos voltassem a  cochilar pelas próximas duas horas. Sonhando com seu cavaleiro de armadura reluzente a esperando montado em um cavalo branco, Rose sorria de orelha a orelha, acariciando o seu anel. Foram acordados uma hora e meia mais tarde, com os preparativos para o pouso se iniciando. Com as instruções dadas, Rose cutucou Albus, indicando a janela.O campo era vasto, coberto por grama verde e por flores das mais diversas cores. Daquela altura era possível distinguir algumas ruas e construções, mas o que mais intrigou eles foram as ruínas de um antigo Palácio já abandonado pelo tempo.

Devia ter sido monarquia em algum período da história, deveriam perguntar a Scorpius mais tarde.

Mas então o momento do desembarque chegou. Saindo com tranquilidade do avião e pegando suas malas na esteira, precisariam passar pela imigração mais uma vez - e aquilo dava um frio gigante na barriga. Não que estivessem ou fossem fazer alguma coisa errada, mas apenas a suposição daquilo já os deixava de cabelo em pé.

-PRÓXIMO!

    A sorte era que eles também falavam inglês.

-Bom dia para os dois. Passaportes, por favor. - O homem responsável pediu, analisando seus documentos. - O que vieram fazer aqui?

-Vim conhecer a família do meu noivo. - Rose indicou a aliança, corando pelas congratulações do mais velho.

-Eu vim garantir que minha prima não está sofrendo nenhum golpe. Família meio paranóica, sabe? - Albus completou.

-Garoto, com um anel desses tenho certeza que não existe nenhum golpe. Podem passar. - O atendente encarava o anel abismado, tendo certeza que já tinha visto aquela jóia antes.

Respirando aliviados, os primos seguiram em direção ao portão de desembarque. Pelo menos metade do avião já tinha saído, mas provavelmente algum famoso deveria estar naquele vôo  devido a multidão presente no saguão do aeroporto. Procurando, não foi muito difícil encontrar Scorpius -  ele era o cara segurando um buquê de flores enorme, vindo na direção deles.

-Rose! - Scorpius entregou o buquê para Albus, segurando a noiva pela cintura e a levantando, rodopiando de felicidade por ter ela em seu país, seguido de um beijo de tirar o fôlego.

O básico de aeroportos, sabe?

-Que isso, cara. Não precisava se preocupar com um buquê só para mim. - Albus implicou com o melhor amigo, logo sendo abraçado também.

-Não sabia que também queria conhecer meus pais!

-Ah, eu poderia esperar até o casamento, mas a nossa avó queria ter certeza que você não era nenhum maníaco sequestrando a nossa Rosinha.

-Ou que só quer se casar comigo pelo visto.

Scorpius respondeu aos amigos com uma sonora gargalhada. Ele não ouvia uma piada daquelas  a muito tempo!

-Pode ficar tranquila, Rosinha. Eu já tenho o meu visto, não preciso me casar com você só por isso. - Scorpius revelou enroscando suas mãos e pegando uma mala dela, seguindo caminho.

Porque tinham tantas pessoas naquele aeroporto olhando para eles?

Porque tinham tantos seguranças ao redor deles?

-Conseguiu o visto permanente?! Vai mesmo se mudar para lá?! - Ela se encheu de esperança, não notando o olhar cauteloso no rosto dele.

-Bem, em parte sim, mas acho que deveríamos discutir isso em outro lugar.

-Scorpius, está mesmo querendo pegar o meu passaporte? - Rose brincou, dando um tapinha de leve em seu braço.

Céus, para que ela foi fazer isso?

Imediatamente quatro armários se aproximaram nada contentes, assustando os três.

-Senhorita, apesar de ser íntima com sua alteza, devemos ressaltar que não está em seu país. Aqui ele é o nosso bem mais precioso, então se não quiser se meter em problemas, não faça mais esse tipo de brincadeiras em público.

-Alteza? - Rose riu na cara do perigo. - Eu sempre soube que você era tratado como um reizinho em casa, mas ser chamado de alteza pelos seguranças do aeroporto? Que lugar é esse, Malfoy?

-Você só pode estar brincando, não é? - Scorpius riu. - Não?

-Rose, como você viaja para um país sem saber nada sobre ele? - Albus voltou ao assunto. - Genóvia é uma monarquia ainda, não é Scorpius? Por isso vocês tem uma ruína de um palácio e uma multidão ao seu redor.

-Pensei que tivesse deixado clara a minha posição quando nos conhecemos Rose.

-Quando um cara diz que é um príncipe no primeiro encontro está mais para um flerte, não um posto… - Ela se lembrava inquieta.

-Não pode me culpar de não ter te contado, você quem não acreditou. Eu te prometi que traria no meu cavalo branco para casa, e eu cumpri.

-É da realeza mesmo, cara?

-Príncipe Scorpius Hyperion Thermopolis Malfoy, o futuro herdeiro do trono de Genóvia ao seu dispor.

É, se tinha uma coisa que aquele príncipe não queria era o greencard de Rosalie Weasley.

 



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