Derek estava sentado na calçada. Ele estava pensando em como era sua vida antes de sair da sua cidade natal, Beacon Hills, e ir parar na agitada Londres, do outro lado do continente. Berta, da imobiliária veio correndo balançando as chaves e sorrindo toda sem graça.
— Desculpa. Pediu Berta. — Eu troquei as chaves. Peguei a chave da casa vizinha que foi vendida também. Aqui está sua nova chave.
— Obrigado. Agradeceu Derek. — É agora eu vou ter minha casa para começar a minha vida como eu bem entendo.
— Alias, obrigada por pagar a vista. Agradeceu Berta gentilmente.
— Obrigado você por ter achado a casa perfeita que caia nas minhas exigências.
Derek pega a chave e abre a porta. Ele entra na casa e olha sorrindo. Por sorte, ele conseguiu uma excelente casa, com os móveis em excelente estado num excelente bairro da Inglaterra.
— Desculpa mais uma vez pela confusão. Pediu Berta. — Vou deixar o senhor em paz. Felicidades na nova moradia.
— Obrigado Berta.
Berta saí e encosta a porta. Derek corre e pula no sofá. Ele sorri e olha tudo em volta bastante apaixonado e encantado pela nova casa.
Stiles estava saindo da universidade de Londres onde cursava arquitetura. Ele subiu na sua vespa, colocou o capacete, colocou o canudo de desenhos virado para trás e saiu dirigindo em direção a sua casa. Quando chegou abriu a garagem entrou com a vespa colocando ao lado de seu Jeep.
— Stiles. Disse Ian que foi chegando à garagem. — Empresta sua vespa pro seu irmão mais novo aqui?
— Aonde você vai Ian? Indagou Stiles.
— Papai deixou eu ir para o festival de música que vai ter em Cambridge. Disse Ian. — Preciso da sua vespa emprestada para ir ao shopping comprar um agasalho novo já que o meu rasgou todo.
— Ok. Disse Stiles. — Mas você tem que voltar antes das seis. Pego meu turno no bar as 18h30 e não gosto de ir trabalhar com meu Jeep, a minha vespa é mais segura.
— Tudo bem. Disse Ian. — Aqui a casa do lado foi vendida. Papai não conseguiu comprar ela como ele tava querendo. Parece que já mudaram para cá.
— É família? Indagou Stiles.
— Não é um homem. Disse Ian. — Boa pinta. A Berta da imobiliária saiu até suspirando por ele na rua.
Stiles entrega a chave da vespa para Ian. Ian sobe na vespa, coloca o capacete e vai saindo pela garagem. Stiles fecha a porta e fica observando. A porta da casa ao lado fecha e Stiles tenta ver, mas a porta está pela metade e vê somente as botas masculinas do novo vizinho.
Derek faz sinal para o taxi que para. Ele passa o nome do hotel. O taxista dirige em direção ao hotel. O taxi vai aproximando do hotel e para. Derek encara o taxista e abre um enorme sorriso.
— Te dou duzentas libras a mais se esperar. Disse Derek.
— Sério? Indagou o taxista.
— Sim. Disse Derek. — Só preciso buscar minhas malas. Coisa de cinco minutos.
— Pode deixar. Disse o taxista.
Derek colocou o boné e óculos de grau e rapidamente entrou no hotel. Ele passou pelo saguão e foi direto para o elevador. Ele clicou no andar e subiu até a suíte presidencial. Derek abriu a porta e deu de cara com seu mordomo Peter.
— Onde o senhor esteve Príncipe Hale? Indagou Peter.
— Fez minhas malas como eu pedir Peter? Indagou Derek.
— Lógico que sim. Disse Peter. — Como o senhor pediu.
— E minha irmã? Indagou Derek.
— Esperando o senhor. Disse Peter. — A princesa Cora está no quarto esperando você para conversar. Seus pais foram jantar com os amigos Elizabeth II e sua família. Seus pais levaram presentes ao Príncipe George e a Princesa Charloette.
— Eu vou conversar com a minha irmã. Disse Derek. — Deixa minhas malas perto da porta.
Derek saiu em direção ao quarto da irmã. Cora estava de camiseta, calça jeans e tênis. Derek bateu na porta e foi entrando rapidamente. Cora correu e abraçou o irmão bem forte.
— Você vai fazer isso mesmo Der? Indagou Cora.
— Sim. Disse Derek. — Laura me prometeu cuidar bem de você irmãzinha. Nossa minha casa é maravilhosa. Quando você voltar em Londres levo você lá. Eu estou cansado de ter que levar o sobrenome Hale. Aqui vou ser somente Derek.
— Nossos pais vão pirar. Disse Cora.
— Combinei com uns amigos de escolas. Disse Derek. — Fizemos mascaras de silicone perfeita ao meu rosto. Quando sair por essa porta Derek Hale vai embarcar em pelo menos vinte países diferente. Só que a verdade é que vou estar aqui em Londres.
— Boa sorte maninho. Disse Cora que beijou a testa do irmão. — Você merece ser feliz e merece encontrar tudo o que desejar. Quem sabe eu não ganho uma cunhada bem legal? E eu quero muitos sobrinhos bem lindos como você. Moreninho, bravinho e super fofo.
— Cora eu penso em curtir a minha liberdade esse momento minha irmã. Disse Derek que beijou a testa da irmã. — Assim que me estabilizar aqui vou poder seguir meu sonho. Fazer medicina. Poder tocar em uma banda nas horas vagas. Ser feliz sem o peso do principado de Beacon Hills nas minhas costas. Laura vai ser uma excelente rainha. E você sempre vai ser a princesa do povo. Todos te amam, Cora, todos são seus fãs. Inclusive eu.
— Você é o melhor irmão do mundo Derek. Disse Cora.
— Eu preciso ir agora. Disse Derek. — O taxi está me esperando. Ninguém me reconheceu na rua, Cora. Essa cidade é maravilhosa.
— Taxi? Indagou Cora bastante surpresa. —Vai lá maninho. Te amo.
Derek beijou a testa da irmã e saiu rapidamente. Ele saiu do quarto aproximou da porta pegou as três malas e saiu do quarto. Derek entrou no elevador, desceu até o térreo e correu até o taxi. Ele colocou as malas e entrou no taxi pedindo para ele levar de volta ao endereço que entrou.
Stiles estava sentado na escrivaninha fazendo o dever que o professor da universidade mandou. Stiles estava focado e desenhava o prédio modelo para um projeto importante de sua universidade. Começou a chover. Stiles assustou ao escutar o trovão que soou pelos céus. Ele aproximou da janela e fechou.
O taxi de Derek parou na porta da casa. Derek tirou o dinheiro da carteira e entregou ao taxista. Derek desceu com suas malas e foi em direção a porta onde abriu. Stiles desceu o olho pela janela e viu o vulto do novo vizinho pegar as duas outras malas. Stiles suspirou e fechou as cortinas. As horas foram passando e Stiles terminava o exercício.
Derek estava deitado no sofá olhando admirado sua nova casa. Ele tinha desfeito as malas e estava em pleno transe pensando em como sua vida melhoraria de agora por diante. Derek foi até a geladeira e abriu, tirou uma garrafa de água e tomou um gole. Ele abriu uma gaveta e tirou de dentro um panfleto de um bar. Derek abriu um enorme sorriso.
— Hoje vou me embebedar. Disse Derek sorrindo.
Stiles tinha terminado de guardar seu material quando ele pegou o celular e discou rapidamente.
STILES: Ian! Meu irmão! Cadê você com a minha vespa?
IAN: Stiles. A chuva aqui está fortíssima. Papai ligou e pediu que eu ficasse esperando a chuva baixar. Ele mandou você ir com seu Jeep para o bar.
STILES: Não acredito. Ta bom Ian volte com cuidado depois que passar a chuva. Não corra com a minha vespa.
IAN: Ok. Toma cuidado você também com o carro.
STILES: Pode deixar.
Stiles desligou o telefone e olhou rapidamente para o espelho. Há alguns anos, Stiles e Ian, quase perderam os dois pais num terrível acidente de carro em um dia chuvoso. Stiles e Ian estavam em casa quando aconteceu. O carro de John e Claudia capotou umas cinco vezes por causa do chão escorregadio. John conseguiu salvar, Claudia foi levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. Sempre que chovia, Ian, Stiles e John evitava sair dirigindo.
Stiles vestiu uma camisa xadrez e pegou a capa de chuva. Ele entrou no seu Jeep, abriu a porta da garagem e foi saindo com bastante cuidado. Stiles fechou o portão com o controle em seguida saiu dirigindo. Stiles estudava na parte da manhã, de tarde focava no estudo e a noite trabalhava no bar que recebeu de herança da sua mãe. Existia um gerente, mas Stiles gostava de trabalhar para cuidar do bar que é direito dele e deu seu irmão.
Derek tirou a blusa e a calça ficando só de cueca box branca. Ele olhou no espelho e pegou uma calça e uma camisa. Ele colocou os óculos de grau e colocou as botas. Ele pegou a carteira e saiu rapidamente trancando a porta da frente.
Stiles estava no bar. Ele estava com uma saia avental enquanto servia alguns clientes. Alguns empregados serviam outras mesas. O gerente encarava Stiles. Ele aproximou do dono.
— Podemos conversar Stiles? Indagou o gerente.
— Algum problema Brett? Retrucou Stiles.
— Você parece cansado. Disse Brett. — Caso queira conversar.
— Eu estou bem. Disse Stiles. — Mas obrigado por preocupar.
Brett afastou e entrou no escritório. Stiles servia uma garota que ficava toda hora olhando para ele e mordendo os lábios. Derek entrou no bar, aproximou no balcão e olhou em volta. Stiles aproximou do novo cliente.
— O que vai querer? Indagou Stiles sem olhar o cliente direito.
— Eu sou novo na cidade. Disse Derek.
Stiles escutou a voz e sentiu um arrepio. Ele olhou para frente e viu um moreno de óculos de grau. Derek encarou aquele garçom que estava a sua frente, ele abriu um enorme sorriso ao reparar na perfeição daquele rosto. As pintinhas o deixaram arrepiado. Stiles e Derek morderam os lábios ao mesmo tempo.
— Novo na cidade? Indagou Stiles.
— Sim. Disse Derek. — Vim cursa medicina. Meus pais me deram uma casa e ficar sozinho numa casa grande é meio difícil. Achei o endereço desse bar numa das gavetas.
— Medicina. Disse Stiles sorrindo timidamente. — Era o que eu queria fazer antes de arquitetura.
— Você é arquiteto? Indagou Derek que se iluminou mais ainda. — Meu sonho era arquitetura. Só que quando minha irmã mais nova ficou doente, fiz uma promessa a mim mesmo estudar medicina para proteger ela e minha família de qualquer mal.
— Sua irmã tem o que? Indagou Stiles.
— Lúpus. Disse Derek. — Quero tentar achar a cura para ela. Sei que essa doença é incurável, mas sei lá tenho minhas esperanças.
— Minha mãe tinha Lúpus. Disse Stiles. — Ela vivia super bem. O que a matou foi um acidente de carro. Capotou cinco vezes e ela não resistiu aos ferimentos. Sua irmã é uma garota de sorte, tem um irmão que tem fé.
— Você não tem fé? Indagou Derek.
— Eu tinha, mas a perdi há um tempo. Disse Stiles. — É uma longa história.
— Eu estou aqui para te ouvir. Disse Derek.
— Meu melhor amigo, Scott McCall. Disse Stiles. — Desapareceu há uns seis anos e nunca o encontraram. Perdi minha fé. O pior de tudo que morro de saudades dele.
Derek e Stiles ficaram conversando. Brett saiu do escritório com uma bolsa e aproximou de Stiles e de Derek.
— Desculpas interromper. Disse Brett. — Mas já passou da hora de fechar.
— Como assim Brett? Indagou Stiles. — O bar está cheio.
Stiles olha e vê o bar vazio. Derek olha em volta e percebe que o bar está vazio.
— Como ficou vazio tão rápido? Indagou Derek.
— Vocês ficaram conversando e perderam o tempo. Disse Brett. — Stiles pega sua mochila que vou fechar o bar agora.
Stiles tirou o aventou e pegou a mochila. Derek levantou e foi saindo do bar. Stiles saiu logo atrás dele. Brett saiu em seguida e trancou a porta. Brett acenou para Stiles e Derek. O gerente subiu na moto e saiu pilotando rapidamente. Derek e Stiles se olharam.
— Esse Jeep é seu? Indagou Derek.
— Sim. Disse Stiles sorrindo.
— Você pode me dar uma carona até um ponto de taxi? Indagou Derek. — E que vim andando e estava de dia agora está de noite e provavelmente posso me perder.
— Onde você mora? Indagou Stiles.
— Alameda Diana Dutches, 1456. Disse Derek.
Stiles arregalou os olhos. Derek encarou o garoto.
— Você é meu novo vizinho. Disse Stiles. — Moro na casa ao lado da sua. Meu irmão viu a Berta saindo da casa e suspirando por você.
— Acho que a Berta é bem conhecida. Disse Derek.
— Vem. Disse Stiles. — Eu te levo.
Derek e Stiles subiram no Jeep. O polaco ligou e saiu dirigindo por alguns quarteirões até chegar à rua. Stiles abriu a porta da garagem com o controle e foi entrando com seu Jeep. Stiles e Derek desceram do Jeep e foram para a calçada. Stiles fechou a porta da garagem.
— Realmente somos vizinhos. Disse Derek sorrindo.
— Sim. Disse Stiles. — Você é bem legal.
Alguns latidos começaram por toda rua. Um cachorro grande veio correndo em direção a Stiles que assustou. Derek entrou na frente de Stiles e acalmou o cachorro pegando na orelha dele. Pegar na orelha de um cachorro raivoso foi uma técnica que os veterinários do palácio ensinaram Derek quando era mais novo para acalmar o animal. O cachorro foi saindo de mansinho e Stiles ainda estava assustado.
— Obrigado por me salvar. Agradeceu Stiles. — Alias você não disse seu nome.
— Meu nome é Derek. E o seu?
— Stiles.
Derek encarou os olhos de Stiles. O polaco abriu um sorriso tímido com a encarada. Stiles colocou a mão no ombro de Derek. O moreno de olhos esverdeados enroscou o braço na cintura do polaco. Eles se encaram seriamente até que os dois deram um beijo apaixonado.
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